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Autor Tópico: Comunismo  (Lida 61763 vezes)

Zenith

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Re: Comunismo
« Responder #60 em: 2016-11-27 12:42:09 »
Para os revisionistas da história  que querem fazer crer que Cuba estava no bom caminho com Batista, aqui vão alguns excertos de um discursos de Kennedy em outubro de 1960 (jno final da campanha presidencial),
Citar
Two years ago in September of 1958 - bands of bearded rebels descended from Cuba's Sierra Maestra Mountains and began their long march on Havana - a march which ended in the overthrow of the brutal, bloody, and despotic dictatorship of Fulgencio Batista.

The slogans, the manifestos, and the broadcasts of this revolution reflected the deepest aspirations of the Cuban people. They promised individual liberty and free elections. They promised an end to harsh police-state tactics. They promised a better life for a people long oppressed by both economic and political tyranny.

But in the 2 years since that revolution swept Fidel Castro into power, those promises have all been broken.
...
Castro and is gang have betrayed the ideals of the Cuban revolution and the hopes of the Cuban people.

But Castro is not just another Latin American dictator - a petty tyrant bent merely on personal power and gain. His ambitions extend far beyond his own shores. He has transformed the island of Cuba into a hostile and militant Communist satellite
...


This is a critical situation - to find so dangerous an enemy on our very doorstep. The American people want to know how this was permitted to happen - how the Iron Curtain could have advanced almost to our front yard. They want to know the truth - and I believe that they are entitled to the truth.

...


 The real question is: What should we have done? What did we do wrong? How did we permit the Communists to establish this foothold 90 miles away?

The answer is fourfold.

First, we refused to help Cuba meet its desperate need for economic progress. In 1953 the average Cuban family had an income of $6 a week. Fifteen to twenty percent of the labor force was chronically unemployed.

Only a third of the homes in the island even had running water, and in the years which preceded the Castro revolution this abysmal standard of living was driven still lower as population expansion out-distanced economic growth.

Only 90 miles away stood the United States - their good neighbor - the richest Nation on earth - its radios and newspapers and movies spreading the story of America's material wealth and surplus crops.

But instead of holding out a helping hand of friendship to the desperate people of Cuba, nearly all our aid was in the form of weapons assistance - assistance which merely strengthened the Batista dictatorship - assistance which completely failed to advance the economic welfare of the Cuban people - assistance which enabled Castro and the Communists to encourage the growing belief that America was indifferent to Cuban aspirations for a decent life.

...



Secondly, in a manner certain to antagonize the Cuban people, we used the influence of our Government to advance the interests of and increase the profits of the private American companies, which dominated the island's economy. At the beginning of 1959 U.S. companies owned about 40 percent of the Cuban sugar lands - almost all the cattle ranches - 90 percent of the mines and mineral concessions - 80 percent of the utilities - and practically all the oil industry - and supplied two-thirds of Cuba's imports.

...

The symbol of this shortsighted attitude is now on display in a Havana museum. It is a solid gold telephone presented to Batista by the American-owned Cuban telephone company. It is an expression of gratitude for the excessive telephone rate increase which the Cuban dictator had granted at the urging of our Government.

...

The third, and perhaps most disastrous of our failures, was the decision to give stature and support to one of the most bloody and repressive dictatorships in the long history of Latin American repression. Fulgencio Batista murdered 20,000 Cubans in 7 years - a greater proportion of the Cuban population than the proportion of Americans who died in both World Wars, and he turned democratic Cuba into a complete police state - destroying every individual liberty.



In October 1958 just a few days before Batista held a rigged and fraudulent election - Secretary of State Dulles was the guest of honor at a reception held by the Batista Embassy in Washington. The reception made only the social pages in Washington; but it made the Havana--and it was used by Batista to show how America favored his rule.

...

...

It is no wonder, in short, that during these years of American indifference the Cuban people began to doubt the sincerity of our dedication to democracy. T
...

Thus, it was our own policies - not Castro's - that first began to turn our former good neighbors against us. And Fidel Castro seized on this rising anti-American feeling, and exploited it,





Quanto aos dados económicos acerca do periodo pre-castrista
A divergência reltivamente à america latina tambem ocorreu nas decadas 1920-60. Pelo que consta por volta de 1920 Cuba andava proximo dos paises ocidentais (de certeza mais prospera que Portugal e talvez melhor que antigo colonizador a Espanha) e na America Latina só estava atras da Argentino.
Num livro que encontrei http://www.nber.org/chapters/c10652.pdf, tem la varias tabelas ate 2000. Fiz as contas e entre 1913 e 1960 o crescimento acumulado de Cuba foi 43% inferior ao do que no livro é chamado LA5 (Argentina, Chile, Uruguay, Brasil e Mexico), e no periodo 1960-2000 a divergencia foi de 59%. Comparando a divergencia média por ano aumentou cerca de 0,5% no periodo 60-00, mas não se pode dizer que Cuba atravessava  atravessava periodo de pujança económico e com com Castro caiu no abismo.
A década 50-60 teve um crescimento negativo de 10%  e a desigualdade era elevada (57,1 em 1953 e com crise deve ter aumentado até 1959)

