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Autor Tópico: A riqueza segundo Raquel Varela  (Lida 31227 vezes)

kitano

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Re:A riqueza segundo Raquel Varela
« Responder #20 em: 2013-11-27 09:36:50 »
O que é que a Raquel Varela estava a fazer numa grande superfície?

Será que estava a tentar comprar - de forma uma forma cómoda - diversos produtos com margens esmagadas e a contribuir para a ruína do comércio tradicional.
"Como seria viver a vida que realmente quero?"

Zenith

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Re:A riqueza segundo Raquel Varela
« Responder #21 em: 2013-11-27 10:17:36 »
Mais um caso desta atrasada mental que embirrou com os escuteiros :o :-\ >:(

Raquel Varela investigadora do Instituto de História Contemporânea da Universidade Nova de Lisboa (a que embicou com o puto das t-shirts) agora contra os escuteiros:" Hoje, por acaso justamente em Mafra, numa grande superfície, vi escuteiros a embrulhar presentes. Perguntei à responsável porque estavam eles ali, ao que ela me respondeu que estavam ali «a fazer aquele trabalho e a angariar fundos para ajudar as famílias carenciadas». Esclareci-a que, num país decente, aquilo era: 1) trabalho infantil mascarado de trabalho voluntário; 2) substituição de trabalhadores que ocupam aquelas funções por trabalhadores que não recebem ou recebem muito abaixo dos outros da mesma empresa; 3) que isso descapitaliza a Segurança Social e o Estado Social porque há cada vez menos gente a descontar. Finalmente, disse-lhe, com quietude, que ela não estava ali a ajudar famílias carenciadas, estava a contribuir para as produzir: estava a ocupar, com crianças, lugares de trabalhadores que, por aquela via também, não são contratados. Acredito que ela o faça por bem… tenho quase a certeza disso, na verdade; mas há homens que matam as mulheres porque «elas jamais conseguiriam viver sem eles»— ou como dizia certo velho com barbas: de boas intenções «está o inferno cheio!»"

Cheguei a pensar que era um texto forjado de tão caricatural que é, mas está realmente no blog 5dias.
É o que acontece quando um teórico quer redesenhar o mundo. Acha que a realidade tem de se adaptar aos seus modelos e não o inverso.
Sem querer fazer a defesa da senhora, o mecanismo mental dos libertários aqui do burgo é muito próximo do da Raquel Varela (o modelo de base é que é diferente). Tem um modelo teórico onde o mercado é a entidade perfeita e se há problemas nunca é do modelo mas das pessoas.

Zel

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Re:A riqueza segundo Raquel Varela
« Responder #22 em: 2013-11-27 10:30:22 »
ai zenith, andas perdido  :D

nem a raquel varela que tira uma critica sem misturares tudo

Incognitus

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Re:A riqueza segundo Raquel Varela
« Responder #23 em: 2013-11-27 12:57:17 »
Mais um caso desta atrasada mental que embirrou com os escuteiros :o :-\ >:(

Raquel Varela investigadora do Instituto de História Contemporânea da Universidade Nova de Lisboa (a que embicou com o puto das t-shirts) agora contra os escuteiros:" Hoje, por acaso justamente em Mafra, numa grande superfície, vi escuteiros a embrulhar presentes. Perguntei à responsável porque estavam eles ali, ao que ela me respondeu que estavam ali «a fazer aquele trabalho e a angariar fundos para ajudar as famílias carenciadas». Esclareci-a que, num país decente, aquilo era: 1) trabalho infantil mascarado de trabalho voluntário; 2) substituição de trabalhadores que ocupam aquelas funções por trabalhadores que não recebem ou recebem muito abaixo dos outros da mesma empresa; 3) que isso descapitaliza a Segurança Social e o Estado Social porque há cada vez menos gente a descontar. Finalmente, disse-lhe, com quietude, que ela não estava ali a ajudar famílias carenciadas, estava a contribuir para as produzir: estava a ocupar, com crianças, lugares de trabalhadores que, por aquela via também, não são contratados. Acredito que ela o faça por bem… tenho quase a certeza disso, na verdade; mas há homens que matam as mulheres porque «elas jamais conseguiriam viver sem eles»— ou como dizia certo velho com barbas: de boas intenções «está o inferno cheio!»"

