Eu cada vez mais penso, que um dos factores chave para a isto ser sustentável a médio prazo, seria um acordo (entre outras coisas), entre os países pertencentes à Org. Mundial do Comércio, de regras mínimas para a operações industriais e agricultura. Principalmente qual o salário mínimo admissível, e a questão das jornadas de trabalho.
Em relação ao resto: isto basicamente é um assunto que nunca terá uma resolução total, pois trata-se de definir o que o estado deve ou não providenciar. Uns acham que mais, outros menos.
Mas independentemente disso, acho que mesmo os FP deveriam (em nome da própria sustentabilidade dos seus postos), começar a questionar, se não deveria existir um saneamento dentro do universo da FP. É que ao contrário da imagem que vai se passando, há muita colocação que não passou de compra de votos; pura e dura. Eu conheço casos desses. As pessoas estavam desempregadas e o autarca basicamente "criou" o posto de trabalho para absorver essa pessoa. É claro que essa pessoa e várias outras do seu círculo mais próximo, vão ver esse autarca como alguém a ser venerado.
Há também colocações por questões de romance, por questões de reforço de poder. Quem ouve os relatos do que acontece nos meandros dentro das CM fica maluco. Uma pessoa até se questiona como isto ainda não estourou de vez ...
Agora imaginem o mesmo a acontecer em esferas mais altas. Ministérios, organismos de fiscalização.
Outro dia na RTP falaram sobre um caso em que o gestor dum organismo público andava a enfiar funcionários (normalmente familiares de outros já colocados) às "pazadas". É claro que isso, somado a vários casos de má gestão (ou fraude?) relatados, fazem com que o organismo esteja constantemente a drenar recursos.
São cerca de 660 mil FP. Quantos serão desse tipo? Alguém faz ideia? Aposto que ninguém.
Esses funcionários excendentários não trazem valor nenhum. Não estão a executar qualquer tipo de tarefa que não fosse executada anteriormente. São apenas lastro no OE. Lastro que serve para consolidar poder e comprar votos.
Esse FPs, não tem relação nenhuma com um polícia, um investigador criminal, um juiz, um professor, um funcionário da CM que trata do saneamento ou recolhe o lixo, dum médico, etc. Desde que não haja sobreposição de tarefas, estão a executar tarefas, em troco do que recebem do OE. Os FPs desta categoria, deveriam criticar a existência dos outros. Porque é eticamente correcto que assim o façam.
A poupança no OE daria para: baixar impostos, menor défice (superavit?), subir salários (ou manter) dos FPs produtivos ou permitir a existência de mais apoios sociais (podem ser combinações de racios diferentes dessas 3 vias).