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Autor Tópico: Imobiliário - Tópico principal  (Lida 727996 vezes)

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Re: Imobiliário - Tópico principal
« Responder #1880 em: 2017-12-28 19:05:19 »
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APEMIP - Imobiliário. Preço das casas vai continuar a crescer

Dados são do Barómetro Imobiliário APEMIP de novembro

A seguir Preços da habitação aumentam 10,4% no 3.º trimestre.  A venda de casas continua a aumentar, o preço médio dos imóveis também e, tudo o indica, a tendência é para se manter. Os dados são do último Barómetro Imobiliário APEMIP, referente ao mês de novembro, em que os promotores associados se mostram confiantes no próximo trimestre: 58% dos inquiridos acredita que os preços dos imóveis vão continuar a crescer.

O investimento estrangeiro vale já praticamente um quarto das transações imobiliárias. Quase 50% dos associados indicam que houve, em novembro um aumento da atividade no segmento da habitação, seguindo-se o comércio, com 21% e a área de escritórios com 19%. Na indústria, só 11% indicam que registaram, em novembro, um aumento de atividade imobiliária, mas houve mesmo 21% dos inquiridos a manifestar um decréscimo de volume. Relativamente ao número médio de angariações, a maioria dos participantes (43,56%) no Barómetro Imobiliário APEMIP refere a manutenção, enquanto 30,69% assinala a diminuição e 25,74% dá conta do aumento de angariações neste mês de novembro.

Quanto ao número de imóveis transacionados, 50,5% dos promotores indicam que houve um aumento de operações no mercado habitacional. Deste total, 6% apontam para um crescimento de 50 a 75% e 8% estimam mesmo que este possa ter chegados aos 100% ou perto disso comparativamente a igual mês do ano passado. Nos escritórios, o aumento de transações é de, apenas, 12,86% (um terço registaram crescimentos superiores a 25%), no comércio de 15,12% e na indústria de 7,89%.

Já na comparação com o mês anterior, outubro, o Barómetro Imobiliário APEMIP permite perceber que a maioria dos inquiridos (38,61%) identifica o segmento habitacional como aquele que, dos seis em estudo, é marcado pelo maior aumento de vendas. Sendo que, 26% dos inquiridos situam esse crescimento do volume de negócios acima dos 25%, sendo que 3% admitem, mesmo, que esse aumento se tenha situado entre os 75 e os 100%. E que tipo de casas é que se estão a vender mais? Do total de participantes no Barómetro Imobiliário APEMIP, 53% assinalam os imóveis de tipologia T2 como os mais vendidos em novembro de 2017, seguidos pelos T3 a merecer 32% de respostas e os T1 com 9% . Por fim, apenas 1% dos inquiridos apontam os imóveis T5 ou superior como os mais vendidos.

Quanto ao preço, a grande maioria dos promotores imobiliários (35,6%) aponta para uma média a oscilar entre os 75 mil e os 125 mil euros. Sendo que 17,3% dos inquiridos apontam para os intervalos entre os 125 mil e os 175 mil euros, taxa equivalente aos que apontam o valor médio das transações a situar-se entre os 175 mil e os 250 mil euros. Abaixo dos 75 mil euros é a franja de preço médio apontado por 12,5% dos inquiridos, sendo que o intervalo dos 350 mil aos 500 mil euros, bem como o patamar acima do meio milhão, são apontados por 6,7% das respostas. Sobre o tempo médio para vender os imóveis, a maioria dos promotores (42,57% dos inquiridos) refere entre quatro a seis meses, seguindo-se o patamar de um a três meses apontado por 32,67% das respostas.

Sobre o arrendamento, o Barómetro Imobiliário APEMIP indica que, para 44,55% dos participantes no trabalho, este mercado corresponde a até um quarto da procura residencial. 22,77% admitem que pode chegar a 50% da procura e igual percentagem de inquirido fala em 50 a 75% da procura residencial ser em regime de arrendamento. No entanto, e comparando com os dados de novembro do ano passado, a grande maioria dos promotores fala numa estabilização do mercado de arrendamento. O T2 foi, de longe, o tipo imóvel mais arrendado em novembro (68%), sendo que o valor médio dos imóveis em carteira para arrendamento se situa, maioritariamente, no intervalo entre os 300 e os 500 euros mensais (47,5%). O patamar a seguir, até aos 750 euros, é apontado por 21,8% dos inquiridos. E quanto tempo levam, em média, as empresas a alugar os imóveis em carteira? Um a três meses, dizem 86,14% dos promotores.

