Olá, Visitante. Por favor entre ou registe-se se ainda não for membro.

Entrar com nome de utilizador, password e duração da sessão
 

Autor Tópico: Krugman et al  (Lida 605862 vezes)

mig

  • Full Member
  • ***
  • Mensagens: 220
    • Ver Perfil
Re:Krugman et al
« Responder #60 em: 2012-09-12 23:09:06 »
Caro Zel,  o problema da bolha não foi nos centros urbanos, aconteceu na periferia em moradias que pareciam palácios, essa construção aconteceu pq surgiu dinheiro fácil de novos ricos a maioria ligada à gestão de bancos.

Keynes defendia injecção de liquidez nos bancos para dinamizar a economia, o que acontece é que os gestores de hoje transformaram o conceito em banca comercial,não regulada onde vale tudo incluindo grandes desvios e batotas do tipo que fizeram na Grécia.

Usam essa liquidez nos mercados, a economia real para eles não existe ou não têm significado.

Difícil de entender?
« Última modificação: 2012-09-12 23:11:31 por mig »

Lark

  • Ordem dos Especialistas
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 4627
    • Ver Perfil
Re:Krugman et al
« Responder #61 em: 2012-09-12 23:13:28 »
Caro Zel,  o problema da bolha não foi nos centros urbanos, aconteceu na periferia em moradias que pareciam palácios, essa construção aconteceu pq surgiu dinheiro fácil de novos ricos a maioria ligada à gestão de bancos.

Keynes defendia injecção de liquidez nos bancos para dinamizar a economia, o que acontece é que os gestores de hoje transformaram o conceito em banca comercial,não regulada onde vale tudo incluindo grandes desvios e batotas do tipo que fizeram na Grécia.

Usam essa liquidez nos mercados, a economia real para eles não existe ou não têm significado.

Difícil de entender?

mig, todos estamos familiarizados com este assunto. são dispensáveis atitudes professorais dessas.
Be Kind; Everyone You Meet is Fighting a Battle.
Ian Mclaren
------------------------------
If you have more than you need, build a longer table rather than a taller fence.
l6l803399
-------------------------------------------
So, first of all, let me assert my firm belief that the only thing we have to fear is...fear itself — nameless, unreasoning, unjustified terror which paralyzes needed efforts to convert retreat into advance.
Franklin D. Roosevelt

mig

  • Full Member
  • ***
  • Mensagens: 220
    • Ver Perfil
Re:Krugman et al
« Responder #62 em: 2012-09-12 23:18:20 »
Caro Lark, sei que é uma sumidade e não pretendo ser prof. de nada.

Lark

  • Ordem dos Especialistas
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 4627
    • Ver Perfil
Re:Krugman et al
« Responder #63 em: 2012-09-12 23:21:59 »
Caro Lark, sei que é uma sumidade e não pretendo ser prof. de nada.

obrigado pá! acho que nunca me tinham chamado sumidade.
isso é o quê?
o que acontece quando entornamos um copo de sumo em cima de nós e ficamos húmidos?
Be Kind; Everyone You Meet is Fighting a Battle.
Ian Mclaren
------------------------------
If you have more than you need, build a longer table rather than a taller fence.
l6l803399
-------------------------------------------
So, first of all, let me assert my firm belief that the only thing we have to fear is...fear itself — nameless, unreasoning, unjustified terror which paralyzes needed efforts to convert retreat into advance.
Franklin D. Roosevelt

mig

  • Full Member
  • ***
  • Mensagens: 220
    • Ver Perfil
Re:Krugman et al
« Responder #64 em: 2012-09-12 23:24:44 »
Caro Lark, sei que é uma sumidade e não pretendo ser prof. de nada.

obrigado pá! acho que nunca me tinham chamado sumidade.
isso é o quê?
o que acontece quando entornamos um copo de sumo em cima de nós e ficamos húmidos?

