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Autor Tópico: Livros  (Lida 71211 vezes)

Smog

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Re: Livros
« Responder #280 em: 2018-04-03 20:22:33 »
Bah! A Maria é a Cristal : amável mas discreta! - o meu eu em família e com amigos! Quizz brincalhona, leve, criança- o meu eu quando estou feliz e na presença de pessoas especiais; Sofia 79 é a Rafaela sim! Acertaste! Mas a Sofia 79 é também elitista, cínica, orgulhosa, a que insulta a ignorância! - o meu eu num ambiente distante e hostil.

Agora,
temos outro leque:

Lac-Lunair; Alva22 e Stela-polaris.

Consegues fazer as ligações?
 ;D
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vbm

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Re: Livros
« Responder #281 em: 2018-04-03 23:39:56 »
Bah! A Maria é a Cristal : amável mas discreta! - o meu eu em família e com amigos! Quizz brincalhona, leve, criança- o meu eu quando estou feliz e na presença de pessoas especiais; Sofia 79 é a Rafaela sim! Acertaste! Mas a Sofia 79 é também elitista, cínica, orgulhosa, a que insulta a ignorância! - o meu eu num ambiente distante e hostil.

Agora,
temos outro leque:

Lac-Lunair; Alva22 e Stela-polaris.

Consegues fazer as ligações?
 ;D

Cristal ser a Maria mostra como  te escondeste
porque a Cristal era invisível ao olhar.

A Quizz era mais tipo "Adivinhem onde está o Wally?",
não achava graça.

A Sophia 79, sim, uma moça superior ou não fosse uma intelectual sábia!

A Lac Lunaire, a Alva 22, a Stella-polaris
foram todas mais presentes e consistentes

A que mais gostei foi a Alva 22!
Houve um tempo, que tive em Excell,
o registo de alguns nicks e circunstâncias de conversas havidas.
Mas já não tenho nada guardado, não posso ir ver.

Lembro a Lac Lunaire, mas gostaria mais de a Maria ser a Alva 22; lá da Quizz, não achei graça;
a Lac mais a Stella empalidecem à beira da Alva!
« Última modificação: 2018-04-03 23:43:05 por vbm »

Smog

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Re: Livros
« Responder #282 em: 2018-04-03 23:57:36 »
Curioso toda a gente preferir a Alva22  ;D A alva sou eu em sociedade - discreta mas distante, algo elitista mas também compassiva, simpática ao olhar alheio.
A que revela mais a minha verdadeira personalidade é a Lac - é ela que dá aulas, lida com putos e colegas - forte, apaixonada, com autoridade, mete a mão na massa mas também pensa, raciocina logicamente, age.
Stella- a criança brincalhona mas mais elaborada que quizz.
Aliás estes 3 são todos mais elaborados que os primeiros 3 que eram experimentais, primeiras abordagens à virtualidade.

O que me mostra a ensinar é mesmo a Lusce( e a Marta) ;D

A smog já é brincadeira, vicio, passatempo.  :P

Cada vez me aproximo mais de mim mesma. A Rafaella já tem quase o meu corpo. É apenas mais nova. Acho que com a idade aprendemos a conhecer-nos e a aceitarmo-nos melhor. Se calhar agora já só quero ser eu mesma. A atriz está por um fio... :-\
« Última modificação: 2018-04-04 00:11:30 por Rafaela »
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vbm

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Re: Livros
« Responder #283 em: 2018-04-04 16:20:52 »
O interesse por nós próprios, a noção da nossa identidade, o reencontro diário connosco próprios, tudo isso é muito bonito, assumimo-nos como gente, e os outros assim nos encaram. E daí? Como macróbios vivemos até que morramos e nos decompúnhamos. Como fazê-lo? Deixar de gostar de nós? Não. Não é solução. Gostarmos de nós? Hum... sim, mas... -> perceber que não interessa; quer dizer, o que faço comigo próprio? Penso umas coisas, talvez. E o que interessa isso? Interessa muito, porque é muito giro! Óptimo, então fico com o giro, e o resto não me interessa, deixo ficar, passe bem! É por estas e por outras, que de facto sempre me estive nas tintas para nicks e não nicks, e muito rápido aprendi a dialogar no digital: ligo aos enunciados, demoro-me ou não no  que enuncio e ou vejo enunciado; a pessoa que enuncia, só muito tardiamente se começa a perfilar na minha consciência de modo individuado. E fotografia, nem sequer me ajuda muito, se bem que haja caras bonitas - quando as há, naturalmente -, mas a duas dimensões, no domínio plano, é tudo preferível, até, a preto e branco, cria um efeito de distância e representação que melhor secunda o que por escrita se legende do que cada um é. Aprendi rápido a desrealidade comunicacional da net.
« Última modificação: 2018-04-04 22:57:33 por vbm »

