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Autor Tópico: (NÃO MODERADO) O cantinho do SPORTING CLUBE DE PORTUGAL- UM BATE PAPO  (Lida 1194881 vezes)

Counter Retail Trader

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Re: O cantinho do SPORTING CLUBE DE PORTUGAL- UM BATE PAPO
« Responder #7180 em: 2016-09-16 00:06:44 »
Enorme Spooooorting.

O Real , Campeão da Champions , não joga nada dizem eles.... ;D o enorme Copenhaga ou o Besiktas

paguem ao Calista.

Ouçam o Homem, ele fala em portuñol mas dá baile no campo.




! No longer available



1º deviam pagar era um professor de Portugues ao Talisca , pelos vistos ele nao sabe ler...

2º Olha o jogo nao ficou empatado , caso estejas com dificuldade na matematica..... 2-1 diferente de 0-0 ou 1-2

Quantos jogos vi eu do Barça assim ou piores.... adormecidos quase o jogo todo depois aceleram um pouco e acabas o jogo com pelo menos
2 ou 3 la dentro.

Como é que podem ter jogado bem e perderam 2-1 ?? o objectivo do jogo é marcar golos...

Zenith

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Re: O cantinho do SPORTING CLUBE DE PORTUGAL- UM BATE PAPO
« Responder #7181 em: 2016-09-16 09:20:17 »
Acho que Portugal está a a interiorizar um sentimento de pequenez, o que interessa é perder por poucos. O ano passado o Benfica foi elogiado num jogo que perdeu contra o Bayern e este ano o JJ declara-se o maior por ter estragado tudo ao ser expulso.
Esta mentalidade começa a fazer lembrar (e é preocupante porque somos campões de Europa em selecções) a selecção de raguebi em 2007 cujo objectivo no jogo contra a Nova Zelandia era perder por menos de 100 pontos (e aí era realismo e não pequenez já que se tratava de uma equipa de amadores pela 1ª vez num mundial).

Reg

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Re: O cantinho do SPORTING CLUBE DE PORTUGAL- UM BATE PAPO
« Responder #7182 em: 2016-09-16 10:46:57 »
E realismo

a liga campioes e ganha sempre pelas mesmas equipas  neste formato

todos anos sao quase mesmas a chegar aos 4 final

So os Ingleses mudaram  os grandes  ficaram de fora  este ano 
« Última modificação: 2016-09-16 11:00:30 por Reg »
Democracia Socialista Democrata. igualdade de quem berra mais O que é meu é meu o que é teu é nosso

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Re: O cantinho do SPORTING CLUBE DE PORTUGAL- UM BATE PAPO
« Responder #7183 em: 2016-09-16 12:09:27 »
Uma entrevista interessante ao grande Marinho Peres

Citar
Marinho Peres. “O Figo era meio gordinho”

15/9/2016
Este sábado há clássico em Guimarães entre Vitória e Belenenses e o "Questões do Forno Interno" telefona para o Brasil. Do lado de lá, atende-nos o treinador Marinho Peres, um garoto de 69 anos.

O treinador do Sporting, Marinho Peres, momentos antes do jogo Sporting vs Vitória de Guimaraes, no estádio de Alvalade, em Lisboa a 31 de maio de 1987
João Paulo Trindade/ LUSA

Autor
Rui Miguel Tovar 

Garoto, marca de chocolates da América Latina. Garoto, café com leite. Garoto, filme de Charlie Chaplin. Garoto, expressão de Marinho Peres por tudo e por nada. É garoto para aqui, garoto para ali, garoto para acolá. Está-lhe no sangue. Tal como o futebol. Marinho é uma lenda viva. Capitão da seleção brasileira no Mundial-74, joga com Pelé no Santos mais Cruijff no Barcelona e é campeão brasileiro pelo Internacional. Isto são quatro unicórnios. Junte-se-lhe a curiosidade de ter sido terceiro classificado do campeonato português por três clubes: Vitória SC (1987), Belenenses (1988) e Sporting (1991). A passagem do treinador só lhe rende um título. Em futebol, claro. Se fôssemos pelo lado pessoal, teríamos de incluir carisma, espontaneidade e tranquilidade. O telefonema de 34 minutos-e-tal evidencia isso mesmo.

