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Autor Tópico: Raguebi campeonato do mundo  (Lida 5385 vezes)

Zenith

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Raguebi campeonato do mundo
« em: 2015-09-19 12:09:18 »
Iniciou-se ontem o campeonato do mundo de raguebi.
Embora tenha havido algum entusiasmo com a participação de Portugal na fase final do campeonato de 2007, depois esmoreceu, e nem no record de hoje vi qualquer cobertura do mundial.
Dentro dos favoritos está sempre a Nova Zelândia que inicia os jogos com a famosa dança de desafio dos maoris, o haka.

Aqui fica o haka no jogo NZ-França de 2007.
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« Última modificação: 2015-09-19 14:38:43 por Zenith »

Joao-D

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Re: Raguebi campeonato do mundo
« Responder #1 em: 2015-09-19 14:17:54 »

tatanka

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Re: Raguebi campeonato do mundo
« Responder #2 em: 2015-09-19 18:51:07 »
Uau, A Africa do Sul perdeu com o Japao.
Incrivel, é o equivalente ao Luxemburgo vencer o Brasil, ou algo assim do genero....
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Zenith

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Re: Raguebi campeonato do mundo
« Responder #3 em: 2015-09-19 19:54:14 »
No último minuto estava 32-29 para a SA. Os japoneses podiam ter tentado arrancar uma pennalidade para conseguir o empate (o quejá seria uma proeza), mas decidiram jogar para a vitória procurando o ensaio e conseguiram. Um espírito competitivo que é sempre bom de ve seja no raguebi, futebol ou qq outro desporto

Counter Retail Trader

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Re: Raguebi campeonato do mundo
« Responder #4 em: 2015-09-19 23:10:24 »
estas a gozar.....

Bem eu ontem ouvi um ex jogador a comentar que algumas equipas teoricamente mais fracas podiam fazer umas surpresas...

Tonga e Georgia por exemplo

Zenith

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Re: Raguebi campeonato do mundo
« Responder #5 em: 2015-09-20 00:21:53 »
Na verdade a melhoria do Japão não é assim tão surpreendente. O Japão será organizador em 2019 e será a primeira vez que sai fora das 5 grandes potencias europeias e 3 do hemisferio sul. A decisão deve ter sido anunciada  o há uns 2-3 anos, e a partir dessa data o Japão deve ter iniciado um programa de investimento no raguebi para poder chegar a 2019 com uma equipa que faça boa figura. Esse program já começa a dar resultados e é provavel que em 2019 o Japão ainda esteja melhor, provavelmente não ao ponto de discutir titulo mas pelo menos passar fase de grupos.

itg00022289

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Re: Raguebi campeonato do mundo
« Responder #6 em: 2015-09-21 11:50:07 »
O Publico acompanha em pormenor o campeonato do mundo.

Por exemplo, sobre a equipa do Japão
http://p3.publico.pt/raguebi/internacional/18171/apresentacao-das-seleccoes-do-mundial-japao

Zenith

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Re: Raguebi campeonato do mundo
« Responder #7 em: 2015-09-23 17:54:00 »
Depois da sensação cona a Af. S., Japão voltou aos resultados expectáveis e perder 45-10 contra Escóssia

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Re: Raguebi campeonato do mundo
« Responder #8 em: 2015-09-23 18:23:21 »
Depois da sensação cona a Af. S., Japão voltou aos resultados expectáveis e perder 45-10 contra Escóssia

Era suposto nao jogarem com 5 que jogaram antes... isto é jogaram teoricamente sem 5 titulares... pelo menos era a previsao..

A escocia tinha mais tempo de descanso bem mais.. e nao é uma equipa qualquer...

Se foram 10 por ensaio á linha nao foi nada mau..

Zenith

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Re: Raguebi campeonato do mundo
« Responder #9 em: 2015-09-26 23:57:04 »
Inglaterra foi derrotada por Gales 28-25. Não é propriamente um escândolo já que duas selecções são fortes, mas põe pressão na Inglaterra para ganhar à Austrália e não entrra na história como primeiro país organizador a ficar pela fase de grupos.

Deus Menor

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Re: Raguebi campeonato do mundo
« Responder #10 em: 2015-09-27 12:00:21 »
Ainda ontem estava a rever videos do Lomu , arrepiante, o atleta perfeito, que poder físico impressionante.


