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Autor Tópico: Imobiliário - Tópico principal  (Lida 728026 vezes)

pedferre

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Re: Imobiliário - Tópico principal
« Responder #3880 em: 2019-09-18 15:26:20 »
O prédio onde vivo está a necessitar de algumas obras. Entre orçamentos pedidos e empresas que depois falham na hora h (não pensei que fosse possível, devem andar mesmo cheias de trabalho). O caso mais grave é o do apartamento do último andar em que, por causa do terraço, a água entra para o apartamento dá cabo do chão e paredes. O condómino, farto de reuniões e avanços e recuos, disse agora que vai avançar com a obra no terraço e depois manda a fatura ao condomínio. Isto é possível?
No caso do meu prédio, o condominio não tinha dinheiro, o condomino meteu o processo em tribunal (andou lá 7 anos), e depois da saida da decisão judicial as obras foram orçamentadas em 20 mil euros, teve de se fazer uma quota extraórdinária para todos os condominos, eu ainda paguei uns 200 e tal euros ou algo.

Foi o condominio qu colocou o processo em tribunal ou proprietário? quem pagou as taxas da justiça?
Foi o proprietário que meteu o condominio em tribunal para lhe fazerem as obras,o prédio tinha sido mal construido e ele estava com as paredes cheias de água (mora no último andar). Quanto a quem pagou as taxas de justiça não sei...
O condominio (ou a Loja do Condominio em nossa representação) ainda alegou que o proprietário devia ter colocado a queixa antes de passarem os 5 anos da construção do prédio para ser o empreiteiro a pagar as obras, mas o tribunal não ligou e sentenciou o condominio a pagar as obras.
« Última modificação: 2019-09-18 15:33:51 por pedferre »

vdap

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Re: Imobiliário - Tópico principal
« Responder #3881 em: 2019-09-18 15:33:31 »
O prédio onde vivo está a necessitar de algumas obras. Entre orçamentos pedidos e empresas que depois falham na hora h (não pensei que fosse possível, devem andar mesmo cheias de trabalho). O caso mais grave é o do apartamento do último andar em que, por causa do terraço, a água entra para o apartamento dá cabo do chão e paredes. O condómino, farto de reuniões e avanços e recuos, disse agora que vai avançar com a obra no terraço e depois manda a fatura ao condomínio. Isto é possível?
No caso do meu prédio, o condominio não tinha dinheiro, o condomino meteu o processo em tribunal (andou lá 7 anos), e depois da saida da decisão judicial as obras foram orçamentadas em 20 mil euros, teve de se fazer uma quota extraórdinária para todos os condominos, eu ainda paguei uns 200 e tal euros ou algo.

Foi o condominio qu colocou o processo em tribunal ou proprietário? quem pagou as taxas da justiça?
Foi o proprietário que meteu o condominio em tribunal para lhe fazerem as obras,o prédio tinha sido mal construido e ele estava com as paredes cheias de água (mora no último andar). Quanto a quem pagou as taxas de justiça não sei...

deve ter sido o condomínio porque perdeu. Mais honorários de advogados.
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Automek

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Re: Imobiliário - Tópico principal
« Responder #3882 em: 2019-09-18 15:34:37 »
O prédio onde vivo está a necessitar de algumas obras. Entre orçamentos pedidos e empresas que depois falham na hora h (não pensei que fosse possível, devem andar mesmo cheias de trabalho). O caso mais grave é o do apartamento do último andar em que, por causa do terraço, a água entra para o apartamento dá cabo do chão e paredes. O condómino, farto de reuniões e avanços e recuos, disse agora que vai avançar com a obra no terraço e depois manda a fatura ao condomínio. Isto é possível?
Sim, é possível, embora obedeça a vários critérios:
https://escritosdispersos.blogs.sapo.pt/15745.html

Inclusivamente pode pedir uma indemnização ao condomínio pelos danos no chão e paredes.

