Na verdade, a coligação tem tentado várias vezes aliar-se (chegar a acordo) com o PS, nomeadamente, sobre a reforma do Estado. Ainda ontem à noite, o Passos falou na possibilidade de se chegar a acordo depois das eleições, e foi o Costa quem se recusou a qualquer acordo.
E o costa recusa porque sabe que se o passos perder as eleições, o psd vai a votos (e até o cds tb possa ir)...depois passados uns meses diz: ah com esta nova liderança já dá para fazer acordos - mesmo que a liderança seja igual ou ainda mais firme em gerir o país da maneira que o passos fez.
Para o país este jogada é miserável e revela bem o carácter do jogador... mas do ponto vista partidário pode funcionar.
O passos devia estar a fazer rigorosamente o mesmo. O ps não passa nada sem a coligação...precisa do psd/cds, no máximo passaria a parte dos subsídios que aumentaria a despesa imediatamente (com o be e o pcp)...mas depois o défice puff...disparava. Claro que se hipoteticamente algum deles conseguir a maioria absoluta esta conversa vale zero. Mais uma razão para o passos estar a fazer a mesma jogada.
E aí está mais uma coisa em que prefiro o Passos contra o Costa. O Costa é só jogadas politicas. O Passos responde tendo em conta o interesse do País.
Não estou a ser ingénuo e dizer que o Passo não faz essas jogadas. Estou a dizer que o Costa é tão manipulativo (e quem o conhece pessoalmente, é que o afirma), que nem num debate consegue por o País à frente dos interesses dele (pelo menos na mensagem, se não na real intenção).
Deixem-se de tretas. :-) O Passos manipulou muito mais os portugueses do que o Costa para chegar a primeiro ministro, nomeadamente no debate com o Sócrates. Mas não só, lembro-me muito bem de estar a ver televisão na campanha eleitoral e de uma miúda muito pequena dizer ao Passos que a mãe dela estava preocupada, por causa de dizerem na TV que ele ia cortar o décimo terceiro mês. O que o Passos fez foi mentir e garantir à miúda que não ia fazer isso e que isso era um disparate dos adversários, na frente das câmaras de televisão, e depois, quando foi primeiro ministro, foi uma das primeiras medidas que tomou.
Desta vez, optou por não dizer mentiras no debate, e fingiu ser um saco de boxe.
(Eu estou a ser do contra, mas nem sequer sou socialista. :-) )