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Autor Tópico: Situação na Ucrânia  (Lida 50008 vezes)

Zenith

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Re:Situação na Ucrânia
« Responder #100 em: 2014-03-07 18:51:48 »
São coisas orquestradas pela Russia.
Do ponto de vista da Russia té me parece que não havia necessidade, porque com paciência e passos diplomaticos apropriados, acabariam por levar a comunidade internacional a aceitar um referendo.
Do pontode vista dos russos da Crimeia parece-me que o melhor seria jogar na rivalidade entre Russia e Ucrania para conseguirem uma autonomia que era uma independência de factto. Assim vai-lhes acontecer como os cipriotas turcos que se queixavam do domínio dos gregos, manadaram vir as tropas turcas e em vez de ficar sob domínio dos cipriotas gregos, viram os turcos continentais entrarem lá em força e ficaram (pelo que me contam) com menos autonomia e economicamente muito pior.

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Re:Situação na Ucrânia
« Responder #101 em: 2014-03-07 19:55:18 »
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Serviço de Fronteiras diz que estão 30 mil soldados russos na Crimeia

vídeos:

https://www.youtube.com/watch?v=OqgQHTactAg]https://www.youtube.com/watch?v=OqgQHTactAg]https://www.youtube.com/watch?v=OqgQHTactAg

https://www.youtube.com/watch?v=3KDnd9DgWMs

O Serviço de Fronteiras da Ucrânia disse, esta sexta-feira, que Moscovo já deslocou cerca de 30 mil dos seus soldados para a República Autónoma da Crimeia
« Última modificação: 2014-03-07 19:57:21 por Batman »

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Re:Situação na Ucrânia
« Responder #102 em: 2014-03-07 23:15:46 »
Citar
Para mim, muito estranho ler isso. Isso é igual: Se dividir a Portugal for o preco para a Paz e a forma de toda a gente ficar mais satisfeita nao me parece que o Mundo fique transcendentalmente pior com uma Portugal dividida. Parece um ultimato.


Bem o mundo nao ficaria transcendentalmente pior com um Portugal dividido mas e preciso que as pessoas queiram efectivamente isso,
 nao me parece que isso va acontecer de vez em quando ha uns macacos a Norte ou a Sul ( Os do Norte sao so um bocadinho menos morenos  que os do Sul  mas basicamente nao existem diferencas etnicas )  com umas ideas peregrinas
 mas nada que pertube o sentimento de  coesao nacional esmagador em toda a pop que  alias ja vai com 900 anos de historia !
mas voltando a Ulcrania entao como e que o Roymio  resolveria  o problema ?

Não são assim tão poucos... Um exemplo
http://desorganizacoes.blogspot.pt/2014/02/nao-sou-portugues-sou-algarvio.html
“Our values are human rights, democracy and the rule of law, to which I see no alternative. This is why I am opposed to any ideology or any political movement that negates these values or which treads upon them once it has assumed power. In this regard there is no difference between Nazism, Fascism or Communism..”
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Asgard

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Re:Situação na Ucrânia
« Responder #103 em: 2014-03-09 23:19:12 »
Mais uma coisa engraçada.

As duas opções no referendo de 16 de Março na Crimeia são "sim, agora" e "sim, depois" ...  :D

http://www.kyivpost.com/content/ukraine/two-choices-in-crimean-referendum-yes-and-yes-338745.html


Tradução incorrecto.

Esse papel tem dois questões. Cada um escrito em 3 línguas (russo, ucraniano e  tártaro).

1.  "Você é a favor da reunificação da Crimeia com a Rússia como parte da Federação Russa?"

2.   "Você é a favor que volte a vigorar a Constituição da Crimeia de 1992 e o status da Crimeia como parte da Ucrânia?"

