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Autor Tópico: Colectivismo e Individualismo - Tópico principal  (Lida 141723 vezes)

vbm

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Re: Colectivismo e Individualismo - Tópico principal
« Responder #840 em: 2016-12-31 08:55:37 »
Os países não investem uns nos outros. As pessoas e empresas é que investem onde lhes dá na cabeça.

Com certeza, não afirmo o contrário, se bem que haja estados que possuem e dirigem empresas públicas que actuam no mesmo sector produtivo de empresas privadas. Mas, para lá disso, mesmo sem empresas nenhumas, os estados pelo seu poder político soberano, e pela inteligência que possam ter canalizado para os seus próprios governos podem manifestamente influir nas decisões de investimento directo no estrangeiro, negociando condições que o torne atractivo quer para o país investidor quer para o país destinatário do empreendimento. É o abc da política entre nações.

Jsebastião

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Re: Colectivismo e Individualismo - Tópico principal
« Responder #841 em: 2017-01-09 22:13:24 »
Consideram que faz sentido? Para mim faz sentido, pelo menos, debater o assunto e perceber de que é que estamos a falar em concreto (universo abrangido, e dados sobre o que é proposto...)

http://sicnoticias.sapo.pt/mundo/2017-01-09-Verdes-alemaes-defendem-prescricoes-sexuais-para-doentes-ou-deficientes

Citar
Verdes alemães defendem prescrições sexuais para doentes ou deficientes

As pessoas doentes ou com deficiência devem ter o direito a ter sexo com prostitutas(os), pago com dinheiro público e mediante uma prescrição médica. A proposta é do partido alemão Os Verdes

A proposta defende que sejam as autoridades locais a cobrir os custos do sexo para os deficientes ou pessoas doentes, conforme explicou uma porta-voz do partido ao jornal "Welt am Sonntag".

A Alemanha legalizou a prostituição em 2002, pelo que são muitos os bordéis que funcionam um pouco por todo o país.Nos últimos anos, um número crescente de prostitutas começou a prestar "assistência sexual" a pessoas com demência ou deficiências fídicas, bem como a residentes em lares. Não há, porém, enquadramento legal para que esta "assistência" seja custeada como integrante dos cuidados médicos.

O modelo defendido pelos Verdes da Alamanha é o já existente na Holanda - onde há já muitos anos que o sexo pode ser, em alguns casos, pago como despesa médica.

A proposta implica que o paciente tenha uma prescrição médica, confirmando que o mesmo não consegue nem pagar aos trabalhadores do sexo, nem obter satisfação sexual de outro modo.


Lá mais para trás neste mesmo tópico chegou-se a falar num apoio para ter sexo pago a quem fosse "feio", sugestão/provocação do Incognitus. Mas este caso é diferente: há critérios concretos pelos quais se podem avaliar as necessidades de ajuda para as pessoas em questão.
« Última modificação: 2017-01-09 22:21:25 por Jsebastião »
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kitano

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Re: Colectivismo e Individualismo - Tópico principal
« Responder #842 em: 2017-01-09 22:36:32 »
Penso que serão casos em que por impossibilidade física a pessoa é até incapaz de se masturbar
"Como seria viver a vida que realmente quero?"

Incognitus

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Re: Colectivismo e Individualismo - Tópico principal
« Responder #843 em: 2017-01-10 12:26:35 »
Consideram que faz sentido? Para mim faz sentido, pelo menos, debater o assunto e perceber de que é que estamos a falar em concreto (universo abrangido, e dados sobre o que é proposto...)

http://sicnoticias.sapo.pt/mundo/2017-01-09-Verdes-alemaes-defendem-prescricoes-sexuais-para-doentes-ou-deficientes

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Verdes alemães defendem prescrições sexuais para doentes ou deficientes

As pessoas doentes ou com deficiência devem ter o direito a ter sexo com prostitutas(os), pago com dinheiro público e mediante uma prescrição médica. A proposta é do partido alemão Os Verdes

A proposta defende que sejam as autoridades locais a cobrir os custos do sexo para os deficientes ou pessoas doentes, conforme explicou uma porta-voz do partido ao jornal "Welt am Sonntag".

