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Autor Tópico: Redistribuição de rendimento  (Lida 80997 vezes)

vbm

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Re:Redistribuição de rendimento
« Responder #200 em: 2015-04-01 11:48:44 »
Ou seja, que essa desigualdade já existia, não se  agravou.
E deduz ele daí que ela é sustentável e benéfica? Prova-o?

Não deduz, nem prova. Antes, o que noto, é a necessidade
de provocar uma grande descapitalização dos fundos de
pensões através do facilitismo da emissão monetária
e, enquanto isso não atinge o pleno, e no receio
do aforro-precaução dos que trabalham,
impõe juros negativos no depósitos
com garantia de devolução!

Logo, o sistema não está mal.
Está péssimo.
« Última modificação: 2015-04-01 11:49:21 por vbm »

Incognitus

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Re:Redistribuição de rendimento
« Responder #201 em: 2015-04-01 12:31:24 »
Ou seja, que essa desigualdade já existia, não se  agravou.
E deduz ele daí que ela é sustentável e benéfica? Prova-o?

Não deduz, nem prova. Antes, o que noto, é a necessidade
de provocar uma grande descapitalização dos fundos de
pensões através do facilitismo da emissão monetária
e, enquanto isso não atinge o pleno, e no receio
do aforro-precaução dos que trabalham,
impõe juros negativos no depósitos
com garantia de devolução!

Logo, o sistema não está mal.
Está péssimo.

Se a desigualdade se mantiver então não é insustentável.

Mas de resto o próprio sistema tem encerrado em si o reequilíbrio da desigualdade. Infelizmente como o faz é via crises profundas (já que os detentores da riqueza têm que passar a consumidores da mesma, e os detentores da dívida correspondente têm que passar a produtores líquidos).

É claro, se o poder político evita essas crises profundas então o reequilíbrio não se dá e mantém-se o "status quo".

Já agora, outra coisa que elimina o desequilíbrio são os herdeiros estroinas que tendem a consumir sem produzir. Mas o povo não gosta desses. O povo tem que se decidir, portanto. (é claro que a decisão "fácil" é dizer "existe desequilíbrio, bora lá roubar" em vez de produzir para vender a esse desequilíbrio).


--------

Se pensares numa economia com 10 pessoas em vez de 10 milhões, rapidamente compreendes o que é o desequilíbrio, as várias formas de ele se voltar a equilibrar, as formas justas e injustas, etc.
« Última modificação: 2015-04-01 12:32:55 por Incognitus »
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Re:Redistribuição de rendimento
« Responder #202 em: 2015-04-01 13:29:21 »
Se a desigualdade se mantiver então não é insustentável.
_____________________________________________________

Manteve-se, mas mudou de sector. De público a privado. "Os trinta gloriosos" recompuseram-se da guerra nacionalizando indústrias e tributando altos rendimentos com o que investiram no esforço hercúleo da reconstrução do pós-guerra. Depois, optaram pelo malabarismo-soft da emissão monetária desligada de valor e os 'empreendedores' privados desataram a produzir gadgets, comprar trabalho feito à China, jogar na roleta viciada da bolsa (via grandes manipuladores do mercado), e acabam agora a depauperar pensionistas e pequenos aforradores com estrondosas falências semi-fraudulentas, semi-estúpidas.

                                                 ---- // ----

Mas de resto o próprio sistema tem encerrado em si o reequilíbrio da desigualdade. Infelizmente como o faz é via crises profundas (já que os detentores da riqueza têm que passar a consumidores da mesma, e os detentores da dívida correspondente têm que passar a produtores líquidos).
______________________________________________________________________


Essas 'crises' são bem vindas porque o saudável é consumir bens e pagar dívidas.

                                                           ---- // ----

É claro, se o poder político evita essas crises profundas então o reequilíbrio não se dá e mantém-se o "status quo".
_________________________________________________________________________


Justamente, que não  evite!
                                                            ---- // ----

Já agora, outra coisa que elimina o desequilíbrio são os herdeiros estroinas que tendem a consumir sem produzir. Mas o povo não gosta desses. O povo tem que se decidir, portanto. (é claro que a decisão "fácil" é dizer "existe desequilíbrio, bora lá roubar" em vez de produzir para vender a esse desequilíbrio).
___________________________________________________________________________

Os estroinas são parvos e o povoléu também.

