Várias sondagens mais recentes (ontem e hoje) dão vantagem ao Brexit, em contraste com alguns dias atrás.
Mas nas casas de apostas ainda só dão 30% de chance ao Brexit.
Se acontecer, há um sério risco de muitos de nós que aqui escrevemos apanharmos com um rombo financeiro brutal.
O risco não é tanto alguma recessão que se aproxime por causa disso. O pior é que um país com aquela influência, que toda a gente observa e copia, dará o exemplo a outros. Mais países do norte se seguirão.
Isso aumentará as chances de desintegração, possivelmente desordenada. Da UE, do euro, ou de ambos.
Uma tal desintegração do euro, com o fim dos programas do BCE de compra de dívida dos países do sul, e o fim dos pacotes de ajuda em troca de austeridade, significaria, obviamente, o completo aniquilamento do sistema financeiro português (e repentino) e a implosão económica e política do país.
As Bolsas cairiam, os depósitos ficariam em causa, as OTs e outros instrumentos causariam perdas.
Estamos cantando e rindo, mas a verdade é que um cenário destes pode estar muito mais perto do que se pensa. Mesmo que a possibilidade de isto se materializar no curto prazo seja pequena, o prejuízo potencial é enorme, pelo que vale a pena reflectir e estudar esta situação.