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Autor Tópico: Comunismo  (Lida 62649 vezes)

Automek

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Re: Comunismo
« Responder #340 em: 2018-09-26 18:56:46 »
porque não ha especialistas para dizer  isto vale X milhoes ou isto vale 2 euros...

unica coisa podem fazer e saber se e fake ou não

o resto especulação


cinema  esta cheio exemplos  filmes com boa critica perderam dinheiro ( audiencias)
os filmes que mais dinheiro fizeram em portugal não tinham quaisquer apoios e foram, regra geral, mal classificados pelos "especialistas" (crime do padre amaro, balas e bolinhos, etc.). é isto que eles querem. intitularem-se especialistas, com base em critérios discutíveis, para dizer que o rebanho das ovelhas está errado e eles é que estão certos porque, supostamente, percebem muito de cinema. como se houvesse uma coisa como "perceber muito de cinema". a pessoa pode saber muito da história do cinema, saber muito sobre actores, realizadores, etc., saber muito sobre realização, iluminação, saber muito de muita coisa. agora poder dizer, como se fosse factual, que este filme é bom e aquele é mau, isso é uma mera opinião pessoal, que tem o mesmo valor que qualquer outra.
um tipo que diga que o filme X tem uma fotografia melhor do que o Y por isto, isto e isto, está a expressar a opinião de forma objectiva. mas não é isso que os especialistas fazem. acham-se num pedestal e que todas as postas que debitam são factos. o pior é haver quem aceite isso como sendo factos porque "aquele tipo percebe muito de cinema".

vbm

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Re: Comunismo
« Responder #341 em: 2018-09-26 20:29:44 »
"aquele tipo percebe muito de cinema"!
_________________________________________

-:)) Perfeito.

Até pode estar indevidamente num pedestal.
E se realmente, o tipo perceber mesmo muito de cinema?

Mesmo sem estar em qualquer pedestal, vítima dos que nada
percebem de cinema, é levado injustamente ao desprezo,
por causa dos que aparentam saber e não sabem!

Sucede assim em várias profissões, desqualificadas
por medíocres praticantes, quando não vigaristas.
« Última modificação: 2018-09-26 22:47:08 por vbm »

Reg

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Re: Comunismo
« Responder #342 em: 2018-09-26 20:37:04 »
se perceber muito cinema faz filmes  :D

mas tem  ganhar dinheiro com filmes !


e depois ate pode fazer filmes so por gosto   maneira dele  quando for rico
« Última modificação: 2018-09-26 20:53:15 por Reg »
Democracia Socialista Democrata. igualdade de quem berra mais O que é meu é meu o que é teu é nosso

vbm

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Re: Comunismo
« Responder #343 em: 2018-09-26 22:54:30 »
Pode não fazer nem uma pequena fracção dos que congemina e esboça.
Olha o Orson Welles; fez alguns, não todos. O Eisenstein, idem.

Sempre tive na ideia, que um homem
vale mais do que a sua obra.

O que não está escrito nem feito,
está vivo na mente do seu demiurgo.


vbm

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Re: Comunismo
« Responder #344 em: 2018-09-26 22:57:27 »
Um dia transcreverei uma carta de Platão
que explica a superioridade do pensar
sobre o que feito ou escrito está.

Thunder

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Re: Comunismo
« Responder #345 em: 2018-09-28 00:30:51 »
Essa dos colectivistas serem arbitrários, mesmo que eventualmente acertada, faz-me rir pela sombra ridícula que projecta no chão da mente, a de que os privados, esses são 'objectivos'! lolinho. A prova do ridículo vê-se diariamente na concorrência das televisões, nos seus programas e nos seus telejornais: todos iguais, mais 'objectivos', impossível! RAG. E que me interessa a porcaria dos telejornais todos iguais? O que me interessa o futebol, os meniscos dos futebolistas, e os golos marcados ou por marcar? Claro, não interessa para nada, mas é o que impingem, no caso reunindo a maior sagacidade das mentes dos néscios. Mais objectividade? Aqui a tens: ninguém critica os monopólios e os trusts privados que se autoproclamam o 'mercado livre', quando arruínam e absorvem toda a concorrência para, como produtores omnipotentes, imporem a mixórdia poluente dos seus produtos, que a ninguém de sã mente interessam. Liberalismo económico, só com cidadãos livres, instruídos e soberanos.