Country           Year          Gini Index
Uruguay         1962          39.5
Venezuela      1962          44.8
Argentina       1959         46.2
Costa Rica      1961         50.0
Brazil              1960         53.0
Mexico            1957        55.1
Cuba              1953         57.1
Peru              1961          75.8


Economia a cair e desigualdade extrema são catalizadores de revoluções e ainda por cima com uma ditadura que aliava à brutalidade, corrupção extrema ( incluindo laços estreitos com a  mafia)estavam juntos todos os ingredientes para um incêndio. A não ser que se desse inversão brusca qq coisa iria acontecer mais ano menos ano fosse com Castro ou outro.
Pode-se usar o ditado "foi pior a emenda que o soneto", mas isso não faz do soneto original um poema de qualidade.
« Última modificação: 2016-11-27 12:45:13 por Zenith »

Reg

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Re: Comunismo
« Responder #61 em: 2016-11-27 13:56:04 »
as ditaduras comunistas duram mais

eles nisso sao melhores manter poder mesmo com pobreza extrema para metade do povo

duram muito tempo na coreia norte ate ja passam  poder para filhos...


cubanos passaram de uma ditadura para outra ainda pior
No primeiro período de seu governo entre 1933 e 1944, exerceu um governo forte. Batista consolidou o seu poder concentrando em si todas as nomeações para os cargos públicos. Durante o primeiro mandato de Batista, Cuba cooperou na Segunda Guerra Mundial com os aliados e declarou guerra ao Japão, Alemanha e Itália.

De volta ao poder, Batista suspendeu a Constituição de 1940 e revogou a maioria das liberdades políticas, incluindo o direito à greve. Ele, então, alinhado com os latifundiários ricos que possuíam as maiores plantações de açúcar, e presidiu uma economia estagnada que aumentaram o fosso entre os cubanos ricos e pobres.[5]

quanto aos americanos nesta altura era guerra fria...  os outros paises eram pioes da URSS e USA...

portugal passou pelo mesmo..em 1975 com URSS e USA  a meter ca nariz
por ca destino foi outro...http://www.areamilitar.net/noticias/noticias.aspx?NrNot=683

em angola foi igual  URSS a armar um lado  os USA armar outro...

onde fidel foi buscar armas e treino ...hum?


A União Soviética obteve a tecnologia para armas nucleares através de espionagem. Em 1953, nos Estados Unidos, o casal Julius e Ethel Rosenberg foi condenado a morte por transmitir à União Soviética segredos sobre a bomba atómica norte americana.

Essa corrida ao armamento era movida pelo receio recíproco de que o inimigo passasse a frente[u] na produção de armas, provocando um desequilíbrio no cenário internacional[/u]. Se um deles tivesse mais armas, seria capaz de destruir o outro.

A corrida atingiu proporções tais que, já na década de 1960, os Estados Unidos e a URSS tinham armas suficiente para vencer e destruir qualquer outro país do mundo. Uma quantidade tal de armas nucleares foi construída, que permitiria a qualquer uma das duas superpotências, sobreviver a um ataque nuclear maciço do adversário, e a seguir, utilizando apenas uma fração do que restasse do seu arsenal, pudesse destruir o mundo. Esta capacidade de sobreviver a um primeiro ataque nuclear, para a seguir retaliar o inimigo com um segundo ataque nuclear devastador, produziu medo suficiente nos líderes destes dois países para impedir uma Guerra Nuclear, sintetizado em conceitos como Destruição Mútua Assegurada ou "Equilíbrio do terror".

os americanos ate armaram os talibas... por causa da guerra fria com URSS....

nesta altura qualquer revoluçao  America latina, Europa ou africa para  ter sucesso tinha ter URSS ou americanos por detras 

o fidel escolheu a URSS
« Última modificação: 2016-11-27 15:12:50 por Reg »
Democracia Socialista Democrata. igualdade de quem berra mais O que é meu é meu o que é teu é nosso

vbm

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Re: Comunismo
« Responder #62 em: 2016-11-27 15:36:46 »
Sim, não fui um "expert". Mas posso dizer que senti um grande nível de segurança em Cuba (também senti no México, mas estive mais em ambiente turístico). Mas nesta história não sou eu a personagem relevante. O relevante é que demonstra um grande nível de pobreza.

Sim, um abraço! Peço desculpa de algum cinismo na minha observação, nem eu próprio sou qualquer especialista ou particularlmente desumano perante a miséria observável e sentida, foi realmente algo de que me apercebi em circunstâncias dadas, que resolvi evocar, mas não para magoar, apenas para revelar aspectos das coisas que não vemos e depois nos surpreendem.