                                                          ---- // ----

Se pensares numa economia com 10 pessoas em vez de 10 milhões, rapidamente compreendes o que é o desequilíbrio, as várias formas de ele se voltar a equilibrar, as formas justas e injustas, etc.
_________________________________________________________________________

É uma verdade metodológica. Os fisiocratas fizeram-no com três classes, salvo erro, os agricultores, os proprietários da terra e a classe estéril (a do comércio); Ricardo reduziu-as a duas: os trabalhadores e os capitalistas; Schumpeter, manteve a distinção entre os proprietários e os capitalistas (Ricardo também fez isso), juntou o trabalho, mas distinguiu dinamicamente o trabalho intelectual e inventivo dos inovadores, justificativo de lucros supranormais temporários. Por fim Keynes, acoimado pela estagnada depressão dos anos trinta, descobriu o Estado como investidor público e empregador, fosse útil ou não o que se investisse! Um modelo com dez pessoas, talvez se justifique mas só se for para individuar uns quantos monopolistas além do próprio Estado! (Não resisti a falar dos monopólios, lol, mas concordo que a macroeconomia vislumbra-se melhor se a simplificarmos sem a desvirtuar.)
« Última modificação: 2015-04-02 08:36:10 por vbm »

vbm

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Re: Redistribuição de rendimento
« Responder #203 em: 2015-04-29 23:00:40 »


Qualquer economia sem pleno emprego,
é nota zero para o respectivo governo;
e prova insofismável de monopólios
a explorar trabalhadores, famílias.
consumidores.
« Última modificação: 2015-04-29 23:08:18 por vbm »

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Re: Redistribuição de rendimento
« Responder #204 em: 2015-04-29 23:10:24 »
Nem por isso, se as regras impõem que tanto salários como despedimentos são rígidos.

E penso que tu concordarás com ambas as regras (dificuldade em reduzir salários, dificuldade em despedir).

Com essas regras, estar em pleno emprego acontece mais por sorte do que por qualquer outra coisa (é necessária uma expansão contínua).
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Re: Redistribuição de rendimento
« Responder #205 em: 2015-04-29 23:21:54 »
Compreendo o raio de acção que a flexibilidade laboral/salarial permite à obtenção do emprego pleno de recursos. Mas, penso que cumpre ao governo, sob cuja supervisão e coordenação económica a iniciativa privada age, completar por investimento público útil a plena exploração dos recursos disponíveis e impedir, tributar ou expropriar os sobrelucros monopolistas da economia cartelizada. Menos que o pleno e diversificado emprego total dos recursos é pura exploração do homem pelo homem e dos países deficitários pelos superavitários-monopolistas. O desequilíbrio intra-europeu das balanças comerciais comercial é inadmissível e existe por bloqueio monopolista dos países exploradores-aforradores.
« Última modificação: 2015-04-29 23:26:05 por vbm »

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Re: Redistribuição de rendimento
« Responder #206 em: 2015-04-29 23:50:10 »
Se o governo "complementar" com iniciativa pública o que falta de iniciativa privada nessas condições, daí a algum tempo não tens iniciativa privada. Isto porque o Governo para "complementar" com actividades não-lucrativas tem que ir buscar impostos a actividades lucrativas. Pelo que acabas no final com menos actividades lucrativas, menos local onde ir buscar dinheiro para sustentar actividades não-lucrativas, e menos emprego no geral. A menos que, claro, acabes também com salários muito mais baixos, de modo a que consigas ter mais trabalhadores pelo mesmo preço.

Não é solução.