Um colectivista terá sempre um viés por decisões/legislação arbitrária. Está na base do seu sistema de valores. Não é algo eventual; está no seu DNA.

Não sei porque deste o salto do assunto sobre colectivistas e arbitrariedades para a questão da má qualidade dos meios de comunicação privados. Acho que é porque adoras tanto o tema que foi-te irresistível "fazer a ponte" entre os assuntos.
De qualquer forma partes duma premissa muito frágil; a de que um privado (ou board ou o que seja) dono dum canal de televisão
 privado é individualista e liberal (por oposição a um colectivista). É um argumento que vejo ser usado com frequência: Privado » gajo de direita/neoliberal/fanático do mercado livre.
Mas é um erro e uma visão ingénua. Alguém que esteja no topo da cadeia alimentar (grandes empresas/players estabelecidos e com muita cota de mercado) são tudo menos à favor duma livre concorrência. O que lhes realmente interessa é um ecossistema (de mercado/legislativo) em que se mantenha o status quo e/ou possam ditar ao legislador qual o caminho a trilhar, nem que seja para minar a concorrência que potencialmente possa aparecer. Uma empresa de grande calibre tem - por exemplo - departamentos jurídicos e de RH com capacidade para estudar e responder a legislação complexa que uma PME nunca na vida consegue igualar. Eu trabalho numa PME e alguma da legislação que temos que cumprir é completamente avassaladora. Muitas das vezes andamos aos papeis para tentar responder às exigências e por vezes nem sequer se consegue cumprir à 100%

Uma pergunta em jeito de provocação:
Se queres criticar monopólios tenho mais um para a tua lista; o monopólio de definires o que são os currículos a ensinar "ao povão". E o quasi-monopólio do ensino. Se nos países ocidentais há cada vez mais pessoas com formação secundária e superior, não é estranho que os tais "cidadãos instruídos" consumam tanto "lixo" via meios de CS? Tens aqui um bom exemplo como um sistema cheio de boas intenções pode ser capturado e/ou falhar na missão de conseguir cumprir com objectivos nobres.

E já agora porque o tema original eram os taxis, também poderias criticar como um "monopólio", criado pelo tipo de leis que os colectivistas adoram o que conseguia era um serviço de má qualidade mas pago como se fosse um excelente serviço.
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Re: Comunismo
« Responder #346 em: 2018-09-28 00:37:58 »
A TV não é algo essencial para a sobrevivência e, portanto, o estado não se deve meter.

Depende. Se encararmos a TV como uma fonte de conhecimento e instrução secundária, e extremamente apelativa, por vezes é importante garantir programas com algum conteúdo, e não estar sujeito a pastilha elástica de gouchas e casas dos segredos 24/7. Penso que seria esse o papel da RTP pública.

No entanto, hoje em dia penso que esta necessidade se coloca cada vez menos pois cada vez menos são as pessoas com apenas acesso aos 4 canais (penso eu!), tendo acesso em geral a canais com ofertas diversificadas para qualquer interesse possível.

A RTP, o tal canal com a missão de serviço público tem -por exemplo- a Raquel Varela a falar semanalmente. Vejam com a leviandade com que ela fala sobre a Guerra Civil Russa. Foi no programa da semana passada. Mas se o assunto for a Guerra Civil espanhola alto e para o baile, já foi uma coisa abominável. Andar a cobrar-me impostos para pagar pessoas que não tem o mínimo de honestidade intelectual e que ainda por cima colocam-se em cima dum pedestal? A sério não contem comigo.
Se querem ser levados a sério na tal missão de serem um serviço público há mínimos a cumprir. Dar tempos de antena semanal durante anos para alguém que branqueia factos históricos duma relevância incrível mina completamente essa suposta missão.
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Re: Comunismo
« Responder #347 em: 2018-09-28 00:44:37 »
Péssimo exemplo. Enquanto que os colectivistas beneficiam arbitrariamente um grupo, muitas vezes usando recursos dos contribuintes, os canais de televisão privados não nos exigem nada. Quem quer vê, quem não quer não vê.
Se há crítica a fazer é ao grupo RTP/RDP que nos esfola (via colectivismo) a taxa audiovisual.

Se aquilo que emerge do mercado livre de televisão são programas que não queres ver significa que estás num nicho para o qual o mercado livre acha que não justifica investir por não ter retorno.
Tens duas hipóteses: ou procurar alternativas no Cabo ou deixas de ver TV e procuras outras formas de lazer. A TV não é algo essencial para a sobrevivência e, portanto, o estado não se deve meter.