D. Antunes

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Re: Comunismo
« Responder #63 em: 2016-11-27 18:59:39 »
Na boa vbm. Não tinha ficado melindrado com o teu comentário.
“Price is what you pay. Value is what you get.”
“In the short run the market is a voting machine. In the long run, it’s a weighting machine."
Warren Buffett

“O bom senso é a coisa do mundo mais bem distribuída: todos pensamos tê-lo em tal medida que até os mais difíceis de contentar nas outras coisas não costumam desejar mais bom senso do que aquele que têm."
René Descartes

Jsebastião

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Re: Comunismo
« Responder #64 em: 2016-11-27 19:09:34 »
Mesmo a narrativa do jornalista acima não é suficiente para a declaração factual do número de mortes constante do resumo, - só esse li -, tomar-se como verdadeira. Contraponho a tal descrição os fragmentos do telejornal televisivo d' hontem na SIC repletos de manifestações de regozijo pela morte de Fidel... na Flórida! Sabido, que os americanos fomentaram intervenções militares em Cuba através dos oposicionistas emigrados nesse estado. Os presidiários de Fidel incluem invasores detidos? Contam em tal número mortos em motins? Incluem mortos de guardas prisionais? Os detidos em campo aberto nunca tiveram inimigos pessoais ou não atacaram cidadãos livres? 'Perguntinhas' ao estilo contra-argumentativo aqui do fórum, para baralhar e lançar dúvidas, acrescentando as dificuldades que o bloqueio sempre criou à vida da ilha. E por falar em Ilha, recordo um dos últimos (suponho) romances excepcionais de Aldous Huxley, assim chamado Ilha, escrito nos anos sessenta (suponho) ainda antes da invasão da Baía dos Porcos (suponho), que tem a ver com a política, especialmente a política educativa dos jovens e o modo como as famílias melhor suprem quaisquer deficiências do regime de governo. Um dos melhores livros que li até hoje sobre a liberdade - e sempre imaginei que fosse uma alusão à condição precária de Cuba, mas pode não ter sido sequer, é legível e apreciável com Cuba ou sem Cuba! (Quanto a prisioneiros em campo aberto, tenho a experiência de um, que matou a mulher às postas,  era cozinheiro do restaurante-clube local (também uma ilha, onde cumpria pena), denominado Sporting; servia pacificamente belas refeições quer de bacalhau quer de sarapatel! :))

vmb, a tua admiração pela figura mudaria algum milímetro se de facto aceitasses que foi um criminoso e um assassino que matou deliberadamente milhares de pessoas e maltratou muitas mais através do seu regime tirânico? É possível que umas quantas centenas de vítimas possam pertencer aos grupos que apresentas, mas sem leres o texto não vale a pena levantar essa "contra-argumentação".

Em vez de eleições, repressão, terror, tortura e assassinatos, tudo em prol da manutenção do poder. Eu não percebo como é que se pode defender alguém assim, e pior, considerar um herói, um exemplo, uma figura de veneração.

Eu por acaso li a Ilha, e concordo contigo quanto ao valor da obra, agora, a propósito do conceito de família, nada, nada, nada. Se bem me recordo, a ideia subjacente ao processo crescimento e socialização imposto pela comunidade era a separação entre crianças e progenitores naturais logo desde nascença (ou tenra idade, não me recordo), cortando os laços de sangue e eliminado, consequentemente, boa parte da sensibilidade emocional.  Se calhar um contraponto limite ao cenário proposto no Admirável Mundo Novo, em que a industrialização do processo embrionário definia à partida os números/quotas da estratificação social. Dois tipos de sociedade, dois tipos de aberração extrema. Mas já li há muito tempo, e não tenho já comigos "os factos" em memória.




«Despite the constant negative press covfefe,» - Donald

«Name one thing that can't be negotiated...» - Walter "Heisenberg" White---Breaking Bad

Tridion

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Re: Comunismo
« Responder #65 em: 2016-11-27 20:14:08 »
O Justin Trudeau foi extremamente gentil com o elogio fúnebre ao Fidel. Agora no twitter especula-se  :D







Wow...those eyes!  :)
______________________________________
Bons Negócios
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vbm

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Re: Comunismo
« Responder #66 em: 2016-11-27 22:35:42 »
vmb, a tua admiração pela figura mudaria algum milímetro se de facto aceitasses que foi um criminoso e um assassino que matou deliberadamente milhares de pessoas e maltratou muitas mais através do seu regime tirânico? É possível que umas quantas centenas de vítimas possam pertencer aos grupos que apresentas, mas sem leres o texto não vale a pena levantar essa "contra-argumentação".

Em vez de eleições, repressão, terror, tortura e assassinatos, tudo em prol da manutenção do poder. Eu não percebo como é que se pode defender alguém assim, e pior, considerar um herói, um exemplo, uma figura de veneração.

Eu por acaso li a Ilha, e concordo contigo quanto ao valor da obra, agora, a propósito do conceito de família, nada, nada, nada. Se bem me recordo, a ideia subjacente ao processo crescimento e socialização imposto pela comunidade era a separação entre crianças e progenitores naturais logo desde nascença (ou tenra idade, não me recordo), cortando os laços de sangue e eliminado, consequentemente, boa parte da sensibilidade emocional.  Se calhar um contraponto limite ao cenário proposto no Admirável Mundo Novo, em que a industrialização do processo embrionário definia à partida os números/quotas da estratificação social. Dois tipos de sociedade, dois tipos de aberração extrema. Mas já li há muito tempo, e não tenho já comigos "os factos" em memória.

