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Autor Tópico: "Presidenta"? Ou "a Presidente"?  (Lida 11061 vezes)

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Re: "Presidenta"? Ou "a Presidente"?
« Responder #20 em: 2015-12-12 12:02:09 »
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Lula da Silva culpabiliza colonização portuguesa pelos atrasos na Educação do Brasil

lusa.pt|13:14, 11 dez



O ex-presidente do Brasil Lula da Silva culpabilizou hoje a colonização portuguesa pelos atrasos na educação brasileira, afirmando que Álvares Cabral descobriu o país em 1500 e a primeira universidade brasileira apenas foi criada em 1922.

"Eu sei que isto não agrada aos portugueses, mas Cristóvão Colombo chegou a Santo Domingo [atual República Dominicana] em 1492 e em 1507 já ali tinha sido criada a Universidade. No Peru em 1550, na Bolívia em 1624. No Brasil a primeira universidade surgiu apenas em 1922", disse hoje Lula da Silva, numa conferência em Madrid, organizada pelo diário El País.

Para Lula da Silva, que comparou as atitudes dos países colonizadores Espanha e Portugal nas respetivas áreas de influência, este facto "justifica os atrasos na educação do Brasil".

A primeira universidade brasileira foi a Universidade do Rio de Janeiro, que resultou na junção das Faculdades de Medicina, Direito e Engenharia. Ao contrário de outras ocasiões, Lula da Silva não referiu que as bases do Ensino Superior brasileiro foram lançadas muito antes, no final de século XVII e XVIII.

Em 1792, foi criada a Real Academia de Artilharia, Fortificação e Desenho, instituição de ensino superior precursora da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Em 1808 foi criada a Faculdade de Medicina da Baía, na sequência da chegada ao Brasil da Coroa portuguesa.

O Brasil tornou-se independente de Portugal em 1822.

A argumentação de Lula da Silva em Madrid visava sobretudo as "elites brasileiras" dos últimos 100 anos, em comparação com o "legado" dos seus anos à frente do Brasil. Lula argumenta que o seu Governo triplicou o orçamento da Educação, construiu 18 novas universidades federais, 173 novos "campus" no interior do Brasil e três vezes mais escolas técnicas do que últimos 100 anos.
« Última modificação: 2015-12-12 12:02:34 por Batman »

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Re: "Presidenta"? Ou "a Presidente"?
« Responder #21 em: 2016-03-09 13:49:40 »
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A perseguição ao PT pode não levar ao impeachment - mas a algo bem mais perigoso

Lula e Dilma estão no banco dos réus. De lá jamais sairão. Uma eventual condenação abrirá a porta para novas acusações. Mas nem precisa. Mesmo se inocentados, permanecerão sob fogo cerrado. A missão de longo prazo é impedir Lula de voltar a concorrer para presidente. A missão imediata é impedir Dilma o quanto antes. O show de hoje, e de todo dia, é para atingir esse objetivo. Show que não tem data para acabar.

Texto integral: https://www.linkedin.com/pulse/persegui%C3%A7%C3%A3o-ao-pt-pode-n%C3%A3o-levar-impeachment-mas-algo-forastieri?trk=eml-b2_content_ecosystem_digest-recommended_articles-46-null&midToken=AQE-W83hTFGwsA&fromEmail=fromEmail&ut=1pPJ72OIdmGT81

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Re: "Presidenta"? Ou "a Presidente"?
« Responder #22 em: 2016-03-15 08:37:58 »
.......detalhes do depoimento registado de Lula à PF....eh.eh...... 8)


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.......O Ministério Público Federal (MPF) e a Polícia Federal acreditam ter encontrado indícios de que Lula recebeu vantagens indevidas, como um apartamento e reformas em imóveis, além de doações e pagamentos por palestras via Instituto Lula e a empresa LILS Palestras, que pertence ao ex-Presidente.

Segundo o MPF, o instituto recebeu de empreiteiras investigadas na “Lava Jato” cerca de 20 milhões de reais (4,96 milhões de euros) em doações e a LILS Palestras recebeu 10 milhões de reais (2,48 milhões de euros).

Os responsáveis pela investigação querem descobrir se os recursos vieram de desvios da Petrobras e se foram usados de forma legal.

O Instituto Lula transferiu parte do dinheiro para empresas de filhos do ex-Presidente, e o MPF quer apurar se os serviços foram efectivamente prestados.

