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Autor Tópico: A Politica e o Salário Mínimo  (Lida 17085 vezes)

karnuss

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Re:A Politica e o Salário Mínimo
« Responder #40 em: 2014-09-17 14:20:26 »
Eu acho que o problema não está nos 500, está nos 800... É perfeitamente inaceitável haver uma carga tão elevada de impostos sobre um salário líquido tão baixo. Por mim que aumentem o salário mínimo para os 500, desde que reduzam o diferencial face ao bruto (no máximo de 600€). Viabilizaria certamente muitas das profissões de que o Inc fala.

E sim, já pouca gente recebe o SMN. o problema é que uma parta importante dos portugueses pouco mais leva para casa...

Zel

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Re:A Politica e o Salário Mínimo
« Responder #41 em: 2014-09-17 14:27:07 »
eh uma coisa horrivel passar a vida toda a trabalhar para ganhar tao pouco mas os portugueses parecem nao se importar pois nunca vi grande indignacao contra os impostos, as pessoas indignam-se sim contra os mercados e os ricos que fogem aos impostos

Incognitus

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Re:A Politica e o Salário Mínimo
« Responder #42 em: 2014-09-17 14:28:00 »
Não são verdadeiramente os impostos. São as contribuições sociais da entidade empregadora e o facto de se trabalhar 11 meses e receber 14. Obviamente ninguém está a dizer que se elimine uma ou outra coisa, mas é preciso levá-las em conta para ver o verdadeiro custo...
« Última modificação: 2014-09-17 14:28:17 por Incognitus »
"Nem tudo o que pode ser contado conta, e nem tudo o que conta pode ser contado.", Albert Einstein

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Zel

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Re:A Politica e o Salário Mínimo
« Responder #43 em: 2014-09-17 14:46:27 »
Não são verdadeiramente os impostos. São as contribuições sociais da entidade empregadora e o facto de se trabalhar 11 meses e receber 14. Obviamente ninguém está a dizer que se elimine uma ou outra coisa, mas é preciso levá-las em conta para ver o verdadeiro custo...

eu chamo impostos a tudo, incluindo taxas

podemos discutir o assunto mas acho que eh uma separacao de nomes que nao faz sentido
« Última modificação: 2014-09-17 14:47:25 por Neo-Liberal »

karnuss

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Re:A Politica e o Salário Mínimo
« Responder #44 em: 2014-09-17 14:53:46 »
Não são verdadeiramente os impostos. São as contribuições sociais da entidade empregadora e o facto de se trabalhar 11 meses e receber 14. Obviamente ninguém está a dizer que se elimine uma ou outra coisa, mas é preciso levá-las em conta para ver o verdadeiro custo...


Quanto às contribuições sociais, concordo. Os 14 meses não: em PTsimplesmente convencionou-se que se recebe o penso anual em 14 prestações e não 12. Nuns países paga-se 11 vezes, noutros 13, noutros 16.

Incognitus

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Re:A Politica e o Salário Mínimo
« Responder #45 em: 2014-09-17 15:04:07 »
Não são verdadeiramente os impostos. São as contribuições sociais da entidade empregadora e o facto de se trabalhar 11 meses e receber 14. Obviamente ninguém está a dizer que se elimine uma ou outra coisa, mas é preciso levá-las em conta para ver o verdadeiro custo...


Quanto às contribuições sociais, concordo. Os 14 meses não: em PTsimplesmente convencionou-se que se recebe o penso anual em 14 prestações e não 12. Nuns países paga-se 11 vezes, noutros 13, noutros 16.

Não há nada para concordar ou discordar, karnuss - é um facto que tens o empregado 11 meses e pagas 14, se queres ver quanto é que ele tem que produzir para ver se é viável, tens que aplicar tudo o que pagas apenas a 11 meses, porque não há nenhum milagre que:
* Pague os outros 3 meses ou;
* Produza nesses meses para compensar.
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karnuss

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Re:A Politica e o Salário Mínimo
« Responder #46 em: 2014-09-18 00:28:04 »
Não são verdadeiramente os impostos. São as contribuições sociais da entidade empregadora e o facto de se trabalhar 11 meses e receber 14. Obviamente ninguém está a dizer que se elimine uma ou outra coisa, mas é preciso levá-las em conta para ver o verdadeiro custo...


Quanto às contribuições sociais, concordo. Os 14 meses não: em PTsimplesmente convencionou-se que se recebe o penso anual em 14 prestações e não 12. Nuns países paga-se 11 vezes, noutros 13, noutros 16.