Se a esta hora já estás húmido não tenho nada a ver com isso,hehe
Sumidade de Zénite ou topo, capiche?
« Última modificação: 2012-09-12 23:27:20 por mig »

Lark

  • Ordem dos Especialistas
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 4627
    • Ver Perfil
Re:Krugman et al
« Responder #65 em: 2012-09-12 23:32:13 »
Caro Lark, sei que é uma sumidade e não pretendo ser prof. de nada.


obrigado pá! acho que nunca me tinham chamado sumidade.
isso é o quê?
o que acontece quando entornamos um copo de sumo em cima de nós e ficamos húmidos?


Se a esta hora já estás húmido não tenho nada a ver com isso,hehe
Sumidade de Zénite, capiche?


ó que caroço: é capisce que se escreve, não é capiche... que raio, tenho que andar sempre numa roda viva com esta história do capisce.
já agora capiche é que o dizem em Peniche quando querem dizer 'comprende!?' com um ar mafioso.

Citar
Etymology
From Italian capisci, second person present tense form of capire (“to understand”), from Latin capere (“to grasp, seize”)
"capisce" is the American writing version of the Italian pronunciation of "capisci". There aren't dialectal complications in the transition between the two languages.
"capisce", in Italian, is used only to address the second person formally or to express that a third person (he, she, it) understands.

capisce
(slang) "Get it?"; "Understand?".  

Often used in a threatening manner, suggesting the Italian Mafia.
Without a question mark at the end, it is sometimes used to mean, “I understand,” as an American colloquialism. In Italian, that would actually mean “he/she/it understands”. To mean “I understand,” one would actually say “capisco.”


wikctionary
Be Kind; Everyone You Meet is Fighting a Battle.
Ian Mclaren
------------------------------
If you have more than you need, build a longer table rather than a taller fence.
l6l803399
-------------------------------------------
So, first of all, let me assert my firm belief that the only thing we have to fear is...fear itself — nameless, unreasoning, unjustified terror which paralyzes needed efforts to convert retreat into advance.
Franklin D. Roosevelt

mig

  • Full Member
  • ***
  • Mensagens: 220
    • Ver Perfil
Re:Krugman et al
« Responder #66 em: 2012-09-12 23:37:06 »
Ok, não precisavas de tanto trabalho para mostrares que és culto, a malta já o sabe.

A seguir que a conversa já vai longa

A teoria de Keynes serviu para salvar Alemanha na guerra,deveria servir agora para nos salvar deste buraco.

Não serve porque os bancos habituaram-se a roubar a liquidez para investirem em tretas, e facilmente engordarem as sua contas em paraisos fiscais.

Quando a regulação voltar apertar no Mundo a crise desaparece, a corrupção está na origem desta crise.

Isto um dia acaba mal, somos os 99%. ;)
« Última modificação: 2012-09-12 23:50:36 por mig »

Lark

  • Ordem dos Especialistas
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 4627
    • Ver Perfil
Re:Krugman et al
« Responder #67 em: 2012-09-13 00:00:36 »
este artigo de 2005, encontrei-o com facilidade

Citação de: krugman
That Hissing Sound
 
By PAUL KRUGMAN
Published: August 8, 2005

This is the way the bubble ends: not with a pop, but with a hiss.

Housing prices move much more slowly than stock prices. There are no Black Mondays, when prices fall 23 percent in a day. In fact, prices often keep rising for a while even after a housing boom goes bust.

So the news that the U.S. housing bubble is over won't come in the form of plunging prices; it will come in the form of falling sales and rising inventory, as sellers try to get prices that buyers are no longer willing to pay. And the process may already have started.

Of course, some people still deny that there's a housing bubble. Let me explain how we know that they're wrong.

One piece of evidence is the sense of frenzy about real estate, which irresistibly brings to mind the stock frenzy of 1999. Even some of the players are the same. The authors of the 1999 best seller "Dow 36,000" are now among the most vocal proponents of the view that there is no housing bubble.