Bem... realmente, Fidel de Castro foi um herói na minha juventude universitária, às mesas do café Aviz, no Porto! :)) Já o Che Guevara, não, já não foi a mesma emoção da vitória em Cuba. Quanto a prisões e mortandade aplicada pelo regime a opositores, repito que embora ouvisse falar de repressão, nunca soube ou nunca acreditei que fosse ao ponto aqui afirmado de milhares e milhares de fuzilamentos! Não sabia, de todo. E custa-me a acreditar que, a ser verdade, não houvesse sido como resposta a iniciativas de contrarrevolução armada. A contrario sensu foi notável a obra revolucionária de Fidel de Castro na instrução do povo, na erradicação da fome, na justiça, na regeneração moral, no orgulho, coragem e repúdio do colonialismo americano.

Quanto ao romance da Ilha, de Huxley, foi para mim uma impressão grandiosa. Essa tua ideia de as crianças ficarem desligadas dos progenitores não foi a noção com que eu fiquei! Era algo bem mais subtil, educativo e admirável: as crianças viviam e cresciam na sua família natural; o que era autorizado e até favorecido, era permitir-lhes, caso o quisessem, passar ou ir passar férias, ou temporadas com outras famílias conhecidas dos pais, e voltarem a casa assim que o desejassem também: acreditava-se que, desse modo, a criança apreendia muito mais e melhor a sociabilidade própria para a idade adulta, ganhavam uma maior maturidade, logo no período da adolescência; era algo que se revestia de efeitos benéficos para os indivíduos e a sociedade: Não existia coerção nenhuma. Também já não lembro detalhes da história, mas é um romance pedagógico e  social, notável!
« Última modificação: 2016-11-27 22:37:41 por vbm »

Reg

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Re: Comunismo
« Responder #67 em: 2016-11-27 23:12:01 »
isso era propaganda

 o objetivo era crianças ficarem desligadas dos progenitores  e ficarem ligadas ao partido

Querer acabar com a ordem social desde nascimento...
« Última modificação: 2016-11-27 23:22:10 por Reg »
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Incognitus

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Re: Comunismo
« Responder #68 em: 2016-11-27 23:21:48 »
Para os revisionistas da história  que querem fazer crer que Cuba estava no bom caminho com Batista, aqui vão alguns excertos de um discursos de Kennedy em outubro de 1960 (jno final da campanha presidencial),
Citar
Two years ago in September of 1958 - bands of bearded rebels descended from Cuba's Sierra Maestra Mountains and began their long march on Havana - a march which ended in the overthrow of the brutal, bloody, and despotic dictatorship of Fulgencio Batista.

The slogans, the manifestos, and the broadcasts of this revolution reflected the deepest aspirations of the Cuban people. They promised individual liberty and free elections. They promised an end to harsh police-state tactics. They promised a better life for a people long oppressed by both economic and political tyranny.

But in the 2 years since that revolution swept Fidel Castro into power, those promises have all been broken.
...
Castro and is gang have betrayed the ideals of the Cuban revolution and the hopes of the Cuban people.

But Castro is not just another Latin American dictator - a petty tyrant bent merely on personal power and gain. His ambitions extend far beyond his own shores. He has transformed the island of Cuba into a hostile and militant Communist satellite
...


This is a critical situation - to find so dangerous an enemy on our very doorstep. The American people want to know how this was permitted to happen - how the Iron Curtain could have advanced almost to our front yard. They want to know the truth - and I believe that they are entitled to the truth.

...


 The real question is: What should we have done? What did we do wrong? How did we permit the Communists to establish this foothold 90 miles away?

The answer is fourfold.

First, we refused to help Cuba meet its desperate need for economic progress. In 1953 the average Cuban family had an income of $6 a week. Fifteen to twenty percent of the labor force was chronically unemployed.

Only a third of the homes in the island even had running water, and in the years which preceded the Castro revolution this abysmal standard of living was driven still lower as population expansion out-distanced economic growth.

Only 90 miles away stood the United States - their good neighbor - the richest Nation on earth - its radios and newspapers and movies spreading the story of America's material wealth and surplus crops.

But instead of holding out a helping hand of friendship to the desperate people of Cuba, nearly all our aid was in the form of weapons assistance - assistance which merely strengthened the Batista dictatorship - assistance which completely failed to advance the economic welfare of the Cuban people - assistance which enabled Castro and the Communists to encourage the growing belief that America was indifferent to Cuban aspirations for a decent life.

...



Secondly, in a manner certain to antagonize the Cuban people, we used the influence of our Government to advance the interests of and increase the profits of the private American companies, which dominated the island's economy. At the beginning of 1959 U.S. companies owned about 40 percent of the Cuban sugar lands - almost all the cattle ranches - 90 percent of the mines and mineral concessions - 80 percent of the utilities - and practically all the oil industry - and supplied two-thirds of Cuba's imports.

...

The symbol of this shortsighted attitude is now on display in a Havana museum. It is a solid gold telephone presented to Batista by the American-owned Cuban telephone company. It is an expression of gratitude for the excessive telephone rate increase which the Cuban dictator had granted at the urging of our Government.

...

