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Autor Tópico: 2013 - o pior ano da minha vida  (Lida 29745 vezes)

pereira

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Re:2013 - o pior ano da minha vida
« Responder #40 em: 2013-12-26 16:23:18 »
Noutro dia fui ao Delegado de Saude da minha área e para meu azar calhou-me ir no dia de juntas médicas. Estava cheio de gente com os mais diversos problemas, basicamente para serem avaliados quanto à percentagem de incapacidade.

Após essa avaliação é impresso um atestado com selo branco que cada pessoa entrega na segurança social para obter os mais diversos beneficios a que terá direito, consoante a respetiva incapacidade, e uma cópia para a pessoa declarar no IRS do ano seguinte.

Estavam lá os casos mais diversos, desde amputados a doentes cancerosos, passando por pessoas com problemas de foro mental, etc etc. Alguns sozinhos, outros acompanhados por familiares vi lá de tudo enquanto esperava.

Não fazia ideia mas de facto a Segurança Social ainda assegura uns quantos benefícios a quem se mexa. Dizia-me a empregada administrativa que os benefícios podem ser ao nivel de subsídio, isenção de taxas moderadoras, taxas bonificadas em créditos habitação (?), desconto ou mesmo isenção no imposto automóvel, etc etc.

Não sei se isto se aplicará ao caso do teu pai, mas não custa nada dares um salto ao delegado do tua área e questionar.

Boa sorte!

Zenith

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Re:2013 - o pior ano da minha vida
« Responder #41 em: 2013-12-26 16:46:55 »
O dilema e grande equação de 2014 para resolver  :-\

O estado debilitado do meu pai obriga a uma pessoa permanente em casa para tomar conta dele, neste momento sou eu (mas ja estou a dar em doido), minha mae para vir para o meu lugar teria de se reformar mas com isso perderia 35% ou mais  do valor que ganha agora.
Caso isso acontecesse, ela ficaria com ele e eu ja poderia reiniciar a minha vida, mas não consigo arranjar nada onde me paguem mais que o ordenado mínimo  :o e sem contar a deslocação em gasolina (cerca de 200€) ou seja menos de metade do que a minha mae ganha neste momento.
Este ano conseguimos pagar todas as contas mas todos os meses é chapa/ganha - chapa/gasta, muito por causa da prestação da hipoteca da casa (garantia no negocio ), se a minha mae vier para o meu lugar e eu ganhar o ordenado mínimo nao fazemos face as despesas com a hipoteca (depois de tantos anos sacrifico não posso nem pensar nisso) , pagar a alguém para ficar no nosso lugar além de complicado é caro ....minha mae não se quer reformar, eu estou a fazer tilt de tanto estar em casa e me sentir inútil ...resolver esta equação sera minha prioridade o ano que vem so nao sei como ou com um milagre  :o e antes de eu próprio colapsar  :(

Umas boas entradas a todos e mais uma vez obrigado.

Ps: nunca pensei algum dia chegar a isto  :'(

Acho que estás numa situação de bloqueio, em que a ansiedade te impede de tomar decisões racionais.
Acho que deves aproveitar os fns de semana em que imagino tua mãe está para te libertares e descomprimires.  Com um fim de semana longe da situação do dia a  dia consegues pensar melhor, analisar as alternativas que já foram colocadas por outros, ter uma atitude mais distante e racional ao planear o que vais fazer, e logo no incicio da semana dirigires-te ás tais instituições. Podes ter que bater a várias portas podes ter respostas que há qualquer coisa que não se enquadra, mas se tiveres pensado bem podes contra-argumentar, exigir falar com superiores e isso pelo menos fará que deixes de ter aquele sentimento desagradável de impotência e inutilidade.

Happy_TheOne

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Re:2013 - o pior ano da minha vida
« Responder #42 em: 2013-12-26 17:56:03 »
Noutro dia fui ao Delegado de Saude da minha área e para meu azar calhou-me ir no dia de juntas médicas. Estava cheio de gente com os mais diversos problemas, basicamente para serem avaliados quanto à percentagem de incapacidade.

