Olá, Visitante. Por favor entre ou registe-se se ainda não for membro.

Entrar com nome de utilizador, password e duração da sessão
 

Autor Tópico: BPN  (Lida 35587 vezes)

tote

  • Ordem dos Especialistas
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 1281
    • Ver Perfil
Re:BPN
« Responder #20 em: 2013-07-17 18:41:14 »
as swaps nao sao do tempo do socrates?

"Morreu-me uma prima qdo o Sócrates era PM" e "O padeiro intoxicou-me no tempo do Sócrates", também são chamaos à discussão.

Incognitus

  • Administrator
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 30961
    • Ver Perfil
Re:BPN
« Responder #21 em: 2013-07-17 18:44:40 »
No caso da M. Albuquerque acho que se fala de algumas dezenas milhoes de euros. Não sei quanto isso representa no balanço da empresa, mas possivelmente estarima nos limites de risco máximo admissivel (se não houvesse mais nenhuns similarres ja a decorrer)

Dezenas de milhões são expectáveis numa coisa que tenha um nocional de 1000, 2000 milhões e que se revele desnecessária por as taxas evoluirem ao contrário daquilo que se tentou proteger.
 
O swap fixa a taxa, se depois as taxas em vez de subirem cairem 2, 3, 4% dessa taxa fixada, irá perder-se 2, 3, 4% do valor nocional, por se continuar a pagar uma taxa fixa mais elevada quando de outra forma se pagariam as taxas variáveis mais baixas.

Primeiro, o dinheiro dos portugueses não é a BOLSA. Se para ti 10 ou 30 em 1000 é correto, a mim repugna-me ver esse tipo de brincadeiras com o dinheiro dos contribuintes.
Segundo, tens ideia se são MESMO 10 ou 30 em 1000 ou é um palpite?
É que ainda agora houve mais uma vítima no ministério das finanças, ALEGANDO a senhora não ter condições de apurar a FUNDO a questão dos SWAP..... ou seja, parece n have grande interesse em apurar a verdade - E claro, a SUSPEITA de crime, a sra Albiquerque anda metida ao barulho  :D

Não são brincadeiras, pode fazer parte de uma gestão financeira prudente.
 
Os que eram brincadeiras eram outros.
 
E os swaps serem do tempo do Sócrates também é relevante, porque não desaparecem na transição dos governos. Culpar este governo pelos swaps ou pelas PPPs é perfeitamente absurdo.
« Última modificação: 2013-07-17 18:45:04 por Incognitus »
"Nem tudo o que pode ser contado conta, e nem tudo o que conta pode ser contado.", Albert Einstein

Incognitus, www.thinkfn.com

tote

  • Ordem dos Especialistas
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 1281
    • Ver Perfil
Re:BPN
« Responder #22 em: 2013-07-17 18:52:24 »
No caso da M. Albuquerque acho que se fala de algumas dezenas milhoes de euros. Não sei quanto isso representa no balanço da empresa, mas possivelmente estarima nos limites de risco máximo admissivel (se não houvesse mais nenhuns similarres ja a decorrer)

Dezenas de milhões são expectáveis numa coisa que tenha um nocional de 1000, 2000 milhões e que se revele desnecessária por as taxas evoluirem ao contrário daquilo que se tentou proteger.
 
O swap fixa a taxa, se depois as taxas em vez de subirem cairem 2, 3, 4% dessa taxa fixada, irá perder-se 2, 3, 4% do valor nocional, por se continuar a pagar uma taxa fixa mais elevada quando de outra forma se pagariam as taxas variáveis mais baixas.