Não há nada para concordar ou discordar, karnuss - é um facto que tens o empregado 11 meses e pagas 14, se queres ver quanto é que ele tem que produzir para ver se é viável, tens que aplicar tudo o que pagas apenas a 11 meses, porque não há nenhum milagre que:
* Pague os outros 3 meses ou;
* Produza nesses meses para compensar.

Pagas 14 porque em PT se decidiu dividir o salário anual relativo aos 11 meses de trabalho por 14 prestações... Se queres passar para 11 meses podes sempre pagar 617€/mês, que vai dar ao mesmo. O salário anual é exatamente igual.

"subsídio de férias" e "subsídio de natal" não existem, não são subsídios (nem favores) nenhuns. São apenas abstracções retóricas,
« Última modificação: 2014-09-18 00:29:45 por karnuss »

Zel

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Re:A Politica e o Salário Mínimo
« Responder #47 em: 2014-09-18 00:31:50 »
acho que sim, o q interessa eh o custo anual e nao as convencoes de pagamento

Automek

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Re:A Politica e o Salário Mínimo
« Responder #48 em: 2014-09-18 09:20:30 »
Pagas 14 porque em PT se decidiu dividir o salário anual relativo aos 11 meses de trabalho por 14 prestações... Se queres passar para 11 meses podes sempre pagar 617€/mês, que vai dar ao mesmo. O salário anual é exatamente igual.

"subsídio de férias" e "subsídio de natal" não existem, não são subsídios (nem favores) nenhuns. São apenas abstracções retóricas,
Mas dá para muita demagogia. Quando se fala em 500 euros não são 500 euros, são 583 + SS da entidade empregadora, o que atira para algo perto dos 720€ mensais. De repente já são mais 50% do que aquilo que se grita nas ruas.

vbm

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Re:A Politica e o Salário Mínimo
« Responder #49 em: 2014-09-18 11:12:59 »
Mas dá para muita demagogia. Quando se fala em 500 euros não são 500 euros, são 583 + SS da entidade empregadora, o que atira para algo perto dos 720€ mensais. De repente já são mais 50% do que aquilo que se grita nas ruas.

Mais o 'pormenor', perverso,
de a (des)comunicação social
propalar incansável comparações
desse pseudo salário mínimo
com os salários brutos
dos mais abonados, omitindo
as deduções na fonte da ordem
dos 40, ou 50 ou mesmo 60%!

Desinformação a rodos,
dá sistema social disfuncional!

Incognitus

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Re:A Politica e o Salário Mínimo
« Responder #50 em: 2014-09-18 14:14:42 »
Não são verdadeiramente os impostos. São as contribuições sociais da entidade empregadora e o facto de se trabalhar 11 meses e receber 14. Obviamente ninguém está a dizer que se elimine uma ou outra coisa, mas é preciso levá-las em conta para ver o verdadeiro custo...


Quanto às contribuições sociais, concordo. Os 14 meses não: em PTsimplesmente convencionou-se que se recebe o penso anual em 14 prestações e não 12. Nuns países paga-se 11 vezes, noutros 13, noutros 16.


Não há nada para concordar ou discordar, karnuss - é um facto que tens o empregado 11 meses e pagas 14, se queres ver quanto é que ele tem que produzir para ver se é viável, tens que aplicar tudo o que pagas apenas a 11 meses, porque não há nenhum milagre que:
* Pague os outros 3 meses ou;
* Produza nesses meses para compensar.

Pagas 14 porque em PT se decidiu dividir o salário anual relativo aos 11 meses de trabalho por 14 prestações... Se queres passar para 11 meses podes sempre pagar 617€/mês, que vai dar ao mesmo. O salário anual é exatamente igual.

"subsídio de férias" e "subsídio de natal" não existem, não são subsídios (nem favores) nenhuns. São apenas abstracções retóricas,

Como o Neo diz, é irrelevante - não se trata de serem subsídios ou favores. O que interessa é o valor que tem que ser produzido para justificar pagar um salário. E esse valor é de cerca de 800 EUR por mês de trabalho efectivo.

É devido ao valor já ser relativamente elevado, que algumas actividades vão desaparecendo (por exemplo, leiteira).
« Última modificação: 2014-09-18 14:15:03 por Incognitus »
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Luisa Fernandes

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Re:A Politica e o Salário Mínimo
« Responder #51 em: 2014-10-02 01:49:07 »

Apesar de se tratar de um mero descongelamento salarial e da aplicação incompleta e atrasada de um acordo; apesar da absurda compensação dada aos empregadores, em sede de TSU, pelo incómodo de terem podido congelar durante três anos os salários mais baixos; apesar de termos um salário mínimo mais baixo do que os dos países que dominam a política europeia, mesmo em comparação com os respetivos PIB, Bruxelas ficou desagradada. Parece que a ideia era especializar Portugal no "low cost". Um exército de miseráveis a produzir mau e barato.
 
