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Autor Tópico: Krugman et al  (Lida 607356 vezes)

Incognitus

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Re:Krugman et al
« Responder #1560 em: 2015-04-22 11:46:16 »
Isso não parece uma boa caracterização do que aconteceu na Europa nos periféricos (embora curiosamente o PS repita também a frase de "austeridade expansionista"). Nem a aproximação aos periféricos foi inovadora.

Pelo contrário:
* A aproximação era conhecida, tratava-se de repor o desequilíbrio externo desses países, com o interno como segunda prioridade;
* A principal diferença advinha da existência de moeda única, que impedia uma desvalorização cambial nesses países, pelo que se optou por uma desvalorização interna;
* Ninguém esperava nesses países uma expansão como resultado das medidas;
* Esses países conseguiram o reequilíbrio externo como esperado.

A frase "austeridade expansionista" portanto não caracteriza o que se tentou e conseguiu para esses países.
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Zel

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Re:Krugman et al
« Responder #1561 em: 2015-04-22 13:20:17 »
a grande diferenca entre a europa e os EUA eh a demografia, vejam se que se esquecem sempre de falar do japao nessas comparacoes falaciosas... a demografia japonesa nao perdoa e nao ha QE que salve aquilo.
« Última modificação: 2015-04-22 13:21:15 por Neo-Liberal »

vbm

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Re:Krugman et al
« Responder #1562 em: 2015-04-22 13:44:28 »
Vou ler.
O que dizem?
Vou ver.

Realmente, o que me ensinaram
foi os clássicos e depois, Keynes.

O Schäuble não me convence,
a não ser que a economia alemã
quadruplique em Portugal,
e noutros devedores,
investimentos como
o da Autoeuropa.

Como isso não faz, a sua política
é macroeconomicamente vesga, i.e., nociva.

Quanto ao Keynes, também só posso concordar
se os países com défice comercial puderem
tributar importações de molde a incentivar
investimento produtivo directo,
nacional e, ou estrangeiro
que produza o que o país
necessita.


Incognitus

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Re:Krugman et al
« Responder #1563 em: 2015-04-22 13:55:15 »
Vou ler.
O que dizem?
Vou ver.

Realmente, o que me ensinaram
foi os clássicos e depois, Keynes.

O Schäuble não me convence,
a não ser que a economia alemã
quadruplique em Portugal,
e noutros devedores,
investimentos como
o da Autoeuropa.

Como isso não faz, a sua política
é macroeconomicamente vesga, i.e., nociva.

Quanto ao Keynes, também só posso concordar
se os países com défice comercial puderem
tributar importações de molde a incentivar
investimento produtivo directo,
nacional e, ou estrangeiro
que produza o que o país
necessita.

Não é a política Alemã que decide onde as empresas Alemãs vão colocar as suas fábricas.
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vbm

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Re:Krugman et al
« Responder #1564 em: 2015-04-22 14:00:47 »
Por isso mesmo referi, o político Schäuble convencer-me-á,
quando, e se, a economia alemã se consorciar
com os desempregados europeus.

Incognitus

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Re:Krugman et al
« Responder #1565 em: 2015-04-22 14:35:15 »
Isso deve ter tantas hipóteses de acontecer como a economia da Califórnia se consorciar com os desempregados do Arkansas.
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vbm

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Re:Krugman et al
« Responder #1566 em: 2015-04-22 14:55:36 »
Aí está por que ele não convence.
Bem podia, calar-se, que ficava melhor.

Incognitus

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Re:Krugman et al
« Responder #1567 em: 2015-04-22 14:57:31 »
Duvido que o Schäuble diga alguma coisa pouco razoável, de forma a valer melhor calar-se.

O problema é que a cultura de meio da Europa para baixo é uma cultura de quem quer o nível da meia Europa de cima sem o trabalho da meia Europa de cima.
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peluto

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Re:Krugman et al
« Responder #1568 em: 2015-04-22 15:11:04 »
Duvido que o Schäuble diga alguma coisa pouco razoável, de forma a valer melhor calar-se.

O problema é que a cultura de meio da Europa para baixo é uma cultura de quem quer o nível da meia Europa de cima sem o trabalho da meia Europa de cima.

Sinceramente, não vejo que um trabalhador alemão, trabalhe mais que um trabalhador Português. Conheço alguns casos de pessoas do meu relacionamento, que trabalham para empresas Alemãs, viajam com frequência para a Alemanha, e confirmam.
O que eu vejo é muito mais e melhor organização, melhor política, planeamento, visão de longo prazo ao nível político, e, uma classe empresarial estratosferica quando comparada com a nossa. 
Mais vale estar fora de um trade e querer estar dentro, que estar dentro e querer estar fora.

vbm

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Re:Krugman et al
« Responder #1569 em: 2015-04-22 15:11:49 »
Schäuble parece um protestante moralista
a pregar austeridade para se ser credível.

