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Autor Tópico: Histórias fantásticas mas reais  (Lida 131957 vezes)

Incognitus

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Histórias fantásticas mas reais
« em: 2014-01-23 12:56:31 »
"Nem tudo o que pode ser contado conta, e nem tudo o que conta pode ser contado.", Albert Einstein

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Asgard

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Re:Histórias fantásticas mas reais
« Responder #1 em: 2014-01-25 14:48:41 »
na verdade, ratos canibais foram treinados em segredos laboratoriais de KGB  ;D

Automek

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Re:Histórias fantásticas mas reais
« Responder #2 em: 2014-01-26 02:03:37 »
Isto dava um belo argumento para um filme, assim à moda do snakes (o do avião).

itg00022289

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Re:Histórias fantásticas mas reais
« Responder #3 em: 2014-01-27 15:33:32 »
Já se sabe que em tempo de guerra são cometidas as maiores atrocidades, agora desconhecia que o exército japonês tinha um exército de escravas sexuais para satisfazer os seus soldados.


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A polémica das "mulheres de conforto" volta ao Japão

ANA GOMES FERREIRA 27/01/2014 - 14:35
É um tema sensível da política externa de Tóquio. Das 200 mil mulheres obrigadas a prostituir-se para o exército japonês já só 55 estão vivas.

 
Nas décadas de 1930 e 1940, “todos os países” em guerra forneciam mulheres aos seus soldados, disse o novo presidente da televisão pública japonesa, Katsuto Momii. A declaração, feita na sua primeira conferência de imprensa, irritou de tal forma o governo que, horas depois, Mommi pediu desculpas públicas pelo comportamento e palavras “totalmente inapropriadas”.

O tema é polémico no Japão, onde os governos tentam mantê-lo em silêncio, não respondendo sempre que a Coreia do Sul ou as organizações que defendem as mulheres obrigadas a prostituir-se para os soldados japoneses voltam a exigir justiça e compensações para as vítimas.

Entre 1932 e o fim da II Guerra Mundial, o Japão obrigou 200 mil mulheres — dados dos historiadores que investigam o tema — a prostituir-se nos “bordéis do exército” que Tóquio mantinha nas suas várias frentes de guerra. Chamavam-lhes “mulheres de conforto” ou “mulheres de alívio” e davam uma explicação oficial para a sua existência: evitavam que os soldados violassem mulheres das zonas onde estavam estacionados, impediam que os soldados apanhassem doenças sexualmente transmissíveis com prostitutas e e minimizavam o risco de espionagem.

Dessas 200 mil mulheres, restam 55, ou melhor 54 — uma delas, Hwang Keum-ja, morreu no domingo, o dia em que o presidente da televisão fez as declarações. Tinha 89 anos e a sua história conta a de todas as outras mulheres obrigadas a prostituir-se pelo exército japonês. Era sul-coreana e foi enganada pela promessa de emprego no Japão, para onde foi aos 14 anos. Chegou a ser operária numa fábrica de vidro, mas aos 16 anos foi enviada para um bordel, tornando-se escrava sexual. Quando a guerra acabou, voltou à Coreia do Sul onde viveu sempre sozinha, adoptou um filho e sobreviveu de apoios do estado e da recolha de lixo, segundo a agência noticiosa sul-coreana Yonhap.

Durante décadas, Hwang Keum-ja tentou, como quase todas as outras, que o Japão admitisse o crime e desse indemnizações de guerra às mulheres obrigadas a prostituir-se. Nas reportagens sobre elas que foram feitas ao longo dos anos — e nos testemunhos recolhidos por organizações como a americana Coalition for Confort Woman Issues ou a Amnistia Internacional —, contaram ter sido enganadas (muitas), raptadas (outras) e forçadas a prostituir-se (todas); há relatos de espancamentos e violações para as que resistiram mais tempo a ter sexo com os soldados.