‘Tou, Marinho?
Fala, garoto [nós bem avisámos].

‘Tou?
Ouço-te muito mal, garoto. Onde é que você ‘tá?

Em casa.
Eu também. [faço uma finta à cadeira da sala, vou pelo corredor central e entro no quarto como se fosse um extremo, encostado à janela da esquerda]

E agora?
Qui susto, garoto. Até parece que você ‘tá aqui do meu lado. Fala aí. É de onde mesmo?

Portugal, Lisboa.
Sério mesmo? Qui bom. Qui bom ouvir vocês de Portugal. Tenho muitas saudades vossas. A ver se vou aí no próximo Verão. Garoto, fala aí. Que quer de mim?

Este fim-de-semana é o Vitória-Belenenses, dois clubes do Marinho.
Olha só que bonito, ligarem-me por isso. Qual é o seu nome?

Rui Miguel Tov
Ó Rui, obrigado pela chamada.

Já não é a primeira. Falei consigo há uns anos, no Restelo. Depois, entrevistei-o para o i.
Sério? Isso já é abuso de confiança. Vou bloquear o seu número [gargalhadas] [pausa] [mais gargalhadas, é a galhofa pegada]. Fala aí garoto.

Fala você Marinho, o que lhe ocorre quando falo de Guimarães e Belenenses?
[gargalhada abafada] Tanta, tanta, tanta coisa. Naquela altura, o jogador brasileiro era apreciado em Portugal e o treinador nem tanto. Basta ver que metade da seleção brasileira jogava em Portugal: Mozer, Ricardo e Valdo no Benfica, Silas no Sporting e Branco no Porto. De treinadores, poucos, muito poucos. Então quando alguém recebia uma proposta da Europa, de Portugal, era uma façanha daquelas, sabe? Quando o Pimenta Machado chamou-me, foi como um tremor de terra. A minha vida abanou. Favoravelmente, claro.

Isso é 1986-87?
Que época, essa, garoto. Ficámos em terceiro e fomos aos quartos-de-final da Taça UEFA. Do que mais me lembro é da primeira jornada, em Braga. Mal o sorteio definiu o dérbi do Minho, não me paravam de falar daquilo. Ia almoçar a um restaurante no centro e os empregados metiam-se comigo sobre Braga, Braga, Braga e mais Braga. A minha mulher entrava numa loja, eu ia junto e lá vinha a mesma conversa. Na rua, a mesma coisa. Eles viviam aquilo de uma forma bem intensa.

E como foi? O quê?
O dérbi em Braga? [gargalhadas] Percebi a pergunta, ‘tava a meter-me contigo. [mais gargalhadas] Ganhámos 1-0. Na semana seguinte, empatámos 2-2 com o Porto. Só perdermos à 7.ª jornada, na Luz. A partir daí, estabelecemo-nos no terceiro lugar, à frente do Sporting. O nosso plantel era fantástico, garoto. Jesus na baliza. Tenho uma história engraçada com ele.

Conta aí.
Num jogo em Madrid, com o Atlético. Tínhamos ganho 2-0 em casa e defendíamos a vantagem no Calderón. Aos 60 minutos, expulsaram-nos o Carvalho. Aos 67’, penálti contra nós. Eu gritava ‘ai meu Deus, ai meu Deus’ e o resto do pessoal do banco ‘ai Jesus, ai Jesus’. O Da Silva parte para a bola e o Jesus defende. Saltos, gritos, murros no tejadilho do banco. ‘Ai Jesus’ gritei eu para o campo e o pessoal partiu-se a rir. Era uma equipa fantástica. Os portugueses eram de seleção, os brasileiros de eleição, como Paulinho Cascavel, Ademir e Roldão, e depois os africanos N’Dinga, N’Kama e Basaúla. Aqueles três eram mais duros que pedra e jogavam prà caramba.