O Salário Mínimo Nacional (SMN) não vai propriamente ser aumentado. Vai ser descongelado, depois de quatro anos de perda real do seu valor. A sua atualização deixa-o abaixo do valor que tinha em 2007. Os parceiros sociais tinham acordado atualizar o salário mínimo em 500 euros, em 2011. Ele chega aos 505 no final de 2014. Resumindo: os trabalhadores foram prejudicados e os empregadores que pagam salário baixos foram beneficiados. Conseguiram, à custa dos salários mais baixos, reduzir os seus custos em trabalho. Apesar do congelamento e do não cumprimento do acordado em sede de concertação social, não foram os trabalhadores os compensados pelas perdas que sofreram. Foram os empregadores que pagam salários mais baixos. Como compensação por terem reduzido, durante três anos, o valor real dos salários que pagavam e por terem visto adiado o cumprimento do acordo que assinaram receberam uma redução em 0,75 pontos percentuais da TSU. Bónus que terá de ser pago pelas nossas reformas.
Quem não Offshora não mama...

Incognitus

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Re:A Politica e o Salário Mínimo
« Responder #52 em: 2014-10-02 03:53:02 »
Vê-se que é escrito por alguém que está a leste de como tudo funciona e se interliga.
 
E Bruxelas é contra porque são maus e feios, só pode.
« Última modificação: 2014-10-02 03:53:53 por Incognitus »
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Re:A Politica e o Salário Mínimo
« Responder #53 em: 2014-10-02 09:51:14 »
Na verdade, o salário mínimo nacional devia manter-se como estava, abaixo dos € 500.00. Não há lógica em aumentá-lo, ainda por cima com artifícios de subsidiação da segurança social. Ridículo. O que valia a pena conseguir-se era uma pressão adequada no embaratecimento do custo de vida urbano e suburbano - a vida rural continua auto-suficiente, tem (quase) tudo o que precisa e nem paga impostos, e até vai ter água canalizada mais barata! -, forçando os prestadores de bens e serviços de consumo urbano a trabalharem mais, melhor, e ganharem / lucrarem menos do que ganham. Isso sim, é política económica, é concertação social.

Luisa Fernandes

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Re:A Politica e o Salário Mínimo
« Responder #54 em: 2014-11-05 23:55:52 »
Ora aqui está o empregado ideal do jeadas  :D
Este sim, tem trabalho e não emprego...

Quem não Offshora não mama...

jeab

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Re:A Politica e o Salário Mínimo
« Responder #55 em: 2014-12-05 14:45:38 »
Só para relembrar a Luisa que deve trabalhar no duro, pois muita gente depende dela  :D
O Socialismo acaba quando se acaba o dinheiro - Winston Churchill

Toda a vida política portuguesa pós 25 de Abril/74 está monopolizada pelos partidos políticos, liderados por carreiristas ambiciosos, medíocres e de integridade duvidosa.
Daí provém a mediocridade nacional!
O verdadeiro homem inteligente é aquele que parece ser um idiota na frente de um idiota que parece ser inteligente!

ovelha

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Re:A Politica e o Salário Mínimo
« Responder #56 em: 2015-03-29 09:20:12 »

