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Autor Tópico: Banca: Transferências a partir de mil euros vão ser fiscalizadas  (Lida 13798 vezes)

Automek

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Pode ser uma notícia bastante relevante para traders e investidores, sobretudo se também incluir o que vem do estrangeiro.

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Banca Transferências a partir de mil euros vão ser fiscalizadas
15 de Junho de 2015


Regras vão ficar mais apertadas de forma a prevenir crimes de natureza fiscal.

As regras a adotar pela banca como forma de prevenir o branqueamento de capitais e financiamento do terrorismo vão ficar mais apertadas.

Segundo a edição desta segunda-feira do Diário de Notícias, os bancos passam, a partir do dia 25 do presente mês, a ser obrigados a fiscalizar transferências de valor igual ou superior a mil euros.

A imposição – regulamento 2015/847 – é da Comissão Europeia e tem de ser acatada por todos os estados membros. Há ainda uma outra norma – diretiva 2015/849 – que Portugal terá de adotar no período de dois anos.

Além disso, espera-se que a banca nacional faça um levantamento do perfil-tipo deste tipo de crimes e envie as conclusões à Comissão Europeia, que fará o retrato global.
http://www.noticiasaominuto.com/economia/405827/transferencias-a-partir-de-mil-euros-vao-ser-fiscalizadas
« Última modificação: 2015-06-16 18:54:18 por Automek »

Thunder

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Tinha ouvido, penso que ontem ,esta notícia e realmente isto começa a ser frustrante.
A classe média parece um sapo na panela de água quente ... é sempre a aumentar a temperatura.
Daqui a pouco não se pode dar um peido sem ser fiscalizado, auditado, etc ...
Enquanto isso andam os big-boys a brincar aos Lux-leaks, à optimização fiscal, a passearem dinheiro entre offshores, etc
« Última modificação: 2015-06-16 18:57:43 por Thunder »
Nullius in Verba
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vbm

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Ainda hão de prender gajos
para «aprofundar suspeitas» fiscais!

Kin2010

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É impossível fiscalizarem a sério uma grande proporção das transferências acima de 1000 euros. O que a directiva quer dizer é que serão *potencialmente* fiscalizadas.

Mas vou fazer mais uma transferência de 20k daqui para fora já nos próximos dias. Esta UE não me está a agradar.


D. Antunes

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A uma pessoa da minha família que depositou 500 euros na conta dos filhos (dados pelos avôs, nos anos) perguntaram-lhe de onde vinha o dinheiro!
“Price is what you pay. Value is what you get.”
“In the short run the market is a voting machine. In the long run, it’s a weighting machine."
Warren Buffett

“O bom senso é a coisa do mundo mais bem distribuída: todos pensamos tê-lo em tal medida que até os mais difíceis de contentar nas outras coisas não costumam desejar mais bom senso do que aquele que têm."
René Descartes

peluto

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Cada vez mais, na Europa, só vale a pena ser pobre (não fazer rigorosamente nada da vida e viver dos apoios sociais), ou, ser mega rico e, fugir através dos vários "veículos" legais às cargas fiscais nacionais.
Os que trabalham e vivem do rendimento básico, classe média, remediados e mesmo os ricos (não os mega ricos) levam porrada dos dois lados, dos pobres e dos mega ricos.... Pagam para os dois grupos..... Não vale a pena trabalhar na Europa.... A atitude mais sensata é não fazer nada da vida, e viver à custa dos outros/apoios sociais.
Mais vale estar fora de um trade e querer estar dentro, que estar dentro e querer estar fora.

Zenith

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A uma pessoa da minha família que depositou 500 euros na conta dos filhos (dados pelos avôs, nos anos) perguntaram-lhe de onde vinha o dinheiro!

Quem é que perguntou?
Fisco ou banco?

Counter Retail Trader

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Eu passava isto para o Secret chamber , cada vez  mais  parece que andam a ler o que a malta faz ou escreve ...