Questionado sobre as doações para as suas campanhas, Lula respondeu que "um Presidente da República que se preze não discute dinheiro de campanha, se ele quiser ser presidente de facto e de direito ele não discute dinheiro de campanha".

Em resposta à Polícia Federal, o ex-líder brasileiro afirmou que decidiu não comprar o apartamento em Guarujá por considerá-lo inadequado para viver com a família.

Lula classificou a investigação sobre o apartamento de "sacanagem homérica" e criticou a imprensa por, segundo ele, lhe atribuir a propriedade do imóvel.

Sobre o sítio em Atibaia, Lula referiu que o imóvel pertence a Fernando Bittar e Jonas Suassuna, "com registo em cartório em Atibaia, comprado com cheque administrativo" e que isso já foi provado.

Quanto às remunerações por palestras, Lula disse que as empresas interessadas procuram o Instituto Lula e que ele cobra 200 mil dólares (180 mil euros).

http://rr.sapo.pt/noticia/49324/lula_admite_que_o_seu_instituto_tenha_pedido_doacoes?utm_source=rss

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Re: "Presidenta"? Ou "a Presidente"?
« Responder #23 em: 2016-03-15 21:09:32 »
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Lula aceitou ser ministro.

Anúncio foi adiado por causa de novo escândalo

O ex-Presidente do Brasil aceitou ser ministro no governo de Dilma Rousseff mas o anúncio foi adiado, de acordo com a Folha de São Paulo. Em causa está a denúncia feita pelo ex-senador do Partido Trabalhista (PT), Delcídio do Amaral, à Procuradoria Geral da República, que quebrou o silêncio e acusou Dilma e Lula de estarem envolvidos na "Lava Jato" e no "Mensalão".

http://24.sapo.pt/article/sapo24-blogs-sapo-pt_2016_03_15_431901533_lula-aceitou-ser-ministro--anuncio-foi-adiado-por-causa-de-novo-escandalo

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Re: "Presidenta"? Ou "a Presidente"?
« Responder #24 em: 2016-03-16 23:44:03 »
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Tribunal divulga telefonema entre Lula e Dilma

TSF, 16 de MARÇO de 2016

O Tribunal Federal tornou pública uma conversa em que a Presidente diz que vai enviar um documento que dá imunidade a Lula, mas que só deve usado "em caso de necessidade".

São declarações divulgadas pela televisão Globo.

O telefonema entre Lula e Dilma

A comunicação social brasileira está a divulgar a gravação de uma chamada telefónica feita esta tarde, era uma e meia em Brasília, em que os intervenientes são Dilma Roussef e Lula da Silva.

O registo foi tornado publico com a autorização do juiz federal que conduz a investigação lava jato. Na conversa, a Presidente informa o futuro ministro - que só deverá tomar posse no início da próxima semana - que lhe vai enviar já o documento de investidura. Um documento que garante imunidade a Lula, mas que só deverá ser assinado "em caso de necessidade", diz a Presidente no telefonema.

É a mensagem transmitida por Dilma depois de Lula atender a chamada. A gravação começa com os assessores e pelo meio há um breve interlúdio musical. Ao estilo bossa nova.

Os investigadores da operação Lava Jato interpretam este diálogo como uma tentativa de Dilma de evitar uma eventual prisão de Lula. Se houvesse um mandado do juiz, de acordo com essa interpretação, Lula mostraria o termo de posse como ministro e, em tese ficaria livre da prisão.

Transcrição da conversa:

- Dilma: Alô
- Lula: Alô
- Dilma: Lula, deixa eu te falar uma coisa.
- Lula: Fala, querida. Ahn
- Dilma: Seguinte, eu tô mandando o 'Bessias' junto com o papel pra gente ter ele, e só usa em caso de necessidade, que é o termo de posse, tá?!
- Lula: Uhum. Tá bom, tá bom.
- Dilma: Só isso, você espera aí que ele tá indo aí.
- Lula: Tá bom, eu tô aqui, fico aguardando.
- Dilma: Tá?!
- Lula: Tá bom.
- Dilma: Tchau.
- Lula: Tchau, querida.