Then there are the numbers. Many bubble deniers point to average prices for the country as a whole, which look worrisome but not totally crazy. When it comes to housing, however, the United States is really two countries, Flatland and the Zoned Zone.

In Flatland, which occupies the middle of the country, it's easy to build houses. When the demand for houses rises, Flatland metropolitan areas, which don't really have traditional downtowns, just sprawl some more. As a result, housing prices are basically determined by the cost of construction. In Flatland, a housing bubble can't even get started.

But in the Zoned Zone, which lies along the coasts, a combination of high population density and land-use restrictions - hence "zoned" - makes it hard to build new houses. So when people become willing to spend more on houses, say because of a fall in mortgage rates, some houses get built, but the prices of existing houses also go up. And if people think that prices will continue to rise, they become willing to spend even more, driving prices still higher, and so on. In other words, the Zoned Zone is prone to housing bubbles.

And Zoned Zone housing prices, which have risen much faster than the national average, clearly point to a bubble.

In the nation as a whole, housing prices rose about 50 percent between the first quarter of 2000 and the first quarter of 2005. But that average blends results from Flatland metropolitan areas like Houston and Atlanta, where prices rose 26 and 29 percent respectively, with results from Zoned Zone areas like New York, Miami and San Diego, where prices rose 77, 96 and 118 percent.

Nobody would pay San Diego prices without believing that prices will continue to rise. Rents rose much more slowly than prices: the Bureau of Labor Statistics index of "owners' equivalent rent" rose only 27 percent from late 1999 to late 2004. Business Week reports that by 2004 the cost of renting a house in San Diego was only 40 percent of the cost of owning a similar house - even taking into account low interest rates on mortgages. So it makes sense to buy in San Diego only if you believe that prices will keep rising rapidly, generating big capital gains. That's pretty much the definition of a bubble.

Bubbles end when people stop believing that big capital gains are a sure thing. That's what happened in San Diego at the end of its last housing bubble: after a rapid rise, house prices peaked in 1990. Soon there was a glut of houses on the market, and prices began falling. By 1996, they had declined about 25 percent after adjusting for inflation.

And that's what's happening in San Diego right now, after a rise in house prices that dwarfs the boom of the 1980's. The number of single-family houses and condos on the market has doubled over the past year. "Homes that a year or two ago sold virtually overnight - in many cases triggering bidding wars - are on the market for weeks," reports The Los Angeles Times. The same thing is happening in other formerly hot markets.

Meanwhile, the U.S. economy has become deeply dependent on the housing bubble. The economic recovery since 2001 has been disappointing in many ways, but it wouldn't have happened at all without soaring spending on residential construction, plus a surge in consumer spending largely based on mortgage refinancing. Did I mention that the personal savings rate has fallen to zero?

Now we're starting to hear a hissing sound, as the air begins to leak out of the bubble. And everyone - not just those who own Zoned Zone real estate - should be worried.


fonte


ainda sobre o artigo: o único ponto onde o krugman terá falhado no diagnóstico da bolha imobiliária foi ter considerado que já estava a estoirar quando escreveu o artigo- 2005.
estoirou 2 anos mais tarde e chegou mesmo ao que ele chama 'flatlands'.
Be Kind; Everyone You Meet is Fighting a Battle.
Ian Mclaren
------------------------------
If you have more than you need, build a longer table rather than a taller fence.
l6l803399
-------------------------------------------
So, first of all, let me assert my firm belief that the only thing we have to fear is...fear itself — nameless, unreasoning, unjustified terror which paralyzes needed efforts to convert retreat into advance.
Franklin D. Roosevelt

Incognitus

  • Administrator
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 30961
    • Ver Perfil
Re:Krugman et al
« Responder #68 em: 2012-09-13 00:04:14 »
Não, o topo da bolha imobiliária foi mesmo em 2005, 2006 quanto muito. Os efeitos visíveis é que só vieram muito mais tarde (2007, 2008).
"Nem tudo o que pode ser contado conta, e nem tudo o que conta pode ser contado.", Albert Einstein

Incognitus, www.thinkfn.com

mig

  • Full Member
  • ***
  • Mensagens: 220
    • Ver Perfil
Re:Krugman et al
« Responder #69 em: 2012-09-13 00:09:02 »
A vossa discussão de quem têm rezão leva anos, o que interessa são as questões de fundo.