vbm

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Re: Livros
« Responder #284 em: 2018-04-04 16:27:20 »
       Ah! Mas sempre gostei, e gosto,
        de distribuir as linhas do meu discorrer
          pela planilha bidimensional destes rectângulos
                                                                de resposta.

Não tem nada a ver com efeitos de poesia ou literatura,
e tudo é uma forma de desenho de sílabas ordenadas no espaço.


              É o écran que me convida! -:)
             E detesto os 'smileys' -:(

Smog

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Re: Livros
« Responder #285 em: 2018-04-04 22:46:00 »
O interesse por nós próprios, a noção da nossa identidade, o reencontro diário connosco próprios, tudo isso é muito bonito, assumimo-nos como gente, e os outros assim nos encaram. E daí? Como macróbios vivemos até que morramos e nos decompúnhamos. Como fazê-lo? Deixar de gostar de nós? Não. Não é solução. Gostarmos de nós? Hum... sim, mas... -> perceber que não interessa; quer dizer, o que faço comigo próprio? Penso umas coisas, talvez. E o que interessa isso? Interessa muito, porque é muito giro! Óptimo, então fico com o giro, e o resto não me interessa, deixo ficar, passe bem! É por estas e por outras, que de facto sempre me estive nas tintas para nicks e não nicks, e muito rápido aprendi a dialogar no digital: ligo aos enunciados, demoro-me ou não no  que enuncio e ou vejo enunciado; a pessoa que enuncia, só muito tardiamente se começa a perfilar na minha consciência de modo individuado. E fotografia, nem sequer me ajuda muito, se bem que haja caras bonitas - quando as há, naturalmente -, mas a duas dimensões, no domínio plano, é tudo preferível, até, a preto e branco, cria um efeito de distância e representação que melhor secunda o que por escrita se legende do que cada um é. Aprendi rápido desrealidade comunicacional da net.

É certo que a escrita acaba por nos definir em termos de identidade virtual e não material. Dizem que o material é essencial para uma relação: o tacto, o cheiro, o olhar, o movimento - tudo isso constituiu também o que somos.
Porém há graus diferentes de envolvimento no mundo material: há pessoas que eu conheço há anos no mundo material e que não me seduzem além de uma amizade superficial e distante. Muitas até: caso de muitos colegas que nem chegam a ser amigos. A minha relação com elas está ao nível destes forunistas aqui do think . Vou conhecendo, so what? Na minha aldeia idem aspas.
Amizades profundas tenho poucas, pessoas que me despertem a atenção são poucas seja no virtual seja no material...
Mas uma coisa te digo Vasco: é mais fácil conhecer pessoas/nicks interessantes no virtual que no material. As capas que usas no material são mais elaboradas, mantem o Outro muito mais distante que o mundo virtual.
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Re: Livros
« Responder #286 em: 2018-04-04 23:02:23 »
Sem dúvida que na net polarizam-se muito rápida e comodamente as afinidades de interesses e gosto. Muito mais depressa do que na vida social. Mas sair propriamente das ideias e passar para a sociedade e a vida real, eu não me sinto disponível nem realmente motivado para o fazer. Bem, bem, é encontrar sem procurar e na realidade!

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Re: Livros
« Responder #287 em: 2018-04-04 23:14:06 »
Sem dúvida que na net polarizam-se muito rápida e comodamente as afinidades de interesses e gosto. Muito mais depressa do que na vida social. Mas sair propriamente das ideias e passar para a sociedade e a vida real, eu não me sinto disponível nem realmente motivado para o fazer. Bem, bem, é encontrar sem procurar e na realidade!
realidade virtual ou material? 8)
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Re: Livros
« Responder #288 em: 2018-04-04 23:21:46 »
Na realidade da vida em sociedade.
 