A Alemanha legalizou a prostituição em 2002, pelo que são muitos os bordéis que funcionam um pouco por todo o país.Nos últimos anos, um número crescente de prostitutas começou a prestar "assistência sexual" a pessoas com demência ou deficiências fídicas, bem como a residentes em lares. Não há, porém, enquadramento legal para que esta "assistência" seja custeada como integrante dos cuidados médicos.

O modelo defendido pelos Verdes da Alamanha é o já existente na Holanda - onde há já muitos anos que o sexo pode ser, em alguns casos, pago como despesa médica.

A proposta implica que o paciente tenha uma prescrição médica, confirmando que o mesmo não consegue nem pagar aos trabalhadores do sexo, nem obter satisfação sexual de outro modo.


Lá mais para trás neste mesmo tópico chegou-se a falar num apoio para ter sexo pago a quem fosse "feio", sugestão/provocação do Incognitus. Mas este caso é diferente: há critérios concretos pelos quais se podem avaliar as necessidades de ajuda para as pessoas em questão.


A mesma lógica poderia ser usada para a redistribuição de rendimento. Ela poderia ser apenas para quem estivesse nas mesmas condições destas pessoas, no entanto é mais alargada.

Logo, esta medida que agora começa restrita, mais tarde também poderá ser mais alargada ...  :D

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Lá mais para trás neste mesmo tópico chegou-se a falar num apoio para ter sexo pago a quem fosse "feio", sugestão/provocação do Incognitus.


Eu não sugeri isso. Eu sugeri algo mais agressivo, para não ser somente uma questão financeira.

Se o Estado pode retirar-te o uso do teu corpo durante uns minutos ou horas para o usar (trabalhando) para "redistribuir" para outra pessoa, para equalizar rendimentos, então o Estado também deveria poder fazer o mesmo para equalizar outras coisas incluindo o sexo. Assim talvez as pessoas compreendessem melhor que o que o Estado já pode fazer, já é abusivo. Não o compreendem, na minha opinião, devido a toda a abstração que está pelo meio.

De notar que isto não se aplica a todos os impostos, apenas a impostos e contribuições cujo objectivo seja a redistribuição forçada. Outra coisa, a redistribuição pode ser apoiada por muitas pessoas, até pela maioria das pessoas, mas isso é irrelevante. Num grupo de 10 pessoas, 6 decidirem que tirar aos outros é aceitável, não o torna aceitável. Impostos não são roubar porque existem funções da sociedade que são inevitáveis para que a mesma funcione. Isto é diferente, redistribuir é efectivamente roubar -- até porque só se redistribui o rendimento, não o trabalho que leva ao mesmo. No mínimo dos mínimos, a uma redistribuição forçada deveria equivaler tempo de trabalho forçado para os recipientes. Não existe porque seria desagradável para estes, como se fosse agradável para os que contribuem ...
« Última modificação: 2017-01-10 12:35:09 por Incognitus »
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Re: Colectivismo e Individualismo - Tópico principal
« Responder #844 em: 2017-01-10 13:34:27 »
Consideram que faz sentido? Para mim faz sentido, pelo menos, debater o assunto e perceber de que é que estamos a falar em concreto (universo abrangido, e dados sobre o que é proposto...)

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Verdes alemães defendem prescrições sexuais para doentes ou deficientes

As pessoas doentes ou com deficiência devem ter o direito a ter sexo com prostitutas(os), pago com dinheiro público e mediante uma prescrição médica. A proposta é do partido alemão Os Verdes

A proposta defende que sejam as autoridades locais a cobrir os custos do sexo para os deficientes ou pessoas doentes, conforme explicou uma porta-voz do partido ao jornal "Welt am Sonntag".

A Alemanha legalizou a prostituição em 2002, pelo que são muitos os bordéis que funcionam um pouco por todo o país.Nos últimos anos, um número crescente de prostitutas começou a prestar "assistência sexual" a pessoas com demência ou deficiências fídicas, bem como a residentes em lares. Não há, porém, enquadramento legal para que esta "assistência" seja custeada como integrante dos cuidados médicos.

