Olá, Visitante. Por favor entre ou registe-se se ainda não for membro.

Entrar com nome de utilizador, password e duração da sessão
 

Autor Tópico: Livros  (Lida 70848 vezes)

vbm

  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 13804
    • Ver Perfil
Re: Livros
« Responder #160 em: 2017-12-08 10:53:17 »
Aquele Obras Completas é verdadeiramente volumoso!
Optei começar por reler o seu Iniciação à Lógica editado pela Cosmos.
De resto, o volume das Obras começa por esse estudo.



Smog

  • Ordem dos Especialistas
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 6767
    • Ver Perfil
Re: Livros
« Responder #161 em: 2017-12-08 12:59:49 »
Estás despedido! És um mau professor de lógica! >:(
Nunca aprendi a gostar! ;D
wild and free

vbm

  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 13804
    • Ver Perfil
Re: Livros
« Responder #162 em: 2017-12-08 13:05:18 »
Isso nota-se, e é pena. Pelo real chega-se à lógica e, com esta,
remergulha-se no real mas na consciência de um luminoso Senhor!

(O mais, são tretas!)

Smog

  • Ordem dos Especialistas
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 6767
    • Ver Perfil
Re: Livros
« Responder #163 em: 2017-12-08 13:18:48 »
culpa tua. És um nabo e um incompetente! Vives na Lua! >:(
wild and free

vbm

  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 13804
    • Ver Perfil
Re: Livros
« Responder #164 em: 2017-12-08 14:12:53 »
Lolinho.

vbm

  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 13804
    • Ver Perfil
Re: Livros
« Responder #165 em: 2018-01-09 20:34:17 »
É muito giro ler um autor antigo, como Sá de Miranda, do século 16, há 500 anos!

Isto de ser actual, contemporâneo ou antigo, é muito relativo. Todos nós
temos um futuro de anonimato ou de remota antiguidade...

Um dia li que no século 2, Platão era considerado um autor antigo...
Se o era naquele tempo, que diremos nós que o lemos correntemente?
Um autor antiquíssimo e contudo é lido universalmente!


Sorri-me empático com esta exclamação de Sá de Miranda,
um contemporâneo de Camões:

              «pasmado e duvidoso do que vi
            m'espanto às vezes, outras m'avergonho»



Sá de Miranda, Poesias escolhidas,
Selec., pref. e notas de Rodrigues Lapa,
Seara Nova, Lisboa, 1970, #13, p. 12-13

Tridion

  • Ordem dos Especialistas
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 2928
    • Ver Perfil
    • Tridion.twitter.com
Re: Livros
« Responder #166 em: 2018-01-10 12:04:09 »
Este:










e este:





______________________________________
Bons Negócios
http://twitter.com/TridionTrader
http://theknownothinginvestor.com/

vbm

  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 13804
    • Ver Perfil
Re: Livros
« Responder #167 em: 2018-01-10 15:19:04 »


Este, um livro interessante para quem está na vida activa.
Não é propriamente um livro de ajuda, mas de psicologia cognitiva.
Li-o há uns anos. Mesmo para uma vida de ócio, tem interesse e mérito.

vbm

  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 13804
    • Ver Perfil
Re: Livros
« Responder #168 em: 2018-01-12 19:29:49 »
O maior libelo contra a tirania e apelo à desobediência civil
foi, é, o de Étienne de La Boétie (1530-63),
o grande amigo de Michel de Montaigne,
no seu Discurso sobre a servidão voluntária



«Não há infelicidade  maior do que estar sujeito a um chefe.»

vbm

  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 13804
    • Ver Perfil
Re: Livros
« Responder #169 em: 2018-01-12 20:25:33 »
Não li. Deve ser interessante. Mas guardo o exemplo de Bertrand Russell
que toda a vida se opôs à opinião pública, dominante no seu país e no mundo.

(Para  não falar da tradição clássica da economia
que sempre se esmerou a destituir ideias feitas.)

vbm

  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 13804
    • Ver Perfil
Re: Livros
« Responder #170 em: 2018-01-12 21:29:00 »
Não. Também não conheço. De Chomsky creio só li o Making the Future, de que não lembro nada de especial e alguns trabalhos ou capítulos sobre a Linguagem, aspectos da teoria da Sintaxe, muito interessantes.

Pekenobuda

  • Ordem dos Especialistas
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 509
    • Ver Perfil
Re: Livros
« Responder #171 em: 2018-01-12 22:41:39 »
Alguém já leu a biografia do Patrick Monteiro de Barros? "Uma vida á Bolina"

Vale a pena?

