Soares defende a bancarrota

[Pedro.J50]

Este assunto está a ser debatido á muito neste fórum. não pagar ao exterior e sair do euro fará recuar o FMI e os alemães que querem a coesão.
Estamos em deflação e não em inflação. Certo INC?

Fará recuar..,se fizer.
O bluff de Chipre  não funcionou e o do TC também não.
Como referi atrás o cheque da Troika só vem quando se souberem ao certo as medidas que vão substituir aquelas chumbadas pelo TC.
Um fracote gritar para um Myke Thyson ( campeão de boxe pesos pesados )  " Parto-te todo " , pensando que o campeão de boxe  não reage para não partir a mobília..., não é nada sensato.
O Myke Thyson  até pode reagir, e aí o fracote fica todo partidinho.

[Smog]

Era ir á bacarrota ver o que acontecia. Eu pior só se perder o emprego.

[Pedro.J50]

Era ir á bacarrota ver o que acontecia. Eu pior só se perder o emprego.

Com a bancarrota a moeda desvalorizava e ficava a valer metade. A inflação disparava.
Ficava tudo muitissimo mais caro.
A criminalidade dispararia com o aumento súbito da pobreza e a descida do nivel de vida..


Aqui está testemunho  por quem passou por esses tempos dificeis na argentina.





 " A grande maioria dos argentinos , nesse periodo entre finais de 2001 e 2002, enfrentou uma situação como a de carina .
 Pouco antes de se decretar o corralito ( congelamento das contas ) esta jornalista e mãe de dois filhos havia recebido um dinheiro.

 Enquanto decidia sobre a compra de um apartamento para a sua familia que havia crescido , ela colocou o dinheiro no banco. E aí o dinheiro ficou congelado por tempo considerável, tendo-se desvalorizado.

 " Devolveram-nos o dinheiro muito tempo depois. O que tinhamos inicialmente dava para comprar apartamento. Quando nos devolveram o dinheiro este dava para comprar carro ".

 " Esse tempo foi de uma angustia tremenda.
 " Acabavamos de ter as crianças e esse dinheiro representava a possibilidade de viver um pouco melhor ".


 "Esse foi um tempo de angustia e tristeza "
 No entanto eram tantos os afectados, os pensionistas cujas pensões se desvalorizaram.., as pessoas a viver nas ruas porque não podiam pagar as despesas..,que essa era uma angustia partilhada".


http://www.bbc.co.uk/mundo/noticias/2011/12/111130_argentina_corralito_aniversario_ganador_vh.shtml

[Smog]

Esse é o cenário portugues actual. Pior do que já está não ficará.

[JoaoAP]

Esse é o cenário portugues actual. Pior do que já está não ficará.

Infelizmente estás errada.
Fica bem pior em vários aspectos, e estes estão bem referido em cima. Mas há ainda mais coisas que piorarão.

[Smog]

Não. Pior do que já está para os assalariados não fica. quem tem dinheiro é que pode ficar a arder.

[valves1]

 os inconvenientes da manutencao de Portugal no Euro serao tambem terriveis  ...
so que claro como nao sao no curto prazo o portugues pensa de uma forma preversa sobretudo para ele proprio que enquanto o pau vai e vem folgam as costas ...
sera terrivel Portugal permanecer no Euro nas atuais condicoes que ninguem tenha a minima duvida  e depois nao se queixam que ninguem avisou ...

[Pedro.J50]

Não. Pior do que já está para os assalariados não fica. quem tem dinheiro é que pode ficar a arder.

Fica pior.
Com a saída do euro inicia-se um processo inflacionário.
O estado começa a imprimir moeda para pagar funcionários públicos, serviços que presta..,etc.
A inflação  tira poder de compra aos pensionistas e  aos trabalhadores.
Só aqueles com maior poder negocial  irão manter o poder de compra.

[JoaoAP]

Não. Pior do que já está para os assalariados não fica. quem tem dinheiro é que pode ficar a arder.

Imagina, agora, receberes metade daquilo que recebes e quereres continuar a pagar tudo o que pagas a preços actuais.
Não andará muito longe disto...

Pelo menos nas coisas importadas elas devem consumir-te mais dinheiro e nas nacionais, depende da inflação....
para não falar nos produtos como petróleo que sairá muito mais caro e agora imagina o que depende dele... e terá os aumentos proporcionais devido ao transporte, como combustível na fabricação, etc...... e tu a receberes menos...

[Pedro.J50]

Não. Pior do que já está para os assalariados não fica. quem tem dinheiro é que pode ficar a arder.

Imagina, agora, receberes metade daquilo que recebes e quereres continuar a pagar tudo o que pagas a preços actuais.
Não andará muito longe disto...

Pelo menos nas coisas importadas elas devem consumir-te mais dinheiro e nas nacionais, depende da inflação....
para não falar nos produtos como petróleo que sairá muito mais caro e agora imagina o que depende dele... e terá os aumentos proporcionais devido ao transporte, como combustível na fabricação, etc...... e tu a receberes menos...