Primeiro, o dinheiro dos portugueses não é a BOLSA. Se para ti 10 ou 30 em 1000 é correto, a mim repugna-me ver esse tipo de brincadeiras com o dinheiro dos contribuintes.
Segundo, tens ideia se são MESMO 10 ou 30 em 1000 ou é um palpite?
É que ainda agora houve mais uma vítima no ministério das finanças, ALEGANDO a senhora não ter condições de apurar a FUNDO a questão dos SWAP..... ou seja, parece n have grande interesse em apurar a verdade - E claro, a SUSPEITA de crime, a sra Albiquerque anda metida ao barulho  :D

Não são brincadeiras, pode fazer parte de uma gestão financeira prudente.
 
Os que eram brincadeiras eram outros.
 
E os swaps serem do tempo do Sócrates também é relevante, porque não desaparecem na transição dos governos. Culpar este governo pelos swaps ou pelas PPPs é perfeitamente absurdo.

Absurdo é responsabilizar o Sócrates pelos CRIMES dos boys do PSD que lixaram o BPN, ou dos boys do PSD que andaram a brincar aos SWAPS nas empresas públicas onde eram administradores, etc.
Revelas aqui toda a tuda tendência política Incognitus.

Incognitus

  • Administrator
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 30961
    • Ver Perfil
Re:BPN
« Responder #23 em: 2013-07-17 19:01:36 »
Qual quê, para mim o BPN tinha falido e os tipos dos swaps - que nem faço ideia se são do PSD ou do PS - tinham ficado sem trabalho.
 
Eu estou-me a borrifar para os partidos, mas quem colocou o país na situação actual foi maioritariamente o PS. E o PSD, no Governo actual, estava a actuar de forma geral bem - ainda que forçado. Mas o PSD no passado também teve culpa pelo Estado actual do país.
"Nem tudo o que pode ser contado conta, e nem tudo o que conta pode ser contado.", Albert Einstein

Incognitus, www.thinkfn.com

tote

  • Ordem dos Especialistas
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 1281
    • Ver Perfil
Re:BPN
« Responder #24 em: 2013-07-17 19:55:03 »
Qual quê, para mim o BPN tinha falido e os tipos dos swaps - que nem faço ideia se são do PSD ou do PS - tinham ficado sem trabalho.
 
Eu estou-me a borrifar para os partidos, mas quem colocou o país na situação actual foi maioritariamente o PS. E o PSD, no Governo actual, estava a actuar de forma geral bem - ainda que forçado. Mas o PSD no passado também teve culpa pelo Estado actual do país.

Pegando como exemplo a educação.
Eu vi os socialistas apostarem como ninguém na educação, e se n fosse esse investimento, HOJE nós teríamos um país, quem sabe, totalmente incontrolável socialmente. Se muitos jovens conseguem ir lá para fora é graças ao investimento e reformas do PS na educação.
Limitas-te a olhar para os números das "balanças" e dos PIB's, MAS tudo isso, nao existindo educação, seria reduzido para que valores?
Como queres criar empresas interessantes sem pessoas competentemente formadas?
É um erro, na minha opinião, desvalorizar parâmetros como a escolaridade mínima, percentagem da população com ensino superior  e secundário,etc. ISTO é que é a nossa grande riqueza, e sem isto, vamos para o terceiro mundo.

Se é a isto que te referes, tens toda a razão, foi o PS que nos deu educação, não foi o PSD.
Se quiseres calcular quantas empresas teriam ficado por criar caso n fosse o investimento do PS na educação, e as suas consequências no PIB, podes fazê-lo. Estou curioso para perceber se existiriam uma série de empresas que agora estão na moda, caso os seus fundadores n tivessem beneficiado do investimento dos socialistas na educação. Mas isto n te interessa para nada.... tu pegas na máquina de calcular, qual gasparzinho,  e fazes 5 -3 = 2 . E n sais disso 2,2,2....

O PSD, em grande parte, sempre foi um partido que defendeu a educação só para alguns.

Incognitus

  • Administrator
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 30961
    • Ver Perfil
Re:BPN
« Responder #25 em: 2013-07-17 20:15:18 »
Eu na educação gastaria até ligeiramente mais, para apoiar todas as crianças e não apenas as que optam pelo serviço público. E também colocaria as escolas em concorrência.
 