Não me parece um péssimo exemplo mas sim um exemplo pertinente, a comprovar justamente uma condição prévia ou, pelo menos, concomitante de a democracia ter interesse e não degenerar num retrocesso civilizacional: as pessoas serem instruídas, livres, fortes nas suas associações e famílias, de modo a que o facilitismo néscio e imediatista do que se produz e serve não redunde numa cultura de legumes-zombies ou exaltados-aparvalhados. A hipótese alternativa às que existem dos privados, fomentadoras de legumes, de exaltados, e de 'ideias' rápidas 'mastigadas' é uma televisão oposta às que existem, pagas por impostos sobre as existentes, de molde a arruiná-las quer pelos impostos quer pela perda progressiva de espectadores a que fiquem confinados, por a maioria crescente optar por outras formas de comunicação.

A adesão em massa ao que quer que seja não significa por si só que valha o que renda.
Isso determina-se pelo acréscimo ou não de mais bem-estar para todos.

O termo propaganda diz-te alguma coisa? Porque basicamente seria o sistema resultante daquilo que advogas; TV e meios de CS com a chancela de estado e com capacidade - via impostos - de reduzir a concorrência a cinzas.
Ou seja meios de CS na mão do estado, ensino na mão do estado, definição de currículos de ensino na mão do estado ... e desse caldo é que apareceriam os cidadão livres, cultos, etc. ... só que a história reduz a cinzas aquilo que advogas. Basicamente é a receita para um sistema de idolatria a um líder e/ou estado.
« Última modificação: 2018-09-28 01:08:57 por Thunder »
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Re: Comunismo
« Responder #348 em: 2018-09-28 01:01:41 »
Automek, não me parece que a questão se coloque em termos de uma pessoa que sabe muito de X e pouco de Y seja melhor, ou tenha conhecimentos melhores que quem sabe de Y e pouco de X. Não há conhecimentos melhores nem piores teoricamente. E, sendo eu anti-classes, uma pessoa que seja um grande filósofo vale tanto como um grande mecânico, um grande jogador de xadrez ou um grande músico. Como pessoas, como seres humanos, valem o mesmo. Até uma pessoa que não sabe fazer nada bem, provavelmente porque nunca experimentou fazer aquilo para o qual nasceu com aptidão, vale o mesmo que elas.

Agora, o que há é áreas de conhecimento mais úteis ao desenvolvimento humano e social das comunidades que outras. A Filosofia não é saber de cor nomes de filósofos ou o que eles disseram, mas sim interpretar os raciocínios e argumentações que eles usaram ao pensarem sobre um determinado problema da altura, e tentar aprender com eles, de forma a poder, com mais ferramentas intelectuais, seja de raciocínio, seja de argumentos com base em questões anteriores já resolvidas com sucesso ou insucesso, resolver problemas actuais da sociedade que realmente mexem com as nossas vidas. Sim, o futebol mexe com as nossas vidas também, mas creio que estamos de acordo que o facto de o Benfica ser ou não campeão este ano não é (ou não deveria ser) uma preocupação para a comunidade em geral como o futuro do Euro, ou o futuro da União Europeia, ou mesmo o futuro da indústria e do emprego com a exponencial automação de processos. Se olhares com retrospectiva para o passado, percebes que o Homem evoluiu pensando sobre o que seria melhor para a comunidade, cometeu erros, aprendeu com eles e seguiu em frente. A História e a Filosofia são áreas do conhecimento que nos permitem, por um lado, evitar cometer os mesmos erros (por isso é tão perigoso ter pessoas pouco instruídas nessas áreas como governantes de países, pois têm poder que influencia milhões e não apenas o próprio), e por outro lado pensar o futuro. Filosofia é a arte de saber pensar, de saber reflectir e após, saber argumentar e contra-argumentar sobre um certo tema. História é conhecimento do passado, dos erros e das boas decisões, e do que originou o quê ao longo dos tempos. Não é saber de cor os nomes dos Reis. A informação é importante, mas mais que isso, é essencial saber perceber o que ela nos diz sobre nós.