A teoria de Keynes na vossa opinião salvava o Mundo desta situação ou não?

A regulação no bancos não volta aos tempos do principio da década de 80 porque?

Que interesses ocultos existem para as coisas se manterem na mesma?
« Última modificação: 2012-09-13 00:09:51 por mig »

Lark

  • Ordem dos Especialistas
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 4627
    • Ver Perfil
Re:Krugman et al
« Responder #70 em: 2012-09-13 00:13:20 »
Não, o topo da bolha imobiliária foi mesmo em 2005, 2006 quanto muito. Os efeitos visíveis é que só vieram muito mais tarde (2007, 2008).

mas a bolha só chegou ao midwest bem depois, parece-me
Be Kind; Everyone You Meet is Fighting a Battle.
Ian Mclaren
------------------------------
If you have more than you need, build a longer table rather than a taller fence.
l6l803399
-------------------------------------------
So, first of all, let me assert my firm belief that the only thing we have to fear is...fear itself — nameless, unreasoning, unjustified terror which paralyzes needed efforts to convert retreat into advance.
Franklin D. Roosevelt

Incognitus

  • Administrator
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 30961
    • Ver Perfil
Re:Krugman et al
« Responder #71 em: 2012-09-13 02:27:43 »
A vossa discussão de quem têm rezão leva anos, o que interessa são as questões de fundo.

A teoria de Keynes na vossa opinião salvava o Mundo desta situação ou não?

A regulação no bancos não volta aos tempos do principio da década de 80 porque?

Que interesses ocultos existem para as coisas se manterem na mesma?

Não existe nenhum interesse oculto para que as coisas se mantenham na mesma. A única coisa que salva a economia é produzir mais, especialmente quem esteve a consumir mais do que produziu (sejam indivíduos, países, etc).
 
O interesse em que as coisas se mantenham na mesma é essencialmente político - ninguém quer sofrer as consequências de ter que se consumir menos enquanto não se produz mais.
"Nem tudo o que pode ser contado conta, e nem tudo o que conta pode ser contado.", Albert Einstein

Incognitus, www.thinkfn.com

mig

  • Full Member
  • ***
  • Mensagens: 220
    • Ver Perfil
Re:Krugman et al
« Responder #72 em: 2012-09-13 11:33:20 »
Para voltarmos a produzir mais é necessário injectar liquidez, não se pode produzir muito com pouca procura.

Daí a importância da teoria de Keynes neste contexto.

Não nos podemos esquecer que foi essa teoria que salvou Alemanha pós guerra Mundial.

E a liquidez existe, é canalizada via banca e Krugman identifica onde está o problema, não é canalizado para a economia real, é desviado para os mercados.

O conceito de banca comercial destruiu as economias.
« Última modificação: 2012-09-13 11:37:53 por mig »

hermes

  • Global Moderator
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 2836
    • Ver Perfil
Re:Krugman et al
« Responder #73 em: 2012-09-13 11:47:32 »
E a liquidez existe, é canalizada via banca e Krugman identifica onde está o problema, não é canalizado para a economia real, é desviado para os mercados.

O conceito de banca comercial destruiu as economias.

A título de curiosidade:

  • Enquanto depositante, preferes os bancos que paguem os juros mais elevados e que para isso tenham de escolher os investimentos mais proveitosos ou não?
  • Enquanto empreendedor, preferes estar dependente de um burocrata ou dependente de um entre muitos bancos reconhecer o potencial do teu projecto?

