[ ] num mundo em que cada vez se produz maior numero de bens apartir de uma quantidade fixa de capital, nao alinhar a politica monetaria com esta realidade e provocar uma excessiva e sobretudo desnecessaria valorizacao da moeda; pelo contrario se a impressao for feita com cuidado pode resultar;[ ]
É uma observação interessante, mas para a compreender, sinto tanta dificuldade como em escolher uma jogada crítica de xadrez estratégico...
É verdade, o mundo está nessa situação: produz quantidades crescentes de bens com uma dotação fixa de capital. E daí? Porque há-de tal condição carecer de uma expansão da moeda?
O sistema produtivo, justamente produz mais bens com o capital fixo constante: basta-lhe receber quanto requeira para o reintegrar! Logo, por definição a maior quantidade de produto pode vender-se a preço unitário diminuído, sem diminuição de rendimento líquido. (Quando digo reintegrar, reporto-me ao preço corrente de reposição do capital que substituirá o anterior).
O envelhecimento demográfico, por outro lado, parece-me um histerismo jornalístico dos analistas económicos. Os 'velhos' morrem, não são eternos, e a população constante ou diminuída favorece sim a capitação média do produto - tanto mais quanto a capitalização da produção é menos exigente em quantidade de pessoal.
O que me parece natural nas economias evoluídas é justamente um modo de vida com crescimento zero, preços baixos, i.e., forte poder de compra da moeda. Os países atrasados, esses é que precisam de estímulos monetários para embarcarem na ilusão de que estão a crescer (mais) (do que de facto estejam).
Mas não sei. Bom jogador de xadrez, não sou.
E economista hábil e actualizado, creio que também não.
Mas gostava de perceber o Japão!