Juízes e procuradores estão nos oito maiores bancos Uma investigação da Autoridade da Concorrência levou a 25 buscas a agências bancárias. Todos os grandes bancos portugueses estão envolvidos. A presença de juízes é obrigatória em buscas realizadas a instituições bancárias Vinte e cinco equipas de juízes, procuradores, polícias e agentes da Autoridade da Concorrência estão a fazer buscas nos maiores bancos portugueses. A notícia foi avançada pela SIC e confirmada por um comunicado da Procuradoria-geral da República. Os bancos alvo de buscas são, apurou o Expresso, a Caixa Geral de Depósitos, o Millennium BCP, o BPI, o Santander Totta, o BES, o Barclays, o Montepio Geral e o Banif. Este é um processo contraordenacional, ou seja, só poderá dar origem a uma multa caso as suspeitas sejam provadas. No máximo, as multas são de 10% do máximo do lucro anual do banco. Contudo, em 2012 vários destes bancos registaram prejuízos. Foi o caso do BCP (1,2 mil milhões de euros negativos, o pior resultado de sempre), da CGD (395 milhões) e do Banif (576 milhões). Já o BPI apresentou no final do ano lucros de 249 milhões de euros, o mesmo acontecendo com o BES (96 meilhões) e o Santander Totta (250 milhões). Uma fonte ouvida pelo Expresso diz que as suspeitas estão relacionadas com a alegada combinação de spreads e custos do crédito à habitação. No comunicado assinado pela PGR Joana Marques Vidal, é lembrado que as empresas "que revelem a sua participação num alegado acordo ou prática concertada" têm "dispensa ou redução da coima". A presença de juízes é obrigatória em buscas realizadas a instituições bancárias. Em resposta à operação desencadeada hoje pelas autoridades, a Associação Portuguesa de Bancos (APB) manifesta em comunicado a sua "surpresa pela realização e dimensão desta ação, tanto mais que o sector bancário se vem caracterizando por uma concorrência muito intensa e grande transparência na divulgação dos preços". Já Faria de Oliveira, presidente daAPB, afirma que "num mercado total e claramente competitivo como é o da banca em Portugal, sujeito a uma supervisão tão intensa e permanente por parte das autoridades competentes nacionais e mesmo internacionais, é de todo improvável que haja qualquer concertação de preços ou de qualquer outra natureza". Ler mais: http://expresso.sapo.pt/juizes-e-procuradores-estao-nos-oito-maiores-bancos=f791664#ixzz2MmK3k9Ea