Incognitus

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Re:Situação na Ucrânia
« Responder #104 em: 2014-03-09 23:26:55 »
Aparentemente a Constituição de 1992 é uma de forte independência da Crimeia, não? Ou seja, abre a porta para se juntar à Rússia, apenas mais tarde.
"Nem tudo o que pode ser contado conta, e nem tudo o que conta pode ser contado.", Albert Einstein

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Asgard

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Re:Situação na Ucrânia
« Responder #105 em: 2014-03-09 23:38:00 »
Aparentemente a Constituição de 1992 é uma de forte independência da Crimeia, não? Ou seja, abre a porta para se juntar à Rússia, apenas mais tarde.

Larga autonomia. Pois independência sem alterações de cor da mapa.


grande problema de tropas  ;D
« Última modificação: 2014-03-09 23:44:08 por roymio »

Zel

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Re:Situação na Ucrânia
« Responder #106 em: 2014-03-09 23:53:48 »
as pessoas podem votar sim ou nao a ambas as perguntas por isso nao percebo o que as perguntas tem de tao especial, nao eh como se so pudessem optar entre uma e outra, certo ? podem recusar ambas
« Última modificação: 2014-03-09 23:54:26 por Neo-Liberal »

muze

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Re:Situação na Ucrânia
« Responder #107 em: 2014-03-10 00:23:45 »
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Para mim, muito estranho ler isso. Isso é igual: Se dividir a Portugal for o preco para a Paz e a forma de toda a gente ficar mais satisfeita nao me parece que o Mundo fique transcendentalmente pior com uma Portugal dividida. Parece um ultimato.


Bem o mundo nao ficaria transcendentalmente pior com um Portugal dividido mas e preciso que as pessoas queiram efectivamente isso,
 nao me parece que isso va acontecer de vez em quando ha uns macacos a Norte ou a Sul ( Os do Norte sao so um bocadinho menos morenos  que os do Sul  mas basicamente nao existem diferencas etnicas )  com umas ideas peregrinas
 mas nada que pertube o sentimento de  coesao nacional esmagador em toda a pop que  alias ja vai com 900 anos de historia !
mas voltando a Ulcrania entao como e que o Roymio  resolveria  o problema ?

Não são assim tão poucos... Um exemplo
http://desorganizacoes.blogspot.pt/2014/02/nao-sou-portugues-sou-algarvio.html


The world in the last 200 years!


este video mostra bem que a tendência do ser humano sempre foi para que pequenos povos se tornassem grandes países e impérios, essa tendência fez com que quem pertencesse aos grandes impérios pudesse cooperar com mais pessoas por terem tendencia a falar a mesma lingua, e valorizar a mesma moeda, essa tendência teve o auge no império Britânico que expandiu o capitalismo e a ideia de que cada país se devia especializar no que sabe fazer de melhor, e a globalização que fez com que a tendência dos países se tornarem maiores se invertesse, hoje em dia temos um comercio completamente global, um conjunto de moedas comuns (não é só uma mas são convertíveis no forex) que teem valor para praticamente toda a população mundial, e acho dentro de poucas gerações teremos toda a população mundial a ter uma lingua comum, portanto uma boa parte das razões para existirem países grandes desapareceram
« Última modificação: 2014-03-10 00:25:40 por muze »

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Re:Situação na Ucrânia
« Responder #108 em: 2014-03-10 14:14:59 »
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John Kerry Made A Troubling Threat Over Russia's Annexation Of Crimea

 REUTERS

U.S.Secretary of State John Kerry listens to a question from a reporter during a news conference at the U.S. Embassy in Rome March 6, 2014.

 On Saturday, U.S. Secretary of State John Kerry told Russian Foreign Minister Sergei Lavrov that the Kremlin annexing Crimea would “close any available space for diplomacy.”

The warning is disconcerting because there are three general ways that this crisis could play out: Russia keeps advancing into east and south Ukraine, Russia annexes Crimea and then applies further financial and political pressure on the new government in Kiev, or Russia makes limited concessions and the crisis de-escalates.
 
By Kerry saying that the diplomatic window is closed if Russia annexes Crimea — which is almost a forgone conclusion — then the best path for de-escalation is obstructed.
 
"We need a de-escalation and that can only happen via talks," German Vice-Chancellor Sigmar Gabriel, who spoke with Putin in Moscow last week, told  Der Spiegel. "It's not a question now of whether we react in a 'hard' or 'soft' manner; rather we have to act in a clever manner."