Onde cortaria muito ou para zero seria em coisas como militares, apoios culturais, apoios desportivos, apoios a mil e uma associações, observatórios e institutos que não tivessem funções de apoio social, etc. Isso ia quase tudo para zero.
"Nem tudo o que pode ser contado conta, e nem tudo o que conta pode ser contado.", Albert Einstein

Incognitus, www.thinkfn.com

John_Law

  • Ordem dos Especialistas
  • Sr. Member
  • *****
  • Mensagens: 466
    • Ver Perfil
Re:BPN
« Responder #26 em: 2013-07-18 06:17:40 »
No caso da M. Albuquerque acho que se fala de algumas dezenas milhoes de euros. Não sei quanto isso representa no balanço da empresa, mas possivelmente estarima nos limites de risco máximo admissivel (se não houvesse mais nenhuns similarres ja a decorrer)

Dezenas de milhões são expectáveis numa coisa que tenha um nocional de 1000, 2000 milhões e que se revele desnecessária por as taxas evoluirem ao contrário daquilo que se tentou proteger.
 
O swap fixa a taxa, se depois as taxas em vez de subirem cairem 2, 3, 4% dessa taxa fixada, irá perder-se 2, 3, 4% do valor nocional, por se continuar a pagar uma taxa fixa mais elevada quando de outra forma se pagariam as taxas variáveis mais baixas.

Primeiro, o dinheiro dos portugueses não é a BOLSA. Se para ti 10 ou 30 em 1000 é correto, a mim repugna-me ver esse tipo de brincadeiras com o dinheiro dos contribuintes.
Segundo, tens ideia se são MESMO 10 ou 30 em 1000 ou é um palpite?
É que ainda agora houve mais uma vítima no ministério das finanças, ALEGANDO a senhora não ter condições de apurar a FUNDO a questão dos SWAP..... ou seja, parece n have grande interesse em apurar a verdade - E claro, a SUSPEITA de crime, a sra Albiquerque anda metida ao barulho  :D

Tote,

Tu não fazes mínima ideia daquilo que estás a falar, pois não?

tote

  • Ordem dos Especialistas
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 1281
    • Ver Perfil
Re:BPN
« Responder #27 em: 2013-07-18 11:43:39 »
No caso da M. Albuquerque acho que se fala de algumas dezenas milhoes de euros. Não sei quanto isso representa no balanço da empresa, mas possivelmente estarima nos limites de risco máximo admissivel (se não houvesse mais nenhuns similarres ja a decorrer)

Dezenas de milhões são expectáveis numa coisa que tenha um nocional de 1000, 2000 milhões e que se revele desnecessária por as taxas evoluirem ao contrário daquilo que se tentou proteger.
 
O swap fixa a taxa, se depois as taxas em vez de subirem cairem 2, 3, 4% dessa taxa fixada, irá perder-se 2, 3, 4% do valor nocional, por se continuar a pagar uma taxa fixa mais elevada quando de outra forma se pagariam as taxas variáveis mais baixas.

Primeiro, o dinheiro dos portugueses não é a BOLSA. Se para ti 10 ou 30 em 1000 é correto, a mim repugna-me ver esse tipo de brincadeiras com o dinheiro dos contribuintes.
Segundo, tens ideia se são MESMO 10 ou 30 em 1000 ou é um palpite?
É que ainda agora houve mais uma vítima no ministério das finanças, ALEGANDO a senhora não ter condições de apurar a FUNDO a questão dos SWAP..... ou seja, parece n have grande interesse em apurar a verdade - E claro, a SUSPEITA de crime, a sra Albiquerque anda metida ao barulho  :D

Tote,

Tu não fazes mínima ideia daquilo que estás a falar, pois não?

John_Law,

É tão feio ser-se chico-esperto.
Quer discutir? exponha os seus argumentos. Ou então tem outra alternatica - esteja calado.