Desculpa sim, indemnizações não
A maior parte destas mulheres eram sul-coreanas, mas eram também filipinas, vietnamitas, cambojanas e japonesas.
Só em 1993 o governo japonês lhes pediu publicamente desculpa. Mas recusou sempre pagar indemnizações, sendo por isso acusado pelas organizações de defesa das “mulheres de conforto” de não reconhecer de facto o que aconteceu.

Desde então, a política oficial sobre o tema tem sido não falar no assunto. De vez em quando, porém, um responsável volta ao tema, por iniciativa própria ou dos jornalistas. E, por norma, reacende a polémica. No ano passado, o presidente da câmara de Osaka, o populista Toru Hashimoto, pôs o assunto nos jornais, japoneses e internacionais, ao dizer que os bordéis militares foram “necessários” e que as críticas ao Japão pela existência de “mulheres de conforto” são totalmente injustas porque se tratava de uma prática comum a outros exércitos.

Na primeira vez que foi primeiro-ministro, Shinzo Abe (o actual chefe do governo), disse que não havia dados concretos que provassem que as mulheres foram obrigadas a prostituir-se. Agora, foi o seu gabinete que obrigou o presidente da televisão pública — que disse que não se pode avaliar a questão à luz da moral de hoje pois a moral de então era diferente — a emendar-se.

A AFP, citando fontes do executivo, diz que dentro da equipa de Abe há quem defenda que pelas suas declarações — e por se ter imiscuido numa questão da política externa do governo, ainda por cima tão sensível — Katsuto Momii devia ter sido demitido imediatamente.

http://www.publico.pt/mundo/noticia/a-polemica-das-mulheres-de-conforto-volta-ao-japao-1621251

karnuss

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Re:Histórias fantásticas mas reais
« Responder #4 em: 2014-01-28 18:00:44 »
 http://portocanal.sapo.pt/noticia/16169/

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Gases produzidos por 90 vacas provocam explosão em estábulo na Alemanha

A flatulência de 90 vacas provocou uma explosão num estábulo em Rasdorf, na região centro da Alemanha, que destruiu o telhado da estrutura, informou hoje a polícia local.

Fechadas "no lugar provavelmente pouco ventilado", as vacas produziram metano (o principal componente do gás natural) que reagiu "possivelmente a uma descarga eletrostática", referiu um porta-voz da polícia, em declarações à agência France Presse.

"Nenhuma pessoa ficou ferida" no incidente, sublinhou a polícia, num comunicado, acrescentando que apenas um dos animais sofreu queimaduras.

Todos os animais de criação produzem metano através das suas flatulências. No entanto, os ruminantes (bovinos, ovinos ou caprinos) produzem maior quantidade deste gás, altamente inflamável, do que os animais monogástricos (suínos e aves de capoeira).

itg00022289

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Re:Histórias fantásticas mas reais
« Responder #5 em: 2014-01-31 11:19:34 »
um burlão

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“Alô? Tenho à minha frente o seu netinho Rui Pedro, está a comer um gelado”
ANA HENRIQUES 30/01/2014 - 23:50

Ricardo Sá Fernandes contou em tribunal como foi enganado por burlão – e não foi o único. O procurador Rosário Teixeira e até a directora do Departamento Central de Investigação e Acção Penal também terão caído no logro.

O advogado Ricardo Sá Fernandes admite ter sido completamente enganado. Só o consola saber que não caiu sozinho no logro. “Além de mim, foram enganados polícias, procuradores, a família da criança…”, contou esta quinta-feira em tribunal.

A criança é nada mais nada menos do que Rui Pedro, o menino de Lousada que nunca mais ninguém viu desde 4 de Março de 1998, tinha então11 anos. O caso revelado esta quinta-feira nada adianta sobre o seu paradeiro, mas ajuda a desvendar alguns dos traços da personalidade de um burlão que está a ser julgado no Campus da Justiça por falsificação de documentos. “O que mais me impressionou foi aliar uma imaginação prodigiosa a uma crueldade gratuita”, observou Sá Fernandes.