Paulinho Cascavel, melhor marcador do campeonato 86-87.
Esse cara é fera. Ele resolvia todos os problemas. Incrível. Nessa campanha da Taça UEFA, marcou um golo histórico, o 3-0 ao Groningen. Apurámo-nos para os quartos-de-final. Foi um cruzamento e ele meteu a cabeça. E a mão [lá vêm mais gargalhadas]. Ele meteu a mão. Os holandeses estavam loucos, atrás do árbitro. O treinador deles até entrou em campo. Eu só me ria daquilo. Topa o contexto, garoto: o Maradona tinha marcado um golo parecido seis meses antes, no Mundial do México. E, agora, era o Paulinho a fazer aquela manha. Que golo, que noite. O pessoal do Vitória cantava sem parar. Uma festança das grandes.

Do Vitória para o Belenenses.
Dois grandes anos no Belenenses. No primeiro, fomos terceiros no campeonato. No segundo, ganhámos a Taça. E não foi uma Taça qualquer. Eliminámos Porto e Sporting antes de bater o Benfica, lá no Jamor. Que época. Essa rapaziada do Belenenses ficou-me no coração. Para sempre. Começámos tão mal, com 7-1 nas Antas. E fomos subindo, aos poucos. Ganhámos ao Barcelona na Taça UEFA e garantimos o terceiro lugar a uma jornada do fim, naquele campeonato louco de 20 equipas. Portugal não tinha condições para passar de 16 para 20. Foi uma loucura.

E a Taça, outra loucura?
Nem me fala, garoto. Aquilo foi divinal. Dava-me bem com o Ricardo e o Mozer, éramos vizinhos no Restelo. Às vezes, jantávamos juntos. O que fiz então para a final? Proibi os meus jogadores de falar com os do Benfica. E eu também fiquei calado e mudo. Quando os dois autocarros chegaram ao Jamor, eles cumpriram o meu plano. Eu é que fiquei meio entalado, como vocês dizem aí. O Ricardo e o Mozer vieram falar-me, abraçar-me e eu a afastá-los. Eles, apanhados de surpresa, só me diziam ‘Olha esse aí metido a besta, vamos enchê-los de golos’. Os meus jogadores ouviram e foram para o balneário com o orgulho ferido, cheios de raiva. Quando entrámos em campo, foi para ganhar. Dois-um, a vitória é nossa.

Sem dúvida, o Cintra ligava-me volta e meia para casa e era chato, hein?! Às vezes, os telefonemas eram muito tarde, já noite alta.

Do Belenenses para o Sporting.
Foi o Sousa Cintra quem me contratou. Ele ainda é o homem das águas?

Agora até tem a cerveja Cintra e tudo.
Avisa ele que vou tomar todas quando for aí em Portugal.

Como era ele?
Queria ganhar muito o campeonato. Muito mesmo. Então, não gostava de perder nem de empatar. Às vezes, distanciava-se de mim. E depois aproximava-se de novo, quando passava o amuo [gargalhadas].

A sorte do Marinho era que não havia telemóveis, senão…
Sem dúvida, o Cintra ligava-me volta e meia para casa e era chato, hein?! Às vezes, os telefonemas eram muito tarde, já noite alta. Lembro-me agora de uma dessas chamadas, sobre o Careca. Ele estava a dar uma festa ou festança, sei lá. Eu dizia ao presidente ‘E você, quer que faça o quê? Amanhã, a gente resolve. Agora não tem como fazer alguma coisa.’ Ele era assim, muito impulsivo. Eu compreendia-o mas, naquele assunto ou noutros parecidos, ia fazer o quê? Acabar com a festa? Não tem isso não.



O Figo, por exemplo.
Fiiiigo. Sabe uma coisa, garoto? Quando cheguei lá, ele até era meio gordinho. Não gordo nem goooordo. Só um pouco acima da média. Super talentoso, claro. Mas gordinho. Numa reunião com o departamento médico, resolvemos desenvolver a sua parte muscular para ficar mais forte e imune aos choques dos adversários. Também havia o Peixe, lembra?