O modelo defendido pelos Verdes da Alamanha é o já existente na Holanda - onde há já muitos anos que o sexo pode ser, em alguns casos, pago como despesa médica.

A proposta implica que o paciente tenha uma prescrição médica, confirmando que o mesmo não consegue nem pagar aos trabalhadores do sexo, nem obter satisfação sexual de outro modo.


Lá mais para trás neste mesmo tópico chegou-se a falar num apoio para ter sexo pago a quem fosse "feio", sugestão/provocação do Incognitus. Mas este caso é diferente: há critérios concretos pelos quais se podem avaliar as necessidades de ajuda para as pessoas em questão.


Já agora, a verba prevista dá para que tipo de prostituta(o)?
Se for homem dá para pagar serviço de uma que tenha o nível das fotos que tem sido postadas no tópico das babes? http://www.thinkfn.com/forumbolsaforex/index.php/topic,3974.0.html

Porque se só der para uma já gasta com 30 anos de profissão fico um pouco céptico quanto à eficácia terapeutica.

Penso que para Inc terá de ser a mais baratuxa de todas caso contrário alguém poderá estar a usufruir às custas do estado de um serviço de melhor qualidade do que aquele que alguém que trabalha e paga impostos se pode permitir  ;D
« Última modificação: 2017-01-10 13:42:50 por Zenith »

Incognitus

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Re: Colectivismo e Individualismo - Tópico principal
« Responder #845 em: 2017-01-10 14:28:22 »
Novamente, a minha ideia maluca não era a de usar dinheiro para comprar serviços que tais. Era mais avançada. Era uma redistribuição forçada mais engraçada.

E sim, se vai ser usado dinheiro do Estado e se alguém sem apoios faz recurso de serviços mais baratos, não existe razão nenhuma para alguém com apoios usar serviços mais caros do que o mais básico disponível para alguém sem apoios. Isso é básico, qualquer outra coisa é incrivelmente injusta.
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Re: Colectivismo e Individualismo - Tópico principal
« Responder #846 em: 2017-01-10 14:36:21 »
Novamente, a minha ideia maluca não era a de usar dinheiro para comprar serviços que tais. Era mais avançada. Era uma redistribuição forçada mais engraçada.
Estarei a perceber bem de que a tua ideia é mesmo forçar as gajas e os gajos mais bonitos a terem sexo forçado com os mais feios, de forma a que haja uma maior igualdade ?  :D

Moppie85

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Re: Colectivismo e Individualismo - Tópico principal
« Responder #847 em: 2017-01-10 14:48:49 »
Novamente, a minha ideia maluca não era a de usar dinheiro para comprar serviços que tais. Era mais avançada. Era uma redistribuição forçada mais engraçada.
Estarei a perceber bem de que a tua ideia é mesmo forçar as gajas e os gajos mais bonitos a terem sexo forçado com os mais feios, de forma a que haja uma maior igualdade ?  :D

hmmmmm

estás com ar de quem está cheio de sorte!  :D :D

Automek

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Re: Colectivismo e Individualismo - Tópico principal
« Responder #848 em: 2017-01-10 14:51:08 »
Eu estou sempre a pensar no bem estar dos meus amigos do forum.  :D

Incognitus

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Re: Colectivismo e Individualismo - Tópico principal
« Responder #849 em: 2017-01-10 17:31:05 »
Novamente, a minha ideia maluca não era a de usar dinheiro para comprar serviços que tais. Era mais avançada. Era uma redistribuição forçada mais engraçada.
Estarei a perceber bem de que a tua ideia é mesmo forçar as gajas e os gajos mais bonitos a terem sexo forçado com os mais feios, de forma a que haja uma maior igualdade ?  :D

Pois claro. Aqui não se trata de uma questão material, logo a solução de usar o pérfido dinheiro não é válida. Tem que ser uma coisa mais pessoal, ainda que pelo bem comum. Substituir uma prostituta (ou prostituto) de um nível inferior seria injusto e não equalitário.