Ele, e os que são como ele,
que vão para as sacristias luteranas
pregar aos domingos aos paroquianos.

Nos nossos países, queremos viver
de trabalho honesto, não sermos
roubados e termos mulher
aos domingos, feriados
e dias úteis.


Como lambões casino-capitalistas que são,
não cessam de arruinar quem trabalha
com hamburgers, futebol e telemóveis
que não interessam para nada,
pelo que é preciso sacudi-los
e remete-los às paróquias,
de onde nunca deviam
ter saído.

Lark

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Re:Krugman et al
« Responder #1570 em: 2015-04-22 15:14:08 »
e termos mulher
aos domingos, feriados
e dias úteis.

!!??

L
Be Kind; Everyone You Meet is Fighting a Battle.
Ian Mclaren
------------------------------
If you have more than you need, build a longer table rather than a taller fence.
l6l803399
-------------------------------------------
So, first of all, let me assert my firm belief that the only thing we have to fear is...fear itself — nameless, unreasoning, unjustified terror which paralyzes needed efforts to convert retreat into advance.
Franklin D. Roosevelt

Incognitus

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Re:Krugman et al
« Responder #1571 em: 2015-04-22 15:31:48 »
Duvido que o Schäuble diga alguma coisa pouco razoável, de forma a valer melhor calar-se.

O problema é que a cultura de meio da Europa para baixo é uma cultura de quem quer o nível da meia Europa de cima sem o trabalho da meia Europa de cima.

Sinceramente, não vejo que um trabalhador alemão, trabalhe mais que um trabalhador Português. Conheço alguns casos de pessoas do meu relacionamento, que trabalham para empresas Alemãs, viajam com frequência para a Alemanha, e confirmam.
O que eu vejo é muito mais e melhor organização, melhor política, planeamento, visão de longo prazo ao nível político, e, uma classe empresarial estratosferica quando comparada com a nossa.

O sistema como um todo faz com que o mesmo esforço tenha mais valor. Mas esse sistema é baseado em ideias similares às professadas pelo Schäuble e pouco similares às que se desejam no sul da Europa.

A classe empresarial estratosférica, tens que te perguntar porque é que em Portugal ser empresário é uma coisa tão indesejável que quase só as pessoas com piores perspectivas e menos educação é que o tentam, até ao ponto de terem uma educação inferior quer à dos trabalhadores, quer à da população em geral.
« Última modificação: 2015-04-22 15:33:01 por Incognitus »
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Re:Krugman et al
« Responder #1572 em: 2015-04-22 15:42:37 »
Duvido que o Schäuble diga alguma coisa pouco razoável, de forma a valer melhor calar-se.

O problema é que a cultura de meio da Europa para baixo é uma cultura de quem quer o nível da meia Europa de cima sem o trabalho da meia Europa de cima.

Sinceramente, não vejo que um trabalhador alemão, trabalhe mais que um trabalhador Português. Conheço alguns casos de pessoas do meu relacionamento, que trabalham para empresas Alemãs, viajam com frequência para a Alemanha, e confirmam.
O que eu vejo é muito mais e melhor organização, melhor política, planeamento, visão de longo prazo ao nível político, e, uma classe empresarial estratosferica quando comparada com a nossa.

O sistema como um todo faz com que o mesmo esforço tenha mais valor. Mas esse sistema é baseado em ideias similares às professadas pelo Schäuble e pouco similares às que se desejam no sul da Europa.

A classe empresarial estratosférica, tens que te perguntar porque é que em Portugal ser empresário é uma coisa tão indesejável que quase só as pessoas com piores perspectivas e menos educação é que o tentam, até ao ponto de terem uma educação inferior quer à dos trabalhadores, quer à da população em geral.

De acordo em tudo Incognitus...
Mais vale estar fora de um trade e querer estar dentro, que estar dentro e querer estar fora.

vbm

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Re:Krugman et al
« Responder #1573 em: 2015-04-22 15:49:36 »
e termos mulher
aos domingos, feriados
e dias úteis.

!!??

L

É. Somos latinos.
Luteranos, são eles!
Lolinho.

Incognitus

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Re:Krugman et al
« Responder #1574 em: 2015-04-22 15:54:39 »
Schäuble parece um protestante moralista
a pregar austeridade para se ser credível.

Ele, e os que são como ele,
que vão para as sacristias luteranas
pregar aos domingos aos paroquianos.

Nos nossos países, queremos viver
de trabalho honesto, não sermos
roubados e termos mulher
aos domingos, feriados
e dias úteis.



Como lambões casino-capitalistas que são,
não cessam de arruinar quem trabalha
com hamburgers, futebol e telemóveis
que não interessam para nada,
pelo que é preciso sacudi-los
e remete-los às paróquias,
de onde nunca deviam
ter saído.

Isso é o que o Schäuble defende ... o que é que achas que a "austeridade" é, afinal?

A austeridade é viver-se do que se produz para os outros e não mais, a crédito.

