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Autor Tópico: O Investidor que Nada Sabe  (Lida 11004 vezes)

Tridion

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Re: O Investidor que Nada Sabe
« Responder #20 em: 2015-05-14 10:24:46 »
Se tiveres muitos ETFs, quando vendes um pouco de um realizando mais-valias, podes compensar vendendo um pouco do outro com menos-valias (mesmo que queiras manter este, podes sempre recomprar), e mantens outros que têm mais-valias a capitalizar.

Estamos a falar de pequenas % de vendas (equivalentes aos dividendos).

OS ETFs com sede nos EUA são obrigados a distribuir rendimentos. Os europeus (UCITS) podem capitalizar. E com estes evitas a dupla tributação EUA+Portugal (isto em linhas gerais. Já postei no forum, mais detalhadamente, situações mais complexas, nomeadamente tendo em conta o país onde os ETFs compram os activos).

Isso posso sempre fazer independentemente de serem ETFs americanos ou europeus.

Dos casos que analisei, olhando para os ETFs europeus equivalentes com menores ER, mesmo que tivessem um AUM baixo, em caso de venda para rebalanceamento alguns ETFs europeus ficavam mais caros que os americanos.

Exemplos:

iShares $ Treasury Bond 20+yr UCITS ETF - IDTL - ER 0.20% vs TLT - ER 0.15% +  0.05% (corresponde a 15% de imposto no US sobre o dividendo e a % da carteira)= ER 0.20%

iShares MSCI EMU - CEU - ER 0.33% vs VGK - ER 0.12% + 0.05% (corresponde a 15% de imposto no US sobre o dividendo e a % da carteira) = 0.17%

O TLT é conhecido por pagar dividendos todos os meses e o VGK foi dos que distribuiu mais dividendos em 2014.
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Re: O Investidor que Nada Sabe
« Responder #21 em: 2015-05-14 10:37:55 »
Bom tópico Tridion !

Notas soltas:
- Cada um terá a sua filosofia de investimento mas sabendo que 8% capitalizados 30 anos representam 10x o montante inicial, ao retirares dinheiro no meio do processo vais afectar bastante a rentabilidade final (em termos médios, claro, porque nunca ninguém sabe quando é que os DDs irão ocorrer). Eu até fiquei surpreendido por fazer isso porque via-te mais a meter este capital inicial e a reforçares X por ano e não o contrário (isto se o objectivo for teres um pé de meia para complementar a reforma e/ou deixares algum aos filhos caso nunca venhas a precisar do dinheiro).

- Em relação à dupla tributação é um problema da dimensão da conta e a divisão por muitas classes de activos.
Por exemplo, quem tenha $10.000, com 25% investido no SPY (13 unidades), recebeu no último dividendo de Março $0.931 por cada unidade de SPY. Ao pagar 15% + 28%, perde-se, grosso modo, 43% do mesmo, ou seja uns $0.4.
No caso de fazer uma venda e uma compra perde-se $0.01 de spread em cada transacção + comissão que será 2x1$ para pequenos montantes. $2/13 unidades = $0.16.
Ou seja, $0.16+$0.01x2=0.18, o que ainda fica aquém dos 0.43.

Haverá alturas em que se será beneficiado e outras em que se sairá prejudicado vendendo no Close de D e comprando no open de D+1 mas no geral é possível parece compensar (e quanto maior o valor claro que menor será a comissão por unidade porque existe um cap na IB).

O Automek é um grande exemplos dos que mais me têm ensinado. Mais uma vez, obrigado.

O horizonte temporal serão os 30 anos. Este prazo é rígido para levantar o dinheiro (ou vou tentar que seja, existem sempre imprevistos), mas poderá ser prolongado. Ainda no outro dia postei um gráfico, que se aguentasse o investimento até ter 100 anos, chegava aos 50 milhões...  :D

Relativamente aos dividendos tens razão, não há nada a fazer. Mas pensa assim, imagina que até consigo por mais dinheiro na carteira e chego aos 65 anos e recebo 30 000 em dividendos, pronto lá terei que pagar 43% em impostos. Paciência...não acredito é que atingisse esses valores no day-trading.