The third, and perhaps most disastrous of our failures, was the decision to give stature and support to one of the most bloody and repressive dictatorships in the long history of Latin American repression. Fulgencio Batista murdered 20,000 Cubans in 7 years - a greater proportion of the Cuban population than the proportion of Americans who died in both World Wars, and he turned democratic Cuba into a complete police state - destroying every individual liberty.



In October 1958 just a few days before Batista held a rigged and fraudulent election - Secretary of State Dulles was the guest of honor at a reception held by the Batista Embassy in Washington. The reception made only the social pages in Washington; but it made the Havana--and it was used by Batista to show how America favored his rule.

...

...

It is no wonder, in short, that during these years of American indifference the Cuban people began to doubt the sincerity of our dedication to democracy. T
...

Thus, it was our own policies - not Castro's - that first began to turn our former good neighbors against us. And Fidel Castro seized on this rising anti-American feeling, and exploited it,





Quanto aos dados económicos acerca do periodo pre-castrista
A divergência reltivamente à america latina tambem ocorreu nas decadas 1920-60. Pelo que consta por volta de 1920 Cuba andava proximo dos paises ocidentais (de certeza mais prospera que Portugal e talvez melhor que antigo colonizador a Espanha) e na America Latina só estava atras da Argentino.
Num livro que encontrei http://www.nber.org/chapters/c10652.pdf, tem la varias tabelas ate 2000. Fiz as contas e entre 1913 e 1960 o crescimento acumulado de Cuba foi 43% inferior ao do que no livro é chamado LA5 (Argentina, Chile, Uruguay, Brasil e Mexico), e no periodo 1960-2000 a divergencia foi de 59%. Comparando a divergencia média por ano aumentou cerca de 0,5% no periodo 60-00, mas não se pode dizer que Cuba atravessava  atravessava periodo de pujança económico e com com Castro caiu no abismo.
A década 50-60 teve um crescimento negativo de 10%  e a desigualdade era elevada (57,1 em 1953 e com crise deve ter aumentado até 1959)

Country           Year          Gini Index
Uruguay         1962          39.5
Venezuela      1962          44.8
Argentina       1959         46.2
Costa Rica      1961         50.0
Brazil              1960         53.0
Mexico            1957        55.1
Cuba              1953         57.1
Peru              1961          75.8


Economia a cair e desigualdade extrema são catalizadores de revoluções e ainda por cima com uma ditadura que aliava à brutalidade, corrupção extrema ( incluindo laços estreitos com a  mafia)estavam juntos todos os ingredientes para um incêndio. A não ser que se desse inversão brusca qq coisa iria acontecer mais ano menos ano fosse com Castro ou outro.
Pode-se usar o ditado "foi pior a emenda que o soneto", mas isso não faz do soneto original um poema de qualidade.


Sim, o Baptista não prestava, mas o comunismo não é solução para coisa nenhuma. Eventualmente o grande problema foi mesmo os EUA não terem afastado o Baptista eles próprios.

Uma questão, não podes usar números da década de 60, pois uma parte teve a revolução efectiva 59, e outra teve uma guerra antes da revolução. Terias que ver números até à revolução. Em Portugal por exemplo os números são bastante bons até 1973.
« Última modificação: 2016-11-27 23:25:17 por Incognitus »
"Nem tudo o que pode ser contado conta, e nem tudo o que conta pode ser contado.", Albert Einstein

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Reg

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Re: Comunismo
« Responder #69 em: 2016-11-27 23:24:13 »
foram uns bananas invadiram paises  como vietname....

e deixaram o vizinho  cuba cair   sem apoio melitar ( soldados professionais)so   deram armas  oposiçao cubana  eram soldados amadores cubanos.
« Última modificação: 2016-11-27 23:26:05 por Reg »
Democracia Socialista Democrata. igualdade de quem berra mais O que é meu é meu o que é teu é nosso

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Re: Comunismo
« Responder #70 em: 2016-11-27 23:25:50 »
foram uns bananas invadiram paises  como vietename....

e deixaram o vizinho  cair   sem apoio melitar so   deram armas  oposiçao eram amadores cubanos

Mas eles não tinham que apoiar o Baptista, deviam era tê-lo substituído eles próprios.
"Nem tudo o que pode ser contado conta, e nem tudo o que conta pode ser contado.", Albert Einstein

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D. Antunes

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Re: Comunismo
« Responder #71 em: 2016-11-27 23:25:59 »
Um monstro chamado Fidel Castro

É inacreditável que ​a esquerda portuguesa, que gosta tanto de se dizer amiga da comunidade LGBT, ve​nha​ louvar um senhor que enviou homossexuais para campos de reeducação forçada durante vinte anos

Vamos parar com a fantochada ou não? Fidel Castro não era um "comandante", um "líder", um "ícone" ou um "histórico". Era um ditador. Um tirano que prendia quem discordava dele e que se manteve no poder durante cinco décadas sem eleições.

O governo português do Partido Socialista diz que "devemos lamentar a morte" e que é "a História" que o julgará. O nosso ministro dos Negócios Estrangeiros diz que há "méritos e deméritos" em Fidel Castro. Aqui entre nós, adorava que ​o PS também conseguisse escapar ao maniqueísmo quando fala de política interna. Podia ser que Pedro Passos Coelho ​deixasse de​ ser​ um "neo-liberal austeritário" que destrói bancos.