Ha tempos conheci duas funcionarias das finanças (informalmente) e nao percebi se eram comunistas ou simplesmente ressabiadas , mas tinham a ideia que o investidor  era burlao , chulo e lesava o estado (nao por estas palavras claro)  .
Claro ha por ai muita malta desta , mas generalizar...... enfim

Lancei um anzol e engraçado , eram a favor da proibição (momentanea)  do short selling pela CMVM por causa da "especulação" , os fundamentais nao estariam correctos. Expliquei o meu ponto de vista , e nunca mais as vi ...  ;D
Acho que isto ja diz tudo..... metem gente desta a trabalhar , sem a minima noção do mercado.
« Última modificação: 2015-06-17 09:32:26 por SKEWNESS RISK »

Paquinho

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A notícia do DN

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Os bancos terão, já daqui a dez dias, de passar a verificar “com exatidão” as informações referentes a transferências bancárias de valor superior a mil euros. Ou seja: devem fiscalizar os dados relativos a quem dá a ordem de transferência de montante igual ou superior a mil euros e do destinatário desse mesmo valor. Em causa as novas regras – ainda mais apertadas – definidas pela Comissão Europeia a 20 de maio e que todos os Estados membros, i ncluindo Portugal, terão de acatar. O regulamento 2015/ 847 ( que entra em vigor no dia 25) e a diretiva 2015/ 849 ( que Portugal terá dois anos para acatar) definem assim as regras relativas a transferências de fundos no contexto de prevenção de branqueamento de capitais e de financiamento do terrorismo. E surge quatro meses depois de a Europa ter descoberto um dos maiores escândalos financeiros das últimas décadas que envolveu o banco HSBC. A filial suíça em Genebra terá ajudado os clientes a ocultar milhares de milhões de euros em offshores ( ver coluna ao lado). Na lista do SwissLeaks detetou- se 611 pessoas com ligações a Portugal e conta no HSBC, entre os quais 220 com nacionalidade portuguesa.

A partir de agora este limite mínimo de mil euros que obriga as instituições financeiras a estarem mais alerta pretende prevenir situações, na maioria dos casos, de financiamento de terrorismo. Um valor que pode ser, à primeira vista, considerado demasiado baixo mas que, segundo fonte policial explicou ao DN, “nos casos de financiamento do terrorismo essas quantias costumam ser mesmo pequenas, de forma a serem mais dificilmente detetáveis pelas autoridades”.
Assim, segundo o diploma divulgado na página oficial da Direção- Geral de Política de Justiça ( DGPJ) do Ministério da Justiça ( MJ), “a obrigação de verificar a exatidão das informações sobre o ordenante ou o beneficiário, no caso de transferências de fundos cuja verificação ainda não tenha sido realizada, só deverá ser imposta em relação a transferências individuais de fundos superiores a mil euros”. Segundo um aviso emitido pelo Banco de Portugal ( BdP), desde fevereiro de 2014 que já foram várias as medidas introduzidas para prevenir estas situações de lavagem de dinheiro. Na altura os bancos f i caram obrigados a identificar quem pretenda depositar em conta de titular diferente um valor igual ou superior a cinco mil euros. Embora apenas em casos em que haja outros indícios suspeitos. Levantamento dos riscos Das novas regras se conclui ainda que Portugal terá de fazer um levantamento para averiguar como, onde e quem é que, mais recorrentemente, se enquadra nas situações de branqueamento de capitais e de ajuda financeira a terrorismo. Uma espécie de “perfil tipo” deste tipo de crime. “Definir quais os tipos de clientes, zonas geográficas, bem como os produtos, serviços, operações ou canais de distribuição específicos” de forma a aferir “os fatores indicativos de situações com um risco potencialmente alto”. Depois de feito este trabalho, as autoridades portuguesas reportarão à Comissão Europeia, que fará um retrato global com base nestes elementos. Segundo explica a própria DGPJ, “os Estados membros devem agora realizar avaliações nacionais de riscos de branqueamento de capitais e de financiamento do terrorismo”.