Incognitus

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Re: "Presidenta"? Ou "a Presidente"?
« Responder #25 em: 2016-03-17 02:30:19 »
Uma cáfila de bandidos ...
"Nem tudo o que pode ser contado conta, e nem tudo o que conta pode ser contado.", Albert Einstein

Incognitus, www.thinkfn.com

Robusto

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Re: "Presidenta"? Ou "a Presidente"?
« Responder #26 em: 2016-03-17 11:56:25 »
Uma cáfila de bandidos ...
E tudo feito às claras, sem a menor das vergonhas.

Deus Menor

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Re: "Presidenta"? Ou "a Presidente"?
« Responder #27 em: 2016-03-17 12:38:27 »
Uma cáfila de bandidos ...
E tudo feito às claras, sem a menor das vergonhas.

Aqui como no caso Sócrates, estas pessoas perdem a noção da realidade.
O poder cega de tal forma que eles acham, que está tudo bem e que nós é que estamos mal.

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Re: "Presidenta"? Ou "a Presidente"?
« Responder #28 em: 2016-03-17 13:08:42 »
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Conversa entre Dilma e Lula pode indiciar obstrução à Justiça

D.N.

A questão está em discussão no Brasil, com vários especialistas a considerarem que a presidente cometeu um crime. Mas também há quem questione a legalidade da escuta.

"Diálogo com Lula ameaça Dilma e traz indícios de obstrução à Justiça", escreve em título o jornal O Globo. "Especialistas citam obstrução da Justiça; outros contestam gravação", lê-se na Folha de São Paulo.

A questão está em destaque na imprensa brasileira. A conversa telefónica entre a presidente brasileira e o ex-presidente, já depois de este ser anunciado como futuro chefe da Casa Civil, pode ou não configurar um crime de obstrução à Justiça?

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, está convencido que sim e vai abrir um inquérito, avança a Veja.

Carlos Velloso, ex-ministro do Supremo Tribunal Federal, ouvido pelo O Globo, diz que "tudo indica que sim", que houve obstrução. "Acho esse diálogo um absurdo. Um absurdo porque revela a nomeação do ex-presidente Lula para o ministério simplesmente para que ele escapasse de uma investigação do juizado federal de Curitiba. É o que se constata desse diálogo. Um diálogo altamente antirrepublicano", diz.

"O conteúdo da gravação é um fortíssimo indício de um desvio de finalidade da nomeação de Lula como ministro, o que pode se caracterizar numa eventual tentativa de obstrução da Justiça. Não é uma prova cabal, mas um forte indício, que pode levar à nulidade dessa nomeação", defende ao mesmo jornal Fernando Castelo Branco, do Instituto de Direito Público.

Na Folha de São Paulo, os especialistas defendem que Dilma violou duas alíneas do artigo 85 da Constituição, "que classificam como crime de responsabilidade atos da presidente contra o livre exercício do legislativo, do Judiciário, do Ministério Público e dos poderes constitucionais das unidades da Federação; e contra a probidade na administração".

Na opinião do advogado do ex-Presidente brasileiro, a divulgação de escutas de conversas telefónicas do seu cliente "estimula a convulsão social". "Este ato [divulgar os áudios] está estimulando uma convulsão social e isso não é papel do judiciário", disse o advogado de Lula, Cristiano Zanin Martins, citado pela Lusa.

O causídico considerou não haver necessidade de quebrar o sigilo telefónico do ex-Presidente, alegando que se tratou de uma decisão arbitrária.

"A arbitrariedade depende do conteúdo da conversa telefónica. Não se pode falar em obstrução da Justiça, já que o ex-Presidente não é réu", acrescentou o advogado.

O Palácio do Planalto, por seu lado, qualifica a iniciativa do juiz Sérgio Moro, de autorizar a divulgação pública das escutas telefónicas, como uma "afronta aos direitos e garantias da Presidência da República".

Lula e Dilma gravados a combinar plano para evitar prisão dele
 
Por outro lado, há quem questione a legalidade da escuta, divulgada pelo juiz Sérgio Moro, que lidera o grupo responsável pelas investigações de corrupção na Petrobras. As conversas entre Dilma e Lula foram gravadas antes de Dilma Rousseff anunciar publicamente que Lula seria ministro chefe da Casa Civil.