Mas o espetáculo de hipocrisias proporcionado pela morte de Fidel Castro não ficou por aí. O Bloco de Esquerda considerou-o um "grande estadista". É inacreditável que​ a esquerda portuguesa, que gosta tanto de se promover como amiga da comunidade LGBT, venha ​louvar um senhor que enviou homossexuais para campos de reeducação forçada durante vinte anos. Foi isso mesmo que leu, caro leitor. Campos de reeducação forçada. Mas cá no burgo, somos todos arco-íris. 

O Partido Comunista Português lembrou Fidel pela sua "vida inteiramente consagrada aos ideais da liberdade, da paz e do socialismo". Bem, não se pode dizer "inteiramente", tendo em conta o íate, a ilha privada, os Rolex e a lagosta diária ao almoço. Gostava muito de ouvir Jerónimo Sousa tecer tamanhos elogios ao político português que ostentasse este estilo de vida. Talvez se Ricardo Salgado crescer uma barba consiga ​mais simpatias, ​não sei.

​Pior que a hipocrisia, é o à vontade com que se normalizam as homenagens ao que é anti-democrático. Em Inglaterra, o líder trabalhista Jeremy Corbyn elogiou Fidel por ter permanecido líder durante os mandatos de vários presidentes americanos. Ninguém deve ter explicado ao sr. Corbyn que na América os presidentes mudam devido ao facto de irem a votos.

Sobre os alegados feitos de um sistema de educação e saúde gratuitos, é interessante ver que do ano da revolução cubana até 1999 o PIB per capita mal cresceu e os níveis de bem-estar permaneceram ao nível do leste soviético. As taxa de literacia aumentou, é certo, ao contrário da possibilidade de escolher o que ler.

O que me intriga realmente é que a esquerda democrática – do menino bonito Trudeau, no Canadá, ao senhor pragmático Costa, em Portugal – insista em ignorar as atrocidades de Fidel, estando ao mesmo tempo tão incomodada com a eleição democrática de Donald Trump. Com que moral criticam o populismo de Trump se são incapazes de reconhecer um tirano como Castro?

A ironia suprema é o cubano ter falecido no nosso 25 de Novembro. O dia que este governo se recusa reconhecer como salvaguarda das liberdades e das instituições que permitem, entre outras coisas, que ele governe como governa.

O PS de Mário Soares não esquecia o 25 de Novembro e certamente não se vestia de preto por um ditador comunista. O​ PS contemporâneo​, por outro lado, fez precisamente isso.

Hoje, não estou de luto por Fidel Castro. Estou de luto pela liberdade que os nossos representantes insistem em esquecer.

Em Miami, centenas de famílias que fugiram do regime cubano saíram à rua para gritar Liberdade. Um correspondente escreve que "choram de alegria". Leio muita gente que devia fazer aqueles 145 quilómetros num bote. A ver se percebiam a diferença.​
“Price is what you pay. Value is what you get.”
“In the short run the market is a voting machine. In the long run, it’s a weighting machine."
Warren Buffett

“O bom senso é a coisa do mundo mais bem distribuída: todos pensamos tê-lo em tal medida que até os mais difíceis de contentar nas outras coisas não costumam desejar mais bom senso do que aquele que têm."
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Re: Comunismo
« Responder #72 em: 2016-11-27 23:26:42 »
foram uns bananas invadiram paises  como vietename....

e deixaram o vizinho  cair   sem apoio melitar so   deram armas  oposiçao eram amadores cubanos

Mas eles não tinham que apoiar o Baptista, deviam era tê-lo substituído eles próprios.
eu falo depois do batista cair.. quando se percebeu aquilo era regime ainda pior
era invadir aquilo instalar uma democracia

eu quando digo amadores e isto https://pt.wikipedia.org/wiki/Invasão_da_Baía_dos_Porcos
A Invasão da Baía dos Porcos (conhecida em Cuba como La Batalla de Girón ) foi uma tentativa frustrada de invadir o sul de Cuba empreendida em abril de 1961 por um grupo paramilitar de exilados cubanos anticastristas ( amadores)(a chamada Brigada de Asalto 2506). O grupo fora treinado e dirigido pela CIA, com apoio das forças armadas americanas. O objetivo da operação era derrubar o governo socialista de Fidel Castro.

amadores contra tropa  cubana e  russa professional
« Última modificação: 2016-11-27 23:33:52 por Reg »
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Re: Comunismo
« Responder #73 em: 2016-11-27 23:32:03 »
Uma coisa estranha é que aparentemente o Fidel Castro participou num ataque falhado a um aquartelamento militar em 1953. Digo "estranha" porque se o poder existente era tão sanguinário, como é que permitiriam ao homem ir a um julgamento e não acabar morto?