Incognitus

  • Administrator
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 30961
    • Ver Perfil
Re:BPN
« Responder #28 em: 2013-07-18 12:16:03 »
Eu já expús tudo o que é realmente necessário saber sobre o assunto... se continuaste com a demagogia das brincadeiras e afins é porque não queres compreender a diferença e o que pode ocorrer com um swap mesmo que seja perfeitamente normal e aceitável ...

Basicamente estás a deixar sobrepor a tua vontade de malhar na Senhora à lucidez e racionalidade. Os outros que foram despedidos certamente que fizeram swaps especulativos e desmiolados, mas ali não existe razão para crer que isso tenha acontecido.
"Nem tudo o que pode ser contado conta, e nem tudo o que conta pode ser contado.", Albert Einstein

Incognitus, www.thinkfn.com

Ledo

  • Ordem dos Especialistas
  • Sr. Member
  • *****
  • Mensagens: 317
    • Ver Perfil
Re:BPN
« Responder #29 em: 2013-07-18 13:08:58 »
Devem existir neste momento pessoas que fizeram uma espécie de swaps no seu crédito habitação que passou de uma taxa de juro indexada à euribor a 3, 6 meses e que passaram para uma taxa fixa na altura em que existiu uma escalada nos juros. Neste momento devem estar a criticar e a dizer cobras e lagartos da senhora quando fizeram uma operação idêntica. Tenho um amigo meu que fez essa operação.

tote

  • Ordem dos Especialistas
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 1281
    • Ver Perfil
Re:BPN
« Responder #30 em: 2013-07-18 13:22:52 »
Eu já expús tudo o que é realmente necessário saber sobre o assunto... se continuaste com a demagogia das brincadeiras e afins é porque não queres compreender a diferença e o que pode ocorrer com um swap mesmo que seja perfeitamente normal e aceitável ...

Basicamente estás a deixar sobrepor a tua vontade de malhar na Senhora à lucidez e racionalidade. Os outros que foram despedidos certamente que fizeram swaps especulativos e desmiolados, mas ali não existe razão para crer que isso tenha acontecido.

Então pergunto o que quer dizer "funções que nem sempre foram acompanhadas pela disponibilização necessária dos meios" ?

É que houve uma demissão, e uma das razões foi precisamente o Governo não facultar meios para se apurar a questão toda dos SWAPS, ou seja, "graves limitações de meios dos organismos públicos", nomeadamente da Direcção-Geral do Tesouro e Finanças.

A culpa é do Sócrates??

Desde que o Governo tomou posse que as perdas já DUPLICARAM. Podiam ter sido evitadas (segundo a demissionária Elsa Roncon Santos), caso tivessem dado "meios" à DGTF.

Isto é racionalidade e lucidez - Quem viu incompetência no tempo do Sócrates, tem de a ver aqui, ou então é tendencioso.

Incognitus

  • Administrator
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 30961
    • Ver Perfil
Re:BPN
« Responder #31 em: 2013-07-18 13:51:49 »
Impedir a progressão das perdas implicaria assumir as perdas que já existiam. Eventualmente ninguém teve coragem de o fazer.

Não se trata de meios, é uma coisa bastante simples. Mas nota que o aumento das perdas também não era algo garantido.
« Última modificação: 2013-07-18 13:52:34 por Incognitus »
"Nem tudo o que pode ser contado conta, e nem tudo o que conta pode ser contado.", Albert Einstein

Incognitus, www.thinkfn.com

tote

  • Ordem dos Especialistas
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 1281
    • Ver Perfil
Re:BPN
« Responder #32 em: 2013-07-18 14:20:00 »
Impedir a progressão das perdas implicaria assumir as perdas que já existiam. Eventualmente ninguém teve coragem de o fazer.

Não se trata de meios, é uma coisa bastante simples. Mas nota que o aumento das perdas também não era algo garantido.