Claro, Bola de Ouro do Mundial-91.
É isso aí, o Sporting de então tinha jogadores sub-21 mais consagrados que os mais veteranos. Falo só de títulos, ‘tá bom? O Figo e o Peixe eram campeões do Mundo sub-20 e da Europa sub-16. Os outros tinham experiência, peso no balneário e poucos títulos. Uns mais que outros. O Luisinho era dos que tinha mais peso. Era especial, um back sen-sa-cio-nal [Marinho faz questão de dividir silabaticamente]. Agora, não havia como o Figo nem o Peixe. Quer saber uma coisa do Figo, ó garoto?

Chuta.
Uma vez, o Cruijff foi a Lisboa com o Barcelona. Ia jogar com o Benfica, acho. Taça Ibérica ou o que era. Mil-novecentos-e-noventa-e-dois ou assim. Jantámos juntos e ele, às tantas, pergunta-me pelo Figo. E eu digo ‘é craque da cabeça aos pés, vai ser campeão em todo o lado’. No segundo seguinte, arrependi-me e avisei-o ‘ó, não compra nada hein?!, deixa-o comigo mais uns anos, por favor’. Não consegui demovê-lo e o Cruijff foi mesmo buscar o Figo.

O Marinho e o Cruijff jogaram juntos no Barça, certo?
Dupla fantástica. Você tinha de ver, garoto.

Quem me dera. Lembra-se da estreia oficial pelo Barcelona, a 3 dezembro 1974 (4-0 ao Celta Vigo, em Camp Nou, para a Liga)?
Sinceramente, não! Foram tantos jogos que não dá para distinguir esse jogo com o Celta de outros. Lembro-me bem, isso sim, da minha estreia oficiosa, à noite, num particular com o Duisburgo. Mas as memórias dessa passagem por Barcelona são preciosas de mais, como no dia em que cheguei ao aeroporto de Barcelona e vi lá o Neeskens [avançado holandês do Barça] à minha espera. Isso é que foi uma receção.

Mas é natural um jogador esperar um reforço, assim sem mais nem menos?
Aí é que está. Não foi assim sem mais nem menos. No Mundial-74, o Brasil foi eliminado pela Holanda, que nos baralhou por completo com aquele futebol inovador em que, de repente, dois ou três adversários estavam perto da bola vindos sei lá de onde! Ainda aguentámos o 0-0 até ao intervalo, mas depois Neeskens e Cruijff marcaram e tiraram-nos da final. Durante a primeira parte, o Rivelino disse-me que o Neeskens estava a marcá-lo tão bem que ele nem conseguia dar dois toques seguidos na bola. Aí eu quis anular o Neeskens numa determinada jogada e dei-lhe uma brutal cotovelada, mas sem o árbitro ver. Acabei por lhe abrir o sobrolho. Seis meses depois, quando ele soube que eu ia aterrar em Barcelona, ofereceu-se para me receber, ao lado do presidente do clube. Qual não é o meu espanto quando estou a descer as escadas do aeroporto e vejo o cara [Neeskens] lá ao fundo. Fechei os olhos, respirei fundo, e quando os abri vi novamente o cara a apontar para o sobrolho e a rir-se. Aí fiquei mais descansado e também me ri. Que sorte, né?

E depois?
Ah, isso virou motivo de brincadeira diária entre nós. Cada vez que eu entrava no balneário antes ou depois de um treino ou de um jogo, todos os jogadores tapavam a cara, enquanto o Neeskens estava sempre a apontar para o sobrolho, às vezes durante os jogos! Dá p’ra acreditar?! Ele e o Cruijff eram divertidos de mais. Costumava almoçar todos os dias com o Neeskens. Tive de aprender holandês para falar com ele, porque o espanhol dele era tão fraquinho [gargalhada sonora]. E olha lá que ele estava em Barcelona há um ano e tanto, hein.