Era de colocar isto a votos, para que a democracia se impusesse. Ou melhor ainda, não colocar sequer a votos. Um governo maioritário devia simplesmente avançar com a coisa.
« Última modificação: 2017-01-10 17:32:56 por Incognitus »
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Jsebastião

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Re: Colectivismo e Individualismo - Tópico principal
« Responder #850 em: 2017-01-10 23:57:06 »
De notar que isto não se aplica a todos os impostos, apenas a impostos e contribuições cujo objectivo seja a redistribuição forçada. Outra coisa, a redistribuição pode ser apoiada por muitas pessoas, até pela maioria das pessoas, mas isso é irrelevante. Num grupo de 10 pessoas, 6 decidirem que tirar aos outros é aceitável, não o torna aceitável. Impostos não são roubar porque existem funções da sociedade que são inevitáveis para que a mesma funcione. Isto é diferente, redistribuir é efectivamente roubar -- até porque só se redistribui o rendimento, não o trabalho que leva ao mesmo. No mínimo dos mínimos, a uma redistribuição forçada deveria equivaler tempo de trabalho forçado para os recipientes. Não existe porque seria desagradável para estes, como se fosse agradável para os que contribuem ...

Sim, com isto eu também concordo. Até penso (se calhar muito ingenuamente) que os recipientes de tal redistribuição concordariam, na sua maioria, com essa imposição de terem de trabalhar ( porque continuo a achar que os oportunistas não são a regra, são a excepção, e que quem não tem trabalho não é na maior parte dos casos por não querer, é por não conseguir).

Voltando um pouco atrás... e em relação à tua "sugestão", para mim a questão mais preversa não tem a ver com a redistribuição de "algo" (porque eu concordo com o princípio subjacente), é antes com a impossibilidade de se definir o que é o "feio" --- não há critérios que possam ser utilizados.
« Última modificação: 2017-01-10 23:59:18 por Jsebastião »
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Re: Colectivismo e Individualismo - Tópico principal
« Responder #851 em: 2017-01-11 00:10:08 »
estamos falar coletivismo....

grande  lider faz um decreto  defenir  homem Feio e mulher bonita  :D
« Última modificação: 2017-01-11 00:11:31 por Reg »
Democracia Socialista Democrata. igualdade de quem berra mais O que é meu é meu o que é teu é nosso

Incognitus

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Re: Colectivismo e Individualismo - Tópico principal
« Responder #852 em: 2017-01-11 01:46:52 »
De notar que isto não se aplica a todos os impostos, apenas a impostos e contribuições cujo objectivo seja a redistribuição forçada. Outra coisa, a redistribuição pode ser apoiada por muitas pessoas, até pela maioria das pessoas, mas isso é irrelevante. Num grupo de 10 pessoas, 6 decidirem que tirar aos outros é aceitável, não o torna aceitável. Impostos não são roubar porque existem funções da sociedade que são inevitáveis para que a mesma funcione. Isto é diferente, redistribuir é efectivamente roubar -- até porque só se redistribui o rendimento, não o trabalho que leva ao mesmo. No mínimo dos mínimos, a uma redistribuição forçada deveria equivaler tempo de trabalho forçado para os recipientes. Não existe porque seria desagradável para estes, como se fosse agradável para os que contribuem ...

Sim, com isto eu também concordo. Até penso (se calhar muito ingenuamente) que os recipientes de tal redistribuição concordariam, na sua maioria, com essa imposição de terem de trabalhar ( porque continuo a achar que os oportunistas não são a regra, são a excepção, e que quem não tem trabalho não é na maior parte dos casos por não querer, é por não conseguir).

Voltando um pouco atrás... e em relação à tua "sugestão", para mim a questão mais preversa não tem a ver com a redistribuição de "algo" (porque eu concordo com o princípio subjacente), é antes com a impossibilidade de se definir o que é o "feio" --- não há critérios que possam ser utilizados.

De notar que isto que digo não se aplica ao subsídio de desemprego, desde que o mesmo funcione como um esquema de seguro.
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Automek

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Re: Colectivismo e Individualismo - Tópico principal
« Responder #853 em: 2017-01-11 09:10:04 »
é antes com a impossibilidade de se definir o que é o "feio" --- não há critérios que possam ser utilizados.
Qual é a diferença entre isso e definir um filme como sendo "de qualidade" ?