Após essa avaliação é impresso um atestado com selo branco que cada pessoa entrega na segurança social para obter os mais diversos beneficios a que terá direito, consoante a respetiva incapacidade, e uma cópia para a pessoa declarar no IRS do ano seguinte.

Estavam lá os casos mais diversos, desde amputados a doentes cancerosos, passando por pessoas com problemas de foro mental, etc etc. Alguns sozinhos, outros acompanhados por familiares vi lá de tudo enquanto esperava.

Não fazia ideia mas de facto a Segurança Social ainda assegura uns quantos benefícios a quem se mexa. Dizia-me a empregada administrativa que os benefícios podem ser ao nivel de subsídio, isenção de taxas moderadoras, taxas bonificadas em créditos habitação (?), desconto ou mesmo isenção no imposto automóvel, etc etc.

Não sei se isto se aplicará ao caso do teu pai, mas não custa nada dares um salto ao delegado do tua área e questionar.

Boa sorte!

Já teve a isenção das taxas moderadoras e despesas medicas durante 5 anos :)
Obrigado na mesma ...eu sequer asseguram muita coisa mas também asseguram o que não deve ....mas é outra conversa ...

Zenith, para isso era preciso que tivesse €€€€€ como sair daqui um fim‑de‑semana todo :(, bem que gostava :) se isto tivesse acontecer mas sem a falência as coisas eram diferentes ...mas veio tudo no mesmo barco :(
Se não fosse o ténis já tinha mesmo dado em doido ....

Ja vi e revi todas as soluções e ja percebi tenho de aguentar que fique bom daqui 1 ano e possa refazer a vida dele  ... :-\ ou a reforma da minha mae.... senão depois terei que tomar alguma decisão radical

« Última modificação: 2013-12-26 17:59:45 por Happy_one »

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Re:2013 - o pior ano da minha vida
« Responder #43 em: 2013-12-26 19:09:23 »
O melhor mesmo seria conseguires arranjar uma ocupação, de forma a desanuviar a cabeça durante algum tempo.

Pereira, doença oncológica não dá direito a ter juros bonificados no empréstimo à habitação ou isenção do imposto automóvel. São só aplicadas às pessoas portadoras de deficiências físicas.
“Our values are human rights, democracy and the rule of law, to which I see no alternative. This is why I am opposed to any ideology or any political movement that negates these values or which treads upon them once it has assumed power. In this regard there is no difference between Nazism, Fascism or Communism..”
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Joao-D

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Re:2013 - o pior ano da minha vida
« Responder #44 em: 2013-12-26 19:30:17 »
Se for uma pessoa com cancro há um subsídio de doença que se pode requerer.
Uma outra possibilidade é o RSI - rendimento social de inserção... e deve haver outras ajudas possíveis que se desconhecem.
Como já foi escrito, requerer ajuda aos serviços competentes parece ser a melhor decisão.

Citar
DIREITOS DAS PESSOAS COM CANCRO
Protecção na doença
Comummente designadas por “baixa” ou por “subsídio de doença”, a Segurança Social assegura a atribuição de prestações destinadas a compensar a perda de remuneração em virtude de situações de incapacidade temporária para o trabalho.

A incapacidade temporária para o trabalho é certificada através de documento próprio (CIT – Certificado de Incapacidade Temporária). O CIT deve ser emitido por médico do Serviço Nacional de Saúde.