 Furthermore, on Sunday U.S. national security official Tony Blinken said that America won't recognize the March 16 referendum and will increase sanctions on Moscow if and when Crimea secedes.

 Meanwhile, experts agree that Vladimir Putin is not going to give up Crimea.

 "What's happened in Crimea is a fait accompli. You aren't going to get the Russians out of there," Stephen Larrabee,  who specializes in European Security at Rand,  told NPR. "I can't see Putin agreeing to withdraw troops that are already there. It would be losing face with his own public."

Last week  geopolitical expert  Ian Bremmer  told Business Insider that "Russia is not going to back down from Crimea, irrespective of U.S. pressure," and that the Obama administration is "going  to have to find a way to come to terms with that."

 Given that Kerry says that the diplomatic window would be closed if Crimea joins Russia, it doesn't sound like the White House has come to terms with what's happening.

Bremmer said the U.S. " should be working to get the Ukrainians to accept a referendum on [Crimea] in exchange for Russian recognition of Ukrainian territorial integrity and a process that will lead to the election of a new Ukrainian government."


On Sunday, Ukrainian Prime Minister Arseniy Yatsenyuk said that “not an inch of land” will be ceded to Russia.
 
The Kremlin, meanwhile, is already prepared to accept the former Soviet port and current home to its Black Sea fleet. Moscow has not yet officially recognized the  Yatsenyuk's  government.
 
Events on the ground imply further escalation of the crisis, both politically and militarily, which is exacerbated by Kerry's threat that the diplomatic window is closing as the annexation of Crimea plays out.
« Última modificação: 2014-03-10 14:15:41 por Batman »

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Re:Situação na Ucrânia
« Responder #109 em: 2014-03-10 14:25:00 »
Um artigo bastante detalhado sobre a revolução em curso na Ucrânia e os seus protagonistas.

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Apresento-vos os defensores dos "valores europeus" na Ucrânia

Daniel Oliveira
8:00 Segunda feira, 10 de março de 2014


O Guardian  e a CNN , insuspeitos de qualquer antipatia pela "causa ucraniana" que mobiliza tantos jornalistas portugueses, deram a conhecer o conteúdo de escutas telefónicas  entre a responsável pela política externa da União Europeia, Catherine Ashton, e o ministro dos Negócios Estrangeiros da Estónia, Urmas Paet. As escutas tinham sido divulgadas pela comunicação social russa, o que levanta novas questões sobre o comportamento dos serviços de espionagem na Europa. Mais uma vez, o comportamento da NSA norte-americana e a suavidade da reação dos Estados europeus deixa pouco espaço de manobra para grandes indignações.

Em resumo, é isto: os snipers que atingiram mortalmente manifestantes e polícia na Praça da Independência, em Kiev, foram os mesmos e há fortíssimas suspeitas de não estarem ligados ao regime deposto. Pelo contrário, é mais provável que fossem agentes provocadores ligados aos revoltosos. Aquilo que parecia ser uma teoria da conspiração lançada pelos russos ganha assim uma nova credibilidade. Depois de explicar que as balas só podem ter sido disparadas pelas mesmas pessoas, Paet diz a Ashton, sobre a atual coligação governamental: "Há agora um cada vez maior entendimento de que, por de trás dos snipers, não estava Yanukovych, mas alguém da nova coligação".

Por desconhecimento, muitos ficarão incrédulos. Afinal de contas, sempre que cidadãos ocidentais veem muita gente numa praça imaginam que ali só pode estar o povo em luta pela liberdade e pela democracia. Não compreendendo que os conflitos internos de cada país - seja no Egito ou na Ucrânia - não se resumem a dicotomias tão simples e primaveris, que se resolve com um like no facebook. Sobretudo em países com conflitos étnicos, sujeitos a fortes interesses económicos e com pouca tradição democrática.