As actividades monopolistas que vês por todo o lado são raras, a maioria resulta de monopólios legais, e a exploração do homem pelo homem é a única forma de gerar emprego. Isto porque para alguém contratar outra pessoa, tem que obter mais valor do que o que paga. O que é "exploração".
« Última modificação: 2015-04-29 23:51:25 por Incognitus »
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Re: Redistribuição de rendimento
« Responder #207 em: 2015-04-30 00:06:31 »
Respeito as duas objecções que apresentaste. Contorno-as, limitando a acção do governo ao nível de impostos suportável pela economia. A exploração é um nome, o facto é o trabalho combinado com os recursos naturais e tecnológicos (ambos modelados pelo engenho humano) gerar produção, que é o rendimento dos produtores. O que nos remete para a exploração real que se dá sempre que não há concorrência entre os produtores o  que possibilita aos cartelizados cobrar sobrepreços da quantidade que regulam produzir, embolsando lucros supranormais que nem conseguem  rentabilizar, vegetando a economia em volumes de emprego inferiores ao possível. Ou por tributação ou expropriação, os estados podem resolver estes cancros económicos. Quanto ao último factor de miséria que indiquei, não objectaste nada: os países com excedente comercial, querem mantê-lo ad eternum, e nada compram aos deficitários, nem neles investem recursos. Logo, não formam união europeia nenhuma, mas sim desunião crescente.

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Re: Redistribuição de rendimento
« Responder #208 em: 2015-04-30 04:49:32 »
Muitas das maiores margens são merecidas. Margens da Apple, da Microsoft, Facebook, etc.
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Re: Redistribuição de rendimento
« Responder #209 em: 2015-04-30 10:35:45 »
Muitas das maiores margens são merecidas. Margens da Apple, da Microsoft, Facebook, etc.

Se temporárias, não requerem medidas especiais, o próprio mercado secundário provoca a erosão das margens iniciais, não censuráveis, aliás.

Porém, há rendas de monopólio bem mais persistentes e substantivas, mesmo que porventura pareçam ocultar a sua natureza na dispersão dos seus beneficiários pela população em geral.

Penso, p.e., nos prédios urbanos de inúmeras famílias, cujos rendimentos e mais-valias de transacção são aliás tão vultuosos que o próprio fisco já descobriu que o melhor é ser 'rentista' também e cobra à volta de cinquenta por cento de tais ganhos.

Antigamente, pela inflação, as mais-valias monetárias eram meramente redistribuídas entre particulares, e o congelamento de rendas operava também esse efeito entre os cidadãos, inquilinos e senhorios.

Agora, com os processos deflacionários em curso, o estado 'acautela-se' tributando na origem os rendimentos e os ganhos de capital. Tudo são rendas monopolistas, deduzidos os encargos induzidos.

Mas quem cita a propriedade, urbana ou rural, pode apontar também todo e qualquer negócio (= negação de ócio = actividade produtiva, vendável, útil) a cuja entrada de novos operadores haja obstáculo. São rendas de monopólio, que subtraem rendimentos oriundos de outras fontes de produção, em troca de nada!

Claro, se me objectarem que essa «poupança forçada» financia outros empreendimentos que, esses sim, mobilizam os recursos inactivos disponíveis e promovem o pleno emprego, eu aceitá-lo-ia - embora com reservas, por os monopólios actuantes, em vez de enfraquecerem, fortalecer-se-iam -; mas não é o que vemos acontecer.

Pois os bancos limitam-se a gerir capitais de mútuo por emissão de moeda de papel, e se alguma actividade, negócio, anima é somente o de mais-valias de casino, de bolhas especulativas, a competir por moeda de papel, e negócios de esbulho de trespasse de propriedades reais já existentes, em que o que um ganha o outro perde.

E o desemprego, grassa. A inovação, cessa. A economia, regride.
Nem o estado, nem a iniciativa privada, promove um novo estado de coisas.

Incognitus

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Re: Redistribuição de rendimento
« Responder #210 em: 2015-04-30 11:52:11 »
Muitas das maiores margens são merecidas. Margens da Apple, da Microsoft, Facebook, etc.

Se temporárias, não requerem medidas especiais, o próprio mercado secundário provoca a erosão das margens iniciais, não censuráveis, aliás.

Porém, há rendas de monopólio bem mais persistentes e substantivas, mesmo que porventura pareçam ocultar a sua natureza na dispersão dos seus beneficiários pela população em geral.