Quanto aos meios, é a tua opinião CONTRA a da Elsa Roncon Santos.
Nada é garantido nesta vida, mas uma coisa é certa, se o Governo demorou "apenas" 2 anos para mexer nos SWAPS, e sabia do perigo que ali estava, não é responsãvel?
É.
E mais, o Governo MENTIU deliberadamente na AR, quando a atual ministra das finanças disse que o Teixeira dos Santos não tinha informado o Gaspar dos SWAPS.
É aqui que se percebe que há muita incompetência neste Governo. Primeiro dizem que não foram informados - mentira. Depois diseram que os contratos foram todos culpa do Sócrates - Mentira (foram vários   assinados com o atual executivo). "Ainda, com a maior das hipocrisias, "esquecem-se" que os administradores das empresas públicas que assinaram os SWAPS (do Sócrates) estavam em funções no atual governo. Depois alguém pede a demissão, pois diz que podia ter sido feito algo em 2011 que poderia ter evitado a duplicação de perdas.... enfim, estão mais preocupados em empurrarem a culpa para o Sócrates do que em resolver os problemas.
E já agora, só tocaram no assunto porque ele veio para a praça pública, senão os "SWAPS" podiam ter continuado assim durante anos.

Incognitus

  • Administrator
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 30961
    • Ver Perfil
Re:BPN
« Responder #33 em: 2013-07-18 14:23:07 »
Bem,

1) Impedir as perdas futuras implicava assumir as já existentes o que não é fácil. Implicaria fechar os swaps existentes ou fazer contrários;
2) Devem ser passadas milhões de coisas o que significa que poucas pessoas se dariam conta da existência daquela;
3) O Governo dificilmente saberá de todos os contratos que estarão a ser feitos durante a sua vigência.

E por aí em diante. O que seria necessário seria punir exemplarmente quem cometeu estes erros, nada mais de realista poderia ser feito para os evitar. Demitir não chega, deveriam não ser reintegrados e eventualmente enfrentar mais responsabilidades ainda.
"Nem tudo o que pode ser contado conta, e nem tudo o que conta pode ser contado.", Albert Einstein

Incognitus, www.thinkfn.com

tote

  • Ordem dos Especialistas
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 1281
    • Ver Perfil
Re:BPN
« Responder #34 em: 2013-07-23 18:29:10 »
Portanto, PUNIR exemplarmente quem cometeu estes erros ou quem não fez nada para os impedir - em qualquer das situações, a atual ministra das finanças enquadra-se.
MENTIU...e já é tanta gente a dizer que ELES (Gaspar e Albuquerque) sabiam da questão dos SWAPS em 2011, que só resta uma coisa - DEMISSÂO JÁ!


-----

O antigo secretário de Estado de Teixeira dos Santos assegura que transmitiu informações sobre os instrumentos de gestão do risco financeiro assinados por empresas públicas numa reunião com a actual ministra das Finanças a 29 de Junho de 2011, um dia depois da tomada de posse.

O antigo secretário de Estado do Tesouro, Carlos Costa Pina, considerou hoje como “graves” e “difamatórias” as afirmações feitas por Vítor Gaspar e Maria Luís Albuquerque no Parlamento sobre o facto de não terem sido transmitido informações sobre os contratos “swap” na transição de pastas, em 2011.

 

Costa Pina assegura ter-se reunido com a sua sucessora a 29 de Junho de 2011, um dia depois de Maria Luís Albuquerque tomar posse enquanto secretária de Estado do Tesouro e Finanças. Nesse encontro informal, a questão dos “swaps” foi “suscitada”, disse o antigo governante na comissão parlamentar de inquérito aos contratos celebrados entre empresas públicas e a banca na última década.

 

Foram falados, além dos temas do gabinete que já estavam fechados, um “conjunto de assuntos pendentes e que estavam a ser ultimados”. “O tema relativo aos instrumentos de gestão do risco financeiro estava entre as matérias”, disse Costa Pina.

