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Autor Tópico: Reinhart and Rogoff - death by excel  (Lida 11754 vezes)

Lark

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Re:Reinhart and Rogoff - death by excel
« Responder #40 em: 2013-05-31 15:06:32 »
Ó Inc, mas andam uma pipa de universidades a analisarem os dados e a apontarem todos as mesmas falhas no estudo: a haver nexo de causalidade é inverso (< crescimento-> >dívida), a folha excel, tinha erros crassos, a forma de apuramento de resultados era duvidosa, alguns dados forma 'esquecidos'... etc etc.

Tu estás a dizer que se não fores TU, a analisar os números detalhadamente, não acreditas na tese nem na refutação? É isso, ou percebi mal?
É que contra isso realmente não há nada que eu possa fazer ou dizer.

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Re:Reinhart and Rogoff - death by excel
« Responder #41 em: 2013-05-31 15:12:36 »
Estou a dizer que não podes tomar pelo face value qualquer dos claims se existem claims contraditórios. No mínimo terias que ver como foram calculadas aquelas taxas de crescimento.

Olha por exemplo, vamos pensar que existe um conjunto de dados fundamentais horríveis que levam a crescimento fraco e uma implosão da moeda de um país.

Por aquela lógica, poderias dizer "não há razão para crer que este conjunto de dados fundamentais horríveis levam a falta de crescimento, porque uma análise antes e depois dos dados fundamentais horríveis mostra crescimentos iguais, ou até mais fortes, depois desses dados fundamentais horríveis". Poderias até concluir que a desmioleira financeira era positiva para o crescimento, pois irias buscar exemplos como a Argentina e Islândia imediatamente após implodirem e as taxas de crescimento seriam óptimas.

Estás a ver o problema? Teria que se ver como é que a coisa foi calculada.
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Re:Reinhart and Rogoff - death by excel
« Responder #42 em: 2013-05-31 15:16:45 »
então qualquer tema, assunto, querela, tese, o que for, sobre os quais existam teses contraditórias, não podem ser levadas em conta, sem o próprio - quem lê as teses e observa as contradições - analisar ao detalhe e fazer as suas próprias contas?

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Re:Reinhart and Rogoff - death by excel
« Responder #43 em: 2013-05-31 15:23:46 »
então qualquer tema, assunto, querela, tese, o que for, sobre os quais existam teses contraditórias, não podem ser levadas em conta, sem o próprio - quem lê as teses e observa as contradições - analisar ao detalhe e fazer as suas próprias contas?

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Se existirem dúvidas, sim. "Ler as teses" já reveria responder a essas dúvidas, porém. Por exemplo, como é calculada aquela taxa de crescimento para a frente? Éuma taxa composta sobre uma base e um final ou uma média das taxas de crescimento? Existiram estoiros seguidos de crescimento?

Eu não estou a dizer que um ou outro lado está correcto, estou sim a dizer que só aquilo não chega para se concluir algo.
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Re:Reinhart and Rogoff - death by excel
« Responder #44 em: 2013-05-31 16:20:11 »
eu desconfio sempre dum estudo deste género de agarrar em duas variáveis e tentar estabelecer uma relação negativa ou positiva entre elas quando as variáveis não são independentes
há contextos históricos diversos, estruturas económicas diversas, culturas diversas, legislações e regulamentações diversas, etc etc etc
a mim parece-me que é como tudo na vida...tudo o que é demais cheira mal e mais importante que endividarmo-nos é o que vamos fazer com esse capital pois existe sempre um custo de oportunidade
no caso português, enquanto os tribunais não funcionarem, não vale a pena endividarmo-nos mais pois vai sempre tudo para os mesmos sectores improdutivos e acumular nos mesmos bolsos
não percebo, no entanto, como se pode defender por principio o não endividamento
se o capital alheio for bem aplicado qual é o problema ? não é isso o que qualquer empresa faz ?

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Re:Reinhart and Rogoff - death by excel
« Responder #45 em: 2013-05-31 17:32:54 »
Penso que ninguém defende o não-endividamento. Mas:
1) Tem que ser muito controlado, não levando a uma expansão contínua do endividamento versus o rendimento;
2) Teoricamente no Estado só deveria cobrir investimentos de longo prazo, o endividamento não deveria ser usado para cobrir custos correntes, operacionais.
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