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Autor Tópico: O Governo de António Costa  (Lida 187510 vezes)

Zenith

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Re: O Governo de António Costa
« Responder #200 em: 2015-12-23 10:08:43 »
Era? Eu pensava que sim, mas como também pensava que China era comunista, que economia era controlada pelo controlada pelo estado que detinha a maioria em todas as empresas estratégicas, e muitos posts dão a entender que não, podia estar errado quanto à Roménia.

"Ser comunista" não é ter empresas estratégicas controladas pelo Estado. È só ter empresas do Estado.

E o sector privado Chinês é incrivelmente dinâmico e cada vez representa uma fatia maior da economia. E como a economia permite propriedade privada, empresas privadas, mercado livre, capitalismo, etc, certamente não é comunista.

A Roménia permitia isso tudo? Se não permitia, estava tudo estragado, não funciona.

Ser comunista é a utopia final mas nãp é isso que vamos discutir.
A China continua a ser um regime de partido único o PCC que define as orientações económicas continuando desde 1953 com os planos quinquenais, controla as empresas estrategicas define os limites de intervenção do sector privado, o estado é dono de todos os terrenos (acho que para terrenos rurais, há ainda uma possibilidade herdada do tempo das comunas que é serem propriedade de colectividades), vendendo apenas direitos de utilização ou construção.

Citar
During the primary stage of socialism, the State shall adhere to the basic economic system, with public ownership playing a dominant role and diverse forms of ownership developing side by side.
The State shall consolidate and develop unswervingly the public sector of the economy and at the same time encourage, support and guide the development of the non-public sectors of the economy.

The State implements the socialist market economy, ensuring equal legal status and right for development of all market players.

Não inventei nada, está lá escrito que é o estado que implementa a economia socialista de mercado, que guia sector privado.

Reg

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Re: O Governo de António Costa
« Responder #201 em: 2015-12-23 10:44:46 »
eles usam justiça para  guiar sector privado

http://www.dn.pt/mundo/interior/niguem-sabe-onde-esta-o-patrao-da-fidelidade-podera-estar-detido-4923997.html

http://observador.pt/2015/12/10/presidente-do-conglomerado-chines-dono-da-fidelidade-esta-incontactavel/

http://observador.pt/2015/12/18/grupo-fosun-confirma-presidente-incontactavel-ha-dias-nova-iorque/

Guo Guangchang manteve-se na semana passada incontactável, após ter estado “a cooperar com as autoridades chinesas numa investigação judicial”, segundo um comunicado emitido pelo Fosun.

Guo foi, alegadamente, detido à chegada a Xangai num voo proveniente de Hong Kong, de acordo com a agência oficial Xinhua, que não confirmou se o empresário está a ser investigado ou a prestar assistência numa investigação.


« Última modificação: 2015-12-23 11:18:45 por Reg »
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Re: O Governo de António Costa
« Responder #202 em: 2015-12-23 12:41:54 »

O Lenine dizia que as Revoluções só podem ser levadas a cabo por aqueles
que não têm nada a perder...

...logo , o objetivo do Comunismo é levar as pessoas à miséria para elas participarem
na Revolução sócio/cultural.

O problema aqui é que o sistema nunca conseguiu fazer a transição da miséria
para o idílio  ;D

Incognitus

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Re: O Governo de António Costa
« Responder #203 em: 2015-12-23 13:55:43 »
Era? Eu pensava que sim, mas como também pensava que China era comunista, que economia era controlada pelo controlada pelo estado que detinha a maioria em todas as empresas estratégicas, e muitos posts dão a entender que não, podia estar errado quanto à Roménia.

"Ser comunista" não é ter empresas estratégicas controladas pelo Estado. È só ter empresas do Estado.

E o sector privado Chinês é incrivelmente dinâmico e cada vez representa uma fatia maior da economia. E como a economia permite propriedade privada, empresas privadas, mercado livre, capitalismo, etc, certamente não é comunista.