 
Conforme o DN já tinha avançado em março, durante o ano passado a Unidade de Informação Financeira da PJ recebeu nove mil denúncias de operações suspeitas de lavagem de dinheiro. Porém, foram apenas identificados 38 casos com fortes indícios de branqueamento de capitais, os quais deram origem à suspensão e congelamento das respetivas operações, que totalizaram 35 milhões de euros.

Na mesma altura, Mariana Raimundo, diretora da UIF, garantia ao Diário Económico que em termos globais os números de comunicações totais recebidas pela UIF traduziram um aumento de 21% de operações financeiras suspeitas comunicadas face a 2013 ( mais 1553). E levaram também à abertura de um maior número de aver i guações ( 1101, contra 954 em 2013) para a recolha, análise e difusão da informação relativa ao branqueamento e financiamento do terrorismo. Após uma primeira avaliação, a Unidade de Informação Financeira confirmou 439 suspeitas.
 

Paquinho

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(cont.)

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Recomendações

Avaliação dos riscos
Cada país terá de nomear uma autoridade para identificar, avaliar, compreender e reduzir os riscos de branqueamento de capitais e de financiamento do terrorismo a que está exposto, com mecanismos para coordenar a resposta nacional. Até aqui Portugal nunca teve uma entidade que fizesse este tipo de avaliação. Agora será criado um grupo de trabalho para esse efeito, de forma a fazer um retrato de cada país.

Transações
Os bancos terão a obrigação de verificar a exatidão das informações sobre quem tranfere quantias e quem recebe o dinheiro na sua conta. Esta obrigatoriedade é imposta em relação a transferências individuais de fundos superiores a mil euros. Em 2013 o Banco de Portugal já tinha emitido um aviso nesse sentido mas relativamente a transferências de valores iguais ou superiores a cinco mil euros

Dados apagados
Para facultar e melhorar o acesso aos elementos de prova essenciais no quadro das investigações deste tipo de crime, a diretiva europeia exige que os prestadores de serviços de pagamento ( bancos e outras instituições) conservem os registos das informações dos envolvidos em transferências bancárias durante um período máximo de cinco anos. Passado esse período, todos os dados pessoais deverão ser apagados

Contas anónimas
Os Estados membros proíbem as suas instituições de crédito e instituições financeiras de manterem contas anónimas ou cadernetas anónimas. E exigem que os titulares das contas ou cadernetas na situação referida sejam objeto de medidas de diligência quanto à clientela com carácter de urgência. Neste caso Portugal não terá de fazer nenhuma alteração, já que são proibidas contas anónimas no nosso país

deMelo

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Ainda há uns dias tive que levantar dinheiro em cash...

Nada de especial...

Pediram-me uma justificação, porque passava os 12.500 Euros.

Eu escrevi: "Tentativa séria de rentabilizar património através de jogos da fortuna e do azar, organizados pela Santa Casa!"

 ;D
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Incognitus

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Será que aceitam "não têm nada a ver com isso" como justificação?
"Nem tudo o que pode ser contado conta, e nem tudo o que conta pode ser contado.", Albert Einstein

Incognitus, www.thinkfn.com

Tridion

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Ainda há uns dias tive que levantar dinheiro em cash...

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Pediram-me uma justificação, porque passava os 12.500 Euros.

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"Estou perto dos 40 anos, a crise da meia idade está a bater, vou passar uns dias a Israel à procura do sentido da vida".  ;) :D
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vbm

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Ainda há uns dias tive que levantar dinheiro em cash...

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Pediram-me uma justificação, porque passava os 12.500 Euros.

Eu escrevi: "Tentativa séria de rentabilizar património através de jogos da fortuna e do azar, organizados pela Santa Casa!"