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tommy

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Re: O Investidor que Nada Sabe
« Responder #22 em: 2015-05-14 10:45:48 »
Isso posso sempre fazer independentemente de serem ETFs americanos ou europeus.

Dos casos que analisei, olhando para os ETFs europeus equivalentes com menores ER, mesmo que tivessem um AUM baixo, em caso de venda para rebalanceamento alguns ETFs europeus ficavam mais caros que os americanos.

Exemplos:

iShares $ Treasury Bond 20+yr UCITS ETF - IDTL - ER 0.20% vs TLT - ER 0.15% +  0.05% (corresponde a 15% de imposto no US sobre o dividendo e a % da carteira)= ER 0.20%

iShares MSCI EMU - CEU - ER 0.33% vs VGK - ER 0.12% + 0.05% (corresponde a 15% de imposto no US sobre o dividendo e a % da carteira) = 0.17%

O TLT é conhecido por pagar dividendos todos os meses e o VGK foi dos que distribuiu mais dividendos em 2014.

Já investigaste os etf por exemplo da vanguard domiciliados na Irlanda e que transaccionam na eurnoext amsterdam? Tenho ponderado experimentar um deles para ver como funciona em termos fiscais...

D. Antunes

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Re: O Investidor que Nada Sabe
« Responder #23 em: 2015-05-14 11:03:16 »
Se tiveres muitos ETFs, quando vendes um pouco de um realizando mais-valias, podes compensar vendendo um pouco do outro com menos-valias (mesmo que queiras manter este, podes sempre recomprar), e mantens outros que têm mais-valias a capitalizar.

Estamos a falar de pequenas % de vendas (equivalentes aos dividendos).

OS ETFs com sede nos EUA são obrigados a distribuir rendimentos. Os europeus (UCITS) podem capitalizar. E com estes evitas a dupla tributação EUA+Portugal (isto em linhas gerais. Já postei no forum, mais detalhadamente, situações mais complexas, nomeadamente tendo em conta o país onde os ETFs compram os activos).


Isso posso sempre fazer independentemente de serem ETFs americanos ou europeus.

Dos casos que analisei, olhando para os ETFs europeus equivalentes com menores ER, mesmo que tivessem um AUM baixo, em caso de venda para rebalanceamento alguns ETFs europeus ficavam mais caros que os americanos.

Exemplos:

iShares $ Treasury Bond 20+yr UCITS ETF - IDTL - ER 0.20% vs TLT - ER 0.15% +  0.05% (corresponde a 15% de imposto no US sobre o dividendo e a % da carteira)= ER 0.20%

iShares MSCI EMU - CEU - ER 0.33% vs VGK - ER 0.12% + 0.05% (corresponde a 15% de imposto no US sobre o dividendo e a % da carteira) = 0.17%

O TLT é conhecido por pagar dividendos todos os meses e o VGK foi dos que distribuiu mais dividendos em 2014.


A compensação de mais com menos valias podes fazer nos EUA claro. A diferença é que nos EUA, como distribuem rendimento (dividendos E TAMBÉM diferenças entre mais e menos-valias dentro da carteira do ETF), a acumulação de mais-valias sobre as quais diferes o imposto é menor. É esse rendimento diferido que tem potencial para ir crescendo geometricamente, até pagares o imposto daqui a muitos anos.

Quanto às contas, não consegui perceber.
O meu raciocínio é o seguitne: se pagas de imposto 28% em Portugal e mais 15% (já accionando a dupla tributação) nos EUA, pagas 39% [1-(1-0,28)x(1-0,15)], isto é, mais 11% do que se só pagares em Portugal). Para que esse diferença correspondesse a 0,05%, só poderias receber 0,45% ao ano de rendimentos. Por exemplo, se receberes 2 ou 3%/ano, pagas 0,22 ou 0,33%. E pagar agora é diferente de pagar daqui a 10 anos.
Por curiosidade, nos últimos 365 dias, o VGK que citaste distribuiu rendimentos equivalentes a 3,2% da sua cotação.
http://finance.yahoo.com/echarts?s=VGK+Interactive#{}
« Última modificação: 2015-05-14 11:07:55 por D. Antunes »
“Price is what you pay. Value is what you get.”
“In the short run the market is a voting machine. In the long run, it’s a weighting machine."
Warren Buffett