Automek

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Re: Imobiliário - Tópico principal
« Responder #3883 em: 2019-09-18 15:35:50 »
Eu numa situação dessas, se a obra orçasse em menos de 15K, metia no Julgado de Paz, se o concelho tiver JP. Em poucos meses ficava resolvido.

pedferre

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Re: Imobiliário - Tópico principal
« Responder #3884 em: 2019-09-18 15:41:48 »
O prédio onde vivo está a necessitar de algumas obras. Entre orçamentos pedidos e empresas que depois falham na hora h (não pensei que fosse possível, devem andar mesmo cheias de trabalho). O caso mais grave é o do apartamento do último andar em que, por causa do terraço, a água entra para o apartamento dá cabo do chão e paredes. O condómino, farto de reuniões e avanços e recuos, disse agora que vai avançar com a obra no terraço e depois manda a fatura ao condomínio. Isto é possível?
Sim, é possível, embora obedeça a vários critérios:
https://escritosdispersos.blogs.sapo.pt/15745.html

Inclusivamente pode pedir uma indemnização ao condomínio pelos danos no chão e paredes.
No nosso caso os 20 mil euros foram para pagar a correção do telhado para acabar com as infiltraçoes, e a reparação dos estragos no apartamento que ainda eram consideráveis (paredes, chão, armários...)

darkmoon

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Re: Imobiliário - Tópico principal
« Responder #3885 em: 2019-09-18 22:30:11 »
O prédio onde vivo está a necessitar de algumas obras. Entre orçamentos pedidos e empresas que depois falham na hora h (não pensei que fosse possível, devem andar mesmo cheias de trabalho). O caso mais grave é o do apartamento do último andar em que, por causa do terraço, a água entra para o apartamento dá cabo do chão e paredes. O condómino, farto de reuniões e avanços e recuos, disse agora que vai avançar com a obra no terraço e depois manda a fatura ao condomínio. Isto é possível?
Sim, é possível, embora obedeça a vários critérios:
https://escritosdispersos.blogs.sapo.pt/15745.html

Inclusivamente pode pedir uma indemnização ao condomínio pelos danos no chão e paredes.
Quando comprou já estava assim, com a impermeabilização danificada e madeiras levantadas e paredes comuns ao terraço num caco. O apartamento esteve muitos anos desabitado. Era do Montepio, por incumprimento penso eu. O Montepio nunca mais lá foi e com o tempo aquilo ficou assim.

Ele consegue avançar com a obra pois não é necessário andaimes e pode fazer tudo sem dar cavaco a ninguém. Já tivemos a obra de todo o prédio adjudicada 2 vezes e as empresas voltaram atrás e toca de contactar novas para novos orçamentos e etc... Enfim...
E estamos a falar de uma obra de perto de 100.000€.

Eu estou com ele, o que quero é que a obra avance. Moro aqui há 2 anos e já nessa altura a pessoa que mo vendeu me mostrou os orçamentos para eu ter em conta que aquela despesa estava ali para breve. O condómino do terraço já veio depois de mim. Depois dou conta aqui, dos desenvolvimentos...

Automek

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Re: Imobiliário - Tópico principal
« Responder #3886 em: 2019-09-19 08:23:08 »
Ah, bom, isso já é outra situação. A parte da indemnização não se coloca, a não ser em danos posteriores a ter comprado a casa, o que será difícil de provar IMO.

O gajo quer avançar sozinho com um obra de 100K ?! Fonix...  ???

Falando em abstracto, também acho estranho que uma intervenção no telhado, terraço e impermeabilização do mesmo seja 100K. Um valor desses dá para impermeabilizar e pintar um prédio inteiro de 7 ou 8 andares, nas 4 fachadas, e já inclui a montagem dos andaimes que é caríssima. Isso devia ser uma obra bem mais barata (estou a falar por alto, sem saber detalhes).

pedferre

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Re: Imobiliário - Tópico principal
« Responder #3887 em: 2019-09-19 10:08:10 »
Ah, bom, isso já é outra situação. A parte da indemnização não se coloca, a não ser em danos posteriores a ter comprado a casa, o que será difícil de provar IMO.

O gajo quer avançar sozinho com um obra de 100K ?! Fonix...  ???