O que é defendido pelos países do sul é a necessidade de MAIS crédito, bem como a necessidade de não pagar o anterior.

Enfim.
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Re:Krugman et al
« Responder #1575 em: 2015-04-22 16:14:46 »
Isso é o que o Schäuble defende ... o que é que achas que a "austeridade" é, afinal?

A austeridade é viver-se do que se produz para os outros e não mais, a crédito.

O que é defendido pelos países do sul é a necessidade de MAIS crédito, bem como a necessidade de não pagar o anterior.

Enfim.

Esqueces que somos roubados nos termos de troca do comércio.

A economia clássica ensina que a troca de bens entre países
tem de ter a flexibilidade comercial de preços
dos bens e de factores produtivos
que veiculem o equilíbrio
de pagamentos, sem
exagero no recurso
ao crédito.

Ora, os 'alemões',
com aquela inclinação apaixonada
de vender submarinos, locomotivas, etc.,
ficam tão ansiosos a ocupar a sua mão-de-obra
que fecham os olhos a quem emprestam, desde que
seja para lhes comprarem o que fabricam, não importa para quê.

Eu aplaudo o investimento que os 'alemões' fizeram na Autoeuropa,
empregando mão-de-obra portuguesa, e apenas poderia começar
a reconhece-lhes um comportamento razoável se quadruplicassem,
cá, e na Europa do Sul e do Ocidente, o que fizeram em Setúbal.

Claro, teríamos de criar regras mais finas em relação
aos preços de transferência de produção intermediária
desses fabricos deslocalizados, mas poder-nos-íamos
entender. Agora, como a Europa de "asas germânicas"
está a fazer, nem pensar! Queremos trabalhar
e não só a "servir às mesas" e
a "arrumar camas de hotel"!
« Última modificação: 2015-04-22 16:16:12 por vbm »

Incognitus

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Re:Krugman et al
« Responder #1576 em: 2015-04-22 16:30:03 »
Essa é uma opinião absurda... somos roubados? Quem é que é roubado? Quem é que anda a vender barato demais podendo vender mais caro, ou comprando caro demais podendo comprar mais barato, de entre os milhões e milhões de transacções que ocorrem entre entidades deste país e desses outros países todos?

Caramba ...

Os "Alemães" não investiram na Autoeuropa. Quem investiu na Autoeuropa foi a Ford e a VW inicialmente, e agora só a VW. Investiu porque as condições que ponderaram eram boas, não porque quisessem investir "em Portugal" ou porque eles próprios fossem Alemães.
« Última modificação: 2015-04-22 16:31:07 por Incognitus »
"Nem tudo o que pode ser contado conta, e nem tudo o que conta pode ser contado.", Albert Einstein

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Re:Krugman et al
« Responder #1577 em: 2015-04-22 17:50:24 »
Tens razão. A terminologia está inadequada. Não é roubo: é terms of trade desfavoráveis ao nosso país. De bens, serviços, factores produtivos, bens intermédios de produção. Tudo se comercializa, transaciona, transporta. Claro, investimento directo em território português requer vantagem sobre alternativas de localização. Aí se esmeram governos competentes, não apenas empresários. Temos várias vantagens. Sines, infraestruturas, hidroelectricidade, floresta, urânio, pesca, mão-de-obra gerível, instrução e saúde pública, cultura e turismo. Nada obsta a que este país seja de qualidade cimeira e competitivo no que empreenda produzir. Não pode é ser governado por políticos de meia tigela a quem se 'dá a volta' de olhos fechados!   

Incognitus

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Re:Krugman et al
« Responder #1578 em: 2015-04-22 17:53:23 »
Tens razão. A terminologia está inadequada. Não é roubo: é terms of trade desfavoráveis ao nosso país. De bens, serviços, factores produtivos, bens intermédios de produção. Tudo se comercializa, transaciona, transporta. Claro, investimento directo em território português requer vantagem sobre alternativas de localização. Aí se esmeram governos competentes, não apenas empresários. Temos várias vantagens. Sines, infraestruturas, hidroelectricidade, floresta, urânio, pesca, mão-de-obra gerível, instrução e saúde pública, cultura e turismo. Nada obsta a que este país seja de qualidade cimeira e competitivo no que empreenda produzir. Não pode é ser governado por políticos de meia tigela a quem se 'dá a volta' de olhos fechados!   

Sim, os termos de troca são desfavoráveis, nisso concordo.

Agora o "dar a volta" a políticos pode ser inerente ao sistema se toda a gente gosta de ter o Estado enfiado em tudo. Cria-se assim a arbitrariedade necessária para existir valor em "dar a volta" a alguém.
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Re:Krugman et al
« Responder #1579 em: 2015-04-22 18:01:37 »
Hás de buscar na História quais os casos de países de negócios sem governos.
Olha, talvez os judeus, realmente! Mas esses, não precisam. Influem neles, simplesmente.