Smog

  • Ordem dos Especialistas
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 6767
    • Ver Perfil
Re: Livros
« Responder #172 em: 2018-01-13 00:11:43 »
Civil Disobedience
https://en.wikipedia.org/wiki/Civil_Disobedience_(Thoreau)

hum... uma ideia a reter que requer muito planeamento da elite ... que as massas são acéfalas.
wild and free

Smog

  • Ordem dos Especialistas
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 6767
    • Ver Perfil
Re: Livros
« Responder #173 em: 2018-01-13 00:13:01 »
É muito giro ler um autor antigo, como Sá de Miranda, do século 16, há 500 anos!

Isto de ser actual, contemporâneo ou antigo, é muito relativo. Todos nós
temos um futuro de anonimato ou de remota antiguidade...

Um dia li que no século 2, Platão era considerado um autor antigo...
Se o era naquele tempo, que diremos nós que o lemos correntemente?
Um autor antiquíssimo e contudo é lido universalmente!




Sorri-me empático com esta exclamação de Sá de Miranda,
um contemporâneo de Camões:

              «pasmado e duvidoso do que vi
            m'espanto às vezes, outras m'avergonho»



Sá de Miranda, Poesias escolhidas,
Selec., pref. e notas de Rodrigues Lapa,
Seara Nova, Lisboa, 1970, #13, p. 12-13



mas tu agora andas a plagiar o Abrupto? ???
wild and free

vbm

  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 13804
    • Ver Perfil
Re: Livros
« Responder #174 em: 2018-01-13 09:33:00 »
mas tu agora andas a plagiar o Abrupto? ???

Nem eu, nem o "Abrupto", que não sigo nem leio,
plagiamos quem quer que seja. No máximo citamos.
E se comentamos indicamos quem. Mas nem é o caso.

Ali, foi uma exemplificação. O que há a fazer é o mesmo
a que Rodrigues Lapa nos convidou: mergulhar na escrita
de um poeta renascentista conhecido e amigo de Vittoria Colonna.


Smog

  • Ordem dos Especialistas
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 6767
    • Ver Perfil
Re: Livros
« Responder #175 em: 2018-01-13 17:05:35 »
mas tu agora andas a plagiar o Abrupto? ???

Nem eu, nem o "Abrupto", que não sigo nem leio,
plagiamos quem quer que seja. No máximo citamos.
E se comentamos indicamos quem. Mas nem é o caso.

Ali, foi uma exemplificação. O que há a fazer é o mesmo
a que Rodrigues Lapa nos convidou: mergulhar na escrita
de um poeta renascentista conhecido e amigo de Vittoria Colonna.



Liar!
wild and free

Smog

  • Ordem dos Especialistas
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 6767
    • Ver Perfil
Re: Livros
« Responder #176 em: 2018-01-13 17:06:27 »
wild and free

vbm

  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 13804
    • Ver Perfil
Re: Livros
« Responder #177 em: 2018-01-13 23:58:54 »
Liar!

Liar? Liar é mentiroso? Se é, tal só é verdade quando quero, quando não quero, não é mentira.
Understand? Mainly, talking with a woman, yeah! E realmente, ando a  reler uma pequena
antologia de Sá de Miranda, prefaciada e comentada pelo insigne professor Rodrigues Lapa.

A mim, sempre encanta debruçar-me sobre um escrito antigo. É quase como conversarmos
com um extraterrestre! -:) Porque é outra cultura, outro mundo, muito diferente do nosso,
mas onde reconhecemos pensamento humano, racional, um nosso semelhante!
Claro, fazer isso sem guia, é impensável. Para isso servem os docentes.

Eu gosto. Só para veres a estranheza quase incompreensível (sem o apoio de Rodrigues Lapa),
aqui te deixo esta fala no diálogo de dois amigos, um que convive (Bieito) outro que se isola (Gil).
Edito só uma das falas do último. Quase não se percebe! -:) Mas é questão de entrar no tema,
na linguagem e na sintaxe, e apreender o significado de alguns idiomatismos.

É muito interessante! Tão exótico e mais divertido do que algumas intervenções aqui do fórum -:):


 Gil —  Tu sabes que eu me abrigara
           a esta vida de pastor;
           viera corrido à vara,
           cuidei que era melhor,
           que ouvira e não a provara.
           Determinava-me já
           d’andar com minhas ovelhas;
           a conta saiu-me má;
           mas «tambem cá como lá
           fadas há», dizem-no as velhas.

           Andei d’aquém pera além;
           vi já terras e lugares,
           tudo seus avessos tem:
           o que não espermentares
           não cuides que o sabes bem;
           e às vezes, quando cuidamos
           que esprimentado o já temos,
           à cabra-cega jogamos.
           Achei-vos cá fortes amos:
           Querem que os adoremos.

           Pera o mal que te acontece
           buscas o amo: ora o sono,
           ora al que nunca falece...
           Ao trosquiar achas dono,
           às pressas não te conhece.
           Tudo lhes o demo deu,
           té razões más que nos dão;
           quando te hão mester, és seu;
           quando os hás mester, és teu:
           que não tens amos então.