Durante o período de incapacidade:

o recebimento do subsídio de doença não é acumulável com o recebimento de outras prestações compensatórias da perda de remuneração de trabalho (excepto com o RSI - rendimento social de inserção ou com indemnizações ou pensões em casos de doença profissional ou de acidente de trabalho);
a efectiva incapacidade temporária para o trabalho poderá ser objecto de confirmação oficiosa ou por iniciativa do empregador;
os beneficiários têm o dever de comparecer aos exames médicos para os quais forem convocados e, regra geral, não podem ausentar-se do local onde estão a ser “tratados”.
O período máximo de concessão do subsídio de doença é de 1095 dias ou de 365 dias, consoante se trate, respectivamente, de trabalhadores por conta de outrem ou de trabalhadores independentes.

Informação legal:

Regime Jurídico da Protecção Social na Doença: Decreto-Lei 28/2004, de 4 de Fevereiro – com as alterações dos Decretos-Lei 146/2005, de 26 de Agosto e 302/2009, de 22 de Outubro;
Regulamento de procedimentos de aplicação do Regime Jurídico da Protecção Social na Doença: Portaria 337/2004, de 31 de Março
http://www.roche.pt/sites-tematicos/infocancro/index.cfm/apoio/dpc/dpc-subsidio-doenca/

Happy_TheOne

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Re:2013 - o pior ano da minha vida
« Responder #45 em: 2013-12-26 19:52:56 »
O melhor mesmo seria conseguires arranjar uma ocupação, de forma a desanuviar a cabeça durante algum tempo.

Pereira, doença oncológica não dá direito a ter juros bonificados no empréstimo à habitação ou isenção do imposto automóvel. São só aplicadas às pessoas portadoras de deficiências físicas.

Tens toda a razão era o que o trading fazia antes além de pagar contas, mas nem isso agora   >:( :( :'(

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Re:2013 - o pior ano da minha vida
« Responder #46 em: 2013-12-26 19:55:17 »
O teu pai foi tratado num IPO ou noutro hospital?

Tentar falar com algum assistente social dessa unidade de saúde, eles devem compreender melhor os cuidados que ele necessita e talvez te ajudem com a solução.

Foi nos HUC.

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Re:2013 - o pior ano da minha vida
« Responder #47 em: 2013-12-26 20:08:05 »
O subsidio por assistência a 3 pessoa esta excluído também pelas condições impostas  >:(

Resta esperar que melhor para ja ou o tal milagre:(


Eu não sei o que se aplica à situação do teu pai mas acho que se te dirigires à segurança social ou falares com um(a) assistente social terás uma resposta. Eu penso que junto da junta de freguesia informam-te como podes falar com uma assistente social. Se necessitas de ajuda deves pedir.

Atendimento para pessoas com necessidades especiais
http://www4.seg-social.pt/atendimento-para-pessoas-com-necessidades-especiais

Atendimento para Pessoas com Necessidades
Especiais

http://www4.seg-social.pt/atendimento-para-pessoas-com-necessidades-especiais?p_p_id=56_INSTANCE_a5AA&p_p_lifecycle=1&p_p_state=exclusive&p_p_mode=view&p_p_col_id=column-1&p_p_col_count=1&_56_INSTANCE_a5AA_struts_action=%2Fjournal_content%2Fexport_article&_56_INSTANCE_a5AA_groupId=10152&_56_INSTANCE_a5AA_articleId=271087&_56_INSTANCE_a5AA_targetExtension=pdf


Linha do Cidadão Idoso
Telefone: 800 203 531
Horário: Dias úteis  das 09h30 às 17h30
Serviço: A todos os idosos que necessitem de informações sobre: Saúde, Segurança Social, Habitação, Equipamentos, Serviços e Tempos Livres.
Entidade: Provedor de Justiça

Atendimento telefónico da Segurança Social
 Ligue 808 266 266
(número azul, custo de chamada local)
Estrangeiro +351 210 495 280
Horário: dias úteis das 9h00 às 17h00


Obrigado João-D, vou ser mesmo sincero, nao esperava o teu empenho neste assunto depois de alguns post mais agrestes, subiste muito na minha consideração, obrigado do fundo do coracao ( e desculpa qualquer coisa).
O meu pai esta reformado, logo por ai perde a maior parte das ajudas, depois o agregado recebe mais do que um e meio IAS(412.29€), dai exclui todos os outras ajudas e a minha mae empregada ganha bem.
A única ajuda foi a taxas de moderação e despesas hospitalares por ser doente oncológico, a solução e mesmo a minha mae reformar-se e ficar com ele mas sem perda valor no agregado ate eu conseguir um rendimento que assuma a hipoteca dos meus erros.