Penso, p.e., nos prédios urbanos de inúmeras famílias, cujos rendimentos e mais-valias de transacção são aliás tão vultuosos que o próprio fisco já descobriu que o melhor é ser 'rentista' também e cobra à volta de cinquenta por cento de tais ganhos.

Antigamente, pela inflação, as mais-valias monetárias eram meramente redistribuídas entre particulares, e o congelamento de rendas operava também esse efeito entre os cidadãos, inquilinos e senhorios.

Agora, com os processos deflacionários em curso, o estado 'acautela-se' tributando na origem os rendimentos e os ganhos de capital. Tudo são rendas monopolistas, deduzidos os encargos induzidos.

Mas quem cita a propriedade, urbana ou rural, pode apontar também todo e qualquer negócio (= negação de ócio = actividade produtiva, vendável, útil) a cuja entrada de novos operadores haja obstáculo. São rendas de monopólio, que subtraem rendimentos oriundos de outras fontes de produção, em troca de nada!

Claro, se me objectarem que essa «poupança forçada» financia outros empreendimentos que, esses sim, mobilizam os recursos inactivos disponíveis e promovem o pleno emprego, eu aceitá-lo-ia - embora com reservas, por os monopólios actuantes, em vez de enfraquecerem, fortalecer-se-iam -; mas não é o que vemos acontecer.

Pois os bancos limitam-se a gerir capitais de mútuo por emissão de moeda de papel, e se alguma actividade, negócio, anima é somente o de mais-valias de casino, de bolhas especulativas, a competir por moeda de papel, e negócios de esbulho de trespasse de propriedades reais já existentes, em que o que um ganha o outro perde.

E o desemprego, grassa. A inovação, cessa. A economia, regride.
Nem o estado, nem a iniciativa privada, promove um novo estado de coisas.

O congelamento das rendas foi um absurdo que destruiu o mercado de arrendamento por muitos anos.

A iniciativa privada investe quando vê o potencial de ganho em servir terceiros. Não investe se não vir o potencial de ganho. O Estado tudo o que pode fazer é criar condições para ser mais fácil obter o ganho. Regra geral a iniciativa privada investirá para servir algo desejado ou necessitado pela população - a menos que consiga investir segundo o princípio abaixo.

O Estado investe quando lhe apresentam bons motivos. Os bons motivos que lhe apresentam muitas vezes não coincidirão com o motivo real, que será providenciar um ganho a um interesse particular mesmo que esse ganho não corresponda a nada de útil, desejado ou necessitado pela população em geral.
« Última modificação: 2015-04-30 11:56:19 por Incognitus »
"Nem tudo o que pode ser contado conta, e nem tudo o que conta pode ser contado.", Albert Einstein

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vbm

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Re: Redistribuição de rendimento
« Responder #211 em: 2015-04-30 16:25:08 »
Há potenciais de ganho que requerem
investimento de infraestrutura, só
possíveis pelo sector público, e
que requerem decisões
ulteriores de investi-
mento privado,
com lucros
impossíveis
no imediato.

Poucos privados
se abalançam a tanto!

vbm

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Re: Redistribuição de rendimento
« Responder #212 em: 2015-05-09 12:11:42 »


Gostava de perceber este gráfico
e de entender a pergunta inversa:
«Do The Budget Deficit Drive The Capital Gains?»

É que dá-me a impressão que sim!

Os gastos do estado superiores
aos impostos cobrados

parecem compor as mais-valias
notadas na capitalização esperada
                              dos rendimentos!


Mas também não percebo - e já nem tenho presente
o que signifique - a correlação entre as duas séries,
negativa até ao crash de 1987 e positiva depois!