O problema é que se vires bem há situações em que por muita argumentação e contra-argumentação que exista a sociedade como um todo continua a cair nos mesmos erros históricos do passado.
Depois de toda a miséria humana causada, que ainda haja gente a dizer abertamente que defende regimes marxistas é algo que a mim deixa-me completamente parvo. Pessoas com tempo de antena semanal na CS, com posições importantes em Universidades e organismos/instituições do estado.
Esse suposto canal público estaria cravejado de pessoas oriundas das soft-sciences que como sabemos anda num autêntico espírito de cruzada e a arrastar o nome da ciência pela lama. Que garantias tenho eu que seria um canal que existiria um contraditório real; quer em termos de comentadores, de programas, etc.?
Para mim - no contexto actual - mais rapidamente teríamos um canal de doutrinação (disfarçada) do que um canal realmente interessado em criar cidadãos livres e com pensamento crítico (profundo) e não meramente uma brigada de indignados sobre a espuma dos dias.
« Última modificação: 2018-09-28 01:12:08 por Thunder »
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Re: Comunismo
« Responder #349 em: 2018-09-28 01:23:19 »
Homem cometeu errospensando sobre o que seria melhor para a comunidade, aprendeu com eles e seguiu em frente  porque pessoas são mortais 

o erro deve ser este  :-X o aprender dura 2 geraçoes no maximo 

« Última modificação: 2018-09-28 01:40:32 por Reg »
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JohnyRobaz

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Re: Comunismo
« Responder #350 em: 2018-09-28 02:11:01 »
Automek, não me parece que a questão se coloque em termos de uma pessoa que sabe muito de X e pouco de Y seja melhor, ou tenha conhecimentos melhores que quem sabe de Y e pouco de X. Não há conhecimentos melhores nem piores teoricamente. E, sendo eu anti-classes, uma pessoa que seja um grande filósofo vale tanto como um grande mecânico, um grande jogador de xadrez ou um grande músico. Como pessoas, como seres humanos, valem o mesmo. Até uma pessoa que não sabe fazer nada bem, provavelmente porque nunca experimentou fazer aquilo para o qual nasceu com aptidão, vale o mesmo que elas.

Agora, o que há é áreas de conhecimento mais úteis ao desenvolvimento humano e social das comunidades que outras. A Filosofia não é saber de cor nomes de filósofos ou o que eles disseram, mas sim interpretar os raciocínios e argumentações que eles usaram ao pensarem sobre um determinado problema da altura, e tentar aprender com eles, de forma a poder, com mais ferramentas intelectuais, seja de raciocínio, seja de argumentos com base em questões anteriores já resolvidas com sucesso ou insucesso, resolver problemas actuais da sociedade que realmente mexem com as nossas vidas. Sim, o futebol mexe com as nossas vidas também, mas creio que estamos de acordo que o facto de o Benfica ser ou não campeão este ano não é (ou não deveria ser) uma preocupação para a comunidade em geral como o futuro do Euro, ou o futuro da União Europeia, ou mesmo o futuro da indústria e do emprego com a exponencial automação de processos. Se olhares com retrospectiva para o passado, percebes que o Homem evoluiu pensando sobre o que seria melhor para a comunidade, cometeu erros, aprendeu com eles e seguiu em frente. A História e a Filosofia são áreas do conhecimento que nos permitem, por um lado, evitar cometer os mesmos erros (por isso é tão perigoso ter pessoas pouco instruídas nessas áreas como governantes de países, pois têm poder que influencia milhões e não apenas o próprio), e por outro lado pensar o futuro. Filosofia é a arte de saber pensar, de saber reflectir e após, saber argumentar e contra-argumentar sobre um certo tema. História é conhecimento do passado, dos erros e das boas decisões, e do que originou o quê ao longo dos tempos. Não é saber de cor os nomes dos Reis. A informação é importante, mas mais que isso, é essencial saber perceber o que ela nos diz sobre nós.



O problema é que se vires bem há situações em que por muita argumentação e contra-argumentação que exista a sociedade como um todo continua a cair nos mesmos erros históricos do passado.
Depois de toda a miséria humana causada, que ainda haja gente a dizer abertamente que defende regimes marxistas é algo que a mim deixa-me completamente parvo. Pessoas com tempo de antena semanal na CS, com posições importantes em Universidades e organismos/instituições do estado.
Esse suposto canal público estaria cravejado de pessoas oriundas das soft-sciences que como sabemos anda num autêntico espírito de cruzada e a arrastar o nome da ciência pela lama. Que garantias tenho eu que seria um canal que existiria um contraditório real; quer em termos de comentadores, de programas, etc.?
Para mim - no contexto actual - mais rapidamente teríamos um canal de doutrinação (disfarçada) do que um canal realmente interessado em criar cidadãos livres e com pensamento crítico (profundo) e não meramente uma brigada de indignados sobre a espuma dos dias.