“O bom senso é a coisa do mundo mais bem distribuída: todos pensamos tê-lo em tal medida que até os mais difíceis de contentar nas outras coisas não costumam desejar mais bom senso do que aquele que têm."
René Descartes

Tridion

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Re: O Investidor que Nada Sabe
« Responder #24 em: 2015-05-14 15:38:34 »
Se tiveres muitos ETFs, quando vendes um pouco de um realizando mais-valias, podes compensar vendendo um pouco do outro com menos-valias (mesmo que queiras manter este, podes sempre recomprar), e mantens outros que têm mais-valias a capitalizar.

Estamos a falar de pequenas % de vendas (equivalentes aos dividendos).

OS ETFs com sede nos EUA são obrigados a distribuir rendimentos. Os europeus (UCITS) podem capitalizar. E com estes evitas a dupla tributação EUA+Portugal (isto em linhas gerais. Já postei no forum, mais detalhadamente, situações mais complexas, nomeadamente tendo em conta o país onde os ETFs compram os activos).


Isso posso sempre fazer independentemente de serem ETFs americanos ou europeus.

Dos casos que analisei, olhando para os ETFs europeus equivalentes com menores ER, mesmo que tivessem um AUM baixo, em caso de venda para rebalanceamento alguns ETFs europeus ficavam mais caros que os americanos.

Exemplos:

iShares $ Treasury Bond 20+yr UCITS ETF - IDTL - ER 0.20% vs TLT - ER 0.15% +  0.05% (corresponde a 15% de imposto no US sobre o dividendo e a % da carteira)= ER 0.20%

iShares MSCI EMU - CEU - ER 0.33% vs VGK - ER 0.12% + 0.05% (corresponde a 15% de imposto no US sobre o dividendo e a % da carteira) = 0.17%

O TLT é conhecido por pagar dividendos todos os meses e o VGK foi dos que distribuiu mais dividendos em 2014.


A compensação de mais com menos valias podes fazer nos EUA claro. A diferença é que nos EUA, como distribuem rendimento (dividendos E TAMBÉM diferenças entre mais e menos-valias dentro da carteira do ETF), a acumulação de mais-valias sobre as quais diferes o imposto é menor. É esse rendimento diferido que tem potencial para ir crescendo geometricamente, até pagares o imposto daqui a muitos anos.

Quanto às contas, não consegui perceber.
O meu raciocínio é o seguitne: se pagas de imposto 28% em Portugal e mais 15% (já accionando a dupla tributação) nos EUA, pagas 39% [1-(1-0,28)x(1-0,15)], isto é, mais 11% do que se só pagares em Portugal). Para que esse diferença correspondesse a 0,05%, só poderias receber 0,45% ao ano de rendimentos. Por exemplo, se receberes 2 ou 3%/ano, pagas 0,22 ou 0,33%. E pagar agora é diferente de pagar daqui a 10 anos.
Por curiosidade, nos últimos 365 dias, o VGK que citaste distribuiu rendimentos equivalentes a 3,2% da sua cotação.
http://finance.yahoo.com/echarts?s=VGK+Interactive#{}


Correcto, mas o VGK só corresponde a 10% da minha carteira global. E nem todos os ETFs têm distribuição de dividendos, nomeadamente o IAU e o DBC. Outros como o VNQ e o ITE têm retorno de capital, sobre os quais os não residentes não pagam impostos nos US.
« Última modificação: 2015-05-14 16:16:40 por Tridion »
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Re: O Investidor que Nada Sabe
« Responder #25 em: 2015-05-14 16:15:58 »
Bom tópico Tridion !