A Roménia permitia isso tudo? Se não permitia, estava tudo estragado, não funciona.

Ser comunista é a utopia final mas nãp é isso que vamos discutir.
A China continua a ser um regime de partido único o PCC que define as orientações económicas continuando desde 1953 com os planos quinquenais, controla as empresas estrategicas define os limites de intervenção do sector privado, o estado é dono de todos os terrenos (acho que para terrenos rurais, há ainda uma possibilidade herdada do tempo das comunas que é serem propriedade de colectividades), vendendo apenas direitos de utilização ou construção.

Citar
During the primary stage of socialism, the State shall adhere to the basic economic system, with public ownership playing a dominant role and diverse forms of ownership developing side by side.
The State shall consolidate and develop unswervingly the public sector of the economy and at the same time encourage, support and guide the development of the non-public sectors of the economy.

The State implements the socialist market economy, ensuring equal legal status and right for development of all market players.

Não inventei nada, está lá escrito que é o estado que implementa a economia socialista de mercado, que guia sector privado.

Zenith, o Estado ser de partido único ou não é razoavelmente irrelevante para o desenvolvimento económico (basta olhar para o Japão, não obstante ser nominalmente uma democracia).

E estar lá escrito que é uma economia socialista de mercado também é irrelevante. Isto porque o que interessa é existir um propriedade privada, mercado livre e moeda, o resto acontece por si próprio (incluindo o capitalismo).

E chamar as coisas de "socialistas" ou "comunistas" quando permitem existir isso também é irrelevante. Deixam de ser "socialismo" ou "comunismo" quando permitem propriedade privada e capitalismo, independentemente do nome que lhes seja atribuído ...
"Nem tudo o que pode ser contado conta, e nem tudo o que conta pode ser contado.", Albert Einstein

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Re: O Governo de António Costa
« Responder #204 em: 2015-12-23 14:31:32 »
Era? Eu pensava que sim, mas como também pensava que China era comunista, que economia era controlada pelo controlada pelo estado que detinha a maioria em todas as empresas estratégicas, e muitos posts dão a entender que não, podia estar errado quanto à Roménia.

"Ser comunista" não é ter empresas estratégicas controladas pelo Estado. È só ter empresas do Estado.

E o sector privado Chinês é incrivelmente dinâmico e cada vez representa uma fatia maior da economia. E como a economia permite propriedade privada, empresas privadas, mercado livre, capitalismo, etc, certamente não é comunista.

A Roménia permitia isso tudo? Se não permitia, estava tudo estragado, não funciona.

Ser comunista é a utopia final mas nãp é isso que vamos discutir.
A China continua a ser um regime de partido único o PCC que define as orientações económicas continuando desde 1953 com os planos quinquenais, controla as empresas estrategicas define os limites de intervenção do sector privado, o estado é dono de todos os terrenos (acho que para terrenos rurais, há ainda uma possibilidade herdada do tempo das comunas que é serem propriedade de colectividades), vendendo apenas direitos de utilização ou construção.

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The State shall consolidate and develop unswervingly the public sector of the economy and at the same time encourage, support and guide the development of the non-public sectors of the economy.

The State implements the socialist market economy, ensuring equal legal status and right for development of all market players.

Não inventei nada, está lá escrito que é o estado que implementa a economia socialista de mercado, que guia sector privado.

Zenith, o Estado ser de partido único ou não é razoavelmente irrelevante para o desenvolvimento económico (basta olhar para o Japão, não obstante ser nominalmente uma democracia).

E estar lá escrito que é uma economia socialista de mercado também é irrelevante. Isto porque o que interessa é existir um propriedade privada, mercado livre e moeda, o resto acontece por si próprio (incluindo o capitalismo).

E chamar as coisas de "socialistas" ou "comunistas" quando permitem existir isso também é irrelevante. Deixam de ser "socialismo" ou "comunismo" quando permitem propriedade privada e capitalismo, independentemente do nome que lhes seja atribuído ...

