BPI anunciou que o seu rácio de capital 'common equity' Tier 1 descerá 0,9 pontos percentuais para 8,9% com a aplicação das regras europeias à exposição que tem na sua subsidiária BFA, que é o líder da banca de Angola.
Adiantou que esta penalização decorre da Comissão Europeia ter divulgado a lista de países terceiros com regulamentação e supervisão equivalentes às da União Europeia, que "integra apenas 17 países ou territórios e não inclui a República de Angola", onde o BPI controla o Banco Fomento Exterior.
Assim, a partir de 1 de Janeiro de 2015, a exposição indirecta em kwanzas do BPI ao Estado angolano e ao Banco Nacional de Angola, para efeitos do cálculo dos rácios de capital, deixa de ser objecto de ponderadores de risco iguais aos da regulamentação angolana, para passar a ser objecto de ponderadores mais elevados da regulamentação europeia.
Tal significa que a exposição indirecta em kwanzas do BPI ao Estado Angolano - títulos da dívida pública angolana detidos pelo BFA e crédito concedido ao Estado - e ao BNA - reservas mínimas de caixa, outros depósitos e reportes do BFA - deixará de ser objecto de uma ponderação de zero ou 20 pct, consoante as situações, e passará a ser objecto de uma ponderação de 100 pct.
O total de Activos Ponderados pelo Risco atribuíveis à exposição indirecta do Banco BPI ao Estado Angolano e ao BNA é de €799 mn e €437 mn, respectivamente.