Falando em abstracto, também acho estranho que uma intervenção no telhado, terraço e impermeabilização do mesmo seja 100K. Um valor desses dá para impermeabilizar e pintar um prédio inteiro de 7 ou 8 andares, nas 4 fachadas, e já inclui a montagem dos andaimes que é caríssima. Isso devia ser uma obra bem mais barata (estou a falar por alto, sem saber detalhes).
No meu prédio mesmo quando o tribunal ordenou a reparação do telhado e da fração, o condomino foi buscar um orçamento de uma construtora conhecida, mas o condominio mandou fazer outros dois orçamentos para ter a garantia que batiam certo e que o da empresa conhecida do condomino não estava "inflacionado".
Neste caso se calhar o melhor seria o condominio de modo preventivo fazer o mesmo.

darkmoon

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Re: Imobiliário - Tópico principal
« Responder #3888 em: 2019-09-19 10:41:58 »
Ah, bom, isso já é outra situação. A parte da indemnização não se coloca, a não ser em danos posteriores a ter comprado a casa, o que será difícil de provar IMO.

O gajo quer avançar sozinho com um obra de 100K ?! Fonix...  ???

Falando em abstracto, também acho estranho que uma intervenção no telhado, terraço e impermeabilização do mesmo seja 100K. Um valor desses dá para impermeabilizar e pintar um prédio inteiro de 7 ou 8 andares, nas 4 fachadas, e já inclui a montagem dos andaimes que é caríssima. Isso devia ser uma obra bem mais barata (estou a falar por alto, sem saber detalhes).

A intervenção no terraço anda na casa dos 15k/20k consoante a empresa, tipo de material e garantia do mesmo. O terraço é bastante grande. Acho que o condómino tem mais área de terraço que de apartamento... Esta é parte da intervenção que vai incluir o prédio todo. Daí eu achar que será perto de 100k. Os orçamentos que temos anda na casa dos 85k mas, como já têm algum tempo, devem ser agora superiores.

O nº de orçamentos é sempre >=2 mas ou há condóminos que pedem mais esta ou aquela alteração e a coisa atrasa, ou então a empresa que escolhemos falha, e a coisa atrasa...

lee

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Re: Imobiliário - Tópico principal
« Responder #3889 em: 2019-09-19 10:52:42 »
Acho que já falei aqui, mas vendi as stocks quase todas e comprei um imóvel. E tou a ter aqui um problemazito com o vendedor.

O tipo mandou-me hoje uma mensagem a pedir 1200€ por alguns móveis e depois disse "Saliento que ao tirar cortinados, candeeiros e móveis vai ficar marcas na pintura".

Quando visitei o imóvel estava mobilidado, eles ainda estão lá a viver agora. No contrato promessa compra e venda não fala nada acerca das paredes / pinturas etc

As clausulas que tenho a ver isso são estas:

"A Parte Promitente-Compradora declara conhecer as reais características do imóvel, ora
prometido vender, por ter visitado o mesmo.-----------------------------------------------------------------------"

"A Parte Promitente-Vendedora autoriza a Parte Promitente-Compradora a visitar o imóvel
supra identificado, no dia anterior ou no próprio dia da outorga de escritura de compra e venda, a
fim de verificar que o mesmo se mantém no exato estado em que se encontra à data de hoje,
desde que para isso sejam contatados, pelo menos, com três dias de antecedência, pelo
angariador imobiliário.----------------------------------------------------------------------------------------------------"

Não percebo muito, mas isto é direito do consumidor e acho que tenho direito a exigir que as paredes estejam sem buracos e sem grandes falhas de pintura certo?


pedferre

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Re: Imobiliário - Tópico principal
« Responder #3890 em: 2019-09-19 11:24:56 »
Um artigo interessante sobre o boom imobiliário.