Já agora, o que queres no lugar da banca comercial?
"Everyone knows where we have been. Let's see where we are going." – Another

mig

  • Full Member
  • ***
  • Mensagens: 220
    • Ver Perfil
Re:Krugman et al
« Responder #74 em: 2012-09-13 12:04:43 »
E a liquidez existe, é canalizada via banca e Krugman identifica onde está o problema, não é canalizado para a economia real, é desviado para os mercados.

O conceito de banca comercial destruiu as economias.

A título de curiosidade:

  • Enquanto depositante, preferes os bancos que paguem os juros mais elevados e que para isso tenham de escolher os investimentos mais proveitosos ou não?
  • Enquanto empreendedor, preferes estar dependente de um burocrata ou dependente de um entre muitos bancos reconhecer o potencial do teu projecto?

Já agora, o que queres no lugar da banca comercial?

Quanto à questão dos depositantes estás a distorcer factos, é óbvio que preferia ser bem remunerado, mas o problema actual é bem mais complexo e sabes muito bem disso.

O que falo é de bancos como a Goldman Sachs que emprestou 2 bls à Grécia e no mesmo dia apostou na queda das obrigações,contrariamente ao governo Grego que apostou na subida.

Resultado a Grécia apenas nesse empréstimo de 2 bls deve 5,5 bls.

É este tipo de eng.financeira que o regulador têm de punir e acabar de vez com este circo.

Em reposta à tua segunda pergunta, quero apenas uma banca que sirva para emprestar dinheiro e cobrar juros, apenas tenha esse papel, nada mais, e até a década de 80 era a sua única função.

Acabaram com a regulação e deu nisto, compraram dividas soberanas, fazem trinta por uma linha e no fim quando dá para o torto privatizam lucros e nacionalizam perdas.

« Última modificação: 2012-09-13 12:07:08 por mig »

Lark

  • Ordem dos Especialistas
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 4627
    • Ver Perfil
Re:Krugman et al
« Responder #75 em: 2012-09-13 12:36:35 »
repôr o glass-steagall act, separando banca de investimento da banca de restalho, para começar, não era mal pensado.
Be Kind; Everyone You Meet is Fighting a Battle.
Ian Mclaren
------------------------------
If you have more than you need, build a longer table rather than a taller fence.
l6l803399
-------------------------------------------
So, first of all, let me assert my firm belief that the only thing we have to fear is...fear itself — nameless, unreasoning, unjustified terror which paralyzes needed efforts to convert retreat into advance.
Franklin D. Roosevelt

hermes

  • Global Moderator
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 2836
    • Ver Perfil
Re:Krugman et al
« Responder #76 em: 2012-09-13 12:51:13 »
E a liquidez existe, é canalizada via banca e Krugman identifica onde está o problema, não é canalizado para a economia real, é desviado para os mercados.

O conceito de banca comercial destruiu as economias.


A título de curiosidade:

  • Enquanto depositante, preferes os bancos que paguem os juros mais elevados e que para isso tenham de escolher os investimentos mais proveitosos ou não?
  • Enquanto empreendedor, preferes estar dependente de um burocrata ou dependente de um entre muitos bancos reconhecer o potencial do teu projecto?

Já agora, o que queres no lugar da banca comercial?


Quanto à questão dos depositantes estás a distorcer factos, é óbvio que preferia ser bem remunerado, mas o problema actual é bem mais complexo e sabes muito bem disso.

O que falo é de bancos como a Goldman Sachs que emprestou 2 bls à Grécia e no mesmo dia apostou na queda das obrigações,contrariamente ao governo Grego que apostou na subida.

Resultado a Grécia apenas nesse empréstimo de 2 bls deve 5,5 bls.

É este tipo de eng.financeira que o regulador têm de punir e acabar de vez com este circo.

Em reposta à tua segunda pergunta, quero apenas uma banca que sirva para emprestar dinheiro e cobrar juros, apenas tenha esse papel, nada mais, e até a década de 80 era a sua única função.

Acabaram com a regulação e deu nisto, compraram dividas soberanas, fazem trinta por uma linha e no fim quando dá para o torto privatizam lucros e nacionalizam perdas.