Cheguei a pensar que era um texto forjado de tão caricatural que é, mas está realmente no blog 5dias.
É o que acontece quando um teórico quer redesenhar o mundo. Acha que a realidade tem de se adaptar aos seus modelos e não o inverso.
Sem querer fazer a defesa da senhora, o mecanismo mental dos libertários aqui do burgo é muito próximo do da Raquel Varela (o modelo de base é que é diferente). Tem um modelo teórico onde o mercado é a entidade perfeita e se há problemas nunca é do modelo mas das pessoas.

Nem  por isso Zenith. Então se esses libertários aceitam qualquer regra para conjuntos de pessoas que queiram voluntariamente sujeitar-se a elas... até o comunismo se aceita, desde que não seja imposto a todos.

Portanto não existe razão para achares que os libertários "endeusam" o mercado, pois a sua ideologia não limita quem se queira organizar de forma mais "apertada".

No fundo a crítica à ideologia libertária só tem um caminho possível: provar que a impossibilidade de forçar os outros em situações onde não existam vítimas inocentes é altamente negativa para todos. Tudo o resto é absurdo porque não sendo necessário forçar os outros, grupos que achem que necessitam de regras mais apertadas podem tê-las.
« Última modificação: 2013-11-27 12:59:40 por Incognitus »
"Nem tudo o que pode ser contado conta, e nem tudo o que conta pode ser contado.", Albert Einstein

Incognitus, www.thinkfn.com

Messiah

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Re:A riqueza segundo Raquel Varela
« Responder #24 em: 2013-11-27 18:45:03 »
Aqui está o artigo dela inteiro... sinceramente não tenho paciencia para discutir com estas pessoas tiram-me do sério tal a obtusidade...

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O Negócio do Século

Posted on Novembro 25, 2013    por Raquel Varela
Como é que o salário de um dia de trabalho acaba nas mãos de um Banqueiro que, sorridente e em directo na televisão, diz que o país aguenta tudo? A história é simples, demasiado simples.

Leio nas notícias que a Câmara de Mafra, como tantas outras, está falida ou em risco de falir ou com «sérios problemas financeiros». Uma das razões principais da falência autárquica neste país, se não for a principal, é as autarquias serem, no negócio imobiliário, a face pública dos fabulosos lucros privados que resultam do loteamento das terras agrícolas ou ecológicas, e da sua transformação em prédios urbanos. O investigador Pedro Bingre do Amaral explica-o como ninguém — a margem de lucro entre um terreno passar de rural a  urbano fica, no caso português, em mãos privadas. Trata-se de um negócio — cito Paulo Morais — que só «tem margens de lucro semelhantes no negócio de tráfico de droga no grossista, porque no retalhista já é mais baixo». Se o terreno valia 5, passa a valer 50 000, por exemplo. A diferença fica toda nas mãos privadas, desde 1965 até hoje. No resto da Europa, essas mais-valias revertem sobretudo para o público sobre a forma de impostos. Às Câmaras compete fazer, além disso, a urbanização — esgotos, estradas, etc. — deste interminável conjunto de prédios que se vai construindo.

Entretanto, um dia, pelo real funcionamento da lei da oferta e da procura, os Bancos descobrem que têm na mão 5 e não 50 000. Os Bancos chamam o Governo que emite dívida pública para que os Bancos não assumam o risco do negócio. O Governo, para garantir a dívida pública, emitida para dar aos Bancos, corta salários e pensões.