Rui Pedro estava desaparecido há cerca de cinco anos quando o advogado é informado de que existe um homem preso em Pinheiro da Cruz que sabe do paradeiro da criança. Mas que não confia em ninguém, nem sequer nas autoridades, estando na disposição de lhe revelar apenas a ele as informações que tem. Ricardo Sá Fernandes recordou que foi numa sala que havia no Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP) que José Lorosa de Matos lhe contou – durante uma saída precária da cadeia, onde se encontrava já a cumprir pena por burla – que fora gente ligada à noite de Viseu que levara o menino, que depois tinha ficado à guarda da proprietária de uma mercearia em Inglaterra. Perante a então directora do DCIAP Cândida Almeida e o procurador Rosário Teixeira, e à frente da família, o burlão prometeu que ia buscar a criança, recordou anos mais tarde o pai do menor.

O facto de Lorosa de Matos estar naquela altura prestes a poder gozar de liberdade condicional convenceu praticamente toda a gente de que não podia tratar-se de um estratagema para fugir da cadeia, explicou esta quinta-feira Sá Fernandes. Dinheiro não pediu, apenas quis um carro alugado e um cartão para telefonar, logo disponibilizados pelo avô da criança. Com o conhecimento das autoridades e outra saída precária, desta vez de vários dias, o burlão começou por ir a Espanha, dizendo no regresso que havia confirmado que Rui Pedro estava mesmo no Reino Unido.

“Trouxe-me umas fotos, provavelmente tiradas da Internet”, recordou o advogado. Quando Lorosa de Matos anunciou que ia a Inglaterra, o avô de Rui  Pedro instalou-se numa pensão em Lisboa, para receber as novidades sobre a criança ao mesmo tempo que o advogado, que era com quem o burlão contactava. Um desses dias o telefone tocou: “Alô? Tenho à minha frente o netinho do sr. Teixeira, está a comer um gelado.” Sá Fernandes admite ter chorado de emoção com o idoso. Só à medida que os dias seguintes passavam e nada de mais notícias, nem de contactos de Lorosa de Matos com as autoridades para resgatar o menino, como havia ficado combinado, as suspeitas começaram a crescer.

“Percebi que nunca tinha saído de Portugal. Nunca mais voltou para a cadeia, desapareceu. Enganou-me a mim, à polícia, ao Ministério Público, à família de Rui Pedro… Era muitíssimo convincente. E eu sou profissional, ando nisto há muitos anos!”, observou o advogado, explicando que até os nomes usados pelo presidiário na sua história – dos homens da noite de Viseu, mas também da inglesa proprietária da mercearia – existiam de facto.

Hoje o manobrador de máquinas que se fez passar várias vezes por agente da Judiciária e da Interpol e tinha múltiplas identidades falsas está outra vez atrás das grades, e só sai da cadeia para responder em tribunal por sete crimes de falsificação de documentos. Mas duas magistradas do Departamento de Investigação e Acção Penal que se envolveram com ele – tal como sucedeu com várias outras mulheres – e são acusadas de lhe terem fornecido informações sigilosas para o ajudarem respondem não apenas por este delito, como também por abuso de poder e violação do segredo profissional, entre outros crimes.

http://www.publico.pt/sociedade/noticia/alo-tenho-a-minha-frente-o-seu-netinho-rui-pedro-esta-a-comer-um-gelado-1621787

Incognitus

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Re:Histórias fantásticas mas reais
« Responder #6 em: 2014-01-31 12:19:37 »
A última frase do artigo não faz sentido. Será que querem dizer "Mais" duas magistradas (também atrás das grades)?