Entretanto, já hoje, segundo o jornal O Globo e a Veja, o juiz já havia determinado a suspensão das escutas quando estas foram feitas. A Polícia Federal explica que a interrupção das escutas é efetuada pelas empresas de telecomunicações e que, mal recebeu a notificação do juiz, enviou-a às mesmas. Desde o envio até ao cumprimento da decisão são intercetadas algumas ligações, diz a Polícia Federal, cabendo ao juiz decidir sobre a sua utilização no processo.

Joao-D

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Re: "Presidenta"? Ou "a Presidente"?
« Responder #29 em: 2016-03-17 14:20:09 »
"Vou implantar o Socialismo no Brasil", diz Lula em 91.

Acho uma vergonha o que se está a passar no Brasil.


Se a moda pega cá, o Sócrates ainda vai para ministro...

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Re: "Presidenta"? Ou "a Presidente"?
« Responder #30 em: 2016-03-18 10:40:43 »
....principio do fim,......"presidenta".....eh.eh..... :P

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Dilma notificada do início do seu processo de destituição
   
Jornal de Notícias, 10 horas atrás

Como havia sido anunciado logo após a aprovação do nome dos elementos da comissão especial, a notificação do início do processo foi entregue no Palácio do Planalto pelo primeiro-secretário da Câmara dos Deputados, Beto Mansur, do Partido Social Democrático (PSD).

O deputado também entregou o texto na íntegra do pedido de 'impeachment' apresentado pelos juristas Hélio Bicudo e Miguel Reale Junior, que motivou o início do processo e a formação de uma comissão.

Na tarde de hoje, o congresso aprovou uma lista de 65 deputados federais indicados pelos líderes dos 24 partidos com assento parlamentar.

A comissão funcionará até um máximo de quinze sessões no plenário da Câmara. Destas, dez sessões serão destinadas à apresentação da defesa da Presidente Dilma e outras cinco para a votação do relatório dos parlamentares.

O pedido de destituição baseia-se na acusação de que a presidente brasileira realizou "pedaladas fiscais" ao autorizar adiantamentos de dinheiro realizados por instituições financeiras, a Caixa Económica Federal e Banco do Brasil, como manobras para mascarar, momentaneamente, as contas públicas.

itg00022289

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Re: "Presidenta"? Ou "a Presidente"?
« Responder #31 em: 2016-03-18 12:11:11 »
....principio do fim,......"presidenta".....eh.eh..... :P

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O pedido de destituição baseia-se na acusação de que a presidente brasileira realizou "pedaladas fiscais" ao autorizar adiantamentos de dinheiro realizados por instituições financeiras, a Caixa Económica Federal e Banco do Brasil, como manobras para mascarar, momentaneamente, as contas públicas.
Isso é um bom princípio e é pena que em Portugal não se tenha utilizado.

Local

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Re: "Presidenta"? Ou "a Presidente"?
« Responder #32 em: 2016-03-18 13:40:02 »
O Alberto João está em tribunal por causa dessas "pedaladas fiscais".
“Our values are human rights, democracy and the rule of law, to which I see no alternative. This is why I am opposed to any ideology or any political movement that negates these values or which treads upon them once it has assumed power. In this regard there is no difference between Nazism, Fascism or Communism..”
Urmas Reinsalu

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Re: "Presidenta"? Ou "a Presidente"?
« Responder #33 em: 2016-03-19 03:46:38 »
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Re: "Presidenta"? Ou "a Presidente"?
« Responder #34 em: 2016-03-20 23:37:27 »
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Quase dois terços dos deputados pensam que a Presidente será destituída do cargo

Quase dois terços (62%) dos deputados brasileiros pensam que a Presidente brasileira, Dilma Rousseff, acusada de forjar as contas públicas, será destituída pelo Congresso, segundo uma pesquisa de opinião publicada hoje pelo jornal O Dia.

http://24.sapo.pt/article/lusa-sapo-pt_2016_03_20_617035914_quase-dois-tercos-dos-deputados-pensam-que-a-presidente-sera-destituida-do-cargo

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Re: "Presidenta"? Ou "a Presidente"?
« Responder #35 em: 2016-04-17 12:51:05 »
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E agora Brasil ? Câmara dos Deputados vota hoje destituição de Dilma

A imprensa brasileira dá como certo que o pedido de impeachment vai ser aprovado, mas as últimas horas foram marcadas por informações contraditórias por parte do Governo e da oposição.

http://www.tsf.pt/internacional/interior/e-agora-brasil-camara-dos-deputados-vota-hoje-destituicao-de-dilma-5130205.html

JoaoAP

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Re: "Presidenta"? Ou "a Presidente"?
« Responder #36 em: 2016-04-17 22:30:25 »
.