Por fim, o Barómetro Imobiliário APEMIP aborda a relevância do investimento estrangeiro no mercado, concluindo que, segundo 76,24% dos participantes no inquérito, em novembro de 2017 os imóveis vendidos a estrangeiros chegam a valer perto de um quarto dos negócios realizados. Os franceses são os que mais imóveis compram em Portugal (63,37% das respostas dos promotores), depois os brasileiros (49,5%) e os britânicos (17,82%). O T2 e o T3 são as tipologias mais procuradas pelos investidores estrangeiros.

Mas nem tudo são boas notícias no mercado imobiliário. A mediação ilegal é o principal obstáculo à atividade apontado pelas empresas no setor, seguindo-se o “número insuficiente” de angariações e o “desajustamento” entre a procura e a oferta. O preço “muito elevado” dos imóveis é, também, uma grande preocupação. Quanto às expectativas para o próximo trimestre, 58% dos inquiridos acredita que os preços da habitação vão aumentar. Nos restantes cinco segmentos analisados – escritórios, comércio, indústria, terrenos rústicos e terrenos urbanos – a maioria dos promotores acredita que se assistirá a uma manutenção dos preços.

https://www.dinheirovivo.pt/economia/imobiliario-preco-das-casas-vai-continuar-a-crescer/

lee

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Re: Imobiliário - Tópico principal
« Responder #1881 em: 2017-12-28 19:58:24 »
https://www.zmar.eu/zmonte/

https://beachcam.meo.pt/newsroom/2016/07/zmonte-a-sua-casa-de-ferias-no-alentejo/

Parece até engraçado o conceito, pode-se usar a casa ou arrendar um T2 30k

Tridion

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Re: Imobiliário - Tópico principal
« Responder #1882 em: 2017-12-28 20:14:53 »

(Eu vivo na Av. dos E.U.A., em Lisboa).

Fico sempre espantado com a velocidade praticada nesta avenida.

De qualquer forma, não percebo porque é que a CML não intervém neste arruamento. A menos que haja mesmo muito poucos acidentes, mas julgo que não será o caso.
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Kin2010

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Re: Imobiliário - Tópico principal
« Responder #1883 em: 2017-12-29 21:47:19 »
O imobiliário não vai descer facilmente. Aquilo que estamos a ver é a chegada massiva de capitais globais ao imobiliário das principais cidades. Lisboa é como se fosse um pedacinho de Londres, sempre é uma capital europeia. E os capitais globais estão a invadir o imobiliário porque se fartaram de ganhar nas subidas dos outros activos, e porque as taxas das OTs estão praticamente a zero. Têm que conquistar yield a todo o custo. Além disso, parte da motivação é também pôr o $$ a salvo contra uma possível mega crise financeira tipo 2008.


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Re: Imobiliário - Tópico principal
« Responder #1884 em: 2018-01-07 01:52:52 »
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Venda de casas em bitcoins já chegou a Portugal

Com sede em Melbourne, a Bitcoin-Real Estate coloca-se no mercado de compra e venda de casas em bitcoins. Publicita imóveis para venda em moeda virtual em vários países, incluindo Portugal. Uma moradia T6 em Azeitão está neste momento para venda.

https://www.dn.pt/dinheiro/interior/venda-de-casas-em-bitcoins--ja-chegou-a-portugal-9029355.html?utm_source=feedburner&utm_medium=feed&utm_campaign=Feed%3A+DN-Economia+%28DN+-+Economia%29

Zel

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Re: Imobiliário - Tópico principal
« Responder #1885 em: 2018-01-07 03:25:41 »
o imobiliario sobe pela mesma razao que lixo como a bitcoin sobe: credito sem criterios e taxas demasiado baixas
quanto mais subir e quanto mais tempo passar assim pior sera a ressaca

Kin2010

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Re: Imobiliário - Tópico principal
« Responder #1886 em: 2018-01-08 02:54:36 »
Alguém sabe como decorreu a votação na Assembleia sobre o alojamento local? Eu sei que a proposta sobre os condóminos puderem vetar foi chumbada. Mas gostava de saber os detalhes de quem votou em quê.

Na esquerda era só propostas totalmente idiotas e imorais. Os condóminos poderem decidir sobre a morte de um negócio que já tem uma licença concedida pela Câmara Municipal. E por que seriam os condóminos? Se o Governo ou os deputados querem legislar para limitar o AL, pois que legislem, mas não deixando as decisões para os condóminos.

