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Autor Tópico: Temos de respeitar as outras culturas, não é ?  (Lida 256739 vezes)

Reg

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Re: Temos de respeitar as outras culturas, não é ?
« Responder #1520 em: 2017-03-20 23:51:59 »
Reg, no 1º site dos dois que eu indiquei acima há críticas aos aliados e anti-semitismo, mas o site não é árabe nem turco. É de cristãos ocidentais a dizerem mal do Erdogan com o texto que o D. Antunes postou.


tambem eu critico Erdogan   mas  sei bem aquela zona  onde esta turquia nao tem nada ver com valores ocidentais   fazer apelos ao grande islao e popular  das poucas coisas unem estas zonas de guerra  apelos a patria, naçao  ou País no medio oriente sao fraquitas nao funcionam  eles sao tribalistas.

se nao tivessem la os judeus  nem aliados nos ultimos 100 anos  estavam em guerra na mesma...




ha mais 1000 anos aquela zona  esta  em guerra... so ficam unidos com apelo ao islao  e por pouco tempo..

mesma turquia com 20% curdos...um apelo a patria secalhar nao funciona né!

http://pt.euronews.com/2017/03/19/manifestacao-de-curdos-na-alemanha-irrita-turquia

eu acredito Erdogan  queira  apelar ao islao para sobreviver  como pais
 o homem manda  abater avioes russos esta comprar uma guerra com UE  fica com poucas opçoes.

so falta meterem o Trump  nisto   e faz  brilharete de ir briga com todos :-\
https://www.rtp.pt/noticias/mundo/trump-e-erdogan-estudam-reaproximacao-entre-eua-e-turquia_n981512
« Última modificação: 2017-03-21 02:03:15 por Reg »
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Re: Temos de respeitar as outras culturas, não é ?
« Responder #1521 em: 2017-03-27 12:15:24 »
Não tinha prestado muita atenção à notícia daquele tipo marroquino que andou a recrutar assassinos para daesh.

A ler o artigo da Helena Matos é que reparei na preciosidade de Portugal ter dado asilo a um tipo que quando cá chegou dizia que: "defendia uma orientação islamita mais radical".
É uma loucura o que o multiculturalismo faz a uma nação.

Citar
Da luta de classes ao ressentimento
Helena MatosSeguir
27/3/2017,

A esquerda e os jornalistas-activistas deixaram cair os operários para apostarem no ressentimento. Os radicais islâmicos são os grandes beneficiários da troca da luta de classes pelo multiculturalismo

“Abdessalam T. chegou a Portugal em outubro de 2013, com identificação falsa, fugido — justificou ele à chegada ao aeroporto de Lisboa — dos que o perseguiam no país natal, onde era polícia, opositor do regime e defensor de uma orientação islamita mais radical. Detetado durante o controlo documental, pediu asilo evitando o retorno imediato.”

Portanto, chega aqui um cidadão marroquino que pretende “uma orientação islamita mais radical” para o seu país (de cuja capital Lisboa dista tanto quanto de Madrid) e Portugal trata-o como se ele fosse um defensor da democracia: concede-lhe asilo, mais cama, roupa lavada, uns subsídios e presumo que alimentação confeccionada segundo os ditames da sua “orientação islamita” devidamente identificados naquele manual para “Acolhimento de refugiados” editado pela a Direcção-Geral da Saúde que nos recomenda coisas tão extraordinárias quanto “Fique atento aos seus próprios preconceitos e preferências e coloque-os de lado” para em seguida discriminar todas as formas de preconceito dos ditos refugiados que temos de respeitar com escrúpulo e que vão desde as “restrições de género consubstanciadas na recusa de mulheres serem observadas ou cuidadas por profissionais do sexo masculino. É de extrema importância que estas limitações sejam esclarecidas e respeitadas, para que o apoio tenha a maior qualidade possível” ao problema do sabor a baunilha nos pudins e as passas de uva nos bolos pois há o risco de as mesmas terem sido conservadas com álcool. (Sem esquecer a necessidade de desinfectar as cozinhas para que as mesmas não fiquem conspurcadas pelo lombo de porco ou pela caixinha de banha.)

Felizmente para nós o senhor Abdessalam T. não se sentiu ofendido com o trato que lhe dispensámos e, devidamente munido do bendito estatuto de asilado político, coisa que para os não islâmicos se aplica a umas pessoas regra geral bem mais democráticas que os respectivos governos, lá partiu para a Europa onde, segundo autoridades várias, estaria a captar voluntários para morrerem matando o maior número de pessoas, nuns actos a que até há alguns anos se chamava terrorismo. Como se sabe o terrorismo entretanto passou a “incidente causado por pessoas com perturbações” e agora já vai no item de comportamento “sem motivo”, como por estes dias declararam as autoridades britânicas a propósito do atentado levado a cabo por Khalid Masood em Westminster.