 Expliquem me que sou muito burrinho, cada português desconta x para estado e y para Segurança social, cada português que sai do salário médio e vai para o salário mínimo vai começar vai ter um taxa de variação negativa nas contribuições, também vai ter uma taxa de contribuição negativa na participação económica.
  Alem que para alugar casa 250€ ou maior no medio tejo, agua,luz e gas a volta de 100 € transportes 70 euros estou a ser muito benevolente, comida 150, não percebo estas contas já passaram do do ordenado mínimo.
  São precisos 8 portugueses com o salário mínimo (500 * 0.5 os descontos que cada português faz com todos os impostos) só para pagar um profissional no estado (Nota eu sou a favor do estado), este trabalhadores trabalham mais e estão mais desprotegidos pelo próprio estado.
  Outra coisa que não compreendo existe influencia na velocidade monetária de cada português que vai para o salário mínimo.
  Ainda não compreendo outra coisa, estas politicas já foram todas postas em pratica na america latina, e qualquer um pode vir a tornar-se pobre, e as economias tem tido uma evolução que todos que querem ver podem ver.
  Outra coisa que não compreendo, os nossos avós(maioria dos europeus) depois da guerra de terem sofrido na optaram por protecção das pessoas com sistemas de segurança social fortes, deixando as pessoas enriquecer na mesma mas nunca chegarem a riquezas que se vê agora, será que eles eram burrinhos.
  Outra coisa que continuo a não perceber, os lucros de cada empresa como a Galp, EDP, etc que foram parar ás mãos de estrangeiros tendem a sair de portugal, isso retira dinheiro á economia nacional não.
  Licenciados em engenharia  tem vindo a cair os salários, trabalhadores a produção tem tendência a ir para o salario minimo, os impostos tem sido aplicados por PS /PSD/CDS e não por partidos de esquerda.
   Temos tido um fluxo monetário de entrada de dinheiro superior ao que pagamos da CE e mesmo assim não percebo como o nosso défice tem subido.
   Não percebo preciso que me expliquem á mais de 30 anos que temos défice, se uma pessoa tiver défice com ordenado de 500 euros passa fome.
   Não percebo, qualquer um pode vir a estar com ordenado minimo, podem agora apostar na bolsa, mas a vida é longa.
   Não percebo, a cultura portuguesa é mesmo boa, mas o pais está a beira da banca rota á anos. Basta vir um cisne Negro na europa para cairmos de cabeça.
   

tommy

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Re:A Politica e o Salário Mínimo
« Responder #57 em: 2015-03-29 12:02:33 »
  Licenciados em engenharia  tem vindo a cair os salários, trabalhadores a produção tem tendência a ir para o salario minimo, os impostos tem sido aplicados por PS /PSD/CDS e não por partidos de esquerda.

   Não percebo preciso que me expliquem á mais de 30 anos que temos défice, se uma pessoa tiver défice com ordenado de 500 euros passa fome.

Caro ovelha,

Atenção que onde escreves "á" é na verdade "há". Se na frase puderes substituir a palavra "há" pelo verbo "existir" (e fizer algum sentido) é porque tens de utilizar "há" e não "á" nem "à". ok?

O PS, PSD e CDS são todos partidos de esquerda, não confundas ideologia com governação: O PSD e o CDS são supostamente de ideologia de direita mas sempre governaram à esquerda. O PS é de ideologia de esquerda e governa à esquerda. O PCP e o BE são partidos de extrema esquerda ou se preferires não democráticos. Uns identificam-se com regimes totalitários como o verificado em Cuba, Coreia do Norte, Vietname e Laos. O BE identifica-se com movimentos de extrema esquerda como o Syriza ou o Podemos. Que por sua vez recebem subornos do regime venezuelano - que como sabes é totalitário e está a conduzir o país à miséria.
Sendo assim é natural que PS, PSD e CDS vão sempre preferir o aumento de impostos, porque acreditam num estado como motor de economia. Se tivesses algum partido liberal em Portugal é que terias um partido que quereria cortar nos impostos (e no tamanho do estado). Como não tens só te resta um estado cada vez maior, com cada vez mais impostos até ao colapso.
De vez em quando virá o PS pedir dinheiro emprestado para fingir que isto não é bem assim. Mas é.

PS, PSD e CDS não acreditam verdadeiramente que os défices são coisas más e levam ao colapso. PSD e CDS só estão a tentar controlá-lo porque sabem que sem isso têm de sair do EURO, UE e acaba-se o dinheiro da Europa. No PS metade acredita e fará exatamente como o PSD e CDS. A outra metade identifica-se mais com o BE.
« Última modificação: 2015-03-29 12:03:43 por tommy »

Incognitus

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Re:A Politica e o Salário Mínimo
« Responder #58 em: 2015-03-29 13:13:08 »