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E este anúncio da Adidas muito bem feito

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« Última modificação: 2015-09-27 12:01:19 por Deus Menor »

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Re: Raguebi campeonato do mundo
« Responder #11 em: 2015-09-27 14:11:37 »
O Pais de Gales tal como a Escocia voltaram desde ha uns anos para ca a apresentar bom rugby...

A Australia teve dois periodos bons na historia (que me lembre) , tendo o segundo ja passado uns anos..
Acho que vai ser bom .... duas equipas que se querem "afirmar" , alem de que a Inglaterra é aquela equipa a quem toda a gente quer ganhar , tal como a França....

Zenith

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Re: Raguebi campeonato do mundo
« Responder #12 em: 2015-10-03 21:57:07 »
Inglaterra derrotada pela Austrália e é o primeiro país organizador a não passar fase de grupos.
Africa do Sul recuperou do trauma japonês e deve passar.
Japoneses devem conseguir uma 3º vitoria mas só por milagre vão passar

Counter Retail Trader

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Re: Raguebi campeonato do mundo
« Responder #13 em: 2015-10-04 11:07:21 »
A agravar foi o local onde perderam... estamos a falar do Estadio mais emblematico do mundo (do rugby)

Era como o Murray levar uma sova do Hewitt em Wimbledon

Robusto

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Re: Raguebi campeonato do mundo
« Responder #14 em: 2015-10-04 17:31:04 »
Estive a ver uns minutos aí do Lomu... não conhecia o bicho. Mas que parede impressionante!

Zenith

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Re: Raguebi campeonato do mundo
« Responder #15 em: 2015-10-04 23:20:09 »
Argentina ganhou a Tonga e salvo calamidade estará nos quartos.
Tiveram um apoio espacial de Maradona bem conhecido dos ingleses pela sua capacidade de jogo com a mão :-)
No final foi festejar com jogadores nos balneários

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« Última modificação: 2015-10-04 23:26:12 por Zenith »

Zenith

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Re: Raguebi campeonato do mundo
« Responder #16 em: 2015-10-12 01:41:41 »
Ja terminou fase de grupos.
No quartos haverá

AF. Sul - gales
N. Zelandia - França
Australia - Escocia
Irlanda - Argentina

A Irlanda parece estar muito bem. É o único europeu que pode fazer frente ás equipas do hemisferio sul.

N. Zelandia, Australia e Irlanda devem passar. Depois da derrota com o Japão há sempre alguma cautela em apostar na Af. Sul

tatanka

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Re: Raguebi campeonato do mundo
« Responder #17 em: 2015-10-12 11:31:48 »
Ja terminou fase de grupos.
No quartos haverá

AF. Sul - gales
N. Zelandia - França
Australia - Escocia
Irlanda - Argentina

A Irlanda parece estar muito bem. É o único europeu que pode fazer frente ás equipas do hemisferio sul.

N. Zelandia, Australia e Irlanda devem passar. Depois da derrota com o Japão há sempre alguma cautela em apostar na Af. Sul

Esse Nova Zelandia x França, é quase uma final antecipada não?
Vou verificar quando é, para tentar acompanhar.
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Zenith

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Re: Raguebi campeonato do mundo
« Responder #18 em: 2015-10-12 11:52:53 »
A Irlanda ganhou o torneio das 6 nações (em igualdade pontual com inglaterra e gales), e a França ficou em 4º
Agora no mundial, no último jogo (que decidia quem evitava NZ), Irlanda voltou a derrotar França 24-9.
Não me parece que França possa ter argumentos contra a NZ.
A Argentina tem jogado bem, pode ser uma surpresa.

itg00022289

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Re: Raguebi campeonato do mundo
« Responder #19 em: 2015-10-13 10:47:42 »
Citar
Agora é que isto vai aquecer
12/10/2015, 18:54

A Nova Zelândia defrontará o trauma francês e os australianos vão testar uma Escócia que regressa a estas andanças. A sorte não quis duelos entre seleções do mesmo continente nos "quartos" do Mundial.