O que está escrito é que é uma economia dirigista que gere directamente o sector público e guia o sector privado.
A URSS cumpria 2 condições,  também permitia propriedade privada (as pessoas podiam ser proprietarias de casacos talheres e até carros e acho que pequenas casas, estava excluido meios de produção), tinha moeda não tinha mercado livre.
A China extende os limites da propriedade privada, tem moeda mas se dizem que estado guia o sector privado então convém definir a partir de que ponto um mercado é livre.


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Re: O Governo de António Costa
« Responder #205 em: 2015-12-23 15:04:54 »
Este vídeo do Hitler agora é vez do António Costa.

https://www.youtube.com/watch?v=IDPDzuba30I

Haroun Al Poussah

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Re: O Governo de António Costa
« Responder #206 em: 2015-12-23 15:05:02 »
quanto à china não ser comunista, faz parte de uma visão costumizada do mundo.

tal como todos os partidos portugueses são social-democratas a china não é comunista.
isto não é evidente?

H
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Re: O Governo de António Costa
« Responder #207 em: 2015-12-23 15:06:38 »
quanto à china não ser comunista, faz parte de uma visão costumizada do mundo.

tal como todos os partidos portugueses são social-democratas a china não é comunista.
isto não é evidente?

H

Era mais evidente se soubesses o que o comunismo é, mas parece que não sabes.

A China DIZ-SE comunista, mas se fosse efectivamente comunista não existiria propriedade privada, mercados livres, capitalismo, Xiaomi, OnePlus One, Huawei e por aí adiante.

Isto é basicamente um facto. As estimativas colocam (consoante a variável considerada, em 2012 ...) o sector privado como representando 40-60% da economia Chinesa.
« Última modificação: 2015-12-23 15:22:31 por Incognitus »
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Re: O Governo de António Costa
« Responder #208 em: 2015-12-23 15:08:51 »
Era? Eu pensava que sim, mas como também pensava que China era comunista, que economia era controlada pelo controlada pelo estado que detinha a maioria em todas as empresas estratégicas, e muitos posts dão a entender que não, podia estar errado quanto à Roménia.

"Ser comunista" não é ter empresas estratégicas controladas pelo Estado. È só ter empresas do Estado.

E o sector privado Chinês é incrivelmente dinâmico e cada vez representa uma fatia maior da economia. E como a economia permite propriedade privada, empresas privadas, mercado livre, capitalismo, etc, certamente não é comunista.

A Roménia permitia isso tudo? Se não permitia, estava tudo estragado, não funciona.

Ser comunista é a utopia final mas nãp é isso que vamos discutir.
A China continua a ser um regime de partido único o PCC que define as orientações económicas continuando desde 1953 com os planos quinquenais, controla as empresas estrategicas define os limites de intervenção do sector privado, o estado é dono de todos os terrenos (acho que para terrenos rurais, há ainda uma possibilidade herdada do tempo das comunas que é serem propriedade de colectividades), vendendo apenas direitos de utilização ou construção.

Citar
During the primary stage of socialism, the State shall adhere to the basic economic system, with public ownership playing a dominant role and diverse forms of ownership developing side by side.
The State shall consolidate and develop unswervingly the public sector of the economy and at the same time encourage, support and guide the development of the non-public sectors of the economy.

The State implements the socialist market economy, ensuring equal legal status and right for development of all market players.

Não inventei nada, está lá escrito que é o estado que implementa a economia socialista de mercado, que guia sector privado.

Zenith, o Estado ser de partido único ou não é razoavelmente irrelevante para o desenvolvimento económico (basta olhar para o Japão, não obstante ser nominalmente uma democracia).

E estar lá escrito que é uma economia socialista de mercado também é irrelevante. Isto porque o que interessa é existir um propriedade privada, mercado livre e moeda, o resto acontece por si próprio (incluindo o capitalismo).

E chamar as coisas de "socialistas" ou "comunistas" quando permitem existir isso também é irrelevante. Deixam de ser "socialismo" ou "comunismo" quando permitem propriedade privada e capitalismo, independentemente do nome que lhes seja atribuído ...