A oposição ucraniana, agora no governo provisório, não é só - nem sobretudo - composta por democratas. A maioria está engajada em partidos tão corruptos e tão dependentes do poder dos oligarcas como o governo deposto. E estes são os melhorzinhos. Os outros, que tiveram um papel absolutamente central na EuroMaidan e na tomada violenta de vários símbolos do poder, estão ligados a organizações bem mais sinistras do que se possa imaginar. O método de eleição de alguns membros do governo provisório, baseado na "democracia de Esparta", pode parecer apenas ingenuidade e anedota. Mas não é. Corresponde a um movimento político antidemocrático que ganhou força nos últimos anos.

Vamos então conhecê-los. Um é o grupo paramilitar abertamente xenófobo Pravyi Sektor ("Sector Direito"), herdeiro do "Tryzub" (Tridente) e liderado dor Dmytro Yarosh. Durante a revolução, Yarosh foi acusado de pedir o apoio de Dokka Umarov, líder da fação da guerrilha techechena que está ligada à Al-Quaeda. A acusação está ainda a ser investigada (pode tratar-se duma fraude). Mas a sua organização, bastante violenta, teve um papel central no armamento das milícias paramilitares durante os protestos. Milícias que entretanto foram reconhecidas oficialmente pelo governo provisório. O Pravyi Sektor  prometeu ilegalizar o Partido das Regiões (que estava no poder) e o Partido Comunista. Outro grupo é a Assembleia Nacional Ucraniana-Auto Defesa do Povo Ucraniano (Una-Unso), fundamentalistas ortodoxos, nacionalistas, antissemitas e defensores de um governo autoritário para país. Os seus militantes estão organizados em brigadas voluntárias, com treino na luta da Tchéchénia ao lado dos guerrilheiros.

Mas a força política mais importante entre os radicais nacionalistas é, de longe, a União Pan-Ucrâniana "Liberdade", conhecida apenas por Svoboda ("Liberdade"). A Svoboda é assumidamente neonazi e foi fundada em 1991, com o sugestivo nome de Partido Social-Nacional da Ucrânia. Quem não chegue lá pelo nome pode sempre ver o seu símbolo  e ficar esclarecido. Na mesma altura em que várias organizações de extrema-direita do leste europeu fizeram o devido lifting, para estarem em condições de ser apoiadas ou pelo menos toleradas por algumas potências ocidentais, o PSNU foi transformado em Svoboda pelo seu líder Oleh Tyahnybok.

O Svoboda é considerado pela Centro Simon Wiesenthal o quinto partido mais antissemita do mundo. É abertamente xenófobo, defendendo a segregação de judeus e polacos. Também é, claro está, homofóbico. O seu deputado Igor Miroshnichenko, assumido admirador de Röhm, Strasser e Goebbels, declarou que "a homossexualidade será banida deste país, pois é uma doença que ajuda à difusão da SIDA". Este mesmo deputado descreveu, na sua página de Facebook, a atriz Mila Kunis (ucraniana de origem, com pai russo e mãe judia) como uma "zhydovka", termo insultuoso para referir mulheres judias. O Svoboda defende não apenas a ilegalização do aborto, mas a criminalização da sua defesa pública. Defende também a ilegalização de qualquer partido comunista, o direito universal a andar armado, o regresso da Ucrânia ao nuclear e o tal "democracia espartana". A tudo isto junta as adesões à União Europeia e à NATO, consideradas absolutamente condizentes com o seu posicionamento político. O que diz qualquer coisa sobre a imagem de exigência democrática que a União Europeia está a passar para fora.

O corte do líder do Svoboda com o resto da oposição, com quem entretanto se reconciliou em nome dos "valores europeus", deu-se em 2004, quando fez, num discurso transmitido pela televisão, um elogio a resistência ucraniana na II Guerra por ter lutado contra "a mafia moscovita-judaica". Deixando esta pungente memória patriótica: "Eles punham as suas armas ao ombro, iam para a floresta e lutavam contra os moscovitas, os alemães, os judeus e outra escumalha que nos queria tirar o Estado da Ucrânia." Nos protestos do EuroMaidan os manifestantes do Svoboda exibiram, a abrir os seus cortejos, orgulhosos, a fotografia de Stepan Bandera, líder nacionalista da Ucrânia durante a II Guerra, que colaborou com a deportação para os campos de extermínio nazis de centenas de milhares de judeus, comunistas e ciganos. Para tentar ganhar votos à muito pouco recomendável mas agora transformada eheroína do Ocidente Yulia Tymoshenko, o não mais recomendável Vicktor Yushenko chegou a dar o título de herói da Ucrânia a Bandera, retirando-o depois de indignados protestos das organizações judaicas internacionais. A mesma União Europeia que agora abraça os pupilos de Bandera condenou, na altura, Yushenko por esta homenagem.