O Japão está aqui porquê? Por se ter tornado na primeira equipa a não passar aos quartos-de-final de um Mundial mesmo ganhando três jogos na fase de grupos



Agora sim, quem perde vai-se embora. O Mundial de râguebi chegou à altura das decisões e, terminada a fase de grupos, uma coisa se confirma — esta tem sido a edição mais equilibrada de sempre e os números não deixam a frase mentir. Já se marcaram 2.020 pontos e, mesmo parecendo muito, é o número mais baixo de sempre desde 2003, ano em que a competição passou a ter 40 equipas. Também nas penalidades há um recorde. Já se marcaram 176 e isto pode significar duas coisas: ou o jogo está mais faltoso que o costume ou os capitães das equipas têm optado mais vezes por chutarem aos postes em troca de três pontos do que jogar à mão e arriscarem-se a não conseguir nenhum. E, pela primeira vez nos últimos 20 anos, não houve alguém a vencer um jogo por mais de 80 pontos de diferença. O que parecem querer dizer estes números todos? Que o Mundial está diferente.

Ou se calhar não. Pois aos quartos-de-final chegaram as equipas mais habituadas a lá estar, esquecendo o facto de a Inglaterra se ter tornado na primeira seleção anfitriã a ficar-se pela fase de grupos. Ao menos desta vez teremos uma espécie de duelo entre hemisfério norte e sul, já que não haverá quaisquer jogos entre equipas do mesmo continente. E isto dá um quê de distinção ao Mundial — há quatro anos, por exemplo, as seleções europeias defrontaram-se e perdeu-se um pouco a piada da coisa. Agora é o contrário, sobretudo pelo facto de a França ter uma oportunidade para voltar a surpreender toda a gente se conseguir pregar outra partida à Nova Zelândia. Vamos lá olhar para os jogos dos quartos-de-final.

África do Sul-País de Gales

LONDON, ENGLAND - OCTOBER 10: Dan Biggar of Wales misses a penalty during the 2015 Rugby World Cup Pool A match between Australia and Wales at Twickenham Stadium on October 10, 2015 in London, United Kingdom. (Photo by Mike Hewitt/Getty Images)
O África do Sul-País de Gales joga-se sábado, 17 de outubro, às 16h.

Começaram a tremer. Tão titubeantes estavam que abriram o Mundial com a surpresa de perderem um jogo que, diziam as casas de apostas, tinham uma probabilidade de 349-1 de o ganharam. A África do Sul foi derrotada pelo underdog dos underdogs e isso servia para a acordar. Ao tropeção com o Japão seguiram-se vitórias contra a Escócia, os EUA e Samoa e uma das cinco melhores seleções do mundo voltou a dar nas vistas. Os ânimos foram puxados para cima com os três ensaios que Bryan Habana marcou aos EUA e o deixaram igualar o recorde de Jonah Lomu, de 15 marcados em Mundiais. Mas isso não chega.

Os sul-africanos continuam a ser capazes do oito e do 80. À eficácia que vão mostrando no jogo à mão, vão dando a companhia de uma certa displicência a defender. E o País de Gales não é pêra doce. A seleção europeia tem em Dan Biggar um dos médios de abertura com o melhor pé da competição — marcou 23 pontos à Inglaterra sem falhar um pontapé na vitória — e tem uma equipa que soube reagir bem às lesões que sofreu na semana anterior ao arranque do Mundial (o ponta Liam Williams juntou-se esta semana a Leigh Halfpenny, Jonathan Davies, Scott Williams, Cory Allen, Rhys Webb, Hallam Amos e Eli Walker). Os galeses apenas perderam com a Austrália (15-6) neste Mundial e, a par da Irlanda, parecem ser a equipa europeia mais forte. Erram pouco para o número de vezes que arriscam nas jogadas de ataque, em que têm apostado em muitos cruzamentos e variações de passe.

Nova Zelândia-França

LONDON, ENGLAND - SEPTEMBER 20: Ritchie McCaw of New Zealand leads the Haka during the 2015 Rugby World Cup Pool C match between New Zealand and Argentina at Wembley Stadium on September 20, 2015 in London, United Kingdom. (Photo by Shaun Botterill/Getty Images)
O Nova Zelândia-França joga-se sábado, 17 de outubro, às 20h.

É possível repetir um pesadelo? Sacre bleu. Há oito anos, os matulões dos All Blacks, a equipa que tem sempre no balneário de cada jogo uma inscrição a dizer “Somos a equipa mais dominadora da história do desporto” levava com uma surpresa — perdia nos quartos-de-final do Mundial com a França (20-18). Foi uma deceção das antigas e isso criou uma espécie de trauma nas cabeças neo-zelandesas. O New Zealand Herald não o escondeu: “O pior duelo possível”, leu-se no título do texto que o jornal escreveu sobre a sina que calhou à seleção que veste sempre de negro.

