Certificados do Tesouro - Tópico principal

[Counter Retail Trader]

tenho ali uma obrigaçao Portuguesa comprada na Holanda , penso que de 1825.... ja confirmo

[Zenith]

Não é preciso um default para levar uma talhada (em termos reais). Basta dizer que pagam mais tarde.
Os FPs em 1983 receberam parte da remuneração em CAs que tinham um período de indisponibilidade. Quando terminou esse período a inflação já tinha comido parte do valor real.

Não esquecer que os países evitam o default formal por várias razões, nomeadamente outra divida que se vence imediatamente caso isso aconteça, pressões a alto nível por causa de CDS, etc.
Há defaults encapotados (como o da Grécia) que não é considerado como tal.

O risco da dívida é ser sempre uma decisão política. Ainda assim, a Cristina Casalinho disse esta semana que não é desejável que mais do que 10% da dívida esteja nas mãos do retalho. Parece-me um bom principio. É uma % que em caso de crise deve dar bastante margem política para que não fiquem pequenos investidores nacionais a arder.

Já trocámos umas msgs há uns anos por causa disso. Nesse caso particular os ganhos até foram bastante bons para não manteve os CA.

Admitindo compra em 1-1-84 (data proxima do pagamento do subsidio de natal de 83) dá rentabilidade anualizada de 9,5% e inflação de 5,8%

Então para quem guardou parece ter sido bem razoável. Na minha família toda a gente que fala disto (eu já nem me lembrava do ano), o meu pai e tios, dizem que resgataram o dinheiro logo que passou o período de indisponibilidade (e acredito que deva ter sido o que aconteceu com a maioria das pessoas porque com uma inflação daquelas em 83 e 84 a malta devia estar era a ver o poder de compra dos títulos a diminuir cada vez mais).

Zenith, estive a calcular com base nos valores de reembolso de Set 2013 e deu-me 9.35% por isso não há dúvida que o simulador de rentabilidade está correcto. 
Aposto que a maioria das pessoas que tiveram estes títulos (assumindo que foram mesmo este CAs - série A) não fazem a mínima ideia desta rentabilidade. Já vou irritar o pessoal, eheheh. 

[Automek]

Eu lembro-me disso. Mas essas contas eram para 29 anos. Estes CP+ de que estamos a falar são a 5 anos.
Em 5 anos na altura os CAs da altura perderam bastante valor.

[Reg]

bastante bons foi quem vendeu moeda toda em 1974  e comprou casas no algarve durante o Prec em saldos  para turismo extrangeiro 


A moeda nunca teve pedalada para aconpanhar isto muito menos CA

quem perdeu foram contas poupança... voces falam funcionarios publicos  como se eles perdecem grande coisa... as vitimas foram outras...


quanto perdeu contas poupança do averege  joe desde FMI entrou em 1978 ate 1985?

funcionarios publicos tiveram 1 ano inflaçao (1-1-84)..  outros tiveram uma decada inflaçao e controlo capitais...


A inflaçao  foi pior durante prec ate 1985 quando pais entrou na CEE   dinheiro veio aos montes da europa...  isso salvou  esses anos  todos

Portugal nao foi falencia mas contas a prazo  durante Prec ate 1985  devem ter perdido uns 99%

[D. Antunes]

O facto de estar limitadoa 1 milhão não significa que todos subscreveram exatamente 1 milhão (há pelo menos um (eu) que não chegou ao limite  ).
Em termos do nº de subscritores apostaria que mais de 80%  tem menos de 50.000 euros subscritos

O Zenith é um bom paradigma do que a geringonça poderá pensar :-)

[D. Antunes]

É também do conhecimento geral que a dívida doméstica é sénior em relação à externa, sendo por isso raros os episódios de defaults domésticos. Tipicamente a dívida doméstica é penalizada pela inflação (desvalorização da moeda), caso o país tenha moeda própria.

Se algum estrangeiro compra OT sénior, não vai gostar de levar um haircut mais rente para que preservem os domésticos. Só não vai para tribunal se lhe oferecerem umas férias no Allgarve, com mergulhos (para isso é bom o cabelo curto), bjecas e miúdas,

[D. Antunes]

Tenho ideia de que na Grécia os domésticos tb foram ao barbeiro. Alguém sabe os pormenores?

[JoseM]

Tal como me disse o funcionário dos CTT quando abri conta para aplicar em CTPM ainda este ano:

"Os produtos do estado são os mais seguros do mercado pois estão garantidos por ele" 

[Counter Retail Trader]

Tal como me disse o funcionário dos CTT quando abri conta para aplicar em CTPM ainda este ano:

"Os produtos do estado são os mais seguros do mercado pois estão garantidos por ele" 

Ainda ha pessoas que dizem isso? que bom, é ficar com o nome dele e uma declaração  a dizer isso , voz ou escrito.
Assim caso o Estado nao pague , havera sempre o fiador dos ctt.... 