 ;D

LOL

Automek

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Será que aceitam "não têm nada a ver com isso" como justificação?
Realmente é bastante estúpido perguntar porque o estado/bancos não têm, literalmente, mesmo nada a ver com isso. Se têm dúvidas sobre o dinheiro que vão perguntar a sua proveniência e não o seu destino.

Além disso se alguém vai usar o dinheiro para fins ilícitos é óbvio que não o vai dizer (ah e tal, é para pagar um carregamento de cocaína que chega logo à noite)

A melhor resposta é mesmo uma à DeMelo tipo vou jogar no casino, com a vantagem de que, se um dia tiver de justificar algum dinheiro mais 'estranho', pode-se sempre argumentar com um olhem aqui, eu não vos disse que ia ao casino ? pois.... tive sorte.

vbm

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:))

Zel

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Ainda há uns dias tive que levantar dinheiro em cash...

Nada de especial...

Pediram-me uma justificação, porque passava os 12.500 Euros.

Eu escrevi: "Tentativa séria de rentabilizar património através de jogos da fortuna e do azar, organizados pela Santa Casa!"

 ;D

parece que estamos num estado policial

D. Antunes

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A uma pessoa da minha família que depositou 500 euros na conta dos filhos (dados pelos avôs, nos anos) perguntaram-lhe de onde vinha o dinheiro!

Quem é que perguntou?
Fisco ou banco?

O caixa do banco.

Levou uma resposta à altura: ganhei-os na mais velha profissão do mundo! Não disse mais nenhuma palavra.
« Última modificação: 2015-06-17 17:22:49 por D. Antunes »
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“In the short run the market is a voting machine. In the long run, it’s a weighting machine."
Warren Buffett

“O bom senso é a coisa do mundo mais bem distribuída: todos pensamos tê-lo em tal medida que até os mais difíceis de contentar nas outras coisas não costumam desejar mais bom senso do que aquele que têm."
René Descartes

D. Antunes

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Será que aceitam "não têm nada a ver com isso" como justificação?
Realmente é bastante estúpido perguntar porque o estado/bancos não têm, literalmente, mesmo nada a ver com isso. Se têm dúvidas sobre o dinheiro que vão perguntar a sua proveniência e não o seu destino.

Além disso se alguém vai usar o dinheiro para fins ilícitos é óbvio que não o vai dizer (ah e tal, é para pagar um carregamento de cocaína que chega logo à noite)

A melhor resposta é mesmo uma à DeMelo tipo vou jogar no casino, com a vantagem de que, se um dia tiver de justificar algum dinheiro mais 'estranho', pode-se sempre argumentar com um olhem aqui, eu não vos disse que ia ao casino ? pois.... tive sorte.

 :D :D
“Price is what you pay. Value is what you get.”
“In the short run the market is a voting machine. In the long run, it’s a weighting machine."
Warren Buffett

“O bom senso é a coisa do mundo mais bem distribuída: todos pensamos tê-lo em tal medida que até os mais difíceis de contentar nas outras coisas não costumam desejar mais bom senso do que aquele que têm."
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A uma pessoa da minha família que depositou 500 euros na conta dos filhos (dados pelos avôs, nos anos) perguntaram-lhe de onde vinha o dinheiro!

Quem é que perguntou?
Fisco ou banco?

O caixa do banco.

Levou uma resposta à altura: ganhei-os na mais velha profissão do mundo! Não disse mais nenhuma palavra.

eu desconheço a legislação por isso, se fosse apanhado de surpresa, fazia duas coisas:
a) perguntava se a legislação bancária exige que se perguntem sobre depósitos de 500 (!) euros (nunca ouvi uma coisa dessas).
b) caso não desse resposta satisfatória (vulgo, é mera curiosidade), chamava o gerente e pedia o livro de reclamações

500 euros ?! isso roça a imbecilidade