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Re:Histórias fantásticas mas reais
« Responder #7 em: 2014-01-31 12:26:33 »
A história das magistradas é ainda mais engraçada, principalmente quando uma delas teve que fazer pressão para uma carta de condução ser emitida em 19 dias (sendo a espera normal dois meses). Dá vontade de rir que com corrupção a coisa demore na mesma 19 dias.

http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/nacional/portugal/pressao-de-magistradas-facilita-carta-a-burlao

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Re:Histórias fantásticas mas reais
« Responder #8 em: 2014-01-31 14:47:57 »
hehehe, grande história esta!

este tipo de burlões devem ser tipos com um QI elevado.

kitano

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Re:Histórias fantásticas mas reais
« Responder #9 em: 2014-02-02 21:37:13 »
"Como seria viver a vida que realmente quero?"

PMACS

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jeab

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Re:Histórias fantásticas mas reais
« Responder #11 em: 2014-02-12 21:05:00 »

Uma matilha de lobos a meter em respeito uma operação stop  :)



O Socialismo acaba quando se acaba o dinheiro - Winston Churchill

Toda a vida política portuguesa pós 25 de Abril/74 está monopolizada pelos partidos políticos, liderados por carreiristas ambiciosos, medíocres e de integridade duvidosa.
Daí provém a mediocridade nacional!
O verdadeiro homem inteligente é aquele que parece ser um idiota na frente de um idiota que parece ser inteligente!

deMelo

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Re:Histórias fantásticas mas reais
« Responder #12 em: 2014-02-14 09:39:24 »
Parecem-me cães e não lobos...
The Market is Rigged. Always.

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Re:Histórias fantásticas mas reais
« Responder #13 em: 2014-02-18 16:39:45 »
Parece uma história retirada dum filme de terror mas ocorre nos nossos dias (mesmo descontando um possível enviesamento dos relatores é algo demasiado horrendo para não ficar chocado).

Se forem ao link da notícia há uns videos com testemunhos que impressionam.

Citar
ONU acusa líderes da Coreia do Norte de crimes contra a humanidade: "E agora o que vamos fazer?"

ANA GOMES FERREIRA 17/02/2014 - 17:44
Relatório diz que responsáveis, entre eles Kim Jong-un, devem responder perante o Tribunal Penal Internacional ou outro tribunal da ONU.


Na apresentação do relatório, em Genebra, Michael Kirby disse que os crimes roçam o genocídio DENIS BALIBOUSE/REUTERS


O relatório da ONU sobre a Coreia do Norte fala de crimes concretos: tortura, escravatura, violência sexual, discriminação social e de género, repressão política, perseguição política, execuções. Todos estão documentados com casos — a mulher que foi obrigada a afogar o filho, a família torturada por ter assistido a uma telenovela estrangeira na televisão, os prisioneiros obrigados a cavar as suas próprias sepulturas e depois mortos com pancadas de martelo no pescoço.

“E agora que já sabemos o que se passa, o que vamos fazer?”, perguntou o presidente da comissão independente que conduziu o muito esperado Inquérito do Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas sobre a Coreia do Norte, divulgado nesta segunda-feira. “No fim da II Guerra Mundial, muita gente disse ‘se nós tivessemos sabido’. (...) Bem, agora a comunidade internacional sabe... a inacção já não se justifica com um ‘nós não sabiamos’”, disse Michael Kirby.

Sabe-se que todos os dias — e desde há muitas décadas — são cometidas “atrocidades indiscritíveis” na Coreia do Norte. E se há crimes, há culpados, sublinha muito claramente o relatório disponível no site da ONU. “Estes não são meros crimes de Estado; são uma componente essencial de um sistema político que se afastou dos ideais sobre os quais diz ter sido fundado.” Por isso, é recomendado — na verdade a linguagem é muito dura e é quase exigido — às Nações Unidas que “garanta que os responsáveis pelos crimes contra a humanidade” sejam julgados no Tribunal Penal Internacional ou noutro tribunal da ONU.

