Bom tópico Tridion !
Notas soltas:
- Cada um terá a sua filosofia de investimento mas sabendo que 8% capitalizados 30 anos representam 10x o montante inicial, ao retirares dinheiro no meio do processo vais afectar bastante a rentabilidade final (em termos médios, claro, porque nunca ninguém sabe quando é que os DDs irão ocorrer). Eu até fiquei surpreendido por fazer isso porque via-te mais a meter este capital inicial e a reforçares X por ano e não o contrário (isto se o objectivo for teres um pé de meia para complementar a reforma e/ou deixares algum aos filhos caso nunca venhas a precisar do dinheiro).
- Em relação à dupla tributação é um problema da dimensão da conta e a divisão por muitas classes de activos.
Por exemplo, quem tenha $10.000, com 25% investido no SPY (13 unidades), recebeu no último dividendo de Março $0.931 por cada unidade de SPY. Ao pagar 15% + 28%, perde-se, grosso modo, 43% do mesmo, ou seja uns $0.4.
No caso de fazer uma venda e uma compra perde-se $0.01 de spread em cada transacção + comissão que será 2x1$ para pequenos montantes. $2/13 unidades = $0.16.
Ou seja, $0.16+$0.01x2=0.18, o que ainda fica aquém dos 0.43.
Haverá alturas em que se será beneficiado e outras em que se sairá prejudicado vendendo no Close de D e comprando no open de D+1 mas no geral é possível parece compensar (e quanto maior o valor claro que menor será a comissão por unidade porque existe um cap na IB).
Agora que não tenho aqui os miúdos posso responder com mais calma.
Os 8% anuais são considerando a distribuição de dividendos ou já incluindo taxa de inflação? Espero fazer um pouco mais, na casa dos 12%. Sabendo que se tiver uma distribuição de dividendos na casa dos 2% para o total da carteira, como foi em 2014, terei um custo associados de 1%, nos quais estão o ER dos diferentes ETFs e os impostos de dupla tributação inerentes à distribuição de dividendos. Por cada 10 000 UPs da carteira, vou gastar 100 a mantê-la. Nestes cálculos não estão incluídos os custos de manutenção da conta, mas que tenderão para zero se tudo correr bem...
É claro que 1% desgasta uma carteira, mas o dinheiro dos dividendos depois de impostos serão reinvestidos. Contudo, se for necessário no futuro, não me importarei de retirar algum desse dinheiro para gastos. Perde-se valor da carteira, mas ganha-se em experiências de vida.
A parte de vender antes dos dividendos não percebi muito bem. Aí pagaria logo 28% sobre quase a totalidade da carteira ou grande parte dela, mesmo descontando as menos-valias, em vez de 0.43% sobre 2%. Além do mais actualmente não tenho o conhecimento para fazer isso de um modo automático, e manualmente não tenho tempo. Mas aprofunda essa ideia de modo a ser compreendida por um "dummy".
Lembrem-se que estão a falar com um investidor que nada sabe e que não tem muito tempo para aprofundar estas temáticas. O meu blogue e este tópico são para pessoas sem grande background em áreas financeiras/economia, por isso é normal que escreva opiniões desajustadas e mesmo sem sentido. Expondo-me, certamente, que irei melhorar.
Das poucas coisas que já aprendi, é que isto é psicologia, psicologia e psicologia e que não há sistemas perfeitos.