[jjmm]

Certificados do Tesouro Poupança Mais.
"À taxa de juro do 4º e 5º anos é acrescida de um prémio de 80% do crescimento médio real do PIB."

Será que vão pagar os (+/-) 7% de juros?

[jjmm]

O prémio de remuneração dos CTPM a vigorar no mês de Outubro será de 1,88%.

Assim, para as subscrições realizadas em Outubro de 2013, o valor de 1,88% será acrescido à taxa de juro base do quarto ano (5,0%), fixando a taxa de remuneração bruta no quarto ano em 6,88%.

Fonte: www.igcp.pt

[lee]

http://www.jornaldenegocios.pt/mercados/detalhe/novos-certificados-pagam-menos-mas-batem-depositos?ref=HP_DestaquesPrincipais

Média 1,39% bruto para 7 anos

Prefiro 1000 vezes ter o dinheiro a 1% à ordem nos CTT

[vbm]

Bem.
Na verdade é: Portugal paga ou não paga?
Mas se Portugal não paga, os CTT-franceses pagam!?

[vbm]

Abaixo o dinheiro-papel.
Acima o dinheiro-mercadoria.

[tatanka]

Boas, para um investimento  abaixo de 50k, para perfil conservador, qual a melhor opção para um prazo de 5 anos?
- Certificados do Tesouro Poupança
- Certificados de Aforro
- DPs de bancos meno
- DP no Banco Invest a 1.1% ?

[Automek]

Certificados de aforro estão a 0.675% (a taxa é revista trimestralmente por isso reflecte mais rapidamente uma subida, se esta ocorrer)

Certificado Poupança Mais
Fixa para cada ano da aplicação:
1.º ano - 1,25%
2.º ano - 1,75%
3.º ano - 2,25%
4.º ano - 2,75%
5.º ano - 3,25%
4.º e no 5.º ano é acrescida de um prémio, em função do crescimento médio    real do Produto Interno Bruto (PIB), conforme descrito no  ponto seguinte.       
Edit: já não estão em comercialização

Se é para aplicações com este nível de risco parece-me que os Certificados Poupança ficam logo à frente do Banco Invest que só dá 1.1% (a não ser que se considere que o risco estado, num produto de poupança particular, tem mais risco do que o depósito de um banco que também é garantido pelo FDG estatal).

E também me parece que as taxas teriam de subir muito a curto prazo para os CAs virem a ser melhores do que os Certificados Poupança, tal a diferença que existe actualmente.

[kitano]

Maior liquidez CA. Parado durante 5 anos, CPM.

[Automek]

Maior liquidez CA. Parado durante 5 anos, CPM.

Só no primeiro ano. A partir daí é em qualquer altura, embora com a perda dos juros desde o último pagamento de juros.

O resgate só é possível um ano após a data-valor da subscrição.
Decorrido o 1.º ano, poderão ser efetuados resgates, em qualquer momento do tempo, acarretando a perda total dos juros decorridos, desde o último vencimento de juros até à data de resgate.
O resgate determina o reembolso do capital ao valor nominal das unidades resgatadas.
O resgate pode ser na totalidade das unidades subscritas ou, no caso de ser parcial, o total das unidades remanescentes não poderá nunca ser inferior a 1.000 unidades.
O valor de resgate é creditado no IBAN registado na respetiva conta do Tesouro aberta no IGCP, E.P.E..
O resgate pode ser ordenado pelo titular ou por um seu mandatário com poderes especiais para o efeito.

[kitano]

Sim, eu digo liquidez dentro do primeiro ano. Tenho também o sentimento que os CA gozam de maior “proteção política”...

[Automek]

Neste momento o montante dos CP+ já é superior ao dos CAs. O que não consigo confirmar é o número de subscritores. Provavelmente são muito mais nos CAs e, como tal, politicamente, serão os últimos a levarem haircut se isso um dia acontecer e puder ser discriccionário.

Apesar do corte de remuneração, os CTPC continuam a ser a principal fonte de captação de financiamento do Estado junto dos investidores do retalho. Os 169 milhões de euros captados em maio, elevam para 15.655 milhões de euros o montante aplicado em certificados do Tesouro, sejam eles os originais, os CTPM ou os CTPC.

No que respeita aos certificados de aforro, maio foi o 19º mês consecutivo de retirada de dinheiro. No total, os aforradores portugueses tinham no final de maio 11.878 milhões de euros investidos nas diferentes séries de certificados de aforro.
https://eco.pt/2018/06/21/certificados-captam-mais-de-150-milhoes-em-maio-e-um-maximo-de-sete-meses/