Olá, Visitante. Por favor entre ou registe-se se ainda não for membro.

Entrar com nome de utilizador, password e duração da sessão
 

Autor Tópico: Portugal falido  (Lida 3444594 vezes)

Kaspov

  • Ordem dos Especialistas
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 5388
    • Ver Perfil
Re: Portugal falido
« Responder #22000 em: 2024-04-25 05:07:37 »
Acerca da educação e problemas afins:

A liberdade também passa por chinelos nas escolas? | Contra-Corrente em direto na Rádio Observador

https://www.youtube.com/watch?v=BQsQ0pBUX-4&t=145s
Gloria in excelsis Deo; Jai guru dev; There's more than meets the eye; I don't know where but she sends me there

Kaspov

  • Ordem dos Especialistas
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 5388
    • Ver Perfil
Re: Portugal falido
« Responder #22001 em: Hoje às 05:43:29 »
Um bom texto sobre o 25 de Abril:


«As costas largas do 25 de Abril

Os jovens não querem saber de uma revolução que está tão distante das suas vidas quanto a Monarquia. Mas, 50 anos depois, o 25 de Abril ainda é desculpa ou manifesto político.

Avatar de Inês Teotónio Pereira

Inês Teotónio Pereira

28 de Abril 2024

às
18:45

Share on Facebook
Share on Twitter
Share on LinkedIn
Share on WhatsApp

    Email this Page

Entre as duas grandes guerras do século XX passaram 25 anos. Do início da II Guerra Mundial e a queda do Muro de Berlim passaram 50 anos. Hoje, alguém com 30 anos tem uma vaga ideia do que era a moeda em escudos e não faz a mínima ideia que se tinha de apresentar o passaporte para ir a Badajoz comprar rebuçados. Aliás, só o conceito de ir a Badajoz comprar rebuçados é absurdo para esta geração. Quem tenha hoje 30 anos, 20, ou 15, está tão distante da Revolução quanto os hippies dos anos 60 estavam dos seus avós que viveram o fim da Monarquia. No entanto, o nosso pequeno mundo ainda debate o 25 de Abril como se tivesse sido ontem. Fala-se do 25 de Abril como se ainda fosse tema discutível: uns porque acham que os males do nosso tempo começaram ali, outros porque estão convictos de que «a revolução ainda não se cumpriu» e outros, ainda, porque não têm mais nada para dizer, apenas chavões que estão inscritos em todas as cartas de direitos Humanos de todas as organizações internacionais a que pertencemos. Só o facto de a direita ter ido rebuscar a AD de Sá Carneiro para se apresentar às eleições, diz quase tudo sobre a alienação e a desorientação que se vive. Sá Carneiro morreu em 1980: temos ministros que nasceram muito depois desta data.

Não há nada mais triste do que não saber envelhecer e Portugal, um dos países mais velhos do mundo, não sabe envelhecer. Os nossos jovens – que são cada vez menos – não querem saber de uma revolução que está tão distante das suas vidas quanto a Monarquia. No entanto, parece que de então para cá, não aconteceu mais nada. Ou que tudo o que aconteceu de bom deve-se ao 25 de Abril e tudo o que está mal justifica-se porque o 25 de Abril ainda está por fazer.

Mesmo os mais novos, estão velhos. Quem ambicionar intervir no espaço público tem de entrar no mundo dos velhos do 25 de Abril e como primeiro teste saber falar do Estado Novo, do PREC e da Constituinte como se tivessem sido protagonistas. E pior: têm de ter uma opinião. Daquelas do sim ou não. Opiniões feitas de barricadas e fabricadas por saudosistas ou revolucionários. Aquilo que falta em Portugal são jovens que sejam mesmo jovens e velhos que sejam mesmo velhos: uns para contarem a História e outros para fazerem História. Enquanto o 25 de Abril 1974 servir de argumento, de arma de arremesso ou de desculpa para o estado de Portugal em 2024, é impossível comprometer os mais novos com a política ou avançar e ver a realidade com o olhar do século XXI, que já vai longo.

Por mais novos que sejam os protagonistas atuais, o que os 50 anos do 25 de Abril revelam é que vivemos assombrados com o passado, reféns de um discurso vazio de barbas brancas. Discutir liberdade em 2024 não é como discutir a liberdade de 1974. Hoje, a nossa liberdade é condicionada pela censura das redes sociais e não pela censura da PIDE, a liberdade económica pelo peso dos impostos e o excesso de burocracia, não pelo dirigismo estatal. Hoje, os costumes são outros, as leis são outras e as fronteiras estão abertas, mas o desenvolvimento económico não pode ser comparado ao Portugal de 1973 mas sim com a Irlanda ou até a Roménia de 2024. O 25 de Abril é História, não é argumento e muito menos programa político.»


https://sol.sapo.pt/2024/04/28/as-costas-largas-do-25-de-abril/
Gloria in excelsis Deo; Jai guru dev; There's more than meets the eye; I don't know where but she sends me there

vbm

  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 13753
    • Ver Perfil
Re: Portugal falido
« Responder #22002 em: Hoje às 06:06:42 »
[  ]

Por mais novos que sejam os protagonistas atuais, o que os 50 anos do 25 de Abril revelam é que vivemos assombrados com o passado, reféns de um discurso vazio de barbas brancas. Discutir liberdade em 2024 não é como discutir a liberdade de 1974. Hoje, a nossa liberdade é condicionada pela censura das redes sociais e não pela censura da PIDE, a liberdade económica pelo peso dos impostos e o excesso de burocracia, não pelo dirigismo estatal. Hoje, os costumes são outros, as leis são outras e as fronteiras estão abertas, mas o desenvolvimento económico não pode ser comparado ao Portugal de 1973 mas sim com a Irlanda ou até a Roménia de 2024. O 25 de Abril é História, não é argumento e muito menos programa político.»

[  ]

Como fazê-lo, nenhum partido o propõe,
até ao momento. No entanto, no plano
de espionagem, a desestabilização
da opinião pública eleitoral
das democracias vai
de vento em
popa.