Obrigado a todos.
« Última modificação: 2013-12-26 20:27:29 por Happy_one »

Joao-D

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Re:2013 - o pior ano da minha vida
« Responder #48 em: 2013-12-26 21:33:39 »
Se é reformado acho que pode requerer o complemento por dependência, que já tinha colocado.
Como eu disse acho é melhor falar com um assistente social para ver o que se tem direito.

Citar
Complemento por dependência
O complemento por dependência é atribuído aos pensionistas dos regimes de segurança social que se encontrem em situação de dependência. Uma pessoa idosa quando não está na posse de todas as suas faculdades torna-se dependente do auxílio de outros. Desta forma, esta pensão constitui um apoio a todos os que se encontram nestas circunstâncias. Consideram-se em situação de dependência os pensionistas que não possam praticar com autonomia os atos indispensáveis à satisfação das necessidades básicas da vida quotidiana, nomeadamente os relativos à realização dos serviços domésticos, à locomoção e cuidados de higiene, precisando da assistência de outrem. 
Os montantes do Complemento por Dependência correspondem a uma percentagem do valor da Pensão Social e variam escalonados de acordo com o grau de dependência do beneficiário.


Este link parece que tem uma questão similar à tua, e tem depois uma boa resposta do que se pode fazer.
http://sabiasque.pt/forum/23-apoio-ao-idoso/7038-subsidios-de-assistencia.html

Através do motor de busca do google é simples procurar coisas...

Elder

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Re:2013 - o pior ano da minha vida
« Responder #49 em: 2013-12-26 21:45:03 »
Pelo que entendo, a tua familia teria um negócio em que deram como colateral do empréstimo à banca a vossa casa. O negócio correu mal, declararam insolvência e agora o banco quer vos executar a hipoteca da casa para pagar as dívidas. Entretanto, devem ter pago as prestações em atraso com as vossas poupanças, para manter a casa. Isto para além dos problemas de saúde. E tudo por causa de um negócio. Em Portugal não vale a pena ter negócios.

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Re:2013 - o pior ano da minha vida
« Responder #50 em: 2013-12-27 10:34:14 »
Em Portugal não vale a pena ter negócios.

somos mesmo um País fraquinho.

alguém sabe do Batman ? se este ano conseguiu passar o Natal com as filhas ?

Smog

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Re:2013 - o pior ano da minha vida
« Responder #51 em: 2013-12-27 13:05:33 »
A minha mãe vive em casa mas passa o dia num lar onde tem assistência sobretudo médica. Talvez possas encontrar um lugar onde ele passe o dia. Já te libertava para poderes trabalhar.
wild and free

Happy_TheOne

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Re:2013 - o pior ano da minha vida
« Responder #52 em: 2013-12-27 18:04:47 »
A minha mãe vive em casa mas passa o dia num lar onde tem assistência sobretudo médica. Talvez possas encontrar um lugar onde ele passe o dia. Já te libertava para poderes trabalhar.

Meu pai nao pode estar em contacto em sítios com muita gente, muito menos hospitais, lares, etc onde existem todo do tipo de bactérias ...., mas obrigado.

Smog

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Re:2013 - o pior ano da minha vida
« Responder #53 em: 2013-12-28 12:39:15 »
A minha mãe vive em casa mas passa o dia num lar onde tem assistência sobretudo médica. Talvez possas encontrar um lugar onde ele passe o dia. Já te libertava para poderes trabalhar.