 

“Percebi naturalmente que a senhora secretária de Estado estava a par das questões relativas a este tipo de contratos, o que não me surpreendeu, atendendo a sua experiência profissional passada”, respondeu Carlos Costa Pina a perguntas do Partido Socialista. Maria Luís Albuquerque esteve no IGCP até entrar no Executivo e, antes disso, na Refer entre 2001 e 2007, onde era directora financeira com responsabilidades sobre a contratação de “swaps”. “[Na reunião], teve a senhora secretária de Estado uma atenção especial ao Metro do Porto”, especificou o antigo governante.

 

O secretário de Estado do ministro Teixeira dos Santos mostrou-se disponível, segundo disse, para a ajudar no que fosse preciso. Costa Pina garante ter sugerido a Maria Luís Albuquerque que ouvisse Pedro Felício, antigo director do Tesouro, para que lhe pudesse ser apresentado o trabalho em curso.

 

Na mesma comissão parlamentar, na manhã desta terça-feira, Pedro Felício disse ter-se reunido com a ministra no dia 28 de Junho, em que também terá passado informação sobre os instrumentos derivados.

 

A 18 de Junho, tinha já havido um encontro entre o ministro das Finanças que abandonava as funções, Fernando Teixeira dos Santos, e Vítor Gaspar. Nesta reunião, “foram transmitidas informações sobre instrumentos de gestão do risco financeiro, bem como entregues vários documentos, entre eles uma ficha informativa especificamente dedicada ao tema e onde se mencionam medidas implementadas”. O gabinete das Finanças tem defendido, contudo, que as informações não eram detalhadas.

 

Quando foi ouvida na comissão parlamentar, a então secretária de Estado do Tesouro, Maria Luís Albuquerque, afirmou que “quando este governo entrou em funções, o problema relativo aos ‘swaps’ contratados por empresas públicas já existia, tendo mesmo motivado a emissão de dois despachos do anterior secretário de Estado do Tesouro e Finanças, em 30 de Janeiro de 2009 e 9 de Junho de 2011”.

 

“Apesar disso, na transição de pastas, nada foi referido a respeito desta matéria”, acusou a actual ministra das Finanças. Teixeira dos Santos disse, na comissão, que a ministra “não disse a verdade”.

Zel

  • Visitante
Re:BPN
« Responder #35 em: 2013-07-23 20:17:38 »
os swaps nao foram feitos com a autorizacao do secretario de estado do tesouro do socrates ? qual eh a confusao aqui ? foi uma forma conveniente de financiar empresas falidas com uma jogada tipica do socrates: lixar o futuro em nome do curto-prazo.

tote

  • Ordem dos Especialistas
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 1281
    • Ver Perfil
Re:BPN
« Responder #36 em: 2013-07-24 00:11:08 »
os swaps nao foram feitos com a autorizacao do secretario de estado do tesouro do socrates ? qual eh a confusao aqui ? foi uma forma conveniente de financiar empresas falidas com uma jogada tipica do socrates: lixar o futuro em nome do curto-prazo.

Isso é mentira. O atual Governo autorizou SWAPS. Devia informar-se melhor antes de fazer afirmações falsas. Mas pelo que observei, já começa a ser habitual.
Mas o que é mais caricato é que os políticos que estavam na administração das emrpesas que pediu os SWAPS faziam/fazem parte do Governo PSD - isto não importa para nada?? O Sócrates é que é o culpado?  ;D

Isto em certa medida faz lembrar o BPN, pois tb quem lixou isto TUDO foram o POLÍTICOS do PSD, mas quem teve que RESOLVER o assunto foi o Sócrates.
 
Resumindo, PSD é um partido de pessoas altamente competentes, e o Sócrates é o culpado. Hilariante.

Incognitus

  • Administrator
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 30961
    • Ver Perfil
Re:BPN
« Responder #37 em: 2013-07-24 00:24:43 »
No governo aparentemente só está quem fez swaps normais...