O que está escrito é que é uma economia dirigista que gere directamente o sector público e guia o sector privado.
A URSS cumpria 2 condições,  também permitia propriedade privada (as pessoas podiam ser proprietarias de casacos talheres e até carros e acho que pequenas casas, estava excluido meios de produção), tinha moeda não tinha mercado livre.
A China extende os limites da propriedade privada, tem moeda mas se dizem que estado guia o sector privado então convém definir a partir de que ponto um mercado é livre.

A Rússia permitia até algumas explorações agrícolas. Não vamos agora pegar em pequenas excepções, ou vamos? Casacos, talheres e afins poderás sempre ter seja em que sociedade for.

Na China o sector privado é uma coisa gigantesca e dinâmica. Algo também perfeitamente óbvio para qualquer pessoa que queira comprar praticamente qualquer coisa. Se isso não chegar para se compreender que a China tem um sector capitalista gigantesco, literalmente NADA chegará.

Zenith, tenta lá ser um pouco realista nisto.
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Re: O Governo de António Costa
« Responder #209 em: 2015-12-23 15:15:27 »
Para se ver bem o absurdo da coisa:

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Although never more than 4% of the arable land in the USSR, private plots consistently yielded a quarter to a third of total produce. In other words, private plots were more than 8 to 12 times as productive.

Estas coisas entram pelos olhos dentro. É claro, como são excepções pequenas são irrelevantes. Na China, porém, o sector privado já não é uma excepção pequena.

Em todo o caso não se compreende muito bem o que estás a defender. Não defendes, igualmente, que o motor das economias é essencialmente o mercado livre, capitalismo, etc?
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Re: O Governo de António Costa
« Responder #210 em: 2015-12-23 15:23:41 »
http://economico.sapo.pt/noticias/orcamento-rectificativo-pcp-vai-votar-contra-bloco-impoe-condicoes-a-costa_238163.html


O PPC afirmou que no dia em que o PS de Costa necessitasse do voto do PSD para aprovar alguma coisa, Costa deveria pedir desculpa ao povo português, demitir-se e convocar novas eleições.


Mas o Costa não disse q fazia isso. :-)

Como os deputados do PSD Madeira não vão votar contra, não vai haver problema agora.

Mas mais tarde pode haver problema, quando já houver novo presidente de republica e poderem ser marcadas novas eleições.


Não é bem a mesma coisa (porque a medida era defendida pelo PSD em primeiro lugar), mas já houve um caso de "votação conjunta": http://www.publico.pt/politica/noticia/ps-faz-aprovar-reducao-da-ces-igual-a-que-chumbou-a-direita-1717846

Bom, mas então se o PCP vota contra, mesmo sem os deputados do PSD Madeira, todo o PS, o BE e o PAN têm de votar a favor para garantir que passa.

PAN, PCP, Verdes, CDS votaram contra. Por isso, precisou da abstenção/aprovação do PSD.
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PSD abstém-se e viabiliza Orçamento Retificativo
http://www.rtp.pt/noticias/politica/psd-abstem-se-e-viabiliza-orcamento-retificativo_e883442
« Última modificação: 2015-12-23 15:55:55 por João-D »

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Re: O Governo de António Costa
« Responder #211 em: 2015-12-23 15:37:15 »
Uma boa parte dos obrigaccionistas sénior ou depositantes >100k devem ser do PSD ...  :D


---------------

Lark, sobre posts apagados. Os posts apagados não foram parte de qualquer debate -- foram insultos e respostas, e retirei os que vi. Não fui muito para trás para ver se tinha retirado tudo pois isso consome tempo, mas retirei alguns insultos e respostas, certamente.
« Última modificação: 2015-12-23 15:50:21 por Incognitus »
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Re: O Governo de António Costa
« Responder #212 em: 2015-12-23 16:28:42 »
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Quando é a doer, avança o Bloco Central