Como Portugal se tornou no mercado imobiliário "mais quente" da Europa

19/09/2019

Ana Guerreiro aponta para o outro lado da rua para um punhado de projetos de moradias à volta do bairro de Marvila, em Lisboa. Foi para onde se mudou com a mãe no ano passado, após os elevados preços de arrendamento que já não podia suportar sozinha.
"Os preços dispararam aqui", afirmou Ana Guerreiro, de 33 anos, enquanto saía do café onde serve às mesas para fazer uma pausa.
Portugal é o mercado imobiliário mais dinâmico da Europa Ocidental graças a incentivos fiscais concedidos a compradores estrangeiros e aos chamados programa de vistos de gold, que oferecem licença de residência em troca de um investimento mínimo de 500.000 euros. O outro lado, para pessoas como Ana Guerreiro, é que se tornaram danos colaterais sem perspetiva de arrefecimento dos preços em breve.
Os investidores estrangeiros investiram 4,3 mil milhões de euros em imobiliário português através do programa de residência desde que começou em 2012. O primeiro-ministro António Costa, que deverá ganhar um segundo mandato nas eleições do próximo mês, sinalizou que o país precisa de incentivos para continuar a atrair investimento.
Lisboa tornou-se um imã para turistas na Europa, com muitos investidores a renovarem propriedades e transformarem-nas em arrendamentos de curto prazo através de sites como o Airbnb. Os alugueres de curto prazo têm sido responsabilizados pelo aumento de preços porque são direcionados para visitantes que podem pagar mais do que os locais.
De acordo com os últimos números, os preços dos imóveis em Portugal aumentaram 9,2% no primeiro trimestre do ano, o maior ganho na Zona Euro e o aumento mais acentuado na União Europeia, depois da Hungria e da República Checa, segundo dados compilados pelo Eurostat.
"Eles não podem dar-se ao luxo de dizer que não", salientou Tiago Caiado Guerreiro, advogado em Lisboa especializado em legislação fiscal. "Estes incentivos transformaram cidades como Lisboa num ímã para investidores estrangeiros que ajudaram a colocar a cidade no mapa como um dos principais destinos turísticos ".
De facto, a uma curta distância de onde Ana Guerreiro trabalha, uma linha de novos empreendimentos está a surgir por trás de muros e paredes cobertas de grafites, casas de luxo comercializadas principalmente para uma nova geração de residentes estrangeiros.
Variações dos incentivos de Portugal foram adotadas na Europa e noutros países - dos EUA e Canadá a Espanha e Grécia. Estes tendem a durar até uma massa crítica de oponentes exporem os custos – aumento dos preços da habitação, ausência de proprietários e alegações de corrupção – que superam os benefícios, e aí os políticos abandonam os incentivos.
As circunstâncias particulares de Portugal podem impedir este abandono por mais tempo do que noutros países, pois ainda existem muitas propriedades que precisam de reforma e os preços continuam a ser relativamente razoáveis em comparação com outras partes da Europa.
Há pouco tempo, com a Europa a recuperar da crise financeira global, Portugal ficou para trás dos vizinhos na atração de investimento – o ficou visível. Os edifícios na histórica Lisboa foram desmoronando, o trabalho de azulejos e a alvenaria desbotaram e racharam.
Tudo isto começou a mudar depois de o governo ter retirado os controlos aos arrendamentos em 2012 e introduziu os vistos gold e benefícios fiscais para atrair residentes estrangeiros ricos e investidores imobiliários. Na altura, cerca de 12.000 edifícios estavam em más condições ou em ruínas, cerca de 20% do total, segundo as estimativas da Câmara Municipal.
Agora, as ruas de paralelepípedos de Lisboa e os palácios das colinas estão a ser restaurados, e centenas de edifícios convertidos em novos hotéis, apartamentos para aluguer de curto prazo e lojas de retalho de luxo.
O investimento no setor imobiliário e na indústria do turismo bateu recordes, impulsionando a economia portuguesa, que se expandiu pelo quinto ano consecutivo em 2018.
"Lisboa nunca foi tão boa em termos de restauração dos seus edifícios ", salientou Francisco Bethencourt, um professor de História no King's College em Londres. "O número de edifícios decrépitos foi reduzido e algumas das misérias que existiam em alguns bairros já não é visível. No entanto, esta mudança teve enormes custos sociais, pois os residentes com menos recursos financeiros estão a ser empurrados para a periferia. "
 