O tote continua a falar de fazer swaps como se fosse alguma maldade por si só.
"Nem tudo o que pode ser contado conta, e nem tudo o que conta pode ser contado.", Albert Einstein

Incognitus, www.thinkfn.com

5555

  • Ordem dos Especialistas
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 5555
    • Ver Perfil
Re:BPN
« Responder #38 em: 2013-07-24 01:25:10 »
Citar
Bancos ofereceram swap ao Governo para maquilhar contas públicas

Grécia usou este esquema mas Costa Pina garante que Governo de Sócrates não aceitou

TVI    |   2013-07-23 20:28

O ex-secretário de Estado do Tesouro e Finanças de José Sócrates, Carlos Costa Pina, revelou esta terça-feira no Parlamento que vários bancos internacionais ofereceram contratos swap ao Estado português para «maquilhar as contas públicas» e garantiu que isso nunca foi aceite enquanto era governante.

Carlos Costa Pina, que foi ouvido na comissão de inquérito aos contratos swap, revelou que, enquanto governante, foi contactado por bancos estrangeiros que se ofereceram para negociar contratos swap que permitiriam maquilhar as contas públicas, reduzindo o défice e a dívida pública de acordo com os critérios utilizados pelo Eurostat.

«Por algumas vezes fui interpelado, e sei que o IGCP [Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública] à época também foi, para realizar operações com swap menos tradicionais, aquilo que na gíria bancária se designa por swaps Eurostat friendly, ou seja, swaps amigáveis para efeitos de Eurostat com o objetivo de maquilhagem artificial das contas públicas», afirmou Costa Pina.

«Apesar de isso me ter sido proposto por bancos internacionais, nunca isso foi feito durante o período em que eu exerci funções. E sei que nunca foi feito pelos dirigentes do IGCP durante o período em que exerci funções», acrescentou.

Recorde-se que este tipo de operações foi utilizado pela Grécia, com o apoio do banco de investimento norte-americano Goldman Sachs, para reduzir de forma artificial os níveis de dívida pública do país. Em 2003, depois das exigências das autoridades europeias para que a Grécia reduzisse o défice e a dívida pública que estavam acima dos valores permitidos, foram utilizados swaps que deixaram fora das contas do Eurostat 2,8 mil milhões de euros de dívida pública grega.

O modo como estavam construídos os swaps (com a troca de títulos de dívida em moeda estrangeira por moeda doméstica, com uma taxa de juro fictícia) fazia com que a Goldman Sachs fizesse um avultado pagamento à Grécia no início do contrato, permitindo reduzir a dívida pública do país, mas depois a Grécia ficou a fazer avultados pagamentos ao banco o que provocou enormes prejuízos a Atenas.

Estes swaps foram utilizados originalmente em 2003 pela Grécia, e eram legais na altura, mas semelhantes operações foram feitas antes do pedido de ajuda financeira feito pelo país em 2010, o que levou a várias revisões em alta do défice e da dívida pública grega e a que as autoridades europeias dissessem que Atenas mentiu nas contas.

A Itália também havia usado em 1996 swap para reduzir de forma artificial os níveis de dívida pública e de défice reportados segundo as regras do gabinete de estatística das comunidades europeias, o Eurostat, que apura os valores que contam para o cumprimento do Pacto de Estabilidade e Crescimento.

Swap: Gaspar e Maria Luís Albuquerque sabiam ou não?

Costa Pina desmentiu esta terça-feira a ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque, contando que esteve presente numa reunião entre o ex-ministro das Finanças do Governo de Sócrates, Fernando Teixeira dos Santos, e o seu sucessor na pasta, Vítor Gaspar. Nessa reunião, revelou foram abordados os swap e Vítor Gaspar não só deu conta de que Maria Luís Albuquerque, que na altura assumiu a pasta do Tesouro sob a alçada de Gaspar, sabia da situação, como estava especialmente preocupada com a situação da Metro do Porto.