Por exemplo, quando se é estudante,
a amizade emerge natural e forte
entre os que se falam e convivem.

Na vida adulta, a actividade
profissional limita um pouco
a liberdade e probabilidade
de encontrar alma gémea
com afinidade de gosto.

Smog

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Re: Livros
« Responder #289 em: 2018-04-04 23:28:06 »
verdade. os meus amigos verdadeiros vêm do tempo de faculdade.
desde que trabalho só fiz 4 amigos a sério: uma morreu já, outra fugiu, outra divorciou-se e perdemos contacto e a outra é recente ainda está ativa.
Da faculdade restam 4 : estão as 4 no meu grupo secreto no face! (mais a nova) 8)
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Re: Livros
« Responder #290 em: 2018-04-04 23:34:00 »
-:)

vbm

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Re: Livros
« Responder #291 em: 2018-04-04 23:45:46 »
O meu amigo mais antigo é do tempo da nossa 3ª e 4ª classe da instrução primária.
Depois no liceu / colégio e universidade as escolas foram diferentes.

Mas as férias grandes, Julho, Agosto, Setembro e as festas sociais
eram na mesma estância balnear todos os anos.

Depois, na vida adulta, e em cidades distintas
só nos vemos de longe a longe em reuniões
de companheiros de Verão ou similares
mas, é como se o tempo não passasse.
o 'há dez anos' é 'ontem'!

vbm

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“O Livro das Mil e Uma Noites”
« Responder #292 em: 2018-04-20 23:30:57 »



«Vai! Liberta-te, amigo, e salva a tua alma da tirania de todas as amarras.
E deixa as casas servirem de túmulo aos que as construiram.


Vai! Encontrarás outras terras diferentes das tuas, outros países que não
serão o teu país, mas nunca encontrarás outra alma senão a tua.

Pensa! Que coisa espantosa, que coisa insensata é viver num país de humilhação,
quando a terra de Alá é tão grande como o infinito!

No entanto está escrito!... Está escrito que o homem cujo destino é morrer na terra,
não poderá senão morrer na terra do seu destino. Mas tu conheces a terra do teu destino?...

E, sobretudo, não esqueças que a juba do leão não se revigora, senão quando
a alma do leão se desenvolve em toda a liberdade.»


O Livro das Mil e Uma Noites”, trad. de Aquilino Ribeiro et al.,
   Estúdios Cor, Lisboa, 1958, I Vol., p. 126   


Zenith

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Re: “O Livro das Mil e Uma Noites”
« Responder #293 em: 2018-04-21 00:52:38 »



«Vai! Liberta-te, amigo, e salva a tua alma da tirania de todas as amarras.
E deixa as casas servirem de túmulo aos que as construiram.


Vai! Encontrarás outras terras diferentes das tuas, outros países que não
serão o teu país, mas nunca encontrarás outra alma senão a tua.

Pensa! Que coisa espantosa, que coisa insensata é viver num país de humilhação,
quando a terra de Alá é tão grande como o infinito!

No entanto está escrito!... Está escrito que o homem cujo destino é morrer na terra,
não poderá senão morrer na terra do seu destino. Mas tu conheces a terra do teu destino?...

E, sobretudo, não esqueças que a juba do leão não se revigora, senão quando
a alma do leão se desenvolve em toda a liberdade.»


O Livro das Mil e Uma Noites”, trad. de Aquilino Ribeiro et al.,
   Estúdios Cor, Lisboa, 1958, I Vol., p. 126   



O escritor agentino Jorges L. Borges considerava as Mil e uma noites uma das grandes obras da literatura universal.
Citar
Volvamos al momento en que se traducen por primera vez Las mil y una noches. Es un
acontecimiento capital para todas las literaturas de Europa. Estamos en 1704, en Francia. Esa
Francia es la del Gran Siglo, es la Francia en que la literatura está legislada por Boileau, quien
muere en 1711 y no sospecha que toda su retórica ya está siendo amenazada por esa espléndida
invasión oriental.