Volte-se à pergunta de Kirby, que na apresentação do documento, em Genebra, disse que os crimes roçam o "genocídio": agora que sabemos, o que vamos fazer? Porque, disseram alguns membros de organizações de defesa dos direitos humanos que denunciam sistematicamente os crimes na Coreia do Norte, ao redigir o relatório nestes termos, a ONU colocou-se numa posição de não retorno. “Este documento coloca sobre os ombros das Nações Unidas um fardo pesado quanto aos passos que tem de dar a seguir”, comentou à BBC Jared Genser, um advogado de uma ONG de defesa dos direitos humanos. “É a primeira vez que a ONU, enquanto instituição, declara que há crimes contra a humanidade a serem cometidos contra o povo norte-corerano”, disse o advogado.

Fome, discriminação, campos de prisioneiros
O relatório está dividido em seis partes — pode ser lido no site da Amnistia Internacional, onde há também um vídeo com testemunhos de norte-coreanos que conseguiram fugir do país. Uma dessas partes é sobre a fome, ou as fomes que devastam a Coreia do Norte ciclicamente desde 1990.

 

A falta de alimentos, explica o relatório, tem duas causas, o clima e os erros de gestão de recursos e de más políticas agrícolas de um regime que controla tudo, desde o lugar onde as pessoas vivem até quem pode trabalhar no quê. Centenas de milhares de pessoas morreram já de fome — o número não é exacto e varia de acordo com as fontes; as vítimas serão entre 200 mil e três milhões.

A fome denuncia outro problema (outro tema), o da discriminação. A falta de alimentos tem sido usada para controlar e punir o povo. Nem todos passam fome, diz o relatório, que foi construído a partir de documentos que a ONU conseguiu reunir, de testemunhos e de outros dados (de satélite, por exemplo). Na sociedade norte-coreana há grupos de pessoas consideradas "dispensáveis” e são essas que sofrem e morrem de fome. Durante períodos longos de escassez, o Estado “condicionou a distribuição de alimentos através de regras que não são baseadas em considerações humanitárias”. Ou seja, os alimentos não vão, em primeiro lugar, para os que mais necessitam deles.

A sociedade norte-coreana, diz a ONU, está organizada de acordo com uma classificação política do povo criada pelo Estado e que permanece imutável. O destino de cada cidadão está traçado à partida — é a sua classificação enquanto cidadão que determina que trabalho cada um pode desempenhar, que educação pode receber, com quem se pode casar, onde pode viver. A mobilidade social é quase inexistente. E a mobilidade geográfica não existe. Pyongyang, por exemplo, que é a capital, é uma cidade onde só entra quem o regime deixa; os cidadãos devem viver nas zonas onde nascem ou onde o Estado determina. Viajar para o estrangeiro, só fugindo — alguns conseguem, correndo o risco de as suas famílias pagaram pelo crime. Outros são apanhados e espera-os a escravatura, a tortura ou a morte.

Os seis temas em que o relatório foi dividido estão todos interligados. Pelo que se passa, agora, para os campos de trabalhos que o regime garante que não existem mas estão documentados também com imagens de satélite. No vídeo dos testemunhos fala uma mulher que esteve anos num, e falam antigos guardas que relatam cenas horrendas de morte.

As Nações Unidas estimam que, actualmente, vivam nos campos de trabalho entre 80 mil e 120 mil pessoas. Vão lá parar por motivos muito variados e há uma palavra no relatório que ecoa para outras paragens — para a Argentina da ditadura —, os “desaparecidos”. São cidadãos que, um dia, deixam de ser vistos e não há quem saiba o que lhes aconteceu; muitos estarão nos campos de trabalhos forçados, onde a vida é descrita como “brutal e desumana”. Há torturas, execuções arbitrárias, abortos forçados, porque a reprodução é proibida aos prisioneiros, infanticídio. Crê-se que tenham morrido nestes campos “centenas de milhares de pessoas”.

É o momento para definir, de acordo com a ONU, a Coreia do Norte: é um país onde “o Estado tem autoridade sobre toda a informação e controla toda a organização da vida social”. O relatório não usa definições — não fala em ditadura —, mas explica que ali a “doutrinação” começa na infância com o objectivo de criar uma sociedade onde “o culto da personalidade é aceite” e deve ser “propagado” de forma a “fabricar a obediência ao líder supremo”.

