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Autor Tópico: As metas do Socialismo Capitalista  (Lida 3240 vezes)

Vanilla-Swap

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As metas do Socialismo Capitalista
« em: 2014-01-11 10:37:54 »
Portugal não é o mesmo depois da troika e qualquer novo líder socialista vai ter que esquecer o socialismo do pós 25 de Abril, a ideologia socialista tem que se adaptar ao mercado e não o mercado aos velhos tempos socialistas, para isso o partido socialista tem que encarar a realidade do mercado capitalista, palavras como : produtividade, salários, greves lutas sociais, são tudo obras do capitalismo, o partido socialista tem que enfrentar todos estas palavras capitalistas e não cair na manobra do estado é tudo e calem -se.

A herança da troika e a politica europeia exige uma nova redefinição das suas metas e eu não sou ideólogo do partido socialista, mas o partido socialista tem que renovar os seus quadros para conseguir habituar ao capitalismo.

Vanilla-Swap

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Re:As metas do Socialismo Capitalista
« Responder #1 em: 2014-01-11 17:14:25 »
Muitos socialistas pouco percebem de socialismo,

Este artigo é excelente.

http://bataillesocialiste.wordpress.com/paginas-em-portugues/1955-sobre-o-conteudo-do-socialismo-castoriadis/

Do texto

"Fora da fábrica, o trabalhador vê também os socialistas e os comunistas participarem de governos capitalistas, sem que disto resulte alguma modificação em sua condição; e ele os vê se associarem, tanto em 1936 quanto em 1945, quando sua classe quer agir e o regime está em situação desesperadora, para interromper o movimento e salvar este regime, proclamando que é preciso saber encerrar uma greve", que é preciso "produzir primeiro e reivindicar depois"."

do texto

"Se um comerciante, para me vender sua mercadoria, me conta histórias e tenta me persuadir que é do meu interesse comprá-la, posso dizer que ele me engana, mas não que ele me trai. Do mesmo modo, o partido socialista ou estalinista, ao tentar persuadir o proletariado de que representam os seus interesses, enganam-no, mas não o traem; eles traíram o proletariado de uma vez por todas, há muito tempo, e, depois disto, não são traidores da classe operária, mas servidores conseqüentes e fiéis de outros interesses, os quais é preciso determinar."

DO TEXTO

Uma vez abandonada a tática trotskista, era fácil ver, utilizando categorias marxistas fundamentais, que a sociedade russa é uma sociedade dividida em classes, entre as quais as duas fundamentais são a burocracia e o proletariado. A burocracia exerce o papel de classe dominante e exploradora no pleno sentido do termo. Não se trata apenas do fato de ela ser uma classe privilegiada, cujo consumo improdutivo absorve uma parte do produto social comparável (provavelmente superior) ao que absorve o consumo improdutivo da burguesia nos países de capitalismo privado. E ela que comanda soberanamente a utilização do produto social total, primeiramente determinando a sua repartição em salários e mais-valia (ao mesmo tempo em que tenta impor aos operários os salários mais baixos possíveis e extrair deles a maior quantidade de trabalho possível), em seguida determinando a repartição desta mais-valia entre seu próprio consumo improdutivo e novos investimentos, e, enfim, determinando a repartição destes investimentos entre os diversos setores da produção.

Mas a burocracia só pode comandar a utilização do produto social porque ela comanda também a produção. E porque ela gere a produção ao nível da fábrica que pode constantemente obrigar os trabalhadores a produzir mais pelo mesmo salário; é porque gere a produção ao nível da sociedade que pode decidir pela fabricação de canhões e de sedas em vez de moradias ou tecidos de algodão. Constata-se pois que a essência, o fundamento da dominação da burocracia sobre a sociedade russa é o fato de que ela domina no interior das relações de produção; ao mesmo tempo, constata-se que esta mesma função foi sempre a base da dominação de uma classe sobre a sociedade. Dito de outra maneira, a essência efetiva das relações de classe na produção é sempre a divisão antagônica dos participantes da produção em duas categorias fixas e estáveis, dirigentes e executantes. O resto diz respeito aos mecanismos sociológicos e jurídicos que garantem a estabilidade da classe dirigente; tais são propriedade feudal da terra, a propriedade privada capitalista ou esta estranha forma de propriedade privada, impessoal, do capitalismo atual; tais são, na Rússia, a ditadura totalitária do organismo que exprime os interesses gerais da burocracia, o partido "comunista", e o fato de que o recrutamento dos membros da classe dominante se faz por uma cooptação que se estende à escala da sociedade global."

Esta é para o Dr Louça

do Texto

Com relação à argumentação de Trotsky, para quem a burocracia não é classe dominante porque os privilégios burocráticos não são transmissíveis hereditariamente, basta lembrar: 1º) que a transmissão hereditária não é absolutamente um elemento necessário da categoria classe dominante; 2º) que, de fato, o caráter hereditário de membro da burocracia (não certamente de tal situação burocrática particular) é evidente; basta uma medida como a não-gratuidade do ensino secundário (estabelecida em 1936), para instaurar um mecanismo sociológico inexorável que assegura que somente os filhos de burocratas poderio ingressar na carreira burocrática. Além de tudo isto, o fato de que a burocracia queira tentar (através de bolsas de estudo ou de seleção por "mérito absoluto") atrair para si os talentos que nascem no seio do proletariado ou do campesinato, não somente não contradiz mas sobretudo confirma o seu caráter de classe exploradora; mecanismos análogos existiram desde sempre nos países capitalistas e sua função social é de revigorar através de sangue novo a classe dominante, de melhorar em parte as irracionalidades que resultam do caráter hereditário das funções dirigentes e de mutilar as classes exploradas corrompendo os seus elementos mais bem dotados.
« Última modificação: 2014-01-11 17:46:52 por Vanilla-Swap »