Quando foi a última vez que o viu?
Chiii… Já lá vai um tempo. Foi em 1999, no centenário do Barcelona. Todos os jogadores de todas as modalidades foram convidados. No jantar de comemoração, um integrante de cada uma das mesas devia falar à plateia e o Cruijff, malandro como sempre, escolheu o Hugo Sotil. Na nossa época de jogador, ele era um avançado peruano e, coitado, era um pouco ignorante. Então, ele foi ao palco, começou nervoso mas as palavras começaram a sair-lhe bem, até de mais, ao ponto de se empolgar consigo mesmo, e despedir-se assim: “Espero rever-vos no próximo centenário.” Agora imagina, todos os ex-jogadores do Barcelona de todas as modalidades, mais presidentes da UEFA, FIFA, federação espanhola, catalão, etc. Quando o Sotil voltou a sentar-se na nossa mesa, o Cruijff pegou no pé dele e não parou mais. Bom, agora só faltam uns quê? Oitenta-e-tal anos para o Sotil nos rever [gargalhas, again].


Cruijff como companheiro. Antes tinha jogado com Pelé, no Santos. Como era a convivência com o rei do futebol?
Fácil, porque ele foi o máximo. Cuidava-se como ninguém, dentro e fora do campo, e dava o exemplo, ao contrário de outros talentos mundiais. Costumava dizer-nos: “Não tomem golos que a gente os faz”, como quem diz, vocês aí da defesa cuidem da baliza que nós do ataque vamos fazer a nossa parte. E havia coisas inexplicáveis, sobretudo nas digressões mundiais. Numa ocasião, depois da Austrália, parámos em Cabul, no Afeganistão. Havia uma peregrinação de muçulmanos que pararam imediatamente quando se aperceberam da presença do Pelé. Até paravam as guerras só para ver Pelé jogar! No Senegal e no Egito, por exemplo, aconteceu isso.

Nesses dois anos em Barcelona, quem lhe marcou mais?
Rinus Michels. Esse treinador era um espetáculo. Sabia que fui o único brasileiro a ser treinado por ele? Na estreia oficiosa pelo Barcelona, ele não parava de me fazer sinais para subir no terreno. Pôxa, nunca tinha jogado assim e disse-lhes isso mesmo no balneário, ao intervalo. Mas o Rinus queria uma defesa ofensiva e eu tive de aprender essa marcação à zona com pressão. Mais tarde, quando saí do Barça para voltar ao Brasil, difundi esse esquema entre os brasileiros. O Scolari, por exemplo. Ele jogava no Caxias, eu no Internacional de Porto Alegre, e ficávamos horas a falar sobre táticas do presente e do futuro. Mas porquê o regresso ao Brasil? Na segunda época, o Barça trocou de treinador. Saiu o Rinus Michels e entrou o alemão Hennes Weisweiler, que era de uma escola diferente que privilegiava a marcação individual, o que entrava em choque com a cultura dos nossos jogadores, como Cruijff e Neeskens, e até a do próprio clube. Mas os problemas não se ficaram por aí. Em plena ditadura de Franco, eles [espanhóis] chamaram-me para a tropa. Naquele tempo, a lei da FIFA dizia que um clube só podia ter três estrangeiros no plantel, dois deles em campo. Ora, como eu sou filho de pais espanhóis, fui contratado como espanhol, com passaporte e tudo, o que deixava espaço para Cruijff, Neeskens e Sotil. Mas o Franco chamou-me à tropa e não houve como dar a volta à situação. Argumentei que já tinha feito a tropa no Brasil, o que era verdade. Para quê? Eles tiraram-me os documentos. Tive de voltar ao Brasil. Mas já tenho novamente o passaporte espanhol.

Nesse período em Espanha, deu para sentir a rivalidade Barcelona-Madrid?
No campo, não. Os jogadores conheciam-se e assumiam as suas responsabilidades. Lembro-me do fortão do Camacho [antigo treinador do Benfica], do bigodão do Del Bosque [ex-selecionador de Espanha], da cabeleira afro do alemão Breitner. Mas a rivalidade é intensa fora do campo, entre adeptos, jornalistas e políticos, porque há uma grande diferença cultural. Quando cheguei a Barcelona, uns jornalistas fizeram-me perguntas em catalão e respondi que esse dialeto era difícil. Ficaram ofendidos e disseram-me que o catalão era um idioma mais antigo até que o castelhano.

Última pergunta.
Tranquilo, você pára quando quiser. É a sua última entrevista comigo mêmo [e ri-se a bandeiras despregadas].