Que não haja confusões. O Svoboda não é um pequeno grupelho. Teve 10,5% dos votos nas últimas eleições, elegeu 38 deputados e conquistou mais de 30% em três províncias do extremo ocidental da Ucrânia. Na "heróica" Lviv, onde começou a revolta contra o governo e de onde é o seu líder, os neonazis tiveram mais de 50% dos votos. Animador, não é?

Depois dos protestos estes grupos quase sem paralelo na Europa Ocidental foram postos à margem? Pelo contrário. O Svoboda tem um dos vice-primeiro-ministros, Oleksandr Sych. O seu cavalo de batalha foi a ilegalização do aborto, mesmo em caso de violação. Quando esta sua posição foi contestada, defendeu que as mulheres "devem ter um tipo de vida que evite o risco de violação, incluindo não beberem álcool e não andarem com companhias pouco recomendáveis". Tem ainda o secretário do Conselho Nacional de Segurança e Defesa, os ministros do Ambiente e da Agricultura e o Procurador Geral da Ucrânia. Isto para além do ministro da Defesa, o almirante Igor Tenjukh, que não sendo militante tem apoiado o partido nas suas iniciativas públicas. Já o Pravyi Sektor  tem o seu sinistro líder, Dmytro Yarosh, como vice-secretário do Conselho Nacional de Segurança e Defesa. E o Una-Unso tem o ministro da Juventude e Desporto e a presidente da Comissão de Anticorrupção Nacional. Ou seja: três partidos à direita do PNR e da Aurora Dourada dirigem, num governo que ninguém elegeu, a Defesa, o combate à corrupção e a Procuradoria Geral.

Agora, que a poeira começa a assentar, talvez se perceba melhor que aqui não há heróis e vilões. Muito menos num país que teve de escolher entre as deportações e a fome de Estaline e o Holocausto de Hitler. As coisas são mais complicadas, apesar das imagens televisivas da revolta dos russos da Crimeia aparecer sempre como animalesca e violenta, enquanto a dos ucranianos surge como uma festa azul e amarela reprimida pelas forças do Estado. Perante o crescente poder dos nazis no aparelho de Estado ucraniano, a minoria russa tem boas razões para pensar que não terá lugar nesta nova Ucrânia. Quanto a mim, não sei se me agrada que a Ucrânia do senhor Tyahnybok e do seu Svoboda tenha lugar na União Europeia. Para pior já basta assim.



Ler mais: http://expresso.sapo.pt/apresento-vos-os-defensores-dos-valores-europeus-na-ucrania=f860020#ixzz2vZNxtrT3

Luisa Fernandes

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Re:Situação na Ucrânia
« Responder #110 em: 2014-03-10 18:22:46 »


As vozes indignadas da UE e, mais ainda, dos EUA, estudam com denodo medidas a aplicar à Russia. Chegaram a propor sansões que passariam pelo congelamento das contas bancárias dos cidadãos russos, informa a imprensa em geral (essa era a solução).

O senhor Cameron, no recesso do seu gabinete, lê tudo isto. E ocorrem-lhe coisas preocupantes. Pensou nas contas dos milionários russos que enchiam os offshores britânicos – a começar por Londres ; pensou no destino de clubes como o Chelsea se os seus proprietários se zangassem; pensou nos pingues proventos das empresas britânicas sediadas ou dependentes da Rússia.