Ora bem, sinceramente não vejo muita televisão devido a falta de tempo, e o canal que vejo mais é a Sic Notícias. E volto a frisar que quanto maior for a percentagem de pessoas com acesso à TV por cabo, a necessidade de TV pública não me parece tão necessária devido à muito maior diversidade disponível. Mas falando dos 4 canais de tv aberta, vejamos por exemplo a programação desta 6feira em horário nobre:

RTP1 - Sexta às 9 (jornalismo de investigação) + JOKER (programa baseado em cultura geral) + O Duelo (adaptação em TV (já houve filme, penso que este seja uma série) de um livro do Jorge Amado com um dos mais bem sucedidos actores portugueses de sempre, Joaquim d'Almeida)

RTP2 - Desenhos animados até as 21h + Jornal 2 (informativo) + Jogar em Casa (série norueguesa, não creio que haja algum canal nem por cabo a transmitir séries produzidas nos países nórdicos, ou seja, é uma oferta que complementa o que o mercado dos privados oferece, em vez de replicar algo idêntico) + O Filho de Saul (filme húngaro, vencedor do globo de ouro para melhor filme estrangeiro e nomeado para Oscar da categoria - outra classe de filme que foge à enxurrada de Hollywood que os canais privados nos enchem as televisões)

SIC - Telejornal (informativo) + Alma e Coração (telenovela portuguesa) + Vidas Opostas (telenovela portuguesa) + Segundo Sol (telenovela brasileira)

TVI - Telejornal (informativo) + A Herdeira (telenovela portuguesa) + Jogo Duplo (telenovela portuguesa) + Onde está a Elisa? (telenovela portuguesa)


Eu também preferia não pagar a taxa audiovisual, mas sério que para toda a gente seria melhor eliminar os dois primeiros conteúdos e trocar por outros dois semelhantes aos dois conteúdos dos generalistas privados? É esse tipo de "oferta diversificada" que pretendem garantir às pessoas sem acesso à TV cabo ou internet (sim, no interior ainda existem)? A sério que tudo pode ser relativizado, como o valor da diversidade cultural e de conteúdos, da arte em geral? Será que é porque num programa é dada a voz a alguém que diz algo de errado que se coloca tudo em causa? Eu, olhando com olhos de ver para esta programação, não consigo achar que a TV pública seja dispensável. Poderia haver outra forma, digamos que exigir contratualmente certo grau de diversidade de conteúdos, mas duvido que isso seja mais liberal que assegurar um canal ou dois com essa diversidade e deixar o resto à vontade dos canais privados.

Esta parte foi para responder em relação à TV pública, e sobre o que é oferecido em concreto.


Quanto à maior parte do meu comentário que referes é sobre a importância que atribuo ao estudo de ciências sociais e humanas como a Filosofia, a Economia, a Sociologia, e também da Arte (seja ela qual for). Eu não desprezo o conhecimento em função de reacções primárias.
« Última modificação: 2018-09-28 02:14:01 por JohnyRobaz »

Reg

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Re: Comunismo
« Responder #351 em: 2018-09-28 02:31:28 »
mas bater ciencia.. e algo ja se fez no passado esta na estoria dezenas vezes


e  agora batem de novo........   


não existe nada que salve comunidade das Fes  no caso europa e a marxista sec 21
« Última modificação: 2018-09-28 02:33:54 por Reg »
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Re: Comunismo
« Responder #352 em: 2018-09-28 07:21:59 »
Mas é um erro e uma visão ingénua. Alguém que esteja no topo da cadeia alimentar (grandes empresas/players estabelecidos e com muita cota de mercado) são tudo menos à favor duma livre concorrência. O que lhes realmente interessa é um ecossistema (de mercado/legislativo) em que se mantenha o status quo e/ou possam ditar ao legislador qual o caminho a trilhar, nem que seja para minar a concorrência que potencialmente possa aparecer. Uma empresa de grande calibre tem - por exemplo - departamentos jurídicos e de RH com capacidade para estudar e responder a legislação complexa que uma PME nunca na vida consegue igualar. Eu trabalho numa PME e alguma da legislação que temos que cumprir é completamente avassaladora. Muitas das vezes andamos aos papeis para tentar responder às exigências e por vezes nem sequer se consegue cumprir à 100%
Bom post.
1. Legislação complexa (regulação, como gostam de dizer) é, na prática, um entrave à entrada de novos players, mesmo que não existam entraves formais à entrada nessa indústria.

