Quatro conselhos para atenuar a probabilidade de contrair cancro da mama
30-10-2013 17:02 por Marta Grosso - Rádio Renascença
Números actuais indicam que uma em cada oito portuguesas corre o risco de padecer da doença.
1. O BÁSICO
Tenha um estilo de vida saudável, faça exercício físico, evite o tabagismo e o consumo de bebidas alcoólicas, atenção à alimentação e evite o sobrepeso.
2. RASTREIO
A recomendação global é que a partir dos 40 anos todas as mulheres efectuem uma vigilância regular da sua mama. Devem recorrer ao médico para que seja estimado o risco individual da pessoa e, em função disso, seleccionar a idade de início da mamografia. "O que está claro é que a mamografia deve ser efectuada com periodicidade bienal a partir dos 50 anos. Entre os 40 e os 50, as doentes têm de ser avaliadas individualmente para definir o seu risco de vir a desenvolver a doença e, em função disso, desenhar o melhor esquema de vigilância para si", explica à Renascença Joaquim Abreu.
3. AUTO-EXAME NÃO SALVA VIDAS
Uma mulher que faça auto-exame mamário e que o faça bem "só é capaz de detectar um nódulo na mama quando ele tem pelo menos dois centímetros e, portanto, não queremos diagnosticar um cancro da mama quando a doente o palpa", afirma Joaquim Abreu. "Queremos diagnosticar o cancro da mama antes de ele ser clinicamente detectável ou detectável pela doente", sublinha. "Daí a importância dos exames de rastreio e da avaliação imagiológica periódica."
4. GRAVIDEZ E AMAMENTAÇÃO DIMINUEM OS RISCOS
Entre 75% e 80% dos cancros da mama são tumores hormonodependentes, isto é, "estão muito relacionados com a exposição estrogénica" da mulher ao longo da sua vida. Por isso, as mulheres que tiveram a primeira menstruação antes dos 12 anos e depois tiveram períodos regulares têm maior propensão à doença. O mesmo sucede se tiverem uma menopausa tardia, porque "têm um período de exposição estrogénica muito prolongado". Ora, esta exposição estrogénica é interrompida quando há uma gravidez e durante a amamentação.
POR QUE MOTIVO ESTÁ A AUMENTAR A INCIDÊNCIA DE CASOS?
Porque o estilo de vida mudou. Hoje, uma portuguesa de 40 anos teve um filho ou dois, "não teve seis ou oito como há umas décadas". Além disso, "muitas mulheres não amamentaram", porque estão "no mercado de trabalho e não podem permanecer muito tempo sem trabalhar e decidem não amamentar", refere Joaquim Abreu. Os números actuais indicam que uma em cada oito portuguesas vai ter um cancro da mama ao longo da sua vida.