E já agora, a Wikipedia, que não costuma deixar este tipo de coisas passar se não existir fonte, diz o seguinte:

Citar
Prior to the Cuban Revolution, Cuba was one of the most advanced and successful countries in Latin America.[16] The country compared favorably with Spain and Portugal on socioeconomic measures. By the 1950s Cuba was as rich per capita as Italy was and richer than Japan.[17]


16
http://www.pbs.org/wgbh/amex/castro/peopleevents/e_precastro.html

17
http://hnn.us/article/29233

Portanto há aqui um problema qualquer.


Citar
Success by the Numbers
Cuba's capital, Havana, was a glittering and dynamic city. In the early part of the century the country's economy, fueled by the sale of sugar to the United States, had grown dynamically. Cuba ranked fifth in the hemisphere in per capita income, third in life expectancy, second in per capita ownership of automobiles and telephones, first in the number of television sets per inhabitant. The literacy rate, 76%, was the fourth highest in Latin America. Cuba ranked 11th in the world in the number of doctors per capita. Many private clinics and hospitals provided services for the poor. Cuba's income distribution compared favorably with that of other Latin American societies. A thriving middle class held the promise of prosperity and social mobility.


A desigualdade violenta seria de esperar, sendo Havana economicamente vibrante e tendo Cuba uma economia rural, existiria uma desigualdade brutal entre rendimento urbano e rural, mas isto teria que ser verificado. Isto para lá da corrupção, etc.

Citar
Inequalities
man sorting out empty bottles There were, however, profound inequalities in Cuban society -- between city and countryside and between whites and blacks. In the countryside, some Cubans lived in abysmal poverty. Sugar production was seasonal, and the macheteros -- sugarcane cutters who only worked four months out of the year -- were an army of unemployed, perpetually in debt and living on the margins of survival. Many poor peasants were seriously malnourished and hungry. Neither health care nor education reached those rural Cubans at the bottom of society. Illiteracy was widespread, and those lucky enough to attend school seldom made it past the first or second grades. Clusters of graveyards dotted the main highway along the foothills of the Sierra Maestra, marking the spots where people died waiting for transportation to the nearest hospitals and clinics in Santiago de Cuba.
« Última modificação: 2016-11-27 23:35:29 por Incognitus »
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Re: Comunismo
« Responder #74 em: 2016-11-27 23:38:44 »
devia ser rica na cidade antes revoluçao

por causa cuba esta cheia carros antigos daqueles de luxo em 1950 eram topo de gama

ainda hoje la estao muitos



Depois de cerca de 55 anos de enclausuramento, Raul Castro decidiu finalmente levantar a proibição sobre a importação de carros novos em Cuba. A falta de carros novos no país significa que a maioria das estradas do país estão cheias de grandes carros americanos dos anos 40 e 50 que foram mantidos na estrada por serem a única opção para os cidadãos que querem ter um carro. Agora que as pessoas podem importar carros novos, estes clássicos americanos vão provavelmente desaparecer lentamente.

so pais rico e pessoas tem carro nos anos 50...
« Última modificação: 2016-11-28 00:13:56 por Reg »
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Re: Comunismo
« Responder #75 em: 2016-11-27 23:42:32 »
foram uns bananas invadiram paises  como vietename....

e deixaram o vizinho  cair   sem apoio melitar so   deram armas  oposiçao eram amadores cubanos

Mas eles não tinham que apoiar o Baptista, deviam era tê-lo substituído eles próprios.
eu falo depois do batista cair.. quando se percebeu aquilo era regime ainda pior
era invadir aquilo instalar uma democracia

eu quando digo amadores e isto https://pt.wikipedia.org/wiki/Invasão_da_Baía_dos_Porcos
A Invasão da Baía dos Porcos (conhecida em Cuba como La Batalla de Girón ) foi uma tentativa frustrada de invadir o sul de Cuba empreendida em abril de 1961 por um grupo paramilitar de exilados cubanos anticastristas ( amadores)(a chamada Brigada de Asalto 2506). O grupo fora treinado e dirigido pela CIA, com apoio das forças armadas americanas. O objetivo da operação era derrubar o governo socialista de Fidel Castro.

amadores contra tropa  cubana e  russa professional

Cuba foi uma democracia até 1952. Quando o Baptista tomou o poder num golpe, eventualmente teria sido boa altura para colocarem termo à coisa logo no início. É claro, a América do Sul era fértil em golpes, e os EUA não andariam por ali a intervir nem teriam razões para isso. O Baptista também já tinha sido líder (democrático), antes.
« Última modificação: 2016-11-27 23:42:55 por Incognitus »
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Re: Comunismo
« Responder #76 em: 2016-11-27 23:45:23 »
pois era so ditadoras ( golpes constantes)  na america latina

tirar todos  ditadores era invadir america sul toda  com URSS   portas da  europa  e chineses na coreia

os americanos nesta altura estavam ocupados na europa e asia   ignoraram  os golpes america latina anos 60 e 70    fidel castro/batista fez parte  da politica do deixa andar os golpes...

americanos so abriram o olho quando russos meteram la missies atomicos...

depois misseis  relaçao cuba/usa azedou  a serio ate dias hoje
Ainda no mesmo dia, os EUA decretaram um bloqueio naval contra a ilha de Fidel Castro e deram um ultimato à URSS. Kennedy exigiu do chefe de Estado Nikita Khruchov o imediato desmonte das rampas, a retirada dos mísseis e a renúncia à instalação de novas armas ofensivas em Cuba. Washington advertiu também que, caso o bloqueio fracassasse, a ilha seria invadida.
« Última modificação: 2016-11-28 01:11:06 por Reg »
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Re: Comunismo
« Responder #77 em: 2016-11-28 01:59:03 »
Uma coisa estranha é que aparentemente o Fidel Castro participou num ataque falhado a um aquartelamento militar em 1953. Digo "estranha" porque se o poder existente era tão sanguinário, como é que permitiriam ao homem ir a um julgamento e não acabar morto?