A coisa mais imbecil vinha do BE: proibir o AL a não ser de quartos da própria habitação permanente. E eu que pensava que o BE tinha as pessoas mais inteligentes.


Zel

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Re: Imobiliário - Tópico principal
« Responder #1887 em: 2018-01-08 03:03:01 »
Alguém sabe como decorreu a votação na Assembleia sobre o alojamento local? Eu sei que a proposta sobre os condóminos puderem vetar foi chumbada. Mas gostava de saber os detalhes de quem votou em quê.

Na esquerda era só propostas totalmente idiotas e imorais. Os condóminos poderem decidir sobre a morte de um negócio que já tem uma licença concedida pela Câmara Municipal. E por que seriam os condóminos? Se o Governo ou os deputados querem legislar para limitar o AL, pois que legislem, mas não deixando as decisões para os condóminos.

A coisa mais imbecil vinha do BE: proibir o AL a não ser de quartos da própria habitação permanente. E eu que pensava que o BE tinha as pessoas mais inteligentes.

comunistas inteligentes?? isso existe onde?

Reg

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Re: Imobiliário - Tópico principal
« Responder #1888 em: 2018-01-08 03:28:41 »
na china comunistas meteram comunismo na gaveta..sao espertos

basicamente um comunista que recusa aplicar comunismo e  inteligente porque comunismo nao funciona
« Última modificação: 2018-01-08 03:52:37 por Reg »
Democracia Socialista Democrata. igualdade de quem berra mais O que é meu é meu o que é teu é nosso

karnuss

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Re: Imobiliário - Tópico principal
« Responder #1889 em: 2018-01-08 10:29:39 »
Alguém sabe como decorreu a votação na Assembleia sobre o alojamento local? Eu sei que a proposta sobre os condóminos puderem vetar foi chumbada. Mas gostava de saber os detalhes de quem votou em quê.

Na esquerda era só propostas totalmente idiotas e imorais. Os condóminos poderem decidir sobre a morte de um negócio que já tem uma licença concedida pela Câmara Municipal. E por que seriam os condóminos? Se o Governo ou os deputados querem legislar para limitar o AL, pois que legislem, mas não deixando as decisões para os condóminos.

A coisa mais imbecil vinha do BE: proibir o AL a não ser de quartos da própria habitação permanente. E eu que pensava que o BE tinha as pessoas mais inteligentes.

Não querendo armar-me em defensor do BE, penso que o propósito original do AirBnB, quando foi criado, era esse mesmo: tu disponibilizares quartos que tivesses disponíveis da tua casa, para turistas poderem visitar Lisboa e viver com (e como) locais - uma espécie de couchsurfing melhorado. Não era propósito alugar casas inteiras (que não habitação própria permanente) ou ter mega proprietários que apenas têm casas exclusivas para o AL. Mas as coisas evoluíram de formas que os criadores da plataforma nem devem ter sonhado :)

Zel

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Re: Imobiliário - Tópico principal
« Responder #1890 em: 2018-01-08 11:43:28 »
Alguém sabe como decorreu a votação na Assembleia sobre o alojamento local? Eu sei que a proposta sobre os condóminos puderem vetar foi chumbada. Mas gostava de saber os detalhes de quem votou em quê.

Na esquerda era só propostas totalmente idiotas e imorais. Os condóminos poderem decidir sobre a morte de um negócio que já tem uma licença concedida pela Câmara Municipal. E por que seriam os condóminos? Se o Governo ou os deputados querem legislar para limitar o AL, pois que legislem, mas não deixando as decisões para os condóminos.

A coisa mais imbecil vinha do BE: proibir o AL a não ser de quartos da própria habitação permanente. E eu que pensava que o BE tinha as pessoas mais inteligentes.

Não querendo armar-me em defensor do BE, penso que o propósito original do AirBnB, quando foi criado, era esse mesmo: tu disponibilizares quartos que tivesses disponíveis da tua casa, para turistas poderem visitar Lisboa e viver com (e como) locais - uma espécie de couchsurfing melhorado. Não era propósito alugar casas inteiras (que não habitação própria permanente) ou ter mega proprietários que apenas têm casas exclusivas para o AL. Mas as coisas evoluíram de formas que os criadores da plataforma nem devem ter sonhado :)

eu ate acho que pode fazer sentido separar actividades comerciais de habitacao tradicional de longo prazo. quando um medico abre um consultorio num predio habitacional nao precisa de autorizacao?

mas percebo que seja super chato para quem ja investiu com determinadas expectativas

Automek

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Re: Imobiliário - Tópico principal
« Responder #1891 em: 2018-01-08 13:37:12 »
Parece-me diferente. Se a pessoa não precisa de autorização para arrendar a casa a alguém durante 1 ano, porque é que precisará para arrendar 150 vezes, por dois dias, num ano ? O propósito é exactamente o mesmo: alguém viver naquele espaço durante X tempo.