Em 2003 foi o choque. Os neo-zelandeses perderam com os franceses e os candidatos a todos os títulos foram alvo do choque do Mundial. Depois, em 2011, reencontraram-se na final. A competição realizou-se na Nova Zelândia e os gauleses resolveram ser ousados: durante o Haka, a dança tribal que os All Blacks realizam antes de todos os jogos, a França formou os jogadores em forma de seta e avançou contra os neo-zelandeses. “Chegou a um ponto que estávamos tão perto que eles até os queriam beijar”, chegou a dizer Thierry Dusautoir, o capitão francês. De nada lhes serviu: perderam (7-8) e a IRB (International Rugby Board) ainda os obrigou a pagar uma multa de quase 3.400 euros por caminharem na direção dos neo-zelandeses durante o ritual (apesar de em 2007 terem feito pior). Mas a história não fica por aqui.

Logo em 1987, na primeira edição do Mundial, os homens do Pacífico ganharam aos da Europa na final. Voltariam a encontrar-se em 1999 e aí o choque foi igual, ou pior, que o de 2007. Os neo-zelandeses estavam a vencer por 14 pontos a 13 minutos do final do jogo, pareciam estar a passear à boleia das cavalgadas de Jonah Lomu e, do nada, os franceses começaram a inventar ensaios. Marcaram 26 pontos em menos de um quarto de hora e lá foram eles até à final, onde perderam com a Austrália.



(O Haka e a ousadia dos franceses na final de 2011.)

Ou seja, os All Blacks têm um duplo trauma com a França e isto dá razão a uma frase: o sorteio não podia ter sido pior para a Nova Zelândia. Sim, tudo isto é apenas psicológico, mas pode bastar para trocar as voltas ao que se tem visto as duas equipas fazerem no campo. A Nova Zelândia é e será sempre a favorita, porque isto é como Tomaz Morais, ex-selecionador nacional (2001-2011), dizia há dias ao Observador: “Individualmente, todos os jogadores neo-zelandeses são melhores que qualquer adversário direto neste Mundial”. Nenhuma equipa tem tantos jogadores com mais de 100 internacionalizações e para trintões como Daniel Carter, Richie McCaw, Kevin Mealamu ou Conrad Smith esta será a última oportunidade de levantarem outro caneco. O problema é que lhes têm apontado o dedo que sempre se estica em Mundiais — a equipa, mesmo ganhando todos os encontros, não tem jogado tão bem quanto devia e parece estar a meio gás.

Com a França a história é outra. Tem tremido muito e no fim de semana devia ter sorrido por não ter saído da derrota com a Irlanda com mais pontos encaixados (24-9). Os gauleses, e tirando a Itália, têm sido a mais fraca das equipas do Seis Nações europeu e não há vislumbre dos tempos em que a seleção francesa era uma máquina de inventar ensaios do nada — como em 1999. Mas lá está, também ninguém esperava que chegassem à final de 2011 ou que conseguissem, sequer, discutir o jogo com a Nova Zelândia em 2007. O maior trunfo gaulês será o jogo mental que este embate já terá criado nas cabeças dos All Blacks.

P.S. A derrota de 2007 aconteceu em Cardiff e o jogo do próximo sábado também será jogado lá. Demasiadas coincidências?

Irlanda-Argentina

Ireland's fly half Jonathan Sexton passes the ball during a Pool D match of the 2015 Rugby World Cup between France and Ireland at the Millennium Stadium in Cardiff, south Wales, on October 11, 2015. AFP PHOTO / GABRIEL BOUYS RESTRICTED TO EDITORIAL USE, NO USE IN LIVE MATCH TRACKING SERVICES, TO BE USED AS NON-SEQUENTIAL STILLS (Photo credit should read GABRIEL BOUYS/AFP/Getty Images)
O Irlanda-Argentina joga-se no domingo, 18 de outubro, às 13h.