Podendo o estado imprimir moeda, vai fazê-lo , para criar emprego.., fazer obras públicas.
Isso irá criar inflação, aumento do custo de vida.
Deixam de haver as restrições orçamentais que agora existem , isto é, o estado vai ter deficits que  vai pagar com nova moeda que aumenta inflação e o custo de vida.
O aumento do preço do petróleo também iria reduzir o rendimento disponivel das familias já que iria  contribuir para a inflação e provocar aumento nos transportes etc.
Na argentina após o impacto brutal da desvalorização da moeda ( o nivel de vida caíu dois terços julgo eu), a economia recomeçou a recuperar.

[Powerman]

Não. Pior do que já está para os assalariados não fica. quem tem dinheiro é que pode ficar a arder.

Infelizmente para os assalariados muito pior surgirá.
 Mas concordo que quem tem  muito dinheiro  , neste momento tem muito mais a perder do que quem não tem se tal situação surgir.

Não é por acaso que muito já voou para outras paragens. O grande capital move-se em silencio , e de forma sorrateira. Ao primeiro sinal de desconfiança, bye bye ( pelo menos uma grande parte do dinheiro ). O pensamento é: na dúvida, actua-se para deixar de existir .

abr

[hermes]

Não. Pior do que já está para os assalariados não fica. quem tem dinheiro é que pode ficar a arder.

Infelizmente para os assalariados muito pior surgirá.
 Mas concordo que quem tem  muito dinheiro  , neste momento tem muito mais a perder do que quem não tem se tal situação surgir.

Não é por acaso que muito já voou para outras paragens. O grande capital move-se em silencio , e de forma sorrateira. Ao primeiro sinal de desconfiança, bye bye ( pelo menos uma grande parte do dinheiro ). O pensamento é: na dúvida, actua-se para deixar de existir .

abr

Pois é, o grande capital é dono da companhia dos autocarros. Por isso tem uma boa ideia de quando não vão passar mais autocarros...

[itg00022289]

Acresce que em Portugal uma boa parte das familias tem casa própria via recurso a empréstimos bancários (dívida) que estão (e continuarão) em euros.
Imagine-se a saída do euro com a desvalorização imediata do escudo (30,40,50%... e continuar a ter que pagar a divída que permanece em euros... imagino que metade das casas seriam imediatamente entregues aos bancos.

[Local]

Nesses casos as dívidas também seriam renomeadas em escudos.

[itg00022289]

Nesses casos as dívidas também seriam renomeadas em escudos.

eu dúvido que tal aconteça mas não sei.

o mais seguro é mesmo colocar o dinheiro fora e debaixo do colchão (ando adiar e ainda hei-de ser apanhado pelo "terramoto"...)

[Local]

eu já me estou a mexer...

[Powerman]

eu já me estou a mexer...

Local

Só faltava tu com tanta informação, seres apanhado "desinformado" . LOL

abr

[Local]

Nunca se sabe... O excesso de informação também é prejudicial.

[hermes]

Acresce que em Portugal uma boa parte das familias tem casa própria via recurso a empréstimos bancários (dívida) que estão (e continuarão) em euros.
Imagine-se a saída do euro com a desvalorização imediata do escudo (30,40,50%... e continuar a ter que pagar a divída que permanece em euros... imagino que metade das casas seriam imediatamente entregues aos bancos.

Se a minha memória não me falha os bancos portugueses andavam a pedir empréstimos ao estrangeiro a baixas maturidades, logo é espectável que os rollovers entretanto feitos tenham regimes legais menos favoráveis...

Corolário: Não será da parte dos bancos portugueses que virá a pressão para a saída do euro.

[Pedro.J50]

Nesses casos as dívidas também seriam renomeadas em escudos.

As dívidas  seriam renomeadas em escudos mas os bancos continuavam a dever em euros.
O que acontecia é que os bancos faliam, em relação ao exterior ( por assim dizer).
Entretanto o estado também estava falido.
Para voltar a pôr a economia a funcionar o estado começava a imprimir  novos escudos  que perdiam o valor já que ninguém os aceitava lá fora.
Era a inflação de 40%, ou 50%.
Eu acho que foi nessa tempestade  que uma argentina ganhou (segundo entendi ).
Ela tinha feito emprestimo em pesos cujo valor era equiparado  ao dolar.
Entretanto ela guardou dolares verdadeiros no colchão.
Quando se deu o estoiro a divida dela foi renomeadas em pesos .
Mas aí o povo andava desesperado.
Queria dolares bons e não aqueles pesos que se desvalorizariam.
Então ela trocou os dolares bons  por pesos à razão de um dolar por  6 ou 7 pesos.., e com esses pesos pagou a divida inicial que tinha contraido.