Notas soltas:
- Cada um terá a sua filosofia de investimento mas sabendo que 8% capitalizados 30 anos representam 10x o montante inicial, ao retirares dinheiro no meio do processo vais afectar bastante a rentabilidade final (em termos médios, claro, porque nunca ninguém sabe quando é que os DDs irão ocorrer). Eu até fiquei surpreendido por fazer isso porque via-te mais a meter este capital inicial e a reforçares X por ano e não o contrário (isto se o objectivo for teres um pé de meia para complementar a reforma e/ou deixares algum aos filhos caso nunca venhas a precisar do dinheiro).

- Em relação à dupla tributação é um problema da dimensão da conta e a divisão por muitas classes de activos.
Por exemplo, quem tenha $10.000, com 25% investido no SPY (13 unidades), recebeu no último dividendo de Março $0.931 por cada unidade de SPY. Ao pagar 15% + 28%, perde-se, grosso modo, 43% do mesmo, ou seja uns $0.4.
No caso de fazer uma venda e uma compra perde-se $0.01 de spread em cada transacção + comissão que será 2x1$ para pequenos montantes. $2/13 unidades = $0.16.
Ou seja, $0.16+$0.01x2=0.18, o que ainda fica aquém dos 0.43.

Haverá alturas em que se será beneficiado e outras em que se sairá prejudicado vendendo no Close de D e comprando no open de D+1 mas no geral é possível parece compensar (e quanto maior o valor claro que menor será a comissão por unidade porque existe um cap na IB).

Agora que não tenho aqui os miúdos posso responder com mais calma.

Os 8% anuais são considerando a distribuição de dividendos ou já incluindo taxa de inflação? Espero fazer um pouco mais, na casa dos 12%. Sabendo que se tiver uma distribuição de dividendos na casa dos 2% para o total da carteira, como foi em 2014, terei um custo associados de 1%, nos quais estão o ER dos diferentes ETFs e os impostos de dupla tributação inerentes à distribuição de dividendos. Por cada 10 000 UPs da carteira, vou gastar 100 a mantê-la. Nestes cálculos não estão incluídos os custos de manutenção da conta, mas que tenderão para zero se tudo correr bem...  :D

É claro que 1% desgasta uma carteira, mas o dinheiro dos dividendos depois de impostos serão reinvestidos. Contudo, se for necessário no futuro, não me importarei de retirar algum desse dinheiro para gastos. Perde-se valor da carteira, mas ganha-se em experiências de vida.  :)

A parte de vender antes dos dividendos não percebi muito bem. Aí pagaria logo 28% sobre quase a totalidade da carteira ou grande parte dela, mesmo descontando as menos-valias, em vez de 0.43% sobre 2%. Além do mais actualmente não tenho o conhecimento para fazer isso de um modo automático, e manualmente não tenho tempo. Mas aprofunda essa ideia de modo a ser compreendida por um "dummy".

Lembrem-se que estão a falar com um investidor que nada sabe e que não tem muito tempo para aprofundar estas temáticas. O meu blogue e este tópico são para pessoas sem grande background em áreas financeiras/economia, por isso é normal que escreva opiniões desajustadas e mesmo sem sentido. Expondo-me, certamente, que irei melhorar.

Das poucas coisas que já aprendi, é que isto é psicologia, psicologia e psicologia e que não há sistemas perfeitos.
« Última modificação: 2015-05-14 22:11:53 por Tridion »
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Re: O Investidor que Nada Sabe
« Responder #26 em: 2015-05-14 16:32:40 »
A compensação de mais com menos valias podes fazer nos EUA claro. A diferença é que nos EUA, como distribuem rendimento (dividendos E TAMBÉM diferenças entre mais e menos-valias dentro da carteira do ETF), a acumulação de mais-valias sobre as quais diferes o imposto é menor. É esse rendimento diferido que tem potencial para ir crescendo geometricamente, até pagares o imposto daqui a muitos anos.


Nunca li nada sobre isso. Aliás isso é uma das coisas que os diferem dos mutual funds. Enquanto na compra e venda de activos os mutual funds podem ter que pagar impostos, os ETFs não.

