De novo: a entrada no sector da saúde por parte da SFMS estava programada há meses. Em Março numa entrevista à RTP o Soares dos Santos tinha anunciado um investimento numa área que iria ser uma surpresa; em Maio depois da polémica com a promoção voltou a falar nele na entrevista à SICN. As primeiras clínicas abriram no dia 2 de Julho.
Se a SFMS tem algum interesse no negócio da saúde da CGD não sei, e também não sei se a escolha de António Borges para administrador tem que ver com isso ou não, mas os dois últimos pontos não têm sentido.
Já agora, é interessante a perspectiva das pessoas que são contra muitas das privatizações e que simultaneamente (tal como eu) têm imensos problemas com as possíveis nomeações por favor, com a promiscuidade entre poder político e interesse privado e outras coisas do género, dado que maior parte desses casos dão-se com empresas participadas directa ou indirectamente pelo Estado: EDP, Galp, PT, CGD, REN... Embora não tenha que ser necessariamente incoerente não deixa de ser paradoxal que quem tem mais problemas com o excessivo poder do Estado para nomear e decidir sobre vários aspectos da actividade económica ache que a solução para a diminuição da frequência desses casos seja aumentar esse poder.