Pyongyang rejeita "categoricamente"
A Coreia do Norte nasceu depois da II Guerra Mundial. A península foi ocupada pelos Estados Unidos e pela União Soviética e dividida em dois países distintos. Ambas as Coreias reivindicam a soberania sobre toda a península e em 1950 as duas partes entraram em guerra — na verdade ainda estão, apenas está em vigor um armistício (não um acordo de paz) assinado em 1953. Na sua história de 60 anos, a Coreia do Norte teve três líderes supremos: Kim Il-sung, o seu filho Kim Jong-il e o seu neto Kim Jong-un.

Uma cópia prévia do relatório foi enviada a Kim Jong-un (que está no poder desde Dezembro de 2011) e o documento foi acompanhado por uma carta. “A Comissão deseja chamar a sua atenção para o facto de ir recomendar às Nações Unidas que refira a situação na República Democrática da Coreia do Norte ao tribunal internacional de forma a que este leve os principais responsáveis perante a justiça, incluindo o senhor que pode ser responsabilizado por crimes contra a humanidade”, diz a carta.

O regime, porém, não reagiu logo. Fê-lo agora, numa mensagem de duas páginas enviada para a agência Reuters a partir da representação diplomática que Pyongyang tem em Genebra. Diz a resposta que, na Coreia do Norte, não se passa nada. As acusações são “rejeitadas categoricamente”: “A RDCN torna mais uma vez claro que as ‘violações dos direitos humanos’ mencionadas neste documento a que chamam relatório não existem no país.”

http://www.publico.pt/mundo/noticia/onu-acusa-lideres-da-coreia-do-norte-de-cometerem-crimes-contra-a-humanidade-1624064#/8



O relatório original: http://www.ohchr.org/EN/HRBodies/HRC/CoIDPRK/Pages/ReportoftheCommissionofInquiryDPRK.aspx


Automek

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Re:Histórias fantásticas mas reais
« Responder #14 em: 2014-02-19 18:33:06 »
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A sociedade norte-coreana, diz a ONU, está organizada de acordo com uma classificação política do povo criada pelo Estado e que permanece imutável. O destino de cada cidadão está traçado à partida — é a sua classificação enquanto cidadão que determina que trabalho cada um pode desempenhar, que educação pode receber, com quem se pode casar, onde pode viver. A mobilidade social é quase inexistente. E a mobilidade geográfica não existe. Pyongyang, por exemplo, que é a capital, é uma cidade onde só entra quem o regime deixa; os cidadãos devem viver nas zonas onde nascem ou onde o Estado determina. Viajar para o estrangeiro, só fugindo — alguns conseguem, correndo o risco de as suas famílias pagaram pelo crime. Outros são apanhados e espera-os a escravatura, a tortura ou a morte.
Isto é o sonho da nossa esquerda mais radical.

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Re:Histórias fantásticas mas reais
« Responder #16 em: 2014-02-26 11:06:52 »
é alucinante

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Jornal do Uganda expõe 200 homossexuais

Depois da aprovação de leis duríssimas contra a homossexualidade, um jornal do Uganda denunciou centenas de 'gays'. Presidente acusa o ocidente de "converter" o país.
Mariana Cabral
15:58 Terça feira, 25 de fevereiro de 2014
Um dia depois do Uganda ter aprovado uma série de leis duríssimas contra a homossexualidade, um tabloide local expôs hoje duzentas pessoas como o "top 200" de homossexuais no país, com nomes e fotografias.

Um ativista local dos direitos LGBT (lésbica, gay, bissexual e transgénero) local, Pepe Julian Onziema, uma estrela pop do país e um padre católico estão entre as pessoas que foram forçadas a 'sair do armário' pelo jornal "Red Pepper".

