Não existe tal coisa como preços internacionais esmagados, MESMO que estejam esmagados. Naturalmente, um comprador irá comprar onde for mais barato e prático, pelo que se os preços internacionais estiverem esmagados, será esses aos quais comprará, a nacionais ou estrangeiros.
Vbm, para manteres opiniões absurdas vais criando mais e mais ideias absurdas umas em cima das outras. Não seria melhor acreditares na realidade óbvia de que ninguém vai pagar mais aos produtores nacionais do que o preço a que puder obter o produto noutro lugar qualquer? E que não é preciso TRUST nenhum para actuar dessa forma?
E qual lucro restante? Os 5% SÃO o lucro dos supostos trusts compradores ... a grande distribuição, depois de pagos todos os custos para operarem. Enfim, a conversa fica um bocado surreal essencialmente porque tu queres acreditar numa coisa que não faz sentido. Mais valia estares a dizer que a alunagem tinha sido feita num estúdio em Hollywood, sempre seria mais realista.
Na verdade, há que ser rigoroso. E tu tens de sê-lo, bem como eu.
É falso atribuíres-me algo contrário à tua primeira frase.
Justamente, parto dessa premissa: os preços
de compra ao produtor são esmagados
sejam nacionais sejam externos.
O que digo é, se o produtor nacional
tiver a veleidade de cobrar caro a sua safra,
bem fica com ela na terra, porque o comprador
adquirirá o que precisa directo do estrangeiro,
ainda que este animadamente aplique o
dumping adequado.
Não estão em causa os custos
directos do negócio da distribuição,
os quais pressuponho esmagados, neles incluindo, hoje em dia -
após a reforma laboral de Álvaro Santos Pereira - o custo
da mão-d'obra, porquanto podendo ser despedida
nada impede que se proporcione estrictamente
ao giro da actividade média
na unidade de tempo.
Justo, o
inexplicado é o diferencial do custo directo para
o preço ao consumidor da cidade! Eu não estou a sustentar
que tal diferencial é puro efeito de monopólio: estou
a dizer que é
surpreendente essa margem
ser tão elevada e aparentemente
mais que suficiente para cobrir
juros, rendas e transportes,
caso estejam excluídos
do preço pago ao
produtor.
Se tal sobre-suficiência se confirmar
demonstrado ficará haver ganhos de monopólio,
mesmo que a 'escrita' dos supermercados
aponte para ganhos de 5%.
E, a propósito, as facturas dos supermercados
com número de contribuinte, entram para o concurso
dos Audis e dedução ao irs? Será que é em 2015,
que os 5% dobram para 25%?
E nota que o meu discorrer
é mais perguntar do que afirmar,
embora seja
desconfiar.