O conceito de disgenia, tal como o autor o coloca, é correcto. Há uma tendência disgénica à medida que a civilização progride. As pressões da selecção natural ficam muito diferentes do que eram no passado ancestral, e assim o nosso genoma vai acumulando mutações genéticas deletérias, que dantes seriam eliminadas pela selecção natural, e que agora já não o são, devido às melhorias da medicina, bem estar, alimentação, higiene, etc.
Até aqui tudo bem.
O problema é quando se tenta aplicar esta teoria ao QI. O QI é lixo comparado com as coisas que contam para a evolução. Uma pessoa tem um certo QI, treina-se nos testes, e sobe-o. Bebe uns copos, ele desce. Toma certos estimulantes ele sobe. E a média de QI das populações tem aumentado muito no último século -- efeito Flynn. Por isso o QI mostra ser tão volátil, que é óbvio que o tal processo disgénico acima citado, que só faz efeito a longo prazo, é ultrapassado pelos factores culturais e ambientais.