 Expliquem me que sou muito burrinho, cada português desconta x para estado e y para Segurança social, cada português que sai do salário médio e vai para o salário mínimo vai começar vai ter um taxa de variação negativa nas contribuições, também vai ter uma taxa de contribuição negativa na participação económica.
  Alem que para alugar casa 250€ ou maior no medio tejo, agua,luz e gas a volta de 100 € transportes 70 euros estou a ser muito benevolente, comida 150, não percebo estas contas já passaram do do ordenado mínimo.
  São precisos 8 portugueses com o salário mínimo (500 * 0.5 os descontos que cada português faz com todos os impostos) só para pagar um profissional no estado (Nota eu sou a favor do estado), este trabalhadores trabalham mais e estão mais desprotegidos pelo próprio estado.
  Outra coisa que não compreendo existe influencia na velocidade monetária de cada português que vai para o salário mínimo.
  Ainda não compreendo outra coisa, estas politicas já foram todas postas em pratica na america latina, e qualquer um pode vir a tornar-se pobre, e as economias tem tido uma evolução que todos que querem ver podem ver.
  Outra coisa que não compreendo, os nossos avós(maioria dos europeus) depois da guerra de terem sofrido na optaram por protecção das pessoas com sistemas de segurança social fortes, deixando as pessoas enriquecer na mesma mas nunca chegarem a riquezas que se vê agora, será que eles eram burrinhos.
  Outra coisa que continuo a não perceber, os lucros de cada empresa como a Galp, EDP, etc que foram parar ás mãos de estrangeiros tendem a sair de portugal, isso retira dinheiro á economia nacional não.
  Licenciados em engenharia  tem vindo a cair os salários, trabalhadores a produção tem tendência a ir para o salario minimo, os impostos tem sido aplicados por PS /PSD/CDS e não por partidos de esquerda.
   Temos tido um fluxo monetário de entrada de dinheiro superior ao que pagamos da CE e mesmo assim não percebo como o nosso défice tem subido.
   Não percebo preciso que me expliquem á mais de 30 anos que temos défice, se uma pessoa tiver défice com ordenado de 500 euros passa fome.
   Não percebo, qualquer um pode vir a estar com ordenado minimo, podem agora apostar na bolsa, mas a vida é longa.
   Não percebo, a cultura portuguesa é mesmo boa, mas o pais está a beira da banca rota á anos. Basta vir um cisne Negro na europa para cairmos de cabeça.
 

Tens que estruturar melhor o que estás a perguntar ou a argumentar, porque não se percebe.

Os salários não são mais elevados ou mais baixos por boa ou por má vontade. Estão ligados ao valor do que se produz. Se forem demasiado elevados (como na Grécia e em parte até em Portugal) o que ocorre é uma taxa de desemprego elevada. Se forem demasiado baixos, a taxa de desemprego cai até ao ponto em que força a subida dos salários.

Se queremos salários mais elevados temos que ser a favor de medidas que paradoxalmente parecem más para os trabalhadores e boas para os empregadores. Porque o que gera procura para mais trabalhadores e lhes eleva o salário é a atractividade em se ser empregador, não a atractividade em se ser trabalhador.

-------

O SMN a 500 EUR significa um custo por mês de trabalho efectivo de pelo menos 788-800 EUR/mês. Qualquer posto de trabalho que não gere valor líquido de todos os OUTROS custos superior a isso tenderá a não chegar a existir (ou a desaparecer).

-------

Quem paga salários não leva em conta, e em muitos casos nem pode levar em conta, o que é que eles conseguem comprar.

Outra coisa, salários demasiado elevados no Estado, que não respeitam o princípio de pagar o mínimo possível para arranjar as pessoas necessárias com a qualidade necessária, significam que a restante população terá necessariamente menos dinheiro para comprar bens e serviços a terceiros. Basicamente os trabalhadores do Estado ficarão com uma fatia maior do poder de compra total, em detrimento dos outros.

Isto acontece da mesma forma que se fores comprar uns pneus e os puderes ter por 400 EUR mas pagares 600 EUR. Irás ter menos 200 EUR para gastar noutras coisas, desnecessariamente. Neste caso aquilo em que se gasta são serviços de educação, saúde, segurança, justiça, etc. Daí que seja do interesse da população em geral gastar o MÍNIMO possível para obter esses serviços com a qualidade necessária -- da mesma forma que tentam fazer isso com tudo o resto que compram.


« Última modificação: 2015-03-29 13:17:16 por Incognitus »
"Nem tudo o que pode ser contado conta, e nem tudo o que conta pode ser contado.", Albert Einstein

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Deus Menor

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Re:A Politica e o Salário Mínimo
« Responder #59 em: 2015-03-29 13:27:16 »

Para mim o grande bloqueio do não aumento do SMN é puramente Político e não pelas entidades patronais:

- o SMN é o valor que permite menos encaixe fiscal por parte do Estado
- uma grande maioria das Empresas pagam acima do SMN, mesmo tabelando pelo SMN
- se o SMN fosse de 600 o estado já não recebia tributação pelo diferencial
- o custo do aumento, dado que se manteriam os valores de tributação mínimos, para 10 trabalhadores
seria de 1000 euros por mês
- uma empresa que tem 10 trabalhadores tem um volume significativo de negócio
- esses 1000 euros voltariam para economia sob a forma de consumo e IVA