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Re: "Presidenta"? Ou "a Presidente"?
« Responder #37 em: 2016-04-18 11:18:33 »
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Quais são os próximos passos do processo de "Impeachment"?

AFP, 10:21

A Câmara dos Deputados aprovou neste domingo por maioria de mais de dois terços a abertura de um julgamento de "Impeachment" contra a presidente Dilma Rousseff por alegada adulteração de contas públicas.

Dilma nega ter cometido "crime de responsabilidade" e denuncia uma tentativa de "golpe de Estado".

A próxima batalha será travada no Senado, a menos que o governo recorra a instâncias judiciais.

Estes são os passos que o processo poderia seguir na Câmara alta.

O Senado tem a palavra

O Senado, de 81 membros, vai formar uma comissão de 21 senadores, que vai dar a sua opinião sobre a admissibilidade do processo. Para que o impeachment seja aprovado no plenário do Senado e se instaure o processo, é necessária maioria simples (metade mais um) dos legisladores presentes, uma vez alcançado o quórum de 42 senadores. Se não conseguir este apoio, o processo é arquivado.

Veja também: O que deve saber sobre a crise política no Brasil: http://24.sapo.pt/article/sapo24-blogs-sapo-pt_2016_03_19_1614565837_o-que-deve-saber-sobre-crise-politica-no-brasil

Analistas consideram improvável que, se for o caso, o Senado rejeite uma decisão que já teve o aval da Câmara dos deputados e de uma comissão própria na qual estão representados todos os partidos da Câmara alta.

Afastamento e julgamento final: três meses para recolha de provas

Se o Senado validar a abertura de um julgamento de impeachment, Dilma seria afastada provisoriamente das suas funções durante um máximo de 180 dias para dar lugar ao processo propriamente dito. Ela seria substituída, então, pelo seu vice-presidente, Michel Temer, do PMDB. Segundo os especialistas, somente nesse momento começaria a verdadeira recolha de provas e depoimentos.

Veja também: Brasil: um retrato dos últimos 14 anos: http://24.sapo.pt/article/sapo24-blogs-sapo-pt_2016_04_09_419685768_brasil--um-retrato-dos-ultimos-14-anos

A sessão final do julgamento também seria celebrada no plenário do Senado, sob a direção do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF). São necessários dois terços dos votos (54 de um total de 81), para destituir definitivamente a presidente, qualquer que seja o número de presentes. Caso contrário, Dilma reassumiria imediatamente as suas funções. Nesta sessão única, o presidente do Senado pode votar porque não a dirige.

Veja também: No Brasil, os acusadores que pedem o impeachment também são acusados: http://24.sapo.pt/article/sapo24-blogs-sapo-pt_2016_04_16_177556182_no-brasil--os-acusadores-que-pedem-o-impeachment-tambem-sao-acusados
« Última modificação: 2016-04-18 11:19:28 por Batman »

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Re: "Presidenta"? Ou "a Presidente"?
« Responder #38 em: 2016-05-08 00:47:22 »
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Brasil: Golpe contra o golpe, para evitar um contra-golpe

SAPO 24, 00:05, 07 mai

Maior produtor mundial de novelas, o Brasil está agora a produzir a maior novela do mundo. Primeiro, porque é real, isto é, afecta a vida de 205 milhões de pessoas; segundo porque tem um guião que renova permanentemente a sua imprevisibilidade; terceiro, porque, apesar de ser terrivelmente real, tem um desenvolvimentos absurdamente surrealistas.

Brasil: Golpe contra o golpe, para evitar um contra-golpe

Na madrugada de quinta para sexta feira, os telespectadores foram surpreendidos com uma nova peripécia que, apesar de ter estado sempre no horizonte, não se esperava que ocorresse imediatamente. Isto é o melhor que se consegue em matéria de ficção: mostrar o inevitável, sugerir que pode ser evitável e, quando já se pensa que foi evitado, acontecer de repente, tornando o futuro (im)provável no presente inexorável! Mas não é ficção: Eduardo Cunha, considerado o pior bandido (numa competição de bandidos de nível olímpico) e o mais inexpugnável dos protagonistas, de repente é atropelado por um rolo compressor e esfrangalhado para a berma da estrada onde, apesar de desfeito, ainda se pensa que poderá manter o protagonismo.