Como é que o Marinho chega a capitão do Brasil, ainda por cima num Mundial?
É curioso, isso. No Brasil, a cultura do capitão não é como aí na Europa. Aqui, é o cara mais recuado do campo, fora o guarda-redes. O número 3, vá. O selecionador Mário Zagallo chegou ao pé de mim e perguntou-me ‘você fala português, inglês e espanhol?’. Um pouquinho, respondi eu. ‘Então a braçadeira é sua. Parabéns.’

Parabéns, digo eu. Obrigado pelo tempo Marinho. Abraço e tudo de bom.
Tudo de bom para você e toda a turma aí
.

Deus Menor

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Re: O cantinho do SPORTING CLUBE DE PORTUGAL- UM BATE PAPO
« Responder #7184 em: 2016-09-16 20:19:54 »
Acho que Portugal está a a interiorizar um sentimento de pequenez, o que interessa é perder por poucos. O ano passado o Benfica foi elogiado num jogo que perdeu contra o Bayern e este ano o JJ declara-se o maior por ter estragado tudo ao ser expulso.
Esta mentalidade começa a fazer lembrar (e é preocupante porque somos campões de Europa em selecções) a selecção de raguebi em 2007 cujo objectivo no jogo contra a Nova Zelandia era perder por menos de 100 pontos (e aí era realismo e não pequenez já que se tratava de uma equipa de amadores pela 1ª vez num mundial).

Alguma vez jogaste futebol?

Zenith

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Re: O cantinho do SPORTING CLUBE DE PORTUGAL- UM BATE PAPO
« Responder #7185 em: 2016-09-16 21:45:53 »
Se alguma vez tive um contrato profissional a resposta é não.
Mas joguei sim, e atualmente entre colegas todas as semanas temos um jogo de futsal (bem ainda não recomeçamos depois das férias).
Deve ser limitação minha mas não estou a ver o porquê da pergunta. 

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Re: O cantinho do SPORTING CLUBE DE PORTUGAL- UM BATE PAPO
« Responder #7186 em: 2016-09-17 00:03:25 »
Se alguma vez tive um contrato profissional a resposta é não.
Mas joguei sim, e atualmente entre colegas todas as semanas temos um jogo de futsal (bem ainda não recomeçamos depois das férias).
Deve ser limitação minha mas não estou a ver o porquê da pergunta.

Se o Mourinho chegou onde chegou nao foi a pensar que poderia disputar o 2º lugar com o Braga nem ambicionar a  liga Europa ou champions nos 8ºs ou 4ºs

Zenith , ate parece um pensamento algo British....

tommy

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Re: O cantinho do SPORTING CLUBE DE PORTUGAL- UM BATE PAPO
« Responder #7187 em: 2016-09-18 21:01:17 »
ahahahaha 3 no melhor treinador do universo e arredores.  :D  ;D

« Última modificação: 2016-09-18 21:05:01 por AD »

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Re: O cantinho do SPORTING CLUBE DE PORTUGAL- UM BATE PAPO
« Responder #7188 em: 2016-09-18 21:12:11 »
epa tantos , grande rio ave   :o

deMelo

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Re: O cantinho do SPORTING CLUBE DE PORTUGAL- UM BATE PAPO
« Responder #7189 em: 2016-09-19 10:21:57 »
Tenho o JJ como o melhor treinador a actuar em Portugal.

Mas este "endeusamento" self entitled começa a não fazer sentido nenhum. E parece que cada vez está pior....
Estes últimos dias, desde o jogo em Madrid, tem sido uma estupidez.
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Re: O cantinho do SPORTING CLUBE DE PORTUGAL- UM BATE PAPO
« Responder #7190 em: 2016-09-19 10:43:21 »
Posso estar errado , mas ... eu acho que ele ainda ambiciona treinar la fora... com sorte vai para o Cordoba.

Na realidade ele ainda nao percebeu que aparecem cada vez mais treinadores formados , " jovens" e com experiencia de bola....
Resumindo ha quem saiba trabalhar e estudar o trabalho dos outros.