Zenith

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Re: Colectivismo e Individualismo - Tópico principal
« Responder #854 em: 2017-01-11 11:16:51 »
De notar que isto não se aplica a todos os impostos, apenas a impostos e contribuições cujo objectivo seja a redistribuição forçada. Outra coisa, a redistribuição pode ser apoiada por muitas pessoas, até pela maioria das pessoas, mas isso é irrelevante. Num grupo de 10 pessoas, 6 decidirem que tirar aos outros é aceitável, não o torna aceitável. Impostos não são roubar porque existem funções da sociedade que são inevitáveis para que a mesma funcione. Isto é diferente, redistribuir é efectivamente roubar -- até porque só se redistribui o rendimento, não o trabalho que leva ao mesmo. No mínimo dos mínimos, a uma redistribuição forçada deveria equivaler tempo de trabalho forçado para os recipientes. Não existe porque seria desagradável para estes, como se fosse agradável para os que contribuem ...


Sim, com isto eu também concordo. Até penso (se calhar muito ingenuamente) que os recipientes de tal redistribuição concordariam, na sua maioria, com essa imposição de terem de trabalhar ( porque continuo a achar que os oportunistas não são a regra, são a excepção, e que quem não tem trabalho não é na maior parte dos casos por não querer, é por não conseguir).

Voltando um pouco atrás... e em relação à tua "sugestão", para mim a questão mais preversa não tem a ver com a redistribuição de "algo" (porque eu concordo com o princípio subjacente), é antes com a impossibilidade de se definir o que é o "feio" --- não há critérios que possam ser utilizados.


Para o corpo há o desenho do Leonardo. Para o rosto é que  ainda falta definir uns critérios usando também geometria.  Nomeia-se uma comissão envolvendo anatomistas e geometras.  ;D
Depois ainda há umas coisas não são atributos permanentes mas podem ser parametrizados, como o corte de cabelo, e aí já estamos avançados com os trabalhos do Kim da Coreia do Norte.

Citar
http://www.google.pt/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=0ahUKEwibxeLZ-7nRAhVCbhQKHa03AGEQjRwIBw&url=http%3A%2F%2Fleonardodavinci.stanford.edu%2Fsubmissions%2Fclabaugh%2Fhistory%2Fleonardo.html&bvm=bv.143423383,d.d24&psig=AFQjCNHa2gE5goVa50Zv-kLlcaLI1wvE6A&ust=1484219779782276


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Jsebastião

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Re: Colectivismo e Individualismo - Tópico principal
« Responder #855 em: 2017-01-11 15:38:09 »
é antes com a impossibilidade de se definir o que é o "feio" --- não há critérios que possam ser utilizados.
Qual é a diferença entre isso e definir um filme como sendo "de qualidade" ?

Em termos de critérios que possam ser definidos, acredito que não haja diferença nenhuma. As diferenças que possam ser indicadas entre as duas situações têm a ver com os contextos e universos de utilização de cada um dos termos, e aí há muito por onde pegar e por onde debater.

Mas esta tua pergunta não é inocente. Tem a ver com o quê? Suspeito que seja no contexto da utilização de dinheiros públicos... aqueles ditos para "o bem comum"...  :D
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Jsebastião

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Re: Colectivismo e Individualismo - Tópico principal
« Responder #856 em: 2017-01-11 15:40:31 »
De notar que isto não se aplica a todos os impostos, apenas a impostos e contribuições cujo objectivo seja a redistribuição forçada. Outra coisa, a redistribuição pode ser apoiada por muitas pessoas, até pela maioria das pessoas, mas isso é irrelevante. Num grupo de 10 pessoas, 6 decidirem que tirar aos outros é aceitável, não o torna aceitável. Impostos não são roubar porque existem funções da sociedade que são inevitáveis para que a mesma funcione. Isto é diferente, redistribuir é efectivamente roubar -- até porque só se redistribui o rendimento, não o trabalho que leva ao mesmo. No mínimo dos mínimos, a uma redistribuição forçada deveria equivaler tempo de trabalho forçado para os recipientes. Não existe porque seria desagradável para estes, como se fosse agradável para os que contribuem ...