Um dos exercícios mais constrangedores da nossa sociedade é a tentativa de pensar pelo terrorista, como se os seus actos fossem não uma expressão da sua vontade mas sim a resposta desacertada à violência ou aos crimes que outros exerceram sobre eles ou sobre os seus antepassados. Este exercício levou em anos não muito distantes a explicações fabulosas para a actividade dos bascos da ETA, cujas bombas e balas chegaram a ser apresentadas entre nós como uma revolta contra a pobreza, quando o País Basco era uma das regiões mais abastadas de Espanha.

Com o terrorismo islâmico a discussão é imediatamente transferida para o problema do anti-Islão. E a partir do momento em que a expressão anti-Islão entra na discussão chegou a hora de sair para qualquer pessoa que queira viver e sobreviver em paz, sem irritar as redes sociais, os humoristas do regime e as redacções. Afinal o truque é velho mas resulta sempre: primeiro imputa-se aos outros o que eles não pensam ou atribuem-se-lhes qualidades ou mais propriamente a falta delas por causa daquilo que pensam. Depois já não se discutem os factos mas sim a personalidade de quem pretende falar deles.

Em Portugal esta técnica produziu até essa espécie de endemismo nacional que é o “retornado ressentido”. O que distingue um retornado ressentido de um retornado não ressentido? Tendo sido forçados a deixar África entre 1974 a 1976, ambos, ressentidos e não ressentidos, tiveram de aceitar que eram retornados e não refugiados mas o segundo, o não ressentido, isentava os governantes do pós 25 de Abril de quaisquer responsabilidades por essa sua fuga, culpando naturalmente Salazar. Já o ressentido obstinava-se em acusar Rosa Coutinho, Mário Soares ou Almeida Santos.

Portugal colecciona aliás outros grupos que admitindo-se que existam padecem de um pecado original como é o caso do anti-comunista primário. Em teoria, Portugal admite que alguém seja anticomunista, desde que não seja primário, claro está. Mas tanto quanto se sabe até à hora em que escrevo este texto nunca mas nunca se encontrou um anticomunista que não fosse primário. Mais afortunados são os católicos que sempre se podem redimir se forem considerados progressistas, muito particularmente pelos ateus.

Assim, não sendo novidade esta falaciosa transferência da discussão sobre os assuntos para o perfil moral de quem os discute – não se discutia o Gulag mas sim o facto de quem o denunciava estar ao serviço da reacção – voltemos ao senhor Abdessalam. O que leva Portugal a dar asilo político a alguém que pretende “uma orientação islamita mais radical” para Marrocos? Alguém tem a noção das implicações para Portugal e para a Europa do triunfo de tal orientação islamita mais radical em Marrocos? Não basta já a loucura com que se apoiaram as primaveras árabes que acabaram no presente e tenebroso Inverno, loucura a que escapou precisamente Marrocos?

E onde cabe nessa “orientação islamita mais radical” a actividade “em favor da democracia, da libertação social e nacional, da paz entre os povos, da liberdade e dos direitos da pessoa humana” que oficialmente determina que se conceda asilo político a alguém? Marrocos não é uma democracia perfeita, longe disso, mas é certamente muito mais livre sem a tal “orientação islamita mais radical” defendida pelo senhor Abdessalam.

Todos os dias, em diversos locais da Europa, casos como os de Abdessalam confrontam-nos com uma pergunta: como é isto possível numa Europa onde convivem sem quaisquer problemas milhões de católicos, protestantes, budistas, hindus, judeus? Numa Europa em que milhões de pessoas migraram sem que isso causasse qualquer tensão? É possível porque depois de décadas às voltas com a luta de classes a esquerda, os jornalistas-activistas, os cientistas sociais e demais engenheiros das almas deixaram cair os operários, que de imediato se tornaram no lixo branco e muitos deles votantes da extrema-direita, para apostarem na exploração do ressentimento, seja ele grupal, étnico ou religioso.

Os radicais muçulmanos não inventaram nada. Eles, como todos os outros radicais que os antecederam, sabem que o seu melhor aliado não é o ódio que eles sentem pelo outro, no caso o Ocidente, mas sim a falta de admiração e às vezes o ódio que muitos ocidentais sentem pela sua própria cultura e modo de vida.