Para compreender tudo isto, o que não é fácil, torna-se necessário esquematizar os antecedentes. Eduardo Cunha, do PMDB, é (era, até quinta, dia 5) o Presidente da Câmara dos Deputados, a câmara baixa do Congresso bicameral brasileiro. Assumidamente evangélico, Cunha é considerado um dos parlamentares mais conservadores do país. No Congresso Nacional desde 2003, tem se notabilizado como defensor de valores tradicionais, por exemplo, posicionando-se contra a união de pessoas do mesmo sexo, a descriminalização do aborto e a liberalização do consumo de canabis.

Em 2010, apresentou um projecto para criminalizar o "preconceito contra os heterossexuais" e é o autor do projecto para a instituição do "Dia do Orgulho Heterossexual" e de outro para punir com prisão de até 10 anos os médicos que auxiliarem mulheres a fazer aborto. Mas os valores morais de Cunha não chegam à sua prática cívica: em Agosto do ano passado foi denunciado no processo Lavajato por corrupção e lavagem de dinheiro. São do domínio público provas de que ele, a mulher e a filha têm cinco milhões de dólares em contas na Suíça. Há fotocópias dos depósitos e saldos, assinaturas, tudo o que é necessário para indiciação. Mas os congressistas brasileiros estão a coberto daquilo a que se chama "foro previlegiado"; só podem ser indiciados e julgados pelo Supremo Tribunal (STF). Estranhamente, ou não tão estranhamente assim, o STF não tomou qualquer acção em relação a Cunha.

Entretanto, em Janeiro deste ano, Cunha entrou em rotura com o Governo de Dilma Rousseff (o PMDB fazia parte da coligação que apoiava o PT no poder) e iniciou o processo de impeachment da Presidenta, baseando-se em acusações de gastos excessivos e escondidos. É a discussão sobre se estes gastos são motivo para impedimento de Dilma que gerou a interminável disputa sobre se há ou não há um golpe para derrubar a Presidenta.

Eduardo Cunha é o rosto do impeachment: foi ele que levou a questão para o Congresso e foi ele que conseguiu que a Câmara dos Deputados votasse a favor naquela sessão picaresca que ficou famosa pelas declarações ridículas dos deputados, a que Cunha presidiu impávido. Certamente Cunha é o político mais odiado pela opinião pública brasileira, ainda mais do que Lula ou Dilma; o PT e os que são contra o impeachment, porque sabem do seu papel preponderante no processo; os que são a favor, porque o reconhecem como ultra-reaccionário em questões morais e um corrupto que tudo tem feito para se manter no poder, inclusive articular os trabalhos da Câmara, desviando a atenção dos processos em que está envolvido.

Estes são os antecedentes. O que aconteceu na quinta-feira foi que o partido de Marina Silva (REDE) apresentou ao STF um pedido de impedimento de Cunha, baseando-se nos processos contra ele. A intenção de Marina era impedir o impeachment da Presidenta através de um truque processual; se Cunha fosse impedido, todos os actos ocorridos durante a sua permanência como Presidente da Câmara seriam nulos, inclusive o impeachment de Dilma. Marina, que foi aliada de Dilma mas já não é, quer que a Presidenta continue no cargo até ao final, em 2018, porque acha que assim ela, Marina, tem mais hipóteses de ganhar a eleição presidencial.

Perante este quadro, dois dos conselheiros do STF decidiram por conta própria (isto é, sem consultar os restantes) andar com o processo contra Cunha que estava parado, suspendendo-o imediatamente do cargo. É que com a suspensão os actos anteriores da Câmara, inclusive o impeachment da Presidenta, continuam válidos. Claro que não falta quem critique o STF pela decisão, uma vez que mantém o processo de impeachment de Dilma; como não falta quem festeje a queda de Cunha, carinhosamente chamado de "o meu bandido preferido" por todos aqueles que querem que Dilma desapareça de cena.

Para já, Cunha perde a imunidade de ser julgado, mas continua a só poder sê-lo pelo mesmo STF que o suspendeu, o que quer dizer que ainda tem como recorrer aos seus expedientes e chantagens para que o processo não avance.