2. É fácil atirar a culpa das pessoas não pensarem para a TV, esquecendo que os conteúdos de educação leccionados nas escolas são definidos pelo estado (com uma pequeníssima % de liberdade às escolas). E as escolas são maioritariamente públicas. Se há alguém a fazer alguma coisa errada é o estado.

vbm

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Re: Comunismo
« Responder #353 em: 2018-09-28 08:04:04 »
Um colectivista terá sempre um viés por decisões/legislação arbitrária. Está na base do seu sistema de valores. Não é algo eventual; está no seu DNA. [ ]

Alguém que esteja no topo da cadeia alimentar (grandes empresas/players estabelecidos e com muita cota de mercado) são tudo menos à favor duma livre concorrência. O que lhes realmente interessa é um ecossistema (de mercado/legislativo) em que se mantenha o status quo e/ou possam ditar ao legislador qual o caminho a trilhar, nem que seja para minar a concorrência que potencialmente possa aparecer. [ ]

Uma pergunta em jeito de provocação:

Se queres criticar monopólios tenho mais um para a tua lista; o monopólio de definires o que são os currículos a ensinar "ao povão". E o quasi-monopólio do ensino. Se nos países ocidentais há cada vez mais pessoas com formação secundária e superior, não é estranho que os tais "cidadãos instruídos" consumam tanto "lixo" via meios de CS? Tens aqui um bom exemplo como um sistema cheio de boas intenções pode ser capturado e/ou falhar na missão de conseguir cumprir com objectivos nobres.

E já agora porque o tema original eram os taxis, também poderias criticar como um "monopólio", criado pelo tipo de leis que os colectivistas adoram o que conseguia era um serviço de má qualidade mas pago como se fosse um excelente serviço.

Obrigado, Thunder.
Vale a pena reflectir,
atentar nas observações que fazes.

Com as quais eu concordo.

Legislar é intervir.
Os trusts legislam.
Abominam a concorrência.
A estabilidade é o que defendem.

Compreende-se, mas invenção
e inovação requerem-se,
mesmo que acarrete
a sua destituição
a favor de
soluções melhores.


Sim. O ensino que existe não vale nada.
É estupidamente pilotado por sindicatos monopolistas.
As pessoas ficam burras com o que se lhes (não) ensina.


E é verdade, sim senhor. Os táxis beneficiaram
de um monopólio e prestam mau serviço, - de que
a culpa não é exclusivamente deles, dada a saturação urbana.

A solução que defendo é a de lhes aliviar os impostos e as licenças,
de modo a enfrentarem a concorrência de preço e qualidade que os Uber
lhes impõem. Estou certo que é a única solução que lhes resta e na qual vão confiar.


{Por mim, gosto dos táxis na rua: estender o braço e mandá-los parar!
Como os detectives dos romances policiais dos anos quarenta -:)
E nada me impede de contratar um taxista específico
para um serviço a acordar e agendar.
Só que não tenho isso
no sistema actual
dos táxis de rua.
}



vbm

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Re: Comunismo
« Responder #354 em: 2018-09-28 08:27:11 »
O termo propaganda diz-te alguma coisa? Porque basicamente seria o sistema resultante daquilo que advogas; TV e meios de CS com a chancela de estado e com capacidade - via impostos - de reduzir a concorrência a cinzas.
Ou seja meios de CS na mão do estado, ensino na mão do estado, definição de currículos de ensino na mão do estado ... e desse caldo é que apareceriam os cidadão livres, cultos, etc. ... só que a história reduz a cinzas aquilo que advogas. Basicamente é a receita para um sistema de idolatria a um líder e/ou estado.

Diz. Não a propaganda néscia dos comerciais.
Mas algo mais sofisticado. Ontem ouvi na rádio,
o adolfo mesquita nunes. Promoveu o turismo,
não com anúncios nas revistas, mas convidando
jornalistas estrangeiros a visitarem o país,
lisboa, algarve, porto, interior e a
escreverem sobre o que viram,
na internet.