Meu pai nao pode estar em contacto em sítios com muita gente, muito menos hospitais, lares, etc onde existem todo do tipo de bactérias ...., mas obrigado.
é pena. Bom ano Happy.
wild and free

vdap

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Re:2013 - o pior ano da minha vida
« Responder #54 em: 2013-12-30 10:33:35 »
Olá Happy,

Não costumo vir a esta secção do fórum, daí o teu post me ter passado despercebido até ao momento.

Antes de mais os meus parabéns pela coragem, por conseguires expores tudo o que te vai na alma aqui no fórum. Em Segundo apenas quero deixar uma palavra de apoio, à semelhança dos outros membros, não te conseguirei dar respostas ou soluções para a tua vida.

A vida somos nós que a fazemos. Eu quando trabalhei em Braga como consultor; Um empresário com a empresa num processo de insolvência dizia o seguinte: "Deus só dá coisas difíceis a quem tem força para as resolver, por vezes as pessoas é que se amedrontam" (As palavras não eram bem estas, aqui no norte os palavrões são usados como virgulas, e ele utilizava muitas virgulas).

Mas a mensagem é esta, (não é para te dedicares à igreja),mas sim para não te amedrontares perante os desafios.

O medo neste caso deve ser utilizado como adrenalina.

Se o mundo te virou as costas, volta tu também as costas ao mundo revolta-te pensa onde te podes inserir, como podes trabalhar a partir de casa, tens tempo para estudar (investigar assuntos de nicho) já que estás em casa com acesso à internet. O que é que a tua terra produz que possas vender no mundo? Porque é que abriste insolvência? como podes ajudar outros do mesmo ramo a não passar pelo mesmo? porque não fazer um blog, sobre insolvências? Ganhar com publicidade? investiga produtos da tua terra tailor made, porque não fazer um shop no facebook com estes produtos?

No inicio dá trabalho, vais encontrar 1001 razões para desistir, o segredo está em encontrar 1002 razões para continuar.

Quanto ao teu Pai, desejo as melhoras, espero que tudo corra pelo melhor.

Um Grande Abraço,
The duty of a patriot is to protect his country from its government

pal

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Re:2013 - o pior ano da minha vida
« Responder #55 em: 2013-12-30 16:06:27 »
 Somos de facto uma grande Família! Continuaremos a estar nos bons e nos maus momentos.
 Muita sorte para o teu pai Happy e que a tua perseverança nunca se esgote.
Tu és fraco ou quê ??  Nas nossas vidas temos que chegar a ser Heróis, fazer tudo por conquistar esse troféu!

Bom caminho!

Abraços e sorte para o novo ano que aí espreita
PAL


PAL

Happy_TheOne

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Re:2013 - o pior ano da minha vida
« Responder #56 em: 2014-01-19 16:27:46 »
Hoje disseram me esta frase  ;) ;D

Quando alguém pensar que é um falhado na vida que meta esta frase na cabeça: que foi o espermatozóide mais rápido e a competição era imensa e ganhou!!!

Happy_TheOne

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Re:2013 - o pior ano da minha vida
« Responder #57 em: 2014-02-21 01:20:25 »
Após um tempo de negação, nao aceitação, revolta, frustacao, desilusão .....chega a hora da  compreensão  e aceitação, mas ainda falta a mais dificil para mim :(

Deixo este belíssimo texto ...que nos faz a todos pensar  :-\

TODO FILHO É PAI DA MORTE DE SEU PAI

" Há uma quebra na história familiar onde as idades se acumulam e se sobrepõem e a ordem natural não tem sentido: é quando o filho se torna pai de seu pai.

É quando o pai envelhece e começa a trotear como se estivesse dentro de uma névoa. Lento, devagar, impreciso.

É quando aquele pai que segurava com força nossa mão já não tem como se levantar sozinho. É quando aquele pai, outrora firme e instransponível, enfraquece de vez e demora o dobro da respiração para sair de seu lugar.