Não sou eu que te vai retirar a liberdade de fazeres caridade com o teu dinheiro.

Quanto à Grécia, uma das partes estava a delirar nas suas apostas. Além disso penso que as apostas devem estar para lá do poder que os povos delegam nos governos.

repôr o glass-steagall act, separando banca de investimento da banca de restalho, para começar, não era mal pensado.


É um caminho possível e não tão tendente aos excessos da actualidade. A minha atitude pessoal é a de minimizar a quantidade do meu capital que está dependente dos bancos, mas cada um sabe de si. Enfim, não perguntes o que é que o sistema pode fazer por ti, mas sim o que é que tu podes fazer.
"Everyone knows where we have been. Let's see where we are going." – Another

mig

  • Full Member
  • ***
  • Mensagens: 220
    • Ver Perfil
Re:Krugman et al
« Responder #77 em: 2012-09-13 13:01:51 »
repôr o glass-steagall act, separando banca de investimento da banca de restalho, para começar, não era mal pensado.


Exactamente, e a de investimento quando tiver buracos fecha como qualquer outra empresa, não temos de nacionalizar perdas e vigarice.

Incognitus

  • Administrator
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 30961
    • Ver Perfil
Re:Krugman et al
« Responder #78 em: 2012-09-13 13:30:21 »
Para voltarmos a produzir mais é necessário injectar liquidez, não se pode produzir muito com pouca procura.

Daí a importância da teoria de Keynes neste contexto.

Não nos podemos esquecer que foi essa teoria que salvou Alemanha pós guerra Mundial.

E a liquidez existe, é canalizada via banca e Krugman identifica onde está o problema, não é canalizado para a economia real, é desviado para os mercados.

O conceito de banca comercial destruiu as economias.

A procura existe, não existe é rendimento. Existe muita vontade de comprar carros actuais, casas actuais. A dificuldade está em produzir algo que tenha o valor da casa ou carro para trocar por ela.
"Nem tudo o que pode ser contado conta, e nem tudo o que conta pode ser contado.", Albert Einstein

Incognitus, www.thinkfn.com

aos_pouquinhos

  • Ordem dos Especialistas
  • Full Member
  • *****
  • Mensagens: 224
    • Ver Perfil
Re:Krugman et al
« Responder #79 em: 2012-09-13 13:56:08 »
Para voltarmos a produzir mais é necessário injectar liquidez, não se pode produzir muito com pouca procura.

Daí a importância da teoria de Keynes neste contexto.

Não nos podemos esquecer que foi essa teoria que salvou Alemanha pós guerra Mundial.

E a liquidez existe, é canalizada via banca e Krugman identifica onde está o problema, não é canalizado para a economia real, é desviado para os mercados.

O conceito de banca comercial destruiu as economias.

A procura existe, não existe é rendimento. Existe muita vontade de comprar carros actuais, casas actuais. A dificuldade está em produzir algo que tenha o valor da casa ou carro para trocar por ela.

Encontrou-se a formula do crédito e do tempo para o tal valor da casa ou do carro.
A nossa "burrice" está em comprar os Mercedes, e as casas XPTO, com aquilo que nos emprestaram para o fazer.

Isto é muito simples de ver...
Estamos perante uma montra telemóveis.....surge a tentação.....estão ao lado a dar o crédito, e cedemos facilmente à tentação. Mas isso tem um preço...... juro, tempo e dor.....

As pessoas perderam a noção básica do simples efeito de substituição e não perceberem que a economia é a gestão dos recursos escassos. Quando deixam de ser escassos estaremos a contribuir para algo que nos foge ao controlo (que em tempos valeu muito) e hoje em dia é mato, mas que inevitavelmente construiu meia duzia de ricos.

Cumprimentos
« Última modificação: 2012-09-13 13:58:17 por aos_pouquinhos »
A desordem é o melhor servidor da ordem estabelecida. (Jean-Paul Sartre)