Varreu tais preocupações da cabeça e, erguendo-se firme, ditou altaneiro, com ar de Wellington, o seguinte memorando ao seu secretário, que o deveria imediatamente comunicar a Putin: ” Senhor Putin, tem 100 anos para levantar a mão dos assuntos ucranianos! Ou sofrerá as consequências!”.

Quem não Offshora não mama...

Incognitus

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Re:Situação na Ucrânia
« Responder #111 em: 2014-03-12 18:45:04 »
A Rússia já está a aceitar oficialmente a Crimeia ...

http://www.rusemb.org.uk/foreignpolicy/1752

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Re:Situação na Ucrânia
« Responder #112 em: 2014-03-15 21:12:28 »
.....e parece que não se vão "contentar" apenas com a Crimeia......eh.eh....


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EUA dizem que invasão russa do sul da Ucrânia seria "escalada escandalosa"

JN.pt

A Embaixadora dos EUA nas Nações Unidas afirmou, este sábado, que a invasão do sul da Ucrânia por tropas russas, a confirmar-se, seria uma "escalada escandalosa".

Se as acusações de Kiev dizendo que a Rússia invadiu o sul da Ucrânia se confirmarem, "será uma escalada escandalosa", disse aos jornalistas Samantha Power.

A Ucrânia acusou a Rússia de ter invadido militarmente o seu território com 80 soldados, helicópteros e veículos blindados, numa aldeia situada no outro lado da fronteira administrativa entre a península da Crimeia e a Ucrânia continental.

O ministério ucraniano dos Negócios Estrangeiros pediu "a retirada imediata" destas forças e ameaçou responder "com todos os meios para parar a invasão militar" russa.

"Devemos estudar" estas informações, referiu a representante dos EUA, que falava após a votação do conselho de segurança da ONU sobre uma proposta de resolução denunciando o referendo sobre o destino da Crimeia, previsto para domingo.

A Rússia vetou esta resolução e a China absteve-se.

"Se a Rússia ainda agravou o que fez na Crimeia atravessando a fronteira no sul do país, será uma escalada escandalosa", declarou a embaixadora.

A responsável norte-americana recordou que Washington considera que "a Rússia devia responder pelas suas ações" e poderia ser submetida "a um isolamento diplomático e económico", uma alusão à ameaça de sanções referida pelos EUA, na crise ucraniana.

Interrogado acerca das informações provenientes de Kiev, o embaixador britânico, Mark Lyall Grant também transmitiu a sua preocupação. "Se as informações forem exatas, seria uma escalada perigosa", disse.

valves1

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Re:Situação na Ucrânia
« Responder #113 em: 2014-03-15 22:01:56 »
Para os paises do Sul da Europa uma nova Guerra fria era ironicamente o melhor que lhes poderia acontecer;
a U.E ( Alemanha ) nunca escondeu que a prioridade seria para leste, se a leste lhe fecharem as portas, pode ser que
a falta de melhor opcao se volte novamente para Sul num redobrar de esforcos em direccao a uma maior integracao europeia, uma especie de resposta ao expansionismo Russo.
sim porque o regime Ulcraniano pode ser bastante  racista, xenofebo, nacionalista etc etc mas o que estamos a assistir
e expansionismo Russo;
"O poder só sobe a cabeça quando encontra o local vazio."

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Re:Situação na Ucrânia
« Responder #114 em: 2014-03-15 22:14:38 »
.....indeed....eh.eh....


http://news.yahoo.com/ukraine-says-russian-forces-move-outside-crimea-153116949.html?vp=1



(....oxalá "os deuses" te ouçam Valves..... :-\)

muze

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Re:Situação na Ucrânia
« Responder #115 em: 2014-03-17 15:45:34 »
afinal as sansões económicas foram só a determinadas pessoas e não à Rússia :D estes jornalistas são uns exagerados....

http://www.businessinsider.com/crimea-vote-referendum-sanctions-obama-putin-2014-3

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Re:Situação na Ucrânia
« Responder #116 em: 2014-03-17 16:02:57 »
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EUA apontam provas de fraude no referendo da Crimeia

Washington adverte para mais sanções se a Rússia anexar formalmente a península autónoma da Ucrânia

TVI     |   2014-03-17 15:02

A Rússia pode enfrentar sanções adicionais caso proceda à anexação formal da Crimeia ou tome novas medidas militares na Ucrânia. A advertência foi feita, esta segunda-feira, por um alto funcionário da administração norte-americana, noticia a agência Reuters.