A Câmara de Mafra anunciou estes dias um aumento do IMI de 0,3 para 0,5%. Entretanto, aumentou o horário de trabalho dos seus funcionários para as 40 horas, quando quase todos os municípios suspenderam e mantêm o horário de 35. A CM anunciou também a redução da derrama — que incide sobre o lucro tributável das empresas. Em poucas palavras: aumenta-se os impostos que incidem sobre o trabalho e reduzem-se os impostos das empresas. Negócio do século!

Historicamente, legitimava-se o capitalista como o homem que colocava o seu capital num negócio e que, por isso, assumia lucros e perdas — e lucro seria assim o prémio pelo risco que corria. Embora eu nunca tenha concordado com esta visão — tudo a mim me parece extracção de trabalho, nada mais —, hoje, o que se verifica é que quando as grandes empresas sofrem perdas (não as pequenas, afogadas em impostos) o Estado assume-as, todas, emitindo dívida e enviando a conta para os que vivem do salário e que não podem resistir ao saque fiscal. Para reduzir o salário, corta-se no salário directo, mas faz-se mais, despedem-se trabalhadores e exige-se aos que ficam que deixem de ter vida e trabalhem por 2 ou 3.

Hoje, por acaso justamente em Mafra, numa grande superfície, vi escuteiros a embrulhar presentes. Perguntei à responsável porque estavam eles ali, ao que ela me respondeu que estavam ali «a fazer aquele trabalho e a angariar fundos para ajudar as famílias carenciadas». Esclareci-a que, num país decente, aquilo era: 1) trabalho infantil mascarado de trabalho voluntário; 2) substituição de trabalhadores que ocupam aquelas funções por trabalhadores que não recebem ou recebem muito abaixo dos outros da mesma empresa; 3) que isso descapitaliza a Segurança Social e o Estado Social porque há cada vez menos gente a descontar. Finalmente, disse-lhe, com quietude, que ela não estava ali a ajudar famílias carenciadas, estava a contribuir para as produzir: estava a ocupar, com crianças, lugares de trabalhadores que, por aquela via também, não são contratados. Acredito que ela o faça por bem… tenho quase a certeza disso, na verdade; mas há homens que matam as mulheres porque «elas jamais conseguiriam viver sem eles»— ou como dizia certo velho com barbas: de boas intenções «está o inferno cheio!»

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Re:A riqueza segundo Raquel Varela
« Responder #25 em: 2013-11-27 20:25:32 »
A CM Mafra foi, até há algum tempo, uma das maiores vergonhas autárquicas. Isto porque trabalhavam das 9:00 às 18:00 de 2.ª a 5.ª feira. Sim, sexta-feira não tinham que meter os pés no trabalho.

Fui ver as contas de Mafra e, em 2012, receberam de derrama 850k€ num total de 57,7M€. Ou seja, é um valor diminuto, para quem quer fazer tanto alarido.
“Our values are human rights, democracy and the rule of law, to which I see no alternative. This is why I am opposed to any ideology or any political movement that negates these values or which treads upon them once it has assumed power. In this regard there is no difference between Nazism, Fascism or Communism..”
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Re:A riqueza segundo Raquel Varela
« Responder #26 em: 2013-12-01 23:38:26 »
Este texto não e da Raquel Varela mas sim do Paulo Pedroso, outro que alinha no mesmo clube...

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O core business do Banco Alimentar é evitar que se deteriorem os bifes que não comemos enquanto a carne é fresca

Em 2011 as campanhas de recolha em supermercados contribuiram apenas com 10% do valor dos produtos recolhidos pelo Banco Alimentar de Lisboa. A indústria agro-alimentar, reciclando os seus excedentes, doou 43%. A reciclagem de excedentes da UE contribuiu com 22%. O Mercado Abastecedor da Região de Lisboa (de novo, os excedentes) doou  11%. As retiradas de fruta pelo IFAP (ainda os excedentes)  renderam 6%. Ou seja, ao todo, o escoamento de excedentes correspondeu a 82% do valor dos produtos distribuídos.