Eu, diga-se, sou liberal. Acho que o título constitutivo do prédio é que devia mandar e não devia haver lei nenhuma a regular isto. O titulo constitutivo pode ser alterado pelos proprietários, por unanimidade, e quem compra saberia o que é ou não permitido naquele prédio. Se decidirem que naquele prédio não pode haver cães, só podem viver chineses ou só carros vermelhos é que podem entrar na garagem é um problema deles. No limite estariam a desvalorizar o prédio uma vez que limitam o universo de potenciais compradores, se algum dia quiserem vender.
É a mania do estado se meter onde não é chamado.

Local

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Re: Imobiliário - Tópico principal
« Responder #1892 em: 2018-01-08 13:53:35 »
É a propriedade horizontal que indica que actividades são permitidas nesse prédio.
“Our values are human rights, democracy and the rule of law, to which I see no alternative. This is why I am opposed to any ideology or any political movement that negates these values or which treads upon them once it has assumed power. In this regard there is no difference between Nazism, Fascism or Communism..”
Urmas Reinsalu

Automek

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Re: Imobiliário - Tópico principal
« Responder #1893 em: 2018-01-08 14:06:49 »

Local

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Re: Imobiliário - Tópico principal
« Responder #1894 em: 2018-01-08 14:29:22 »
com todos os custos envolvidos... É necessário fazer uma escritura de alteração à propriedade horizontal e proceder ao seu registo.

Uma coisa que ainda tenho que fazer para o prédio onde resido, dado que o anterior gestor de condomínio (uma empresa) nunca o fez:

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9 – TEM QUE HAVER REGULAMENTO DO CONDOMÍNIO?
Em todos os prédios com mais de quatro condóminos é obrigatória a existência de um regulamento que defina as normas de relacionamento dos condóminos entre si e com a administração, de utilização e conservação das partes comuns, etc.
Já se disse que o título constitutivo pode conter, entre outras coisas, o regulamento do condomínio, mas quando esse regulamento não existe, cabe à assembleia ou ao administrador proceder à elaboração do mesmo. Posteriormente, sempre que necessário poderão ser introduzidas novas regras no regulamento desde que devidamente aprovadas pela assembleia.
“Our values are human rights, democracy and the rule of law, to which I see no alternative. This is why I am opposed to any ideology or any political movement that negates these values or which treads upon them once it has assumed power. In this regard there is no difference between Nazism, Fascism or Communism..”
Urmas Reinsalu

Kin2010

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Re: Imobiliário - Tópico principal
« Responder #1895 em: 2018-01-08 18:25:26 »
Parece-me diferente. Se a pessoa não precisa de autorização para arrendar a casa a alguém durante 1 ano, porque é que precisará para arrendar 150 vezes, por dois dias, num ano ? O propósito é exactamente o mesmo: alguém viver naquele espaço durante X tempo.

Eu, diga-se, sou liberal. Acho que o título constitutivo do prédio é que devia mandar e não devia haver lei nenhuma a regular isto. O titulo constitutivo pode ser alterado pelos proprietários, por unanimidade, e quem compra saberia o que é ou não permitido naquele prédio. Se decidirem que naquele prédio não pode haver cães, só podem viver chineses ou só carros vermelhos é que podem entrar na garagem é um problema deles. No limite estariam a desvalorizar o prédio uma vez que limitam o universo de potenciais compradores, se algum dia quiserem vender.
É a mania do estado se meter onde não é chamado.