D. Antunes

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Re: Redistribuição de rendimento
« Responder #213 em: 2015-05-11 19:49:00 »
Parece que temporalmente os défices Vêm atrás, o que inviabiliza que os défices sejam a causa direta.
“Price is what you pay. Value is what you get.”
“In the short run the market is a voting machine. In the long run, it’s a weighting machine."
Warren Buffett

“O bom senso é a coisa do mundo mais bem distribuída: todos pensamos tê-lo em tal medida que até os mais difíceis de contentar nas outras coisas não costumam desejar mais bom senso do que aquele que têm."
René Descartes

vbm

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Re: Redistribuição de rendimento
« Responder #214 em: 2015-05-11 20:11:29 »
Parece que temporalmente os défices Vêm atrás, o que inviabiliza que os défices sejam a causa direta.
´

Dizes: os défices públicos ocorrem depois dos ganhos de capital?
No gráfico parecem-me contemporâneos. Mas, se ocorrem depois,
talvez se consiga inferir o título do gráfico: a alta das bolsas
causa os défices públicos... Por que intermediação?

Emissão de dívida para arrecadar liquidez
e acalmar a euforia de mais-valias
elevando os juros da dívida
de Estado? Será?

Eu não sei.
Precisava de aulas
de macroeconomia!

vbm

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Re: Redistribuição de rendimento
« Responder #215 em: 2015-05-27 15:44:19 »
Gostava de construir um índice de custo de vida simples, adequado  ao meu cabaz típico de compras. Não sei bem como se faz. Imagino assim, mas não sei se terá sentido. Agradeço ajuda.

Por categoria ou classe de gasto, observo o preço em 2014 de um ou dois artigos tipo dessa classe. Divido o gasto do ano por esse preço e obtenho a quantidade consumida em 2014 em termos daquele  artigo. O recíproco dessa quantidade é o poder de compra de € 1.00 em termos daquele produto.

A seguir como faço?

Calculo a % de gasto daquela classe de bens em relação ao gasto corrente total do ano, e uso essa % como coeficiente de ponderação do poder de compra do euro naquela classe de bens; somando este resultado com os que obtenho por igual procedimento para os demais tipos de bens, com a respectiva ponderação no gasto total, os coeficientes ponderados de cada preço  totalizando a unidade, 100%.

Será assim?

É que eu precisava de saber se ando a ganhar ou a perder, e quanto!
« Última modificação: 2015-05-27 19:56:14 por vbm »

Pip-Boy

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Re: Redistribuição de rendimento
« Responder #216 em: 2015-05-27 16:00:17 »
Saber se andas a ganhar ou perder é simples:

Se ainda há salário no fim do mês, estas a ganhar!
Se ainda há mês no fim do salário, estas a perder!

:D
The ultimate result of shielding men from the effects of folly, is to fill the world with fools.

vbm

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Re: Redistribuição de rendimento
« Responder #217 em: 2015-05-27 16:01:02 »
:)
« Última modificação: 2015-05-27 16:01:21 por vbm »

vbm

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Re: Redistribuição de rendimento
« Responder #218 em: 2016-10-13 19:09:08 »
Este é o meu tema económico predilecto! Aprendi-o em Smith e Ricardo. A par da optimização das escolhas com recursos limitados, desenvolver a riqueza da sociedade e distribuir a produção é a essência do que se ocupa a economia. E a ideia ressurgiu-me, logo após o protesto táxis/Uber. Eis a doutrina:

Sempre que algo 'mexe'(*) aí vai a banca, o fisco e os arrendadores de espaço, cobrar a sua parte de <rendimento sem trabalho actual>, como se explicava antiga e eufemisticamente entre os docentes da economia clássica!

Mas é bem verdade que hoje em dia, com a produtividade alcançada pela engenhosidade da ciência e da tecnologia, e pela fertilidade controlada da natureza, o núcleo da questão económica

centra-se na forma de explorar com eficácia o trabalho vivo, e no modo de redistribuir os sobrelucros usurários do capital pela população activa e inactiva, sem aniquilar, pela homogeneização cultural, a diversidade de cada vida individual.
 
(*) 'mexe', age, actua, nega-o-ócio, negócio, actividade (produção; transporte; comércio).
« Última modificação: 2016-10-13 19:18:42 por vbm »

Zenith

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Re: Redistribuição de rendimento
« Responder #219 em: 2016-10-13 19:18:44 »
O vbm voltou do exílio.
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