Sim, com isto eu também concordo. Até penso (se calhar muito ingenuamente) que os recipientes de tal redistribuição concordariam, na sua maioria, com essa imposição de terem de trabalhar ( porque continuo a achar que os oportunistas não são a regra, são a excepção, e que quem não tem trabalho não é na maior parte dos casos por não querer, é por não conseguir).

Voltando um pouco atrás... e em relação à tua "sugestão", para mim a questão mais preversa não tem a ver com a redistribuição de "algo" (porque eu concordo com o princípio subjacente), é antes com a impossibilidade de se definir o que é o "feio" --- não há critérios que possam ser utilizados.


Para o corpo há o desenho do Leonardo. Para o rosto é que  ainda falta definir uns critérios usando também geometria.  Nomeia-se uma comissão envolvendo anatomistas e geometras.  ;D
Depois ainda há umas coisas não são atributos permanentes mas podem ser parametrizados, como o corte de cabelo, e aí já estamos avançados com os trabalhos do Kim da Coreia do Norte.


O Umberto Eco, um dos grandes "pensadores" contemporâneos, recentemente falecido, tem uma obra sobre o tema: http://www.fnac.pt/Historia-da-Beleza-Umberto-Eco/a91874

Não li, mas sobre os comentários que já li sobre o assunto, é coisa não para oferecer respostas, mas para nos pôr a pensar...
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Re: Colectivismo e Individualismo - Tópico principal
« Responder #857 em: 2017-01-11 15:55:15 »
é antes com a impossibilidade de se definir o que é o "feio" --- não há critérios que possam ser utilizados.
Qual é a diferença entre isso e definir um filme como sendo "de qualidade" ?

Em termos de critérios que possam ser definidos, acredito que não haja diferença nenhuma. As diferenças que possam ser indicadas entre as duas situações têm a ver com os contextos e universos de utilização de cada um dos termos, e aí há muito por onde pegar e por onde debater.

Mas esta tua pergunta não é inocente. Tem a ver com o quê? Suspeito que seja no contexto da utilização de dinheiros públicos... aqueles ditos para "o bem comum"...  :D
O meu comentário foi apenas contra a tua afirmação da "impossibilidade de se definir o que é o "feio".
Aquilo que parece impossível definir basta o legislador querer. A prova disso são os "filmes de qualidade" e muitas outras coisas vertidas em lei que supostamente seriam impossíveis de definir objectivamente.
----------

Em relação ao caso concreto (do sexo pago a doentes) eu assumo o mesmo que já disse anteriormente. Quem achar que isso é importante deve contribuir para tal.

Ainda assim, mesmo que aceite que o estado forneça cuidados de saúde, teria de saber se estes, em concreto, são essenciais para a sobrevivência (tentemos tratar isto de forma séria sem achincalhar, please).

Intuitivamente eu diria que a pessoa pode sobreviver em abstinência sexual, ainda que tal seja bastante duro. Se, pelo contrário, entendermos que é uma necessidade absolutamente essencial para a sobrevivência, não haverá uma solução química mais barata que elimine essa necessidade ? A mim parece-me que existe, a avaliar pela castração química aos pedófilos que fazem nalguns países.
Se existe e for mais barata então nem há dúvida. A pessoa tem a decisão entre uma solução química ou nada. Não faz sentido uma solução mais cara paga por todos.

Nada disto obsta, claro, a que quer queira pague ou se voluntarie para cumprir esta missão, como em todas as outras coisas que de já falámos.

A ver se se consegue manter o nível. Eu sei que não é fácil.  :D

itg00022289

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Re: Colectivismo e Individualismo - Tópico principal
« Responder #858 em: 2017-01-11 16:05:42 »
Um pouco "a talho de foice" nesta discussão sobre coletivismo e liberdade de escolha, uma tirada com piada do 31daarmada:
Citar
Vamos recordar para sempre 2016, o ano em que duas instituições de referência fecharam em Portugal: o teatro da Cornucópia onde toda a gente ia e estava sempre vazio e o Elefante Branco onde ninguém ia e estava sempre cheio....

vbm

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Re: Colectivismo e Individualismo - Tópico principal
« Responder #859 em: 2017-01-11 16:06:52 »
LOL