Segunda-feira, o Presidente do Uganda aprovou uma lei que proíbe a promoção da homossexualidade e exige que os gays sejam denunciados (incluindo pela primeira vez as lésbicas).

Os atos homossexuais já eram ilegais no Uganda, mas em dezembro de 2013 o Parlamento aprovou a nova lei, que altera a prevista pena de morte para prisão perpétua em caso de crime de "homossexualidade agravada".

Homossexualidade no Uganda foi suscitada por "grupos ocidentais"

O Presidente do Uganda, Yoweri Museveni, disse após a aprovação da lei que a homossexualidade no país foi suscitada por "grupos ocidentais arrogantes e inconscientes" que vieram às escolas do país "recrutar homossexuais, converter à homossexualidade e ao lesbianismo", declarou.

O Oresidente ugandês considerou que não se é "homossexual por natureza (...) mas por escolha". Escolha que, segundo Museveni, é muitas vezes ditada pelo dinheiro, sendo numerosos homossexuais "na verdade mercenários". "São heterossexuais que se dizem homossexuais por dinheiro".

"A boca serve para comer, não para o sexo"

O Presidente do Uganda disse ainda que, além da homossexualidade, o ocidente também exporta práticas perigosas como a felação e o sexo oral em geral, que "não é saudável" e é fonte de doenças sexualmente transmissíveis.

"A boca serve para comer, não para o sexo. Sabemos qual é a morada do sexo. Essa morada (a boca) não é para o sexo", referiu Museveni, adiantando: "Vocês põem a boca lá e podem ficar com vermes e eles entram no vosso estômago, porque é a morada errada".

Museveni assegurou ainda não estar preocupado com as consequências da lei para as relações internacionais do Uganda, apesar das inúmeras críticas que surgiram.

A alta comissária da ONU para os Direitos Humanos, Navi Pillay, criticou duramente a lei, que "institucionaliza a discriminação contra os homossexuais e pode incentivar o assédio e a violência contra as pessoas devido à sua orientação sexual".

"Esta peça de legislação profundamente ofensiva é uma afronta aos Direitos Humanos de todos os ugandeses e nunca deveria ter chegado tão longe", disse também Michelle Kagari, diretora adjunta para África da Amnistia Internacional.

Há uma semana, o Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, advertiu o seu homólogo ugandês de que as relações entre os dois países podiam piorar se este aprovasse a lei antigay. Os Estados Unidos têm dado nos últimos anos ao Uganda mais de 400 milhões de dólares (291 milhões de euros) por ano.



Ler mais: http://expresso.sapo.pt/jornal-do-uganda-expoe-200-homossexuais=f857886#ixzz2uQPyEWwh

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Re:Histórias fantásticas mas reais
« Responder #17 em: 2014-03-08 02:25:33 »
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Nesta sala de cinema os filmes são para ver em biquíni

Fábrica abandonada em Amesterdão disponibiliza banheiras de água quente aos clientes

Por: Redacção / CM     |   2014-03-07 20:13

FOTOS: http://www.tvi24.iol.pt/fotos/1/347095 

Uma fábrica abandonada em Amesterdão, na Holanda, foi transformada numa sala de cinema, no mínimo, original.

O «Hot Tub Movie Club» (Clube de cinema em água quente) é, como o nome indica, um espaço alternativo com banheiras onde os clientes podem assistir a um filme dentro de água, em biquíni.
« Última modificação: 2014-03-08 02:26:01 por Batman »

Incognitus

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Re:Histórias fantásticas mas reais
« Responder #18 em: 2014-03-08 14:57:53 »
Por vezes não se consegue à primeira ... fica a carta de rejeição enviada a Bono, dos U2, em 1979.


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Re:Histórias fantásticas mas reais
« Responder #19 em: 2014-03-08 19:09:06 »
É engraçado ver estas histórias de grandes cantores, escritores ou jogadores de futebol que foram 'despachados' no início das carreiras.