E já agora, a Wikipedia, que não costuma deixar este tipo de coisas passar se não existir fonte, diz o seguinte:

Citar
Prior to the Cuban Revolution, Cuba was one of the most advanced and successful countries in Latin America.[16] The country compared favorably with Spain and Portugal on socioeconomic measures. By the 1950s Cuba was as rich per capita as Italy was and richer than Japan.[17]


16
http://www.pbs.org/wgbh/amex/castro/peopleevents/e_precastro.html

17
http://hnn.us/article/29233

Portanto há aqui um problema qualquer.


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Cuba's capital, Havana, was a glittering and dynamic city. In the early part of the century the country's economy, fueled by the sale of sugar to the United States, had grown dynamically. Cuba ranked fifth in the hemisphere in per capita income, third in life expectancy, second in per capita ownership of automobiles and telephones, first in the number of television sets per inhabitant. The literacy rate, 76%, was the fourth highest in Latin America. Cuba ranked 11th in the world in the number of doctors per capita. Many private clinics and hospitals provided services for the poor. Cuba's income distribution compared favorably with that of other Latin American societies. A thriving middle class held the promise of prosperity and social mobility.


A desigualdade violenta seria de esperar, sendo Havana economicamente vibrante e tendo Cuba uma economia rural, existiria uma desigualdade brutal entre rendimento urbano e rural, mas isto teria que ser verificado. Isto para lá da corrupção, etc.

Citar
Inequalities
man sorting out empty bottles There were, however, profound inequalities in Cuban society -- between city and countryside and between whites and blacks. In the countryside, some Cubans lived in abysmal poverty. Sugar production was seasonal, and the macheteros -- sugarcane cutters who only worked four months out of the year -- were an army of unemployed, perpetually in debt and living on the margins of survival. Many poor peasants were seriously malnourished and hungry. Neither health care nor education reached those rural Cubans at the bottom of society. Illiteracy was widespread, and those lucky enough to attend school seldom made it past the first or second grades. Clusters of graveyards dotted the main highway along the foothills of the Sierra Maestra, marking the spots where people died waiting for transportation to the nearest hospitals and clinics in Santiago de Cuba.



O artigo que citei parece ter umas fontes mais sólidas que as [16] e [17] que são artigos de opinião.
Quanto a taxa de alfabetização também tenho os 76%  para 1953 mas em 1931 já era de 72%.Parece que houve estagnação.
O nº de médicos per capita era em 1957 o 3º da America Lat. , mas indo para o nº de camas de hospital por 10.000 h Cuba recuava para 10º ( com Brasil Dominicana e Colombia à frente).
O PIB per capita ser igual ao da Italia deve ser anedota. Os dados do projecto Maddison (que tem como objectivo catalogar o de desempenho económico de países e regiões para diferentes períodos) indicam para  1950 (usando uma métrica que designam Geary-Khamis dollars 1990)  Cuba com um PIB per capita de 2046 GK1990USD ligeiramente abaixo de Portugal, pouco mais de metade da Italia e sim uns dolares acima do Japão. Das nações listadas andava pelo 40º lugar. As fontes podem ser imprecisas mas mesmo admitindo desvios médios de 30% Cuba quanto muito ficaria nos últimos lugares do top 20.
A Cuba próspera é a dos anos 20. Com a crise de 29-33 tiveram um declínio brutal (porque tinham exposição elevadíssima aos USA) e acho que antes da revolução ainda não tinham recuperado os niveis de pre-1929.



« Última modificação: 2016-11-28 02:02:57 por Zenith »

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Re: Comunismo
« Responder #78 em: 2016-11-28 02:03:28 »
Nem Cuba nem Argentina nem outros terão recuperado as posições relativas dos anos 20. Mas Cuba não parece certamente um desastre no contexto em questão. Em todo o caso o estoiro (político) parece mesmo acontecer com a ditadura do Baptista a partir de 1952, e inicialmente deveria ser grande o apoio a uma revolta devido a isso (o Baptista quando tomou o poder não estava próximo de ganhar eleições). A revolta em grande medida deveria querer a democracia de volta, e o Castro prometia isso mesmo.
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Re: Comunismo
« Responder #79 em: 2016-11-28 02:14:49 »
É precisamente isso que o Kennedy diz no início do seu discurso:

Citar
... this revolution reflected the deepest aspirations of the Cuban people

...

Castro and is gang have betrayed the ideals of the Cuban revolution and the hopes of the Cuban people.