Defendo o mesmo. Entrevistar muito menos
futebolistas e comentadores de futebolistas
e conversar com gente da ciência,
da cultura e da arte.

Depois, ver-se-á o resultado.

No presente, só vejo a crítica ao que há,
através dos programas humorísticos,
que realmente ridicularizam
o mau gosto do público.

Convém, no entanto, 'pastoreá-lo´
ao que realmente tem valor.

«E por onde a razão, como uma brisa,
vos levar, por aí deveis seguir.»

vbm

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Re: Comunismo
« Responder #355 em: 2018-09-28 08:34:25 »
Automek, não me parece que a questão […]

O problema é que se vires bem há situações em que por muita argumentação e contra-argumentação que exista a sociedade como um todo continua a cair nos mesmos erros históricos do passado.
Depois de toda a miséria humana causada, que ainda haja gente a dizer abertamente que defende regimes marxistas é algo que a mim deixa-me completamente parvo. Pessoas com tempo de antena semanal na CS, com posições importantes em Universidades e organismos/instituições do estado.
Esse suposto canal público estaria cravejado de pessoas oriundas das soft-sciences que como sabemos anda num autêntico espírito de cruzada e a arrastar o nome da ciência pela lama. Que garantias tenho eu que seria um canal que existiria um contraditório real; quer em termos de comentadores, de programas, etc.?
Para mim - no contexto actual - mais rapidamente teríamos um canal de doutrinação (disfarçada) do que um canal realmente interessado em criar cidadãos livres e com pensamento crítico (profundo) e não meramente uma brigada de indignados sobre a espuma dos dias.

Portanto, aqui está bem delineado o que contrariar
numa receada televisão de doutrinação.
Contrariemo-la, então. Aplaudo.

JohnyRobaz

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Re: Comunismo
« Responder #356 em: 2018-09-28 09:20:32 »
O termo propaganda diz-te alguma coisa? Porque basicamente seria o sistema resultante daquilo que advogas; TV e meios de CS com a chancela de estado e com capacidade - via impostos - de reduzir a concorrência a cinzas.
Ou seja meios de CS na mão do estado, ensino na mão do estado, definição de currículos de ensino na mão do estado ... e desse caldo é que apareceriam os cidadão livres, cultos, etc. ... só que a história reduz a cinzas aquilo que advogas. Basicamente é a receita para um sistema de idolatria a um líder e/ou estado.

Diz. Não a propaganda néscia dos comerciais.
Mas algo mais sofisticado. Ontem ouvi na rádio,
o adolfo mesquita nunes. Promoveu o turismo,
não com anúncios nas revistas, mas convidando
jornalistas estrangeiros a visitarem o país,
lisboa, algarve, porto, interior e a
escreverem sobre o que viram,
na internet.

Defendo o mesmo. Entrevistar muito menos
futebolistas e comentadores de futebolistas
e conversar com gente da ciência,
da cultura e da arte.

Depois, ver-se-á o resultado.

No presente, só vejo a crítica ao que há,
através dos programas humorísticos,
que realmente ridicularizam
o mau gosto do público.

Convém, no entanto, 'pastoreá-lo´
ao que realmente tem valor.

«E por onde a razão, como uma brisa,
vos levar, por aí deveis seguir.»


O Adolfo Mesquita Nunes tem sido dos políticos que mais tenho gostado de acompanhar, pois para mim representa o lado mais liberal que a direita (pelo menos em Portugal) terá para oferecer, pois é um liberal dos costumes e um liberal económico. O seu trabalho no turismo é reconhecido e sendo meu conterrâneo só não votei nele porque a minha morada oficial já não é a terra natal. E sou eu de centro-esquerda (seja isso o que for). Adiante, recomendo o podcast do Daniel Oliveira com ele sobre a liberalização da direita em Portugal (sim, o Daniel Oliveira esquerdalho, mas calma, não desistam já, pois ele tem nos seus podcasts ("Perguntar não ofende") conversas bem interessantes e provocatórias em relação a todos os espectros políticos e sociais), onde o Adolfo se sai bastante bem na argumentação e onde lhe dou razão em quase todos os assuntos, e acima de tudo representa a direita que eu gostaria de ver em Portugal, uma direita realmente e globalmente liberal, e não apenas aquela direita que apenas defende liberalismo naquilo que lhe permite encher mais o bolso.

vbm

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Re: Comunismo
« Responder #357 em: 2018-09-28 10:04:41 »
Sim, JohnyR., o 'gajo' é inteligente e argumenta correctamente.