Há «provas concretas» de que alguns boletins de voto chegaram «pré-preenchidos», no referendo de secessão de domingo na Crimeia, e que outras anormalidades também foram detetadas, disse um outro alto funcionário dos EUA depois de Washington ter congelado qualquer bem no país e proibido as viagens para o país de 11 indivíduos considerados culpados pelos movimentos russos na Crimeia.

O Presidente norte-americano, Barack Obama, decretou sanções contra 11 altos responsáveis russos e ucranianos, incluindo o Presidente destituído pró-russo Viktor Ianukovich, em resposta ao referendo sobre a integração da península autónoma ucraniana da Crimeia na Rússia.

Sete altos responsáveis russos figuram entre os visados pelas medidas norte-americanas, nomeadamente o congelamento de bens, indicou a administração norte-americana.

Na lista constam os nomes do vice-primeiro-ministro russo, Dmitri Rogozine, da presidente do Conselho da Federação (câmara alta do Parlamento russo), Valentina Matvienko, de dois conselheiros próximos do Presidente russo, Vladimir Putin, e de dois deputados da Duma (câmara baixa do Parlamento russo).

Do lado ucraniano, as sanções de Washington abrangem dois líderes separatistas da Crimeia, o Presidente destituído pró-russo Viktor Ianukovich e um conselheiro do antigo governante.

O anúncio da administração norte-americana ocorreu momentos depois de a União Europeia, através do chefe da diplomacia lituana Linas Linkevicius, ter confirmado a adoção de sanções contra 21 pessoas, russas e ucranianas, consideradas como responsáveis pela reunificação da Crimeia com a Rússia.

Fontes diplomáticas precisaram que as sanções europeias visam 13 responsáveis russos e oito ucranianos pró-russos.

Asgard

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Re:Situação na Ucrânia
« Responder #117 em: 2014-03-18 02:04:34 »
.....indeed....eh.eh....


http://news.yahoo.com/ukraine-says-russian-forces-move-outside-crimea-153116949.html?vp=1



(....oxalá "os deuses" te ouçam Valves..... :-\)


Ja não faz diferença, porque fronteiras de Crimeia em breve ficam entre Noruega e Japão.

Asgard

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Re:Situação na Ucrânia
« Responder #118 em: 2014-03-18 02:06:48 »
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EUA apontam provas de fraude no referendo da Crimeia




http://www.bbc.com/news/world-europe-26600492

'They said that this referendum for them is a dream come true, they want to join what they call "the motherland"'

Asgard

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Re:Situação na Ucrânia
« Responder #119 em: 2014-03-18 03:00:42 »
Rússia agora pode repetir Crimeia crises mais X vezes com os outros regiões de Ucrânia (já vejo como alguém vai espalhar espuma mais do que Cataratas do Niágara) sabe porque?

Porque novo estado faz máximo possível para destruir de Ucrânia.

Se antes tiveram ladrões, agora tem ladrões + nazi.

Video da nova Ucrânia ( conheci outra Ucrânia  :( )
Nesse video crianças declaram coisas sobre nação limpa e tal e depois dizem que "forca para moskaliv" http://en.wikipedia.org/wiki/Moskal
Tentei fazer investigação entre vários Ucranianos (de vários regiões), com pergunta "O que é Moskal" como percebi nesse palavra pode entrar pelo menos 10m pessoas de Ucrânia.
E depois declaram "quem não salta é Moskal"

Москаляку на гіляку! Украинский гитлерюгенд...


Agora imagina que crianças português em algum êxtase religioso declaram assassinato de alguém, qual % de português vai gostar isso?
pois é...

Isso não pior vídeo de Síria.

Children in Syria Play Behead the Enemy


Mais alguns duvidas?