O meu problema com isso não é exactamente esse. Até compreendo que o Estado ou AR possam meter-se nisto e legislem sobre a matéria. Mas não atirem as responsabilidades das decisões que podem decidir da vida e da morte dos negócios de uma pequena empresa para cima de uma assembleia de condóminos. Não sou jurista, mas isto cheira-me a esturro do ponto de vista jurídico. Era quase como deixar para assembleias de transeuntes decidir se um certo acto na rua foi crime ou não, etc. Não posso aceitar que um empresário monte um negócio, pedindo e obtendo as licenças necessárias (como eu pedi à CML para montar o meu alojamento local) e depois fique o tempo todo na incerteza de saber se o seu AL vai ser no futuro chumbado pelos condóminos. É o mesmo que o Estado se demitir das suas funções. E de dizer que afinal as ditas licenças que obrigam o empresário a obter são como papel higiénico. É isto é que me leva a pensar que o nosso sistema partidário está cheio de idiotas chapados.

D. Antunes

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Re: Imobiliário - Tópico principal
« Responder #1896 em: 2018-01-08 18:39:35 »
Eu concordo com o Automek. Num prédio novo, o vendedor decide se o prédio pode ou não ser para alojamento local. O comprador fica a saber as regras.

Para os prédios atuais, penso que deveria ser permitido o AL. No entanto, poderiam existir algumas regras e penalizações. Por exemplo, se os turistas fizessem barulho após determinado hora ou deixassem lixo nas escadas, poderiam ter que pagar uma multa ao condomínio. O dono do apartamento deveria mostrar as regras aos turistas e eventualmente exigir-lhes uma caução. Em prédios antigos, com mau isolamento acústico, poderia também ser obrigatório isolar paredes ou pavimentos.

De qualquer modo, deve ser pior ter ao lado um casal jovem com várias crianças barulhentas, do que ter turistas variados e ocasionalmente um grupo mais barulhento.
“Price is what you pay. Value is what you get.”
“In the short run the market is a voting machine. In the long run, it’s a weighting machine."
Warren Buffett

“O bom senso é a coisa do mundo mais bem distribuída: todos pensamos tê-lo em tal medida que até os mais difíceis de contentar nas outras coisas não costumam desejar mais bom senso do que aquele que têm."
René Descartes

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Re: Imobiliário - Tópico principal
« Responder #1897 em: 2018-01-08 19:04:02 »
Eu concordo com o Automek. Num prédio novo, o vendedor decide se o prédio pode ou não ser para alojamento local. O comprador fica a saber as regras.

Para os prédios atuais, penso que deveria ser permitido o AL. No entanto, poderiam existir algumas regras e penalizações. Por exemplo, se os turistas fizessem barulho após determinado hora ou deixassem lixo nas escadas, poderiam ter que pagar uma multa ao condomínio. O dono do apartamento deveria mostrar as regras aos turistas e eventualmente exigir-lhes uma caução. Em prédios antigos, com mau isolamento acústico, poderia também ser obrigatório isolar paredes ou pavimentos.

De qualquer modo, deve ser pior ter ao lado um casal jovem com várias crianças barulhentas, do que ter turistas variados e ocasionalmente um grupo mais barulhento.

Essas medidas parecem-me aceitáveis.

Também se poderia actuar na limitação das licenças camarárias com base em critérios como não exceder uma certa proporção dentro de um prédio, etc. Mas uma vez que uma licença é concedida, o empresário tem que ter a certeza de que o seu negócio já não lhe vai ser roubado. Ser diferente disto é quase uma "Venezuelização".


Automek

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Re: Imobiliário - Tópico principal
« Responder #1898 em: 2018-01-08 20:45:38 »
Toda a polémica parte do principio de que os turistas são mais barulhentos e causam mais incómodos do que os arrendatários de longa duração ou os proprietários residentes.

Às vezes questiono-me se as pessoas avaliam os turistas pelo comportamento delas próprias quando se tornam turistas...
« Última modificação: 2018-01-08 20:46:25 por Automek »

Automek

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Re: Imobiliário - Tópico principal
« Responder #1899 em: 2018-01-08 20:48:55 »
Por exemplo, se os turistas fizessem barulho após determinado hora ou deixassem lixo nas escadas, poderiam ter que pagar uma multa ao condomínio. O dono do apartamento deveria mostrar as regras aos turistas e eventualmente exigir-lhes uma caução. Em prédios antigos, com mau isolamento acústico, poderia também ser obrigatório isolar paredes ou pavimentos.

De qualquer modo, deve ser pior ter ao lado um casal jovem com várias crianças barulhentas, do que ter turistas variados e ocasionalmente um grupo mais barulhento.
Os problemas que um turista pode trazer não são diferentes de um residente habitual. O que provavelmente temos é uma lei  e forças policiais muito frouxas para quem prevarica (há inúmeros casos em que a polícia é chamada n vezes e nada acontece).