A excepção portuguesa: porque não temos uma direita radical?
Há muitas interrogações sobre a “excepção portuguesa” em termos de partidos nacionalistas, populistas ou de direita radical
chega e o ventura e ventura e chega!
Muitos dos princípios defendidos pela direita nacional-conservadora estiveram presentes na governação autoritária do país durante quase meio século, de 1926 a 1974. Primeiro numa ditadura estabelecida pela maioria das facções militares para restaurar a ordem interna e a confiança externa, depois, de uma forma pragmaticamente estruturada, no Estado Novo de Salazar.
Foi um governo autoritário com aspectos tecnocráticos, bem recebido no início pela população, farta da desordem da esquerda democrática, também monopolista do poder através da manipulação do sistema eleitoral e da violência de rua.
Mas Salazar não era um fascista, era um conservador, o que, como lembrou Drieu de la Rochelle, é precisamente o contrário de um fascista: enquanto o fascista, como o comunista, pensa na política e no Estado como instrumentos de mudança da sociedade, o conservador vê-os como instrumentos de conservação da sociedade. Quando muito, à semelhança do príncipe de Salina do Gattopardo, o conservador aceita mudanças cautelosas, controladas, para que o essencial fique como está.
E por ser assim, Salazar nunca se preocupou muito com a gramsciana batalha cultural. Houve algum esforço ideológico e propagandístico – aliás, vindo de nacionalistas radicais, alguns futuros inimigos do Regime porque desiludidos com o seu conservadorismo, como Rolão Preto, Humberto Delgado e Henrique Galvão, mas Salazar nunca deu muita importância ao proselitismo ideológico. Pelo contrário, ao centralizar em si o pensamento político do Regime e ao neutralizar as várias direitas independentes (católicas, monárquicas, nacionalistas, filofascistas e até as conservadoras) despolitizou progressivamente a sua área política
Esta despolitização das direitas, forçadas a uma sobrevivência às vezes humilhante e quase mendicante em estruturas burocráticas e dependentes, contribuiu para o apagamento da política-política – ideias, princípios, militantes, povo. E, passados os anos trinta e a Guerra de Espanha, em que o Estado Novo acompanhou a movimentação europeia de uma estética revolucionária, a despolitização acabou por consumar-se – com um Salazar céptico quanto às massas e à agitação, mesmo se favoráveis, e a deixar a contragosto algum folclore fascizante chegar a organizações para-militares do Regime, como a Legião e a Mocidade (sempre enquadradas pelo Exército).
Foi com esse vazio doutrinário e ideológico, sobretudo a partir de meados dos anos 50, que a esquerda passou a dominar a área intelectual, influenciando profundamente a academia, os media, os estudantes e as classes médias profissionais.
foi farao deu cabo da direita!
quem deu cabo direita foi direita
isto quer dizer quem tem dar cabo esquerda sao esquerdistas....
assim funciona portugal...
sem guerra civil... sem grande mudanca...
A Guerra de África, que começou por dar fôlego ao Regime – trazendo-lhe o apoio de parte da oposição republicana histórica e de uma população impressionada com os massacres étnicos da UPA-FNLA no norte de Angola –, acabou por impedir uma transição à espanhola. Digo isto porque, quando o almirante Carrero Blanco foi assassinado pela ETA em Dezembro de 73, Franco percebeu que, depois da sua morte, o regime que criara tinha os dias contados. Mas aplicou-se numa solução; solução de que não gostava porque significaria uma integração na normalidade democrática ocidental, mas, apesar de tudo, uma solução. Salazar, pelo contrário, respondeu sempre ao problema da sucessão com uma evasiva ambígua: que havia uma Constituição, e um Presidente da República que escolheria o seu sucessor. E até havia, como se viu, e deu no que deu. O pessimista antropológico não tinha ilusões quanto a condicionar o Destino depois de morto.
A direita banida por Abril
Os políticos antifascistas, que chegaram ao poder com o golpe militar de 1974, não precisaram de se preocupar muito com a direita ou de se ocupar dela
portugal nunca teve chatices com direita....
porque andam com tretas
esse pacto, fechou-se o arco de legitimidade do novo regime, que vetava a direita, depois de ter prendido e forçado ao exílio o que restava dela. E as “forças democráticas” (incluindo as lideranças do CDS e do PPD) viram que ganhavam um eleitorado cativo que, embora alheio à ideologia de fachada esquerdista que propunham – também para sobreviver e não serem proibidos pelo MFA –, votaria neles como “mal menor”. Como votou.
quem deu cabo direita foi direita
esquerda so deu golpe que faltava
depois foram arranjar o chega para desenrascar... quando europa afinal viu os paises tem ter direita nacionalista....
porque o esquerdista esta com regime em fim ciclo como salazar e franco
com europa a virar imperio
e nem esquerdistas querem viver num imperio europeu esquerdista....