Ana Pinto, presidente da Associação de Moradores de Marvila, pode ver alguns benefícios de mais dinheiro a entrar na sua cidade, que agora faz comparações com paraísos hipster em Brooklyn, Nova Iorque.
Mas Ana Pinto reclama que alguns dos mais de 600 membros da sua associação está a mudar-se para outro lugar depois de os preços das casas terem subido 88% no primeiro trimestre face ao ano anterior, de acordo com os dados do Instituto Nacional de Estatísticas (INE).
"Os preços dos imóveis tornaram-se simplesmente insuportáveis para nós", realçou Ana Pinto. "O que é que se pode fazer?"
 
O Canadá encerrou um plano de investimento para imigrantes em 2014 após concluir que trouxe um "benefício económico limitado". Comparando com outros imigrantes económicos, os investidores pagaram menos impostos, houve uma propensão menor a permanecerem no Canadá e muitas vezes não possuíam conhecimentos, incluindo proficiência em inglês ou francês, para integrar a comunidade, concluiu o governo. O programa estava a admitir aproximadamente 2.000 investidores por ano quando terminou.
"O programa para investidores transformou-se numa espécie de programa para reformas ", afirmou Dan Hiebert, especialista em migração internacional na Universidade da Colúmbia Britânica em Vancouver. "Em vez de impulsionar o lado do investimento da Economia canadiana, impulsionou o lado do consumo da economia ", incluindo compras de imóveis, carros caros e assim por diante, disse.
 
Na Europa, cerca de 20 países têm programas de investimentos imobiliário, que permitem ao dono viajar livremente dentro do espaço Schengen por um período limitado, de acordo com a Comissão Europeia. Em janeiro, a comissão alertou para o facto de este tipo de programas exporem o bloco à lavagem de dinheiro e riscos de segurança.
Também pode mudar a maneira como as pessoas vivem nas cidades.
 
No mês passado, um anúncio online que promoveu o aluguer de casas contentores em Marvila foi manchete na imprensa local, que ligava o arrendamento por 600 euros dos contentores, usados habitualmente para transporte de mercadorias, à falta de habitação a preços acessíveis em Lisboa. Alguns dias depois, a Câmara ordenou a remoção dos contentores, noticiou o jornal Público.
A cerca de 10 km, na cidade da Amadora, a presidente da Câmara Municipal Carla Tavares afirmou que o boom imobiliário de Lisboa ajudou a transformar um subúrbio que já foi visto como um ponto quente de crime num centro vibrante para residentes estrangeiros e empresas como a Siemens AG. Os preços dos imóveis na Amadora aumentaram 23% no primeiro trimestre do mesmo período do ano anterior.
"É muito positivo ver tanta reabilitação na cidade", afirmou Carla Tavares numa entrevista por telefone a 14 de agosto. "Devemos deixar o mercado funcionar."(Texto original: Europe’s Hottest Property Market Is Getting Too Hot for Some)

Automek

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Re: Imobiliário - Tópico principal
« Responder #3891 em: 2019-09-19 11:33:54 »
Acho que já falei aqui, mas vendi as stocks quase todas e comprei um imóvel. E tou a ter aqui um problemazito com o vendedor.

O tipo mandou-me hoje uma mensagem a pedir 1200€ por alguns móveis e depois disse "Saliento que ao tirar cortinados, candeeiros e móveis vai ficar marcas na pintura".

