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Autor Tópico: Carlos Costa - Governador do Banco de Portugal  (Lida 799 vezes)

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Carlos Costa - Governador do Banco de Portugal
« em: 2013-03-13 13:31:00 »
Governador do Banco de Portugal sentiu-se ofendido quando a procuradora Teresa Almeida sugeriu que Carlos Costa tinha sido um “um funcionário de balcão que confere” quando trabalhava no BCP e renovou crédito às “offshores” do banco.

Carlos Costa, quando era funcionário do BCP, renovou créditos às “offshores” do banco sem saber que estes veículos não tinham beneficiários últimos. “Não tinha conhecimento nem tinha que ter” afirmou o governador do Banco de Portugal, que está a testemunhar em tribunal, no processo-crime movido contra ex-administradores do Banco Comercial Português.

 

Carlos Costa trabalhou no BCP entre Janeiro de 2000 e Março de 2004, na qualidade de director da área internacional, tendo ainda acumulado responsabilidades na unidade de custódia do banco. O responsável justificou a decisão de renovação dos créditos com o facto de o colateral ser uma carteira de títulos, com gestão discricionária.

 

“Isto é exactamente o contrário de investir num único título. É saltar de um título para o outro, para maximizar o valor do colateral” sublinhou, garantindo desconhecer que as carteiras eram constituídas quase só por acções do BCP.

 

“Não me passou pela cabeça perguntar quais os títulos em que o gestor da carteira investia. A sua missão era optimizar o valor da carteira” adiantou Carlos Costa.

 

“Não sou um capataz de confiança” respondeu Carlos Costa à procuradora Teresa Almeida, quando esta lhe disse que tinha actuado como “um funcionário de balcão que confere”. O governador do Banco de Portugal reagiu com veemência: “isso é quase ofensivo. Não sou capataz de confiança. Nunca fui nem é hoje que aceito que o diga”.

 

A procuradora está a questionar Carlos Costa sobre o facto de não ter avaliado a carteira de títulos que servia de colateral aos créditos concedidos às “offshores”, que renovou quando era director do BCP.

 

“Tenho é de avaliar se existe possibilidade de recuperação de colateral” justificou o governador, para quem a existência de um mandato de gestão discricionária pressupunha. “Isto não é conferir” repetiu.

 

Carlos Costa está a ser ouvido como testemunha no julgamento em que o Ministério Público acusa dois antigos presidentes do BCP, Jardim Gonçalves e Filipe Pinhal, e dois ex-administradores do banco, Christopher de Beck e António Rodrigues, dos crimes de manipulação de mercado e falsificação de documentos.

http://www.jornaldenegocios.pt/empresas/banca___financas/detalhe/governador_do_banco_de_portugal_recusa_ter_sido_capataz_de_confianca_no_bcp.html