O Banco Alimentar precisa das campanhas de recolha em supermercados por boas razões de marketing e ao fazê-lo mantém ocupados os escuteiros e toda a rede de voluntários ligada à Igreja Católica,  que enquanto estão à porta dos supermercados a estender-nos os saquinhos estão a contribuir à sua maneira para o bem comum e a ajudar-nos a - como em todos os actos de caridade - aliviar as consciências sem resolver nenhum problema estrutural.

Espero que sejam bem-aventurados os que contribuem nestas campanhas (eu costumo contribuir),  mas não tenhams dúvidas de que core business do Banco Alimentar não é a nossa caridade, é evitar o escândalo da destruição de produtos alimentares no nosso país e na nossa Europa. É evitar que se deteriorem os bifes que não comemos enquanto a carne é fresca.

O Banco Alimentar faz de uma forma sofisticada e elegante o interface entre a oferta e a procura de alimentos que encontramos por vezes, de forma repugnante e brutal,  à porta dos supermercados ou nos caixotes do lixo das nossas ruas.

Este tipo de instituições ocupa um lugar importante dado que, se parasse, simplesmente seriam destruídos mais alimentos  e haveria mais alimentos à porta dos supermercados e no lixo com prejuízo para todos. A senhora Jonet dedica-se essencialmente à gestão de uma estrutura logística sem fins lucrativos de reciclagem das ineficiências da produção e da distribuição alimentar. O que comanda a sua actividade é a oferta (a disponibilidade) e não a procura (a necessidade).

Por isso, pessoalmente pouco me importa o que a senhora Jonet pensa da pobreza desde que gira a sua plataforma logística de modo a que os produtos sejam utilizados e distribuídos com equidade, mesmo se vão cair predominantemente numa rede confessional de distribuição. Mais vale a distribuição imperfeita do que a destruição perfeita.

Compreendo a irritação dos que se fartaram de enaltecer a senhora como campeã que nunca foi da luta contra a pobreza  e penso que deveria arrepender-se os que acharam que a sua acção era promotora dos direitos humanos. Mereceria um prémio de São Vicente de Paula, mas uma distinção por direitos humanos da Assembleia da República? Que Deus ilumine melhor no futuro o juízo das senhoras e senhores deputados.

Os que endeusaram a senhora e o Banco Alimentar sentem-se agora enganados. Mas o engano era deles e se a Senhora Jonet é uma gestora eficiente desta logística não a substituam por uma ineficiente. Podem não querer dar para o Banco Alimentar este ano, mas esse é um assunto entre vós e as vossas boas consciências, que pouco beliscará a acção do Banco.

Por mim, prefiro dedicar a minha energia a perguntar-me o que posso fazer para que diminua este tipo de procura de bens alimentares enquanto a senhora Jonet escoa a oferta.
http://bancocorrido.blogspot.pt/2012/11/o-core-business-do-banco-alimentar-e.html?spref=fb

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Re:A riqueza segundo Raquel Varela
« Responder #27 em: 2013-12-02 09:16:11 »
Esse quer é violar criancinhas...

Quer tentar estragar um bom exemplo de voluntariado e trabalho para a comunidade.
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Re:A riqueza segundo Raquel Varela
« Responder #28 em: 2013-12-02 11:05:13 »
O texto para mim tem contradições. Achei o mesmo bastante mau.
Porque só usar dados do Banco Alimentar de Lisboa?
E mesmo que os donativos da população "apenas" fossem 18% há que pintar esses donativos de quase irrelevantes? Para mim se deres de comer a mais uma criança é sempre um trabalho válido e meritório.
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Re:A riqueza segundo Raquel Varela
« Responder #29 em: 2013-12-02 11:25:16 »
Mas eles não pedem bens alimentares não perecíveis?
"Como seria viver a vida que realmente quero?"