Já quanto à 'liberalidade' de costumes, só com muita educação
e respeito pelos outros eu a admito, o que, quanto a mim,
requer uma grande sobriedade e discrição.

Os árabes, guiados pelo Alcorão, têm uma obrigação moral
muito particular que é a de não escandalizar o irmão.
Por exemplo, fumarem, beber, praticarem orgias,
não são propriamente proibidas. Permitem-se.
Na condição de não escandalizarem o irmão.

De facto, ostentar opulência perante
o irmão necessitado, escandaliza,
ofende.

Isso é proibido. Antes, o dever é
o de acudir o necessitado.

No caso da liberalidade de costumes,
a mesma discrição é imperiosa.

Obviamente, incomoda e ofende
sensualidade pública ao vivo
em quem nela não participe.

E não só isso ofende com a homossexualidade
como com a heterossexualidade.

No entanto, mulher nua não me ofende, nem
me incomoda propriamente posso é desejá-la
e isso, por insatisfação, revoltar-me.

Já um homem, nu, acho de péssimo mau gosto.
Por mim, acho que um 'gajo' deve vestir-se
do pescoço aos pés, como o Vasco da Gama
junto do Samorim de Calecute!


JohnyRobaz

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Re: Comunismo
« Responder #358 em: 2018-09-28 13:09:13 »
Sim, JohnyR., o 'gajo' é inteligente e argumenta correctamente.

Já quanto à 'liberalidade' de costumes, só com muita educação
e respeito pelos outros eu a admito, o que, quanto a mim,
requer uma grande sobriedade e discrição.

Os árabes, guiados pelo Alcorão, têm uma obrigação moral
muito particular que é a de não escandalizar o irmão.
Por exemplo, fumarem, beber, praticarem orgias,
não são propriamente proibidas. Permitem-se.
Na condição de não escandalizarem o irmão.

De facto, ostentar opulência perante
o irmão necessitado, escandaliza,
ofende.

Isso é proibido. Antes, o dever é
o de acudir o necessitado.

No caso da liberalidade de costumes,
a mesma discrição é imperiosa.

Obviamente, incomoda e ofende
sensualidade pública ao vivo
em quem nela não participe.

E não só isso ofende com a homossexualidade
como com a heterossexualidade.

No entanto, mulher nua não me ofende, nem
me incomoda propriamente posso é desejá-la
e isso, por insatisfação, revoltar-me.

Já um homem, nu, acho de péssimo mau gosto.
Por mim, acho que um 'gajo' deve vestir-se
do pescoço aos pés, como o Vasco da Gama
junto do Samorim de Calecute!


Bom a questão é que essa boa educação relacionada com os costumes pode ser relativa de pessoa para pessoa. Para um conservador, ver uma mãe amamentar o filho em público (por exemplo enquanto espera pelo metro) ou ver dois homossexuais passear pelo parque de mãos dadas ou aceitar que um casal homossexual se case ou adopte filhos ou saber (ouvir dizer, digamos, e não ver nem ouvir directamente) que a sua vizinha teve uma sessão de sexo em sua casa com dois amantes simultaneamente na sua privacidade ou, no limite, que um negro ou uma mulher sejam os CEO's da sua empresa, mandando neles, tudo isto pode ser visto por ele como chocante ou "má educação". E é por isso que é preciso ser demonstrado pelos liberais, grupo nos quais me incluo, aos conservadores, que esses exemplos são coisas que deveriam ser absolutamente normais na liberdade de cada um não afectando os demais e não chocantes ou má educação.

Reg

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Re: Comunismo
« Responder #359 em: 2018-09-28 13:15:12 »
tu dizes e normal dois machos criarem criança

mas não tens provas e so Fe

não se sabe como isto influencia uma criança


( de qualquer modo estão melhores adotados que serem enrabados nos orfanatos  como na casa pia...) alternativa não e grande coisa

se empresas metem quotas so base ser mulheres ou pretos não vão longe......   são comidos pela concorrencia e pelos chineses

alias chineses compram muitas empresas  não tem nada disso

hoje dia são chineses como CEO....

« Última modificação: 2018-09-28 14:02:29 por Reg »
Democracia Socialista Democrata. igualdade de quem berra mais O que é meu é meu o que é teu é nosso