Visão - 23.12.2015 às 12h21

Eles falam, falam, mas o resgate ao Banif uniu PS e PSD e afastou CDS e toda a esquerda

Confirmou-se: no primeiro grande teste aos acordos de Esquerda, PCP, PEV e Bloco de Esquerda retiram o tapete ao Governo. E no mesmo primeiro grande teste, a coligação PàF mostra-se dividida, optando por estratégias diferentes, com o PSD a abster-se e o CDS a votar contra. Com a abstenção dos 89 deputados "laranja" (ou antes, apenas estavam no plenário 86) e os votos favoráveis dos 86 parlamentares socialistas (aliás, 85...), os 55 votos dos restantes foram insuficientes para chumbar o Orçamento Retificativo.

É, assim, aprovada a venda do Banif ao Santander e são aprovados os custos para o Estado português da respetiva operação de resgate. Um eventual chumbo significaria o fecho do banco, com todas as implicações para depositantes, investidores e confiança no sistema bancário. No fundo, pagamos 2 mil milhões de euros para salvar depósitos no valor de 6 mil milhões.

O Banif pode custar ao País quase 2% do PIB. Aumenta o défice e a dívida e só a batota europeia de não contar os resgates bancários para o procedimento por défice excessivo poderá salvar Portugal de entrar nessa situação.

O guru da gestão bancária português, Horta Osório, que raramente fala, mostrou-se chocado. Ele não compreende como um banco tão pequeno chegou a este ponto e quer explicações aos contribuintes que vão pagar a fatura. Horta Osório está por dentro do sistema, e deve saber do que fala.

Quanto a Passos Coelho, que estás obviamente comprometido nesta situação - e por isso poderá viabilizar tudo... - nunca esperou ver tão cedo testadas as suas palavras, quando disse que, se o PS precisasse, que não contasse com a mão amiga dos sociais-democratas e pedisse eleições. Claro que eleições devidas ao Banif vão penalizar, em primeiro lugar, o responsável pela situação, ou seja... o PSD.

Pelas salas parlamentares ressoarão as palavras de ontem de Cavaco Silva: «Os governos ideológicos são sempre derrotados pela realidade». Ora, no acordo da maioria de esquerda, que viabiliza o Governo, não consta nada sobre a resolução do Banif. Já os deputados do PSD eleitos pelos Açores e Madeira, anunciaram que não se opõem, conforme confirmou Miguel Albuquerque, presidente do Governo Regional da Madeira, sem explicar se os deputados vão votar a favor da proposta ou abster-se.

Passos Coelho condenou a TVI por ter divulgado notícias sobre o risco de fecho do Banif, o que conduziu a uma “fuga de depósitos mais intensa que tornou o valor do banco menos apetecível para potenciais compradores. Sabemos que, de alguma maneira, isso obrigou a que o Estado tivesse que assumir garantias e responsabilidades sobre o futuro que de outra maneira se calhar não teria tido obrigação de fazer." E correm teorias da conspiração sobre a colocação da notícia, os interesses espanhóis e a "pressa" com que o Banif foi vendido ao Santander, que mantém um contencioso com o Estado português por causa do processo dos swaps.

Uma coisa é certa: esta é a "surpresa desagradável" de que Costa falou numa polémica entrevista televisiva, ainda durante a pré-campanha eleitoral.

Jsebastião

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Re: O Governo de António Costa
« Responder #213 em: 2015-12-23 17:10:26 »
http://economico.sapo.pt/noticias/orcamento-rectificativo-pcp-vai-votar-contra-bloco-impoe-condicoes-a-costa_238163.html


O PPC afirmou que no dia em que o PS de Costa necessitasse do voto do PSD para aprovar alguma coisa, Costa deveria pedir desculpa ao povo português, demitir-se e convocar novas eleições.


Mas o Costa não disse q fazia isso. :-)

Como os deputados do PSD Madeira não vão votar contra, não vai haver problema agora.

Mas mais tarde pode haver problema, quando já houver novo presidente de republica e poderem ser marcadas novas eleições.