           Essa vez que saem à rua,
           estremece toda a aldea;
           eles bebem, homem sua.
           Inda que é o dano em grosso,
           fôra de dissimular
           no mais, mas nisto não posso:
           o entendimento, que é nosso,
           não no-lo querem deixar.
           
           Polo qual, co meu fardel
           fugi das vossas aldeas;
           não trago nos beiços mel,
           nunca fui cresta-colmeas,
           nem posso ser ministrel.
           A saudade não se estrece,
           mas caiu-me um coração
           em sorte, que muito empece:
           outro senhor não conhece,
           somente a boa razão.

           Porém, queixo-me-te logo
           que em casos que aconteceram,
           vi-me por ela no fogo;
           bradei, e não me valeram
           brados, queixumes, nem rogo.
           Então me saí meu quedo
           a quedo; e fará algum dia
           o que outro não fez; e hei medo
           de ver mor vingança cedo
           do que já agora  queria.

« Última modificação: 2018-01-14 09:15:57 por vbm »

vbm

  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 13804
    • Ver Perfil
Re: Livros
« Responder #178 em: 2018-01-14 01:32:10 »
Só li o outro, dele, O liberalismo político

«as desigualdades económicas e sociais são aceites desde que
decorram do exercício de posições e cargos — a que todos
tenham acesso segundo uma igualdade equitativa de oportunidades
— e contribuam para o maior benefício possível dos membros
                                menos favorecidos da sociedade.»



Fora disto, o liberalismo não presta.
« Última modificação: 2018-01-14 01:32:43 por vbm »

Smog

  • Ordem dos Especialistas
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 6767
    • Ver Perfil
Re: Livros
« Responder #179 em: 2018-01-14 16:41:33 »
Liar!

Liar? Liar é mentiroso? Se é, tal só é verdade quando quero, quando não quero, não é mentira.
Understand? Mainly, talking with a woman, yeah! E realmente, ando a  reler uma pequena
antologia de Sá de Miranda, prefaciada e comentada pelo insigne professor Rodrigues Lapa.

A mim, sempre encanta debruçar-me sobre um escrito antigo. É quase como conversarmos
com um extraterrestre! -:) Porque é outra cultura, outro mundo, muito diferente do nosso,
mas onde reconhecemos pensamento humano, racional, um nosso semelhante!
Claro, fazer isso sem guia, é impensável. Para isso servem os docentes.

Eu gosto. Só para veres a estranheza quase incompreensível (sem o apoio de Rodrigues Lapa),
aqui te deixo esta fala no diálogo de dois amigos, um que convive (Bieito) outro que se isola (Gil).
Edito só uma das falas do último. Quase não se percebe! -:) Mas é questão de entrar no tema,
na linguagem e na sintaxe, e apreender o significado de alguns idiomatismos.

É muito interessante! Tão exótico e mais divertido do que algumas intervenções aqui do fórum -:):


 Gil —  Tu sabes que eu me abrigara
           a esta vida de pastor;
           viera corrido à vara,
           cuidei que era melhor,
           que ouvira e não a provara.
           Determinava-me já
           d’andar com minhas ovelhas;
           a conta saiu-me má;
           mas «tambem cá como lá
           fadas há», dizem-no as velhas.

           Andei d’aquém pera além;
           vi já terras e lugares,
           tudo seus avessos tem:
           o que não espermentares
           não cuides que o sabes bem;
           e às vezes, quando cuidamos
           que esprimentado o já temos,
           à cabra-cega jogamos.
           Achei-vos cá fortes amos:
           Querem que os adoremos.

           Pera o mal que te acontece
           buscas o amo: ora o sono,
           ora al que nunca falece...
           Ao trosquiar achas dono,
           às pressas não te conhece.
           Tudo lhes o demo deu,
           té razões más que nos dão;
           quando te hão mester, és seu;
           quando os hás mester, és teu:
           que não tens amos então.

           Essa vez que saem à rua,
           estremece toda a aldea;
           eles bebem, homem sua.
           Inda que é o dano em grosso,
           fôra de dissimular
           no mais, mas nisto não posso:
           o entendimento, que é nosso,
           não no-lo querem deixar.
           
           Polo qual, co meu fardel
           fugi das vossas aldeas;
           não trago nos beiços mel,
           nunca fui cresta-colmeas,
           nem posso ser ministrel.
           A saudade não se estrece,
           mas caiu-me um coração
           em sorte, que muito empece:
           outro senhor não conhece,
           somente a boa razão.

           Porém, queixo-me-te logo
           que em casos que aconteceram,
           vi-me por ela no fogo;
           bradei, e não me valeram
           brados, queixumes, nem rogo.
           Então me saí meu quedo
           a quedo; e fará algum dia
           o que outro não fez; e hei medo
           de ver mor vingança cedo
           do que já agora  queria.
ainda me lembro das minhas aulas de português arcaico...percebe-se! :P
wild and free