Elder

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Re: O cantinho do SPORTING CLUBE DE PORTUGAL- UM BATE PAPO
« Responder #7191 em: 2016-09-19 11:39:48 »
O grande rival do Jesus é o próprio Jesus.

No ano passado, aquela desvalorização toda de que o SLB não era nada sem ele, uniu a equipa do rival e foi o que foi.

Este ano, quando a coisa estava a começar a correr bem, vem novamente este discurso do "só eu faço, só eu consigo, só eu, eu, eu" para rebentar com a confiança/vontade dos jogadores da própria equipa.

deMelo

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Re: O cantinho do SPORTING CLUBE DE PORTUGAL- UM BATE PAPO
« Responder #7192 em: 2016-09-19 11:49:27 »
Vou aguardar pela evolução do discurso dele nos próximos tempos..

Estou curioso, depois de 2 derrotas... para ver se ele continua tão forte.  :-\
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Re: O cantinho do SPORTING CLUBE DE PORTUGAL- UM BATE PAPO
« Responder #7193 em: 2016-09-19 11:51:13 »
Vou aguardar pela evolução do discurso dele nos próximos tempos..

Estou curioso, depois de 2 derrotas... para ver se ele continua tão forte.  :-\

Duas?  Deves estar equivocado.... Em Madrid não foi ele que perdeu.... Foi os adjuntos.

E para alguns lagartos nem sequer pode ser considerado uma derrota.
Em memória do grande DeMelo: "PQP... gajo chato fdx."

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Re: O cantinho do SPORTING CLUBE DE PORTUGAL- UM BATE PAPO
« Responder #7194 em: 2016-09-19 11:53:50 »
O proprio Vitoria mudou um pouco , e ja teve de se corrigir do eu para o nos , mas foi um pormenor .

Em 3 jornais so 1 é que colocou o Rio Ave na capa e o nome Nuno capucho...., big balls por parte do " o jogo" , ja ganharam uns pontos a favor.
Os outros dois pasquins é so jesus e scp na capa.

tommy

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Re: O cantinho do SPORTING CLUBE DE PORTUGAL- UM BATE PAPO
« Responder #7195 em: 2016-09-19 12:35:41 »
Vou aguardar pela evolução do discurso dele nos próximos tempos..

Estou curioso, depois de 2 derrotas... para ver se ele continua tão forte.  :-\

Duas?  Deves estar equivocado.... Em Madrid não foi ele que perdeu.... Foi os adjuntos.

E para alguns lagartos nem sequer pode ser considerado uma derrota.

ahahahah o que eu me ri agora com esta.  ;D

deMelo

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Re: O cantinho do SPORTING CLUBE DE PORTUGAL- UM BATE PAPO
« Responder #7196 em: 2016-09-19 16:20:26 »
http://www.zerozero.pt/news.php?id=181125

Este tipo de lances é potencialmente perigoso. Empurrar um defesa contra o guarda-redes...
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Re: O cantinho do SPORTING CLUBE DE PORTUGAL- UM BATE PAPO
« Responder #7197 em: 2016-09-19 16:26:15 »
 Pelos vistos os Ingleses vao estranhamente fechar os olhos , penso que ele nao foi sancionado/penalizado nem tencionam faze lo (acho eu )

Este tipo de gente nao é nada.... , aprendeu com o seu mestre sem valores. Empurrou um colega de profissao por pura maldade e acabou com a sua actividade profissional durante meses....

deMelo

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Re: O cantinho do SPORTING CLUBE DE PORTUGAL- UM BATE PAPO
« Responder #7198 em: 2016-09-19 16:47:23 »
O arbitro mostrou-lhe amarelo.

E se virmos bem, é mais que suficiente para o lance em questão.

O problema é que há muitos que passam sem cartão. E é um lance tantas vezes visto nos jogos....
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Joao-D

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Re: O cantinho do SPORTING CLUBE DE PORTUGAL- UM BATE PAPO
« Responder #7199 em: 2016-09-19 17:09:04 »
desta vez não foi por causa de Jesus que perderam


Por acaso, foi muito engraçado terem perdido depois do q o J disse.