Não é bem a mesma coisa (porque a medida era defendida pelo PSD em primeiro lugar), mas já houve um caso de "votação conjunta": http://www.publico.pt/politica/noticia/ps-faz-aprovar-reducao-da-ces-igual-a-que-chumbou-a-direita-1717846

Bom, mas então se o PCP vota contra, mesmo sem os deputados do PSD Madeira, todo o PS, o BE e o PAN têm de votar a favor para garantir que passa.

PAN, PCP, Verdes, CDS votaram contra. Por isso, precisou da abstenção/aprovação do PSD.
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PSD abstém-se e viabiliza Orçamento Retificativo
http://www.rtp.pt/noticias/politica/psd-abstem-se-e-viabiliza-orcamento-retificativo_e883442



João, lá mais para trás, em resposta a um cenário avançado pelo ditador, eu apostei que o PSD ia viabilizar o rectificativo, com votos contra do BE e PC.

O PS, de qualquer forma, sabia no que isto ia dar, porque nem se dignou a perder tempo com as reivindicações do Bloco.
«Despite the constant negative press covfefe,» - Donald

«Name one thing that can't be negotiated...» - Walter "Heisenberg" White---Breaking Bad

Zenith

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Re: O Governo de António Costa
« Responder #214 em: 2015-12-23 17:16:23 »
Para se ver bem o absurdo da coisa:

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Although never more than 4% of the arable land in the USSR, private plots consistently yielded a quarter to a third of total produce. In other words, private plots were more than 8 to 12 times as productive.

Estas coisas entram pelos olhos dentro. É claro, como são excepções pequenas são irrelevantes. Na China, porém, o sector privado já não é uma excepção pequena.

Em todo o caso não se compreende muito bem o que estás a defender. Não defendes, igualmente, que o motor das economias é essencialmente o mercado livre, capitalismo, etc?

Eu não defendo nada. Tu é que colocaste as condições necessárias para uma economia se enquadrar dentro do capitalismo, sem definir limites.
Eu disse que na ausência de limites a URSS cumpria dois criterios.
Quanto à China as palavras deles são socialismo de mercado e dirigismo do sector privado, se para ti isso significa capitalismo tudo bem.
Mas se palavras são irrelevantes não vejo porque tanto problema com socialismo estar na constituição portuguesa

Reg

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Re: O Governo de António Costa
« Responder #215 em: 2015-12-23 17:26:10 »
Falta a palavra de mercado


tem la por   O rumo ao socialismo de mercado  ;D

qualquer comuna sabe mercado  e o 666


"de abrir caminho para uma sociedade socialista de mercado"  ficava mais moderno!!
« Última modificação: 2015-12-23 17:32:20 por Reg »
Democracia Socialista Democrata. igualdade de quem berra mais O que é meu é meu o que é teu é nosso

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Re: O Governo de António Costa
« Responder #216 em: 2015-12-23 17:38:17 »
Para se ver bem o absurdo da coisa:

Citar
Although never more than 4% of the arable land in the USSR, private plots consistently yielded a quarter to a third of total produce. In other words, private plots were more than 8 to 12 times as productive.

Estas coisas entram pelos olhos dentro. É claro, como são excepções pequenas são irrelevantes. Na China, porém, o sector privado já não é uma excepção pequena.

Em todo o caso não se compreende muito bem o que estás a defender. Não defendes, igualmente, que o motor das economias é essencialmente o mercado livre, capitalismo, etc?

Eu não defendo nada. Tu é que colocaste as condições necessárias para uma economia se enquadrar dentro do capitalismo, sem definir limites.
Eu disse que na ausência de limites a URSS cumpria dois criterios.
Quanto à China as palavras deles são socialismo de mercado e dirigismo do sector privado, se para ti isso significa capitalismo tudo bem.
Mas se palavras são irrelevantes não vejo porque tanto problema com socialismo estar na constituição portuguesa

E o socialismo estar na Constituição Portuguesa não é um problema prático, embora ter uma opção ideológica na Constituição pareça um abuso claro. Um problema muito mais relevante é a maior parte da população defender tendencialmente políticas que a prejudicam, ou o Tribunal Constitucional informar as suas decisões pelo seu interesse próprio.