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Re:A riqueza segundo Raquel Varela
« Responder #30 em: 2013-12-02 11:27:18 »
recebem todo o tipo de bens alimentares, mas nesta altura sugerem bens alimentares não perecíveis.
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Re:A riqueza segundo Raquel Varela
« Responder #31 em: 2013-12-02 11:28:18 »
Mas eles não pedem bens alimentares não perecíveis?

Nas campanhas de supermercado sim, devem funcionar como um stock (penso eu). Mas recolhem também perecíveis numa base mais regular que penso ser redistribuídos com cadência muito curta a instituições a eles ligados.
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Re:A riqueza segundo Raquel Varela
« Responder #32 em: 2013-12-02 11:30:10 »
O texto para mim tem contradições. Achei o mesmo bastante mau.
Porque só usar dados do Banco Alimentar de Lisboa?
E mesmo que os donativos da população "apenas" fossem 18% há que pintar esses donativos de quase irrelevantes? Para mim se deres de comer a mais uma criança é sempre um trabalho válido e meritório.
Exacto. É mais chocante porque este tipo foi ministro do trabalho e da solidariedade.

Mystery

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Re:A riqueza segundo Raquel Varela
« Responder #33 em: 2013-12-02 11:43:04 »
O "problema" do banco alimentar é que não serve os interesses de uma certa "elite".
A fool with a tool is still a fool.

Thunder

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Re:A riqueza segundo Raquel Varela
« Responder #34 em: 2013-12-02 11:46:40 »
O "problema" do banco alimentar é que não serve os interesses de uma certa "elite".

Não recolhem caviar   ;)
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Re:A riqueza segundo Raquel Varela
« Responder #35 em: 2013-12-02 11:57:00 »
Este post ainda é sobre a raquel varela vs escuteiros, mas aplica-se basicamente a toda a gente que critica estas acções.

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Não nos roubem os pobres… dão-nos cabo do negócio!

Ainda a propósito daquela inqualificável prosa elaborada pela Raquel Varela, a respeito do serviço voluntário que os escuteiros prestavam à comunidade numa grande superfície comercial, é preciso não esquecer que o raciocínio elaborado pela senhora professora não seria realizado se ela não estivesse consciente de que existe relativa receptividade a este populismo em intelectos onde escasseia grande dose de senso comum.

Ou seja, a postura de uma certa sobranceria face à resolução dos problemas fora do âmbito estatal não se esgota neste elucidativo exemplo dos escuteiros, nem as palavras da conceituada investigadora fogem muito ao que é comum encontrar em vagas de indignação da turba. Basta mencionarmos “Banco Alimentar” para nos vir à mente o unissonante desprezo com que um arrastão de gente menosprezou o trabalho desta instituição de solidariedade, num discurso irracional dirigido contra a presidente da instituição e recorrendo à deturpação de uma opinião enunciada em público (mas como eu já disse em outro texto, a nossa liberdade de expressão funciona um pouco como uma permissão para nadar numa piscina municipal repleta de tubarões famintos).

Mas não se pense que somente uma pessoa desinformada pode cair nesta aversão fácil a respeito das cooperações que se realizam fora do escopo estatal, e no segundo exemplo, fora do escopo da segurança social. Eu diria que é mais fácil encontrá-la até entre alguns licenciados em educação social que saem das universidades orientados para perpetuar uma visão dividida entre a “caridadezinha” retrógrada (que urge aniquilar a todo o custo porque pode roubar ou diminuir o número de pessoas que precisam da ajuda estatal) e, do outro lado, a multifacetada, ilimitada e abastada função social do Estado. Pensar complementaridades entre as duas esferas seria desorganizar-lhe a caixinha que transportam entre as orelhas. Resta-nos então o Estado que dá trabalho a tanta gente que tão genuinamente recebe a sua remuneração para cuidar das situações mais dramáticas que não conhecem de lado nenhum. Seria uma grande maçada que o povo perdesse a ligação afectiva com o Estado que lhe dá de comer, de beber, de vestir, que lhe orienta a procriação e por aí adiante.