Contudo, li algures que todas as empresas americanas que geram dividendos têm retenção de imposto logo de imediato. O que me leva a querer que os ER mais elevados, de ETFs domiciliados na europa sobre activos americanos, poder-se-á dever a isso. Mas nunca aprofundei esse aspecto. Quem quiser pode ficar como TPC  :D
« Última modificação: 2015-05-14 16:34:14 por Tridion »
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Re: O Investidor que Nada Sabe
« Responder #27 em: 2015-05-14 16:46:06 »
Acho que vais dar um baile a mais 99% dos gestores profissionais activos deste mundo. Em 30 anos. Cá estaremos de bengala e óculos na ponta do nariz a verificar isso.

Tridion

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Re: O Investidor que Nada Sabe
« Responder #28 em: 2015-05-14 17:07:17 »
Acho que vais dar um baile a mais 99% dos gestores profissionais activos deste mundo. Em 30 anos. Cá estaremos de bengala e óculos na ponta do nariz a verificar isso.

Vamos todos ficar ricos  :D

Nisto do investimento de longo prazo temos que perder menos tempo a pensar em rapar mais aquele 1% e começar o quanto antes. Depois com a carteira a valorizar, vamos vendo o que podemos melhorar.

Tenho que dar uma olhada aos Vanguard domiciliados na Irlanda, mas por aquilo que estava a ler no Bogleheads parece que se confirma aquilo dos ER mais elevados na Europa sobre activos americanos. Se assim for, já estamos a falar de apenas 32,5% da carteira com dupla tributação.

Também estava lá um forista português (que tenho em muito boa conta) a dizer que "ETFs da Vanguard domiciliados nos US que nem pensar para um europeu". Eheheh acho que nunca visitará o meu blogue  :D
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Re: O Investidor que Nada Sabe
« Responder #29 em: 2015-05-14 18:11:53 »
Os 8% anuais são considerando a distribuição de dividendos ou já incluindo taxa de inflação? Espero fazer um pouco mais, na casa dos 12%. Sabendo que se tiver uma distribuição de dividendos na casa dos 2% para o total da carteira, como foi em 2014, terei um custo associados de 1%, nos quais estão o ER dos diferentes ETFs e os impostos de dupla tributação inerentes à distribuição de dividendos. Por cada 10 000 UPs da carteira, vou gastar 10 a mantê-la. Nestes cálculos não estão incluídos os custos de manutenção da conta, mas que tenderão para zero se tudo correr bem...  :D
8% foi como exemplo e eram líquidos de inflação. Eu já fico satisfeito se conseguir isso em modo gestão passiva a 30 anos. Tudo o que vier a mais é bem-vindo.

É claro que 1% desgasta uma carteira, mas o dinheiro dos dividendos depois de impostos serão reinvestidos. Contudo, se for necessário no futuro, não me importarei de retirar algum desse dinheiro para gastos. Perde-se valor da carteira, mas ganha-se em experiências de vida.  :)
Mas então faria ainda mais sentido serem ETF que reinvistam porque nunca ficas pior.

A) Nos que tens actualmente e que distribuem, pagas o imposto e depois reinvestes menos
B) Nos outros não pagaria imposto e reinvestias mais
Escolhendo B) tens sempre a hipótese de venderes o que precisares e se não precisares aumentas o bolo (que capitalizado tem um grande boost). Ou seja, B) parece ser sempre uma solução melhor. Está a escapar-me alguma coisa ?


A parte de vender antes dos dividendos não percebi muito bem. Aí pagaria logo 28% sobre quase a totalidade da carteira ou grande parte dela, mesmo descontando as menos-valias, em vez de 0.43% sobre 2%. Além do mais actualmente não tenho o conhecimento para fazer isso de um modo automático, e manualmente não tenho tempo. Mas aprofunda essa ideia de modo a ser compreendida por um "dummy".

Mas não é 28% sobre a quase totalidade da carteira (era bom sinal, era  :D)

Com 8% média de rentabilidade, a rentabilidade trimestral será, em média, 1.94%. Sobre isso é que incidirão os 28% ou seja 0.5432%. Isto, no limite, assumindo que vendias tudo e compravas tudo novamente no dia seguinte.

Foi apenas um exemplo para alertar que pode ser mais vantajoso vender e comprar do que levar com dupla tributação mas é moroso, manual e tem de se ver se há wash sales para compensar mais valias, etc. Além de que as comissões fixas comem maior % da conta em carteiras mais pequenas. Provavelmente ficas melhor não fazendo nada, reconheço.