É uma perda de prestígio importante, mas não é o seu fim.

Também para já, o processo de Dilma continua os trâmites legais. É opinião geral que ela está perdida. Corre no Planalto que está muito deprimida e a tomar anti-depressivos em excesso. Os seus discursos são cada vez mais desconexos. Quem está muito preocupado é o ex-Presidente Lula, uma vez que Dilma já não tem a possibilidade de blindá-lo com o foro privilegiado dum ministério e sabe-se que o Procurador Moro tem o mandato de prisão pronto.

Por seu lado, Michel Temer, o inevitável próximo Presidente (que também tem processos a correr contra ele) tenta discretamente formar o futuro Governo. Já se sabe que não reduzirá o número ridículo de 39 ministros para poder trocar apoios em quantidade. Na quarta-feira indicou que escolherá para ministro da Ciência e Tecnologia um evangélico que "não acredita mas respeita" a Teoria da Evolução de Darwin.

Uma novela tem muitos personagens. E situações caricatas mais do que a conta. Em breve, cenas dos novos capítulos. Acontecerão previsivelmente reviravoltas imprevisíveis.

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Re: "Presidenta"? Ou "a Presidente"?
« Responder #39 em: 2016-05-09 17:52:07 »
....mais um "contra-golpe"....eh.eh..... :P

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Anuladas votações parlamentares que aprovaram "impeachment" de Dilma

R.R. - 09 Mai, 2016 - 16:02

Reviravolta no processo que poderá conduzir à destituição da Presidente brasileira. Dilma pede calma: "As coisas não se resolvem assim. Vai ter muita luta, muita disputa, muita".
O presidente interino da Câmara dos Deputados, Waldir Maranhão, assinou esta segunda-feira uma decisão para anular a tramitação do pedido de afastamento da Presidente no Congresso.

Waldir Maranhão anulou a votação do processo de “impeachment” contra Dilma na Câmara dos Deputados a 17 de Abril, aprovada por 367 votos contra 137. Maranhão foi um dos deputados que votou contra a destituição de Dilma.

Depois de o pedido de “impeachment” ter sido aprovado na Câmara dos Deputados (câmara baixa) a 17 de Abril, o pedido iria ser votado esta semana no Senado (câmara alta).

Maranhão decidiu acolher o pedido feito pelo advogado-geral da Advocacia-Geral da União, a defesa de Dilma, José Eduardo Cardozo. “Ocorreram vícios que tornaram nula de pleno direito a sessão em questão”, afirma o presidente interino, em comunicado, citado pelo site G1, da rede Globo.

Maranhão pede que o processo volte à Câmara dos Deputados. Na próxima quarta-feira, o Senado deveria pronunciar-se sobre o afastamento por 180 dias de Dilma. Segundo a Folha de São Paulo, não é certo se o calendário será mantido.

Maranhão, deputado do PP, substituiu Eduardo Cunha na presidência da Câmara dos Deputados na semana passada. Um juiz do Supremo Tribunal Federal entendeu que Cunha tentou "retardar as investigações" do processo Lava Jato, determinando o seu afastamento do cargo de deputado federal e da presidência da Câmara dos Deputados.

A oposição já anunciou que ainda durante esta segunda-feira avançará com pedido de recurso da decisão de Maranhã no Supremo Tribunal Federal. “Não vamos aceitar. Ele não tem autoridade para tomar uma decisão dessas”, disse o deputado Pauderney Avelino, do partido Democratas (DEM), à Globonews.

Dilma pede “cautela”

A Presidente brasileira pediu "cautela" e "tranquilidade", depois de ter tido conhecimento da decisão.

"Eu não tenho essa informação oficial. Estou falando aqui, porque eu não podia de maneira alguma fingir que não estava sabendo, mas não é oficial. Não sei as consequências. Por favor, tenham cautela", disse, ao comentar a notícia da anulação.

A Presidente previu ainda uma "disputa dura, uma disputa cheia de dificuldades" e, por isso, lançou um pedido: "Peço encarecidamente aos senhores parlamentares e a todos nós uma certa tranquilidade para lidar com isto".

"Vivemos uma conjuntura de manhas e artimanhas", frisou, advertindo: "As coisas não se resolvem assim. Vai ter muita luta, muita disputa, muita". E é preciso "compreender a situação para poder lutar".