Quando visitei o imóvel estava mobilidado, eles ainda estão lá a viver agora. No contrato promessa compra e venda não fala nada acerca das paredes / pinturas etc

As clausulas que tenho a ver isso são estas:

"A Parte Promitente-Compradora declara conhecer as reais características do imóvel, ora
prometido vender, por ter visitado o mesmo.-----------------------------------------------------------------------"

"A Parte Promitente-Vendedora autoriza a Parte Promitente-Compradora a visitar o imóvel
supra identificado, no dia anterior ou no próprio dia da outorga de escritura de compra e venda, a
fim de verificar que o mesmo se mantém no exato estado em que se encontra à data de hoje,
desde que para isso sejam contatados, pelo menos, com três dias de antecedência, pelo
angariador imobiliário.----------------------------------------------------------------------------------------------------"

Não percebo muito, mas isto é direito do consumidor e acho que tenho direito a exigir que as paredes estejam sem buracos e sem grandes falhas de pintura certo?

A mensagem dele é inócua. Pode querer dizer que pintaram à volta de candeeiros e cortinados ou que vão ficar marcas no sítio debaixo dos candeeiros, suportes dos cortinados e atrás de móveis, o que também é normal (a tinta ganha tonalidades diferentes e/ou sujidade se estiver tapada ou destapada).
Embora ele não diga, também será normal marcas de pregos, parafusos, buchas, etc. Acho que é normal esperares que isso aconteça.

Quanto à primeira cláusula sobre as "reais características", não me parece que limite qualquer defeito grave que possas encontrar. Uma visita é uma visita, não é uma inspecção minuciosa de cada cm2 da casa. Muito menos de sitios que estivessem tapados com carpetes, móveis, cortinados, etc. Melhor ainda se tiveres fotos da casa mobilada, como foi apresentada na imobiliária, se for o caso.
A segunda cláusula é apenas o reforço da primeira. Apenas diz que está igual ao dia que visitaste.

Eu não sou jurista mas não me parece uma cláusula fora do vulgar.

Aqui há uma resposta bastante detalhada sobre legislação em compras de imóveis em segunda mão
https://www.gestaodocondominio.pt/viewtopic.php?t=6235

Convém falar com algum morador do prédio / administrador do condomínio para saber se a fracção teve problemas, se está prevista alguma quota extraordinária em breve, se há dívidas, enfim se há alguma coisa que possa alarmar na compra.

kitano

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Re: Imobiliário - Tópico principal
« Responder #3892 em: 2019-09-19 11:49:00 »
Essas marcas é de esperar...geralmente num usado é tirar tudo, depois reparar e pintar...
"Como seria viver a vida que realmente quero?"

lee

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Re: Imobiliário - Tópico principal
« Responder #3893 em: 2019-09-19 12:14:15 »
Essas marcas é de esperar...geralmente num usado é tirar tudo, depois reparar e pintar...

Mas isso é esperado ser eu a fazer? Ou o vendedor?

@Mek.
Eu conheço bem os prédios, tenho uma conhecida que mora lá desde o inicio e o que comprei está em óptimo estado.

A minha questão concreta é mais do género:

O gajo tem N de móveis encastrados e vai levar candeeiros etc, se ficarem marcas significativas na pintura / danos na parede, tenho direito a pedir-lhe que me pinte e corrija aquilo?


amsf

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Re: Imobiliário - Tópico principal
« Responder #3894 em: 2019-09-19 12:16:25 »
Parece que alguém está à espera que o vendedor retire a mobília, iluminação e eletrodomésticos e as paredes fiquem com a aparência de novas! A mim parece simplesmente que o vendedor quer vender essas coisas e está a realçar em que estado ficarão as paredes se tiver que remover tudo isso...

Automek

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Re: Imobiliário - Tópico principal
« Responder #3895 em: 2019-09-19 12:57:08 »
A minha questão concreta é mais do género:

O gajo tem N de móveis encastrados e vai levar candeeiros etc, se ficarem marcas significativas na pintura / danos na parede, tenho direito a pedir-lhe que me pinte e corrija aquilo?
É uma casa em segunda mão que, naturalmente, tem candeeiros instalados (tal como cortinados, quadros e outras coisas penduradas). O normal quando se tiram candeeiros é a tinta estar com uma tonalidade diferente debaixo do suporte do candeeiro e ficarem os furos onde se meteram as buchas. Idem para cortinados. Idem para os pregos dos quadros.
Esses "danos", a não ser que seja acordado de forma diferente entre as partes, parece-me expectável que recaia no comprador uma vez que a casa não é nova.
O conceito de dano significativo é relativo. É óbvio que não se espera que fique uma cratera debaixo dos candeeiros, dos cortinados ou dos quadros. Isso já seria algo anormal. Mas quando se compra em segunda mão penso que é razoável esperar ter de aplicar alguma massa e lixar, antes de pintar.