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Re: O Investidor que Nada Sabe
« Responder #30 em: 2015-05-14 19:58:06 »

É claro que 1% desgasta uma carteira, mas o dinheiro dos dividendos depois de impostos serão reinvestidos. Contudo, se for necessário no futuro, não me importarei de retirar algum desse dinheiro para gastos. Perde-se valor da carteira, mas ganha-se em experiências de vida.  :)
Mas então faria ainda mais sentido serem ETF que reinvistam porque nunca ficas pior.

A) Nos que tens actualmente e que distribuem, pagas o imposto e depois reinvestes menos
B) Nos outros não pagaria imposto e reinvestias mais
Escolhendo B) tens sempre a hipótese de venderes o que precisares e se não precisares aumentas o bolo (que capitalizado tem um grande boost). Ou seja, B) parece ser sempre uma solução melhor. Está a escapar-me alguma coisa ?

Correcto, mas só compensa mesmo se não venderes. Se venderes a situação poderá já não ser assim tão linear, depende da composição da carteira e da alocação.

Mas admito que a vantagem continue do lado dos ETFs que capitalizem dividendos.

A parte de vender antes dos dividendos não percebi muito bem. Aí pagaria logo 28% sobre quase a totalidade da carteira ou grande parte dela, mesmo descontando as menos-valias, em vez de 0.43% sobre 2%. Além do mais actualmente não tenho o conhecimento para fazer isso de um modo automático, e manualmente não tenho tempo. Mas aprofunda essa ideia de modo a ser compreendida por um "dummy".

Mas não é 28% sobre a quase totalidade da carteira (era bom sinal, era  :D)

Com 8% média de rentabilidade, a rentabilidade trimestral será, em média, 1.94%. Sobre isso é que incidirão os 28% ou seja 0.5432%. Isto, no limite, assumindo que vendias tudo e compravas tudo novamente no dia seguinte.

Foi apenas um exemplo para alertar que pode ser mais vantajoso vender e comprar do que levar com dupla tributação mas é moroso, manual e tem de se ver se há wash sales para compensar mais valias, etc. Além de que as comissões fixas comem maior % da conta em carteiras mais pequenas. Provavelmente ficas melhor não fazendo nada, reconheço.

Compreendi.  Mas neste momento é me completamente impossível fazer isso. Quem sabe no futuro.
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« Responder #31 em: 2015-05-14 22:15:29 »
Só a título de curiosidade. Num investimento a 30 anos deste tipo onde é que acham que é melhor ter o dinheiro, nos Estados Unidos ou na Europa? E dentro da Europa, Londres, Frankfurt ou Paris?

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Re: O Investidor que Nada Sabe
« Responder #32 em: 2015-05-15 00:21:58 »
Só a título de curiosidade. Num investimento a 30 anos deste tipo onde é que acham que é melhor ter o dinheiro, nos Estados Unidos ou na Europa? E dentro da Europa, Londres, Frankfurt ou Paris?

Na Europa (melhor do que nos EUA).
Qq dessas cidades penso que é similar: é UE e o futuro é a troca automática e completa de informações.
O Neo-liberal tem dito que a troca de informações acordada via OCDE só se aplica a dividendos, não a mais-valias. O que tornaria mais aliciante um poiso fora da UE...
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Re: O Investidor que Nada Sabe
« Responder #33 em: 2015-05-15 16:40:18 »
reconheço que esta forma de investimento não é a que gera mais retornos, havendo outras com muito mais rentabilidade mas que não se adequam à minha vida actual.

Tridion, dizes que no longo prazo esta, tua, forma de investimento gera, hipotéticamente, 12%. Certo?

Quais são as outras, formas de investimento, com muito mais rentabilidade?

Obrigado e continua a partilhar.

Jim Chanos: "We Are In The Golden Age of Fraud".

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Re: O Investidor que Nada Sabe
« Responder #34 em: 2015-05-15 20:09:30 »
reconheço que esta forma de investimento não é a que gera mais retornos, havendo outras com muito mais rentabilidade mas que não se adequam à minha vida actual.