...
 En cambio, Las mil y una noches surgen de modo misterioso. Son obra
de miles de autores y ninguno pensó que estaba edificando un libro ilustre, uno de los libros más
ilustres de todas las literaturas, más apreciados en el Occidente que en el Oriente, según me dicen.
Ahora, una noticia curiosa que transcribe el barón de Hammer Purgstall, un orientalista citado con
admiración por Lañe y por Burton, los dos traductores ingleses más famosos de Las mil y una
noches. Habla de ciertos hombres que él llama confabulatores nocturni: hombres de la noche que
refieren cuentos, hombres cuya profesión es contar cuentos durante la noche. Cita un antiguo texto
persa que informa que el primero que oyó recitar cuentos, que reunió hombres de la noche para
contar cuentos que distrajeran su insomnio fue Alejandro de Macedonia.
 


vbm

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Re: Livros
« Responder #294 em: 2018-04-21 09:31:20 »
Ler O Livro das Mil e Uma Noites, aquela tradução da Estúdios Cor, editada em 1958, 6 volumes,
que reuniu escritores e poetas como Aquilino Ribeiro, Carlos de Oliveira, Domingos Monteiro, Irene Lisboa,
José Gomes Ferreira, Manuel Mendes e outros, ilustrada com desenhos, entre outros, de Carlos Botelho
e Júlio Pomar é mergulhar num mundo imaginário que não deixa de depor em nós a esperança
de que a vida nunca se reduzirá à mera rotina do dia ao dia do ganha-pão...


Por curiosidade, fui ver em que altura li O Livro -:). Sei, que foi já crescido, já não estudante,
e surpreendeu-me, – eu, realmente, depois de ter acabado o curso, passei a registar a data
de termo de cada livro lido, fosse de que tema fosse -:) –, verificar que li os 6 volumes
entre 28 de Setembro de 1975 e 4 de Janeiro de 1976, ou seja,
em pleno período revolucionário e contra-revolucionário,
dos SUV e anarquia nos quartéis à retoma da ordem
pelo Grupo dos Nove e do Ramalho Eanes!

-:))
« Última modificação: 2018-04-21 14:34:28 por vbm »

Smog

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Re: Livros
« Responder #295 em: 2018-04-21 19:50:25 »
Li quando os Circulo de Leitores editou. Já era adulta. Os livros são para adultos e não para crianças embora possas romancear sempre as histórias.
Eu que gosto de analisar estruturas em livros fiquei fascinada pela estrutura deste. Idem para a "Hora da Estrela" da Clarice; e outros como por exemplo dos de italo calvino.

O conteúdo ... enfim, aprendi que tudo foi dito e recontado quando me fartei de ler no final da adolescência. Só há contar melhor ou pior, ser mais simples ou mais elaborado, mais popular ou mais erudito, mais imaginativo ou mais sério...

A amiga que temos em comum, fica horrorizada por eu só comprar/ler clássicos. Como se não tivesse já lido lixo em quantidade suficiente... 8)
wild and free

vbm

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Re: Livros
« Responder #296 em: 2018-04-21 22:21:29 »
De facto, há imenso lixo editado, ler muitos dos livros de que se fala, é um puro prejuízo por equivaler a não ler bons autores! É uma pena, porque a leitura toma tempo, e há coisas a fazer, responsabilidades a cuidar, ter algum precioso tempo para ler e desperdiça-lo em livros medíocres é um real prejuízo espiritual.

vbm

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Re: Livros
« Responder #297 em: 2018-05-03 09:17:25 »


Reouve, de um sótão, e reli esta bela exposição
da Ética de Espinosa, meio-século mais tarde!

E nele, um belo e terno bilhete postal
do meu Pai, datado de 16.10.1964

Saudades



vbm

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Re: Livros
« Responder #298 em: 2018-05-03 19:21:47 »

Automek

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Re: Livros
« Responder #299 em: 2018-05-04 10:23:23 »
Este ano não haverá anúncio do Prémio Nobel da Literatura. Será provavelmente adiado para 2019 (há vários escândalos do #metoo que envolvem membros da academia).
The Nobel Foundation supports the Swedish Academy’s decision to postpone the 2018 Nobel Prize in Literature