Existem pessoas que nunca vão lidar bem com a persistência de iniciativas voluntárias que desempenham certas tarefas, sobretudo dando suporte social, em tempo de vacas magras porque, por um lado, essas mesmas pessoas não conseguem conceber que alguém esteja disposto a empenhar o seu esforço e o seu tempo sem ordem estatal e sem recompensa material. Por outro lado, porque a firmeza das instituições particulares que conhecem a realidade de perto e que procuram auxiliar com regularidade mais permanente, estragam a teoria e os planos aos pretensos monopolistas da solidariedade social. Uma falsa solidariedade, sublinhe-se, já que exibida, financiada e convenientemente estagnada e auto-conservada na base da extorsão fiscal e da gestão eleitoralista das dependências individuais.

Por fim, é evidente que o exemplo dos escuteiros também denota muito bem o clássico ressabiamento anti-católico que pessoas como a Raquel Varela ainda julgam ser arrojado e sinal de sabedoria acima da média. É compreensível que nem todas as pessoas estejam dispostas a dar prioridade à honra, à lealdade, ao serviço à comunidade, ao auto-sacrifício voluntário, à doação e à responsabilidade individual, daí que tenham tanta habilidade para puxar o lustro ao Estado que lhes galardoa a obediência e que consubstancia tão fielmente os valores opostos ao escutismo: a desconfiança, a mentira, a desonestidade, o saque, a degradação dos laços comunitários, a criação de dependência face ao Estado pesado, a irresponsabilidade pessoal e repulsão a leis gerais.
http://oinsurgente.org/2013/11/26/nao-nos-roubem-os-pobres-dao-nos-cabo-do-negocio/

kitano

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Re:A riqueza segundo Raquel Varela
« Responder #36 em: 2013-12-02 12:40:37 »
"Não façam voluntariado, isso faz-nos parecer más pessoas"
"Como seria viver a vida que realmente quero?"

Zenith

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Re:A riqueza segundo Raquel Varela
« Responder #37 em: 2013-12-02 13:04:49 »
Esse quer é violar criancinhas...

Quer tentar estragar um bom exemplo de voluntariado e trabalho para a comunidade.

É o fulano do PS que chegou a estar envolvido no processo Casa Pia?

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Re:A riqueza segundo Raquel Varela
« Responder #38 em: 2013-12-02 13:43:20 »
sim, é esse bandido.
“Our values are human rights, democracy and the rule of law, to which I see no alternative. This is why I am opposed to any ideology or any political movement that negates these values or which treads upon them once it has assumed power. In this regard there is no difference between Nazism, Fascism or Communism..”
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Re:A riqueza segundo Raquel Varela
« Responder #39 em: 2013-12-02 17:33:49 »
Eu faço voluntariado no BA naquela função "mais chata" que é estar a entregar sacos à porta do super-mercado e a pedir às pessoas para contribuir.

Aconteceu-me uma coisa curiosa na recolha passada, como a tantas outras pessoas que iam passando dirigi-me a um tipo e perguntei se não queria contribuir, ao que ele me respondeu que trabalhava para uma das associações beneficiárias do BA e não fazia sentido contribuir.
Ok, disse-lhe eu e perguntei então se o fazia em regime de voluntariado (porque para não querer contribuir era o que me parecia que fazia sentido).
Disse que não, que era um assalariado dessa instituição.
Fiquei espantado e disse-lhe novamente, então pode contribuir como toda a gente o faz e até tem mais sentido porque sabe como é importante para a sua associação que lhe paga o salário.
Respondeu-me novamente que isso não fazia qq sentido pq era funcionário já contribuía com o seu trabalho....

Apeteceu-me mandá-lo para outro lado......




P.S. - qual será o QI dessa Raquel ?!?!?! uma pessoas dessas é muito nefasta para uma sociedade principalmente pela profissão que tem onde terá influência no moldar de raciocínio de vários jovens
« Última modificação: 2013-12-02 17:35:50 por itg00022289 »