Tridion, dizes que no longo prazo esta, tua, forma de investimento gera, hipotéticamente, 12%. Certo?

Quais são as outras, formas de investimento, com muito mais rentabilidade?

Obrigado e continua a partilhar.

Sim, baseado em dados desde de 1972. Contudo, retornos passados não são garantia de retornos futuros. Mas se o mundo se mantiver no futuro semelhante, pelo menos, aos últimos 100 anos diria que existe uma boa probabilidade de ter retornos na casa dos 12%. Se não se mantiver, tenho a maioria (ou todas) as classes de activos em carteira, algumas hão-de valorizar.

Quando escrevi outros investimentos referia-me mais a sistemas de short-term trading e sistemas automáticos. Mas o primeiro requer muita psicologia, estudo e tempo e o segundo saber programação. No primeiro caso, falta-me essencialmente tempo e no segundo tempo para aprender a programar.  :)

Mesmo que um dia volte à negociação de curto prazo será com uma pequena parte da carteira.


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Re: O Investidor que Nada Sabe
« Responder #35 em: 2015-05-15 20:20:07 »
Só a título informativo. Hoje fui ao serviço de Finanças entregar os documentos relativos aos rendimentos do anexo J.

Disseram-me que não é necessário. Que se for necessário o departamento de Relações Internacionais contacta-me e ou lhes remeto os documentos ou vou entregar em mão ao serviço de finanças da área da residência.

Melhor.  :D
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Re: O Investidor que Nada Sabe
« Responder #36 em: 2015-05-15 20:48:00 »
Eu costumo mandar em correio registado. Devem arquivar no triturador de papel.

Automek

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Re: O Investidor que Nada Sabe
« Responder #37 em: 2015-05-18 14:55:51 »
Tridion, não fizeste simulações com um pozinho de alavancagem, tipo +25% ?

Tridion

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Re: O Investidor que Nada Sabe
« Responder #38 em: 2015-05-18 17:59:31 »
Tridion, não fizeste simulações com um pozinho de alavancagem, tipo +25% ?

Penso muito nisso, aquela conta margem da IB ali com tanto dinheiro parado...  :)

Mas por enquanto não tenho equilíbrio emocional para isso. Tenho que esperar mais alguns anos para ter mais disponibilidade para estudar e desenvolver um sistema que me deixe tranquilo.

Outra coisa que penso bastante, e que quero desenvolver, é uns hedges sobre partes da carteira. Tinha feito uns belos curtos sobre o ouro, o Euro, oil. Mas ainda não sei sequer que instrumento usar para o efeito.

As vezes quero fazer um simples rebalanceamento, esqueço-me devido a outros afazeres e só consigo fazê-lo passado dois dias  >:(

Agora estou a estudar carteiras de ETFs domiciliados na Europa, alguns foristas fizeram essa observação muito pertinente e eu quero perceber as principais diferenças, prós e contras.  :D

Por enquanto, consigo fazer uma carteira parecida com a minha com um ER de 0.45. Contudo, com mais activos pelo que os custos de manutenção e rebalanceamento podem ser maiores.

Depois partilho algumas conclusões.
______________________________________
Bons Negócios
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Automek

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Re: O Investidor que Nada Sabe
« Responder #39 em: 2015-05-18 18:06:44 »
As vezes quero fazer um simples rebalanceamento, esqueço-me devido a outros afazeres e só consigo fazê-lo passado dois dias  >:(
Isso numa estratégia passiva de longo prazo não influencia nada (em média). Claro que se pode ter o azar de ocorrer um crash logo nesse dia em que íamos vender stocks para comprar ouro  :D

Já agora, para quem não conhecer, fica aqui uma ferramenta útil que a IB tem e que permite encontrar ETFs semelhantes a MF que achemos interessantes, com a vantagem de terem custos inferiores:
https://www.interactivebrokers.com/en/?f=%2Fen%2Fsoftware%2Fpdfhighlights%2FPDF-Mutual_Fund_Replicator.php%3Fib_entity%3Dllc