Devido às contradições entre os membros do Governo de José Sócrates e os membros do atual Governo, de Pedro Passos Coelho, o Bloco de Esquerda pediu para voltar a ouvir Maria Luís Albuquerque.

5555

  • Ordem dos Especialistas
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 5555
    • Ver Perfil
Re:BPN
« Responder #39 em: 2013-07-24 01:29:01 »
Citar
Novo ministro dos Negócios Estrangeiros com fortes ligações ao BPN e ao BPP

 
 Publico, 23/07/2013 - 21:58
 

Na década de 2000, antes dos dois bancos serem intervencionados e alvo de investigações policiais, Rui Machete ocupou funções ao mais alto nível no BPN e no BPP.

   Rui Machete é a surpresa das nomeações.

 O novo Ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Rui Machete, foi presidente ao longo de vários anos do Conselho Superior da Sociedade Lusa de Negócios (SLN), a dona do Banco Português de Negócios (BPN), onde o Estado português injectou a fundo perdido cerca de 4 mil milhões de euros.

Na sua qualidade de ex-presidente da Fundação Luso-Americana, Rui Machete esteve ligado ao Banco Privado Português (BPP), onde foi membro também do Conselho Consultivo, e onde adquiriu cerca de 3% das acções, investimento que a FLAD perdeu quando o banco declarou falência.

Rui Machete, ex-ministro da Defesa e ex-vice-primeiro-ministro de um governo do bloco central, na década de 80, desempenhou funções ao mais alto nível na SLN, estando à frente do Conselho Superior (onde estão representados os accionistas), um lugar que garante poder de “fiscalização”.

A holding detinha a totalidade do capital do BPN, que foi nacionalizado em Novembro de 2008. As averiguações que seriam posteriormente desencadeadas pelo Ministério Público e pelo Banco de Portugal confirmaram que para além dos problemas de liquidez, do excesso de imparidades, da falta de capital, das relações promíscuas entre gestores e accionistas, o banco tinha sido alvo, ao longo de vários anos, de uma mega fraude (existia, por exemplo, um banco virtual a funcionar nos moldes do BPN desconhecido do Banco de Portugal). Uma burla levada a cabo por gestores e accionistas, um caso de polícia.

A nacionalização do banco, liderado por Oliveira Costa, ex-secretário de Estado dos Assuntos Fiscais de Cavaco Silva, teve repercussões políticas dado que até à intervenção estatal no BPN, ocuparam funções de destaque no grupo SLN/BPN personalidades com peso no PSD. Rui Machete, Daniel Sanches, ex-ministro de Santana Lopes, Dias Loureiro, ex-ministro da Administração Interna de Cavaco Silva e ex-Conselheiro de Estado, Duarte Lima, dirigente do PSD, e Arlindo Carvalho, ex-ministro da Saúde de Anibal Cavaco Silva, foram alguns dos nomes que se evidenciaram. Joaquim Coimbra, da direcção social-democrata, era um dos grandes accionistas da SLN. Já Cavaco Silva (e a filha) antes de se candidatar a Belém vendeu as acções da SLN a Oliveira Costa com um ganho de 350 mil euros.

Para além do BPN, Machete ocupava simultaneamente funções no Conselho Consultivo do BPP, liderado por Francisco Balsemão. Na qualidade de presidente da FLAD, Machete viabilizou a compra de cerca de 3% do capital da instituição financeira, fundada por João Rendeiro. Uma situação que gerou polémica com outra figura relevante do PSD, Mota Amaral, ex-presidente da Assembleia da República, a defender publicamente que o investimento foi ruinoso para a fundação (criada com verbas entregues pelos EUA ao abrigo do acordo sobre a concessão de facilidades militares nos Açores).

Na altura, Machete reagiu para garantir que a ligação ao BPP só deu lucro à FLAD. Mas a falência do BPP, que tem vários processos a correr em tribunal contra a ex-gestão presidida por João Rendeiro, implicou que os accionistas perdessem os valores investidos.