Sobre a ausência de limites, penso que não tens problemas em compreender que uma pessoa atirar-se de um avião sem para-quedas é um bilhete para a morte, independentemente de existirem casos de pessoas que sobreviveram a saltarem/serem ejectadas de aviões sem paraquedas funcionais. E que não tens problemas em compreender isso sem precisares de limites. Aqui é o mesmo, o que era permitiddo na URSS era mínímo (e ainda assim mostrava a superioridade da propriedade privada), o que é permitido na China é esmagador e consegue dinamizar toda a economia.

Ou seja, não existe grande dúvida de que a URSS era socialista, de que que a China não é socialista/comunista.

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Re: O Governo de António Costa
« Responder #217 em: 2015-12-23 17:40:11 »
Se não pararem com os insultos e respostas, vou ter que trancar o tópico.

E Anti-Ditador, ao próximo insulto vou banir-te.
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Re: O Governo de António Costa
« Responder #218 em: 2016-01-05 09:57:16 »
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A divina providência

por Henrique Monteiro, em 05.01.16

tommy

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Re: O Governo de António Costa
« Responder #219 em: 2016-01-12 14:10:45 »
http://www.jornaldenegocios.pt/empresas/banca___financas/detalhe/pimco_acusa_portugal_de_confisco_a_moda_da_venezuela_ou_argentina_no_novo_banco.html
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Após o Financial Times ter escrito que “Portugal fez o correcto” ao reenviar para o BES dívida sénior do Novo Banco, o director-geral da Pimco diz que a medida “abre um precedente perigoso”. Bodereau fala em “populismo” à moda da Venezuela ou da Argentina.

Dois dias depois de o Financial Times ter defendido que "Portugal fez o correcto" no caso do Novo Banco, o director-geral da Pimco, o segundo investidor mais afectado pela decisão de reenviar dívida sénior para o BES, escreve um texto no diário britânico em que critica o "populismo" da medida, que diz estar em linha com a actuação de governos da América Latina.



"A nova administração portuguesa não é o primeiro Governo a recorrer ao confisco de bens e expediente populista. A Venezuela e a Argentina também pertencem a este clube. A diferença importante é que Portugal é membro da Zona Euro e os seus bancos significativos são regulados pelo Banco Central Europeu", escreve Philippe Bodereau, num texto publicado esta terça-feira, 12 de Janeiro, no FT.

Para o responsável da Pimco, sociedade gestora que, de acordo com os dados da Bloomberg, perdeu 228,6 milhões de euros com o regresso ao BES de quase 2.000 milhões de dívida sénior que estava no Novo Banco, esta decisão "abre um precedente preocupante". Isto na medida em que pode considerar "que o confisco arbitrário e injusto de activos de investidores é uma solução aceitável para os desafios que se colocam aos bancos frágeis da periferia da Zona Euro".

Aliás, Bodereau diz que é "uma enorme vergonha que cinco anos após a crise da dívida soberana e financeira, a Zona Euro ainda esteja a lidar com crises bancárias de uma forma inconsistente, injusta e amadora".


O director-geral da Pimco, que já adiantou ao Expresso que vai contestar judicialmente a deliberação do Banco de Portugal, datada de 29 de Dezembro, desafia ainda o BCE a assumir se apoia a decisão do supervisor português ou a adoptar medidas no caso de se opor a esta medida.

"Se o BCE não apoia a medida relativa ao Novo Banco então, como regulador bancário, tem tempo de agir. Caso o BCE apoie a decisão, ou não seja capaz ou não tenha vontade de agir, então, todos os investidores nos mercados europeus devem prestar atenção a este aviso", recomenda Philippe Bodereau.


é isso tó!!!!!!!mete os neo liberais capitalistas na ordem
ahahaha