Em relação a móveis (ou serão electródomésticos ?) encastrados aí parece-me algo diferente. Se tu sabes que estão encastrados (tipo prateleiras metidas na parede), tens de esperar que aquilo possa ter danificado paredes. Se não negoceias antecipadamente parece difícil dizer que não esperavas que um móvel metido na parede (e que sabias que ia sair) não tenha danificado as paredes.
Em relação a electrodomésticos encastrados na cozinha não me parece que haja grande coisa. É tirar uns e meter outros. Se não puder ser assim é porque algo grave se passou.

Automek

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Re: Imobiliário - Tópico principal
« Responder #3896 em: 2019-09-19 13:00:17 »
Lee, o imóvel está num concelho com Julgado de Paz ? Ou, alternativamente, o vendedor vai mudar a residência para um concelho com JP ?
Isso dá algum conforto na compra em caso de problemas menores (indemnizações inferiores a 15K). É relativamente rápido, não precisas de advogado e, na pior das hipóteses, só arriscas 70€ no caso de perderes um proceso.
http://www.conselhodosjulgadosdepaz.com.pt/

kitano

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Re: Imobiliário - Tópico principal
« Responder #3897 em: 2019-09-19 13:01:05 »
Electrodomésticos encastrados é de esperar que fiquem.

Tudo o resto é de esperar que ele tire e a reparação da parede fica a teu cargo. Não é de esperar que ele estrague a casa para lá do razoável ao fazer isso. Por exemplo se o chão não está demasiado riscado, não é de esperar que ele risque o chão todo nas mudanças.

Mas isso devia já ter sido tudo discutido.
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vdap

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Re: Imobiliário - Tópico principal
« Responder #3898 em: 2019-09-19 13:04:26 »
Essas marcas é de esperar...geralmente num usado é tirar tudo, depois reparar e pintar...

Mas isso é esperado ser eu a fazer? Ou o vendedor?

@Mek.
Eu conheço bem os prédios, tenho uma conhecida que mora lá desde o inicio e o que comprei está em óptimo estado.

A minha questão concreta é mais do género:

O gajo tem N de móveis encastrados e vai levar candeeiros etc, se ficarem marcas significativas na pintura / danos na parede, tenho direito a pedir-lhe que me pinte e corrija aquilo?

O que o tipo te está a vender é o imóvel, ele até pode levar os móveis da cozinha, que são coisas que normalmente o comprador assume que ficarão. E até móveis da casa de banho.

Ao tirar as coisas claro que vai haver alguns danos superficiais, mas não estás a comprar novo, faz parte do negocio. O tipo não vai tirar o quadro da parede depois tapar o buraco e em seguida dar uma pintadela para ficares com a paredes novas.

Tens que ter reservado orçamento para isso, pelo  menos tapar buracos e dar uma pintadela.

Os móveis encastrados, claro que o tipo não os quer levar, por isso sugeriu um valor em troca de os levar.

Mas tens que o fazer ver que cada pedido tem um custo, ou seja, ficas com os móveis mas ele paga partes dos custos de fecho do negócio, ou outra coisa, que tenhas interesse, tipo deixas também caldeira do aquecimento se não estiver incluído, ou outra coisa qualquer. Máquinas de Lavar, Secar. Ou negoceia o preço se os móveis te interessam.
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kitano

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Re: Imobiliário - Tópico principal
« Responder #3899 em: 2019-09-19 13:12:26 »
Na prática podia levar as portas...mas falamos do espectavel.

No negócio podia ter ficado acordado ele entregar a casa pintada. Não ficou e ainda bem, porque ele ia meter esse custo e uma margem no preço. Assim fazes tu isso e mais barato.
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