Vanilla-Swap

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Re:As metas do Socialismo Capitalista
« Responder #2 em: 2014-01-11 18:04:24 »
A Dama de Ferro sobre o socialismo

Margaret Thatcher on Socialism

Vanilla-Swap

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Re:As metas do Socialismo Capitalista
« Responder #3 em: 2014-01-11 18:32:37 »
Lech Valesa

"Vou implantar o Socialismo no Brasil", diz Lula à Walesa

valves1

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Re:As metas do Socialismo Capitalista
« Responder #4 em: 2014-01-11 20:07:31 »
O PS ate poderia ser bastante util se pudesse convencer os seus amigos internacionais a suavizar o ajustamento economico que Portugal tem que fazer; Nao o conseguindo torna-se bastante inutil e caro como alias todos os outros partidos;
"O poder só sobe a cabeça quando encontra o local vazio."

Smog

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Re:As metas do Socialismo Capitalista
« Responder #5 em: 2014-01-11 22:00:49 »
Advogas o causa de um único partido em Portugal?
wild and free

valves1

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Re:As metas do Socialismo Capitalista
« Responder #6 em: 2014-01-11 22:28:39 »
eu advogo que as pessoas se organizem de uma forma muito  menos onerosa para o conjunto da populacao;
Os partidos existente sao muito caros e sao muito responsaveis pelo atual estado de coisas;
Portugal nao tem economia para ter 4 partidos / organizacoes  a sacar via estado  a custa de todos os outros sem a coisa descambar para o abismo
eu so mais apologista de uma democracia low cost  com um estado e empresas publicas com pessoas despartidarizadas;
Portugal num futuro muito breve  arrisca-se a ser um pais de partidos/quintais  feito para  partidos  ou quintais se nao o e atualmente;
 ate eleger-se os governantes por sorteio seria  melhor do que esta a acontecer agora;
« Última modificação: 2014-01-12 09:39:15 por valves1 »
"O poder só sobe a cabeça quando encontra o local vazio."

Smog

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Re:As metas do Socialismo Capitalista
« Responder #7 em: 2014-01-11 23:00:19 »
eu advogo que as pessoas se organizem de uma forma muito  menos onerosa para o conjunto da populacao;
Os partidos existente sao muito caros e sao muito responsaveis pelo atual estado de coisas;
Portugal nao tem economia para ter 4 partidos / organizacoes  a sacar via estado  a custa de todos os outros sem a coisa descambar para o abismo
eu so mais apologista de uma democracia low cost  com um estado e empresas publicas com pessoas despartidarizadas;
Portugal arrisca-se a ser um pais de partidos/quintais  feito para os partidos  ou quintais num futuro muito breve
se nao o e atualmente
ate eleger-se os governantes por sorteio seria  melhor do que esta a acontecer agora;

mas é o custo da democracia valves.
wild and free

valves1

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Re:As metas do Socialismo Capitalista
« Responder #8 em: 2014-01-12 10:14:30 »
coitadas das pessoas ...
"O poder só sobe a cabeça quando encontra o local vazio."

jeab

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Re:As metas do Socialismo Capitalista
« Responder #9 em: 2014-01-12 10:36:21 »
eu advogo que as pessoas se organizem de uma forma muito  menos onerosa para o conjunto da populacao;
Os partidos existente sao muito caros e sao muito responsaveis pelo atual estado de coisas;
Portugal nao tem economia para ter 4 partidos / organizacoes  a sacar via estado  a custa de todos os outros sem a coisa descambar para o abismo
eu so mais apologista de uma democracia low cost  com um estado e empresas publicas com pessoas despartidarizadas;
Portugal arrisca-se a ser um pais de partidos/quintais  feito para os partidos  ou quintais num futuro muito breve
se nao o e atualmente
ate eleger-se os governantes por sorteio seria  melhor do que esta a acontecer agora;

mas é o custo da democracia valves.

Isto não é uma democracia, é uma ditadura partidária.

1 - Em democracia, quem governa, governa com sentido de beneficiar a maioria dos concidadãos, mesmo que possa prejudicar uma minoria.
     No sistema partidário vigente, governa-se para beneficiar os poucos do partido em detrimento da maioria.

2 - Em democracia, os governantes são responsabilizados pela sua governação, sendo penalizados se tiram proveito próprio e/ou cometem ilegalidades
     No sistema partidário vigente, toda a gente sabe quem roubou o quê, mas não se consegue responsabilizar nenhum politico.

Como não é do interesse ao sistema partidário vigente mudar seja o que fôr, não podia deixar que a contestação tomasse grandes proporções e assim teve que, ao longo dos anos, concordar com as benesses reivindicadas, que básicamente se resumiram a duas coisas:
- menos trabalho
- mais salário
nem que isso nos levasse a um endividamento de proporções estúpidas e impagáveis.

Como, quem empresta, está a ficar farto, é uma questão de tempo este sistema cair ... a interrogação é saber qual o sistema que o irá substituir  :)
O Socialismo acaba quando se acaba o dinheiro - Winston Churchill

Toda a vida política portuguesa pós 25 de Abril/74 está monopolizada pelos partidos políticos, liderados por carreiristas ambiciosos, medíocres e de integridade duvidosa.
Daí provém a mediocridade nacional!
O verdadeiro homem inteligente é aquele que parece ser um idiota na frente de um idiota que parece ser inteligente!

valves1

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Re:As metas do Socialismo Capitalista
« Responder #10 em: 2014-01-12 19:28:37 »
Sim esse e um dado importante o Status quo vigente depende de dinhero de  fora para continuar
 
"O poder só sobe a cabeça quando encontra o local vazio."