Acho que a solução encontrada é justa, posto que o outro juiz
é parcial, instrumentalizado pela polícia que investiga,
prende, e no dia de S. Nunca-À-Tarde, acusa.
Que devia ser outro juiz, concordo. Esta fase é de escrutinio dos actos praticados e nunca deveria ser o mesmo juiz que os autorizou. É uma questão de independência.
Quanto ao resto quem acusa não é o juiz é o ministério público. O juiz limita-se a validar os actos do ministério público / PJ. A demora não tem origem no juiz mas sim na investigação.
E se alguém pode estar preso preventivamente tanto tempo (coisa com a qual não concorde, mesmo que tenha sido o Sócrates) isso deve-se às leis feitas por políticos e não por juízes. Os juízes fazem o que a lei lhes permite fazer. Se está mal (tal como está mal um pedófilo ter pena suspensa) então que se mude a lei e tire-se o poder do juiz decretar essa pena suspensa e ser obrigado a aplicar pena efectiva.
É uma objecção argumentada.
Porém, o juiz intervém na fase
de investigação para zelar que
o direito dos cidadãos seja respeitado.
Prender sem suspeita suficiente
de acusar rápido, só com perigo
de fuga ou interferência
na investigação. Não havia
perigo de fuga do Sócrates,
nem de interferência em
actos concluídos. Havia sim,
perigo de os socialistas
ganharem as eleições,
o que nem isso aconteceu.
Os socialistas perderam e
o passos coelho-psd ganhou.
Não governa, não governou,
porque a inépcia quer do
seu próprio governo quer
dos métodos que adoptou,
- prisão do anterior PM sem
qualquer formular acusação -,
foram um dislate a que os
demais partidos eleitos
se opuseram.