Azar. Foi isto que os irlandeses retiraram da vitória contra a França, porque a virilha do médio de abertura Jonathan Sexton, a coxa do capitão Paul O’Conell e os ligamentos do joelho do segunda linha Peter O’Mahony fizeram das suas. Todos saíram lesionados, o último já se sabe que não joga mais neste Mundial e resta saber o que acontecerá aos outros dois. A coisa é grave, pois Sexton é talvez o mais fiável médio de abertura da competição e as duas conquistas seguidas do Seis Nações (2014 e 2015) construíram-se à volta dos seus pontapés certeiros aos postes e às formações alinhadas. Sem ele a Irlanda não é tão forte e bem precisará de o ser para contrariar os Pumas.

A Argentina só perdeu uma vez neste Mundial e obrigou os All Blacks a suarem muito para lhe impor a derrota. Os sul-americanos placam como poucos ainda o fazem no râguebi moderno — sempre baixinho e às pernas — e têm evoluído muito desde 2012, quando começaram a jogar anualmente no Rugby Championship com a Nova Zelândia, a Austrália e a África do Sul. Os argentinos têm dado nas vistas pelas mãos de Nicolás Sanchez e Juan Martín Fernández, o abertura e o centro que lhes comandam o jogo e são o melhor exemplo de como há qualidade para os Pumas igualarem o feito de 2007, quando chegaram às meias-finais do Mundial. Para já, são a equipa com mais pontos marcados (179) neste Mundial e a terceira com maior número de ensaios (22, atrás da África do Sul e da Nova Zelândia).

No 64-19 imposto à Namíbia, o resultado com mais pontos deste Mundial, os argentinos treinados por Daniel Hourcade, adjunto de Tomaz Morais na seleção nacional que foi à edição de 2007, abusaram do jogo à mão e insistiram em circular sempre a bola até às pontas. Marcaram nove ensaios, mas várias foram as bolas a caírem na relva ou os passes mal feitos, que permitiram aos namibianos apanhar os Pumas em contra pé. Cuidado, porque os irlandeses são bem melhores a aproveitar os erros alheios. Este poderá ser o duelo mais equilibrado dos quartos-de-final.

Austrália-Escócia

Australia's fly half Bernard Foley (C) watches a scrum during a Pool A match of the 2015 Rugby World Cup between Wales and Australia at Twickenham Stadium, south west London, on October 10, 2015. AFP PHOTO / MARTIN BUREAU RESTRICTED TO EDITORIAL USE, NO USE IN LIVE MATCH TRACKING SERVICES, TO BE USED AS NON-SEQUENTIAL STILLS (Photo credit should read MARTIN BUREAU/AFP/Getty Images)
O Austrália-Escócia joga-se no domingo, 18 de outubro, às 16h.

Aí estão os escoceses outra vez. Em 2011 falharam pela primeira vez o acesso aos quartos-de-final e agora conseguiram sair com vida de um grupo onde apenas ultrapassaram o Japão graças a dois pontos de bónus. Passaram por um mau bocado no último jogo do grupo, frente a Samoa (36-33), mas o selecionador, Sean Lamont, acha que esta é a melhor seleção escocesa dos últimos 10 anos. Será pelo menos a mais sortuda por ter Greig Laidlaw, o médio de formação que chuta aos postes e não sabe o que é falhar um pontapé — é o melhor marcador de pontos deste Mundial, com 60. A Escócia, porém, não tem sido tão forte no jogo de três quartos como é no de avançados. A equipa ainda encrava quando tem de colocar homens a correr para aproveitar os espaços na defesa contrária. O único que consegue desequilibrar é Stuart Hogg, o árriêr, e ele sozinho não chega para fazer mossa.

Sobretudo contra a Austrália, que provou frente a Gales, na derradeira partida da fase de grupos, que sabe defender forte e feio quando é preciso: jogaram sete minutos apenas com 13 homens em campo e outros 10 com 14 jogadores e não sofreram qualquer ensaio. Os australianos saíram a liderar o grupo da morte e dominaram tanto os galeses como os ingleses. Chegaram ao Mundial embalados pela conquista do Rugby Championship e parece que, finalmente, após Stephen Larkham deixar de jogar pelos wallabies, em 2007, encontraram um médio de abertura em quem podem confiar. Bernard Foley não tem tremido com a camisola 10 e os seus pontapés têm sido tão certeiros quanto as jogadas que tem montado à mão — como esta, que lhe valeu um ensaio contra a Inglaterra.