É quando aquele pai, que antigamente mandava e ordenava, hoje só suspira, só geme, só procura onde é a porta e onde é a janela - tudo é corredor, tudo é longe.

É quando aquele pai, antes disposto e trabalhador, fracassa ao tirar sua própria roupa e não lembrará de seus remédios.

E nós, como filhos, não faremos outra coisa senão trocar de papel e aceitar que somos responsáveis por aquela vida. Aquela vida que nos gerou depende de nossa vida para morrer em paz.

Todo filho é pai da morte de seu pai.

Ou, quem sabe, a velhice do pai e da mãe seja curiosamente nossa última gravidez. Nosso último ensinamento. Fase para devolver os cuidados que nos foram confiados ao longo de décadas, de retribuir o amor com a amizade da escolta.

E assim como mudamos a casa para atender nossos bebês, tapando tomadas e colocando cercadinhos, vamos alterar a rotina dos móveis para criar os nossos pais.

Uma das primeiras transformações acontece no banheiro.

Seremos pais de nossos pais na hora de pôr uma barra no box do chuveiro.

A barra é emblemática. A barra é simbólica. A barra é inaugurar um cotovelo das águas.

Porque o chuveiro, simples e refrescante, agora é um temporal para os pés idosos de nossos protetores. Não podemos abandoná-los em nenhum momento, inventaremos nossos braços nas paredes.

A casa de quem cuida dos pais tem braços dos filhos pelas paredes. Nossos braços estarão espalhados, sob a forma de corrimões.

Pois envelhecer é andar de mãos dadas com os objetos, envelhecer é subir escada mesmo sem degraus.

Seremos estranhos em nossa residência. Observaremos cada detalhe com pavor e desconhecimento, com dúvida e preocupação. Seremos arquitetos, decoradores, engenheiros frustrados. Como não previmos que os pais adoecem e precisariam da gente?

Nos arrependeremos dos sofás, das estátuas e do acesso caracol, nos arrependeremos de cada obstáculo e tapete.

E feliz do filho que é pai de seu pai antes da morte, e triste do filho que aparece somente no enterro e não se despede um pouco por dia.

Meu amigo José Klein acompanhou o pai até seus derradeiros minutos.

No hospital, a enfermeira fazia a manobra da cama para a maca, buscando repor os lençóis, quando Zé gritou de sua cadeira:e

— Deixa que eu ajudo.

Reuniu suas forças e pegou pela primeira vez seu pai no colo.

Colocou o rosto de seu pai contra seu peito.

Ajeitou em seus ombros o pai consumido pelo câncer: pequeno, enrugado, frágil, tremendo.

Ficou segurando um bom tempo, um tempo equivalente à sua infância, um tempo equivalente à sua adolescência, um bom tempo, um tempo interminável.

Embalou o pai de um lado para o outro.

Aninhou o pai.

Acalmou o pai.

E apenas dizia, sussurrado:

— Estou aqui, estou aqui, pai!

O que um pai quer apenas ouvir no fim de sua vida é que seu filho está ali. "


Jérôme

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Re:2013 - o pior ano da minha vida
« Responder #58 em: 2014-02-21 01:58:18 »
Forte abraço Happy.

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Re:2014 - será um melhor ano da tua vida !
« Responder #59 em: 2014-02-21 09:40:56 »
Em Portugal não vale a pena ter negócios.

somos mesmo um País fraquinho.

alguém sabe do Batman ? se este ano conseguiu passar o Natal com as filhas ?

Olá PVG......sim este ano vieram passar comigo a Passagem d'ano....

...foi muito bom.....estão crescidas.....17 e 14....e qualquer dia já não vão ter "tempo" para mim....eh,eh....


HAPPY.....coragem Homem !

Gostei muito do texto que aqui colocaste.....

És um bom filho...além de Pai...

Sei muito bem do que falas...

Um grande abraço !
« Última modificação: 2014-02-21 09:42:12 por Batman »