Para mim o método dos cash flows é o mais realista (os outros podem em muitos casos ser considerados com aproximações com cálculos simplificados do metodo dos cash flows).
No método dos cash flows há que ter o cuidado de quando se considera periodos longos para aferir a rentabilidade das carteiras, considerar os periodos em que as carteiras são liquidadas como periodos de retorno 0 (ou considerar aplicações em cash como sendo parte da cateira), caso contrario se em 3 anos houve um total de 1 ano em que carteira esteve liquidada (for falta de oportunidades) a rentabilidade global vem calculada como sendo sobre um periodo de 2 anos.
o TWRR é uma boa aproximação se os valores em carteira não se alterarem muito ao longo do tempo, caso contrario há que corrigir com o peso apropriado.
A correção é simples: se no period i, o capital inicial for Vi, e a média dos Vi for Vmed, então em vez de usar o factor (1+ri), deve-se usar (1+ri)^(Vi/Vmed).
Ainda uma achega quanto ao método dos cash flows: considera que quando há uma saida da carteira esse capital é reinvestido a uma taxa igual á rentabilidade média. isso não tem problema se se considerar o cash como parte da carteira, mas se isso sai efetivamente da carteira (para consumo pessoal por exemplo), pode fazer com que a rentabilidade global da carteira possa divergir da do património global.
Isso tem algum interesse no calcula da YTM das obrigações por exemplo. O calculo da YTM considera que os dividendos são reinvestidos a uma taxa igual ao YTM. De facto é a única coisa razoável a assumir porque se for um banco a calcular isso não se vai por a adivinhar o que o investidor vai fazer com os dividendos.
Mas se a YTM for elevada e o investidor colocar os dividendos em DPs a rentabilidade final vai ser inferior á YTM calculada no inicio da compra, mas se investir os dividendos em acções com forte potencial de crescimento e acertar será superior. E se usar se investir os dividendos na compra de um colar que lhe permite conquistar a mulher dos seus sonhos, aí rentabilidade é incalculável mas elevadíssima