Reg

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Re: Temos de respeitar as outras culturas, não é ?
« Responder #1522 em: 2017-03-27 12:39:52 »
tipico.... ainda mandam embora quem sabe... por causa idiologia

http://www.esquerda.net/breves/portugal-abandona-projeto-de-cooperacao-policial-com-israel?page=8&qt-desenvolvimento_lateral=3

a que safa portugal desses tipos   andam  apostar noutros paises  com muitos  islamicos como França, Belgica   Reino unido

mais guerras santas nos paises islamicos  e ignoram portugal  ate agora..

mas com fama de portugal ter muitos extrangeiros de inglaterra e frança...nao sei nao, se esta paz dura muito http://www.publituris.pt/2016/06/08/portugal-e-o-5-a-pais-mais-pacifico/.
O top 5 dos países mais pacíficos é composto pela Islândia, Dinamarca, Áustria e Nova Zelândia e Portugal.

São mais de vinte os indicadores, qualitativos e quantitativos, utilizados na análise, entre as quais a segurança pública, violência policial, taxa de homicídios, justiça social, terrorismo, participação em conflitos, grau de militarização e gastos com armas.

 com Portugal a registar a maior subida face ao ano passado, do 14.º para o 5.º lugar.
« Última modificação: 2017-03-27 12:58:44 por Reg »
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Re: Temos de respeitar as outras culturas, não é ?
« Responder #1523 em: 2017-03-28 02:09:21 »
Eis aqui os meus próprios comentários escritos no Observador a esse idiota artigo da Helena Matos. O meu nome lá é João Coutinho.

Comentário 1
---------------
Mais um chorrilho de disparates de Helena Matos.

Em primeiro lugar, ela questiona que se tenha cuidados em tratar bem os refugiados, no sentido de respeitar as suas crenças, os seus costumes e tabus alimentares (sobre carne de porco, etc). Isto é uma observação moralmente mal formada, impiedosa, mesquinha. Se se vai *admitir* pessoas como refugiados, tempos obrigação de os tratar de forma humana básica. Isso não pode constituir apenas em dar-lhes uma cama de ferro, e pô-los a pão e água. Têm que ser tratados com decência e isso inclui respeitar os seus tabus alimentares, como já é feito em qualquer hotel ou companhia aérea. Estar sequer a sugerir que estamos a "fazer-lhes um grande favor" em respeitar isto é mesquinho, mal formado, e em última análise mesmo maldoso.

Outra coisa é se alguém assenta no perfil para ser aceite como refugiado. Isso depende de cada caso em particular. Mas se é aceite como tal, os cuidados acima descritos devem ser tidos. A HM desce muito baixo com estas sugestões.

Comentário 2
---------------
E os disparates não se ficam por aí. A tese de HM sobre a esquerda ter "virado costas aos operários" e abraçado o "multiculturalismo" é ridiculamente mal informada. Eu não sou de esquerda radical, só tenho simpatias por muitos aspectos da esquerda, e discordo noutros aspectos. Mas consigo perceber que a defesa da esquerda do multiculturalismo é coerente com o que ela sempre defendeu, nomeadamente os direitos humanos de *quem quer que seja oprimido* ou sofra injustiças sociais, de qualquer natureza.

Daí, a defesa do fim da escravatura, com a qual todos concordamos hoje. Daí a tentativa de redistribuir riqueza para amenizar o problema da pobreza em operários ou outros. Daí o lutar contra o racismo, sexismo, e homofobia. Minorias étnicas sofreram o racismo, isso é uma injustiça, fez e faz as pessoas sofrerem, daí o imperativo de lutar contra isso. Semelhantes observações se aplicam à homofobia, ao sexismo, ao anti-semitismo, e à islamofobia.

A islamofobia é moralmente indefensável, simplesmente pela mesma razão das outras coisas acima. Porque faz milhões de pessoas sentirem-se oprimidas e sofrerem. O multiculturalismo é a tentativa de colocar todas as comunidades a entenderem-se bem, com respeito mútuo, e assim a combater os flagelos acima descritos.

Logo, a defesa do multiculturalismo e combate à islamofobia não são nenhuma "deriva estranha" da esquerda, como a HM estupidamente diz. São uma coisa perfeitamente natural e coerente com os valores que, não apenas a esquerda, mas todas as pessoas decentes e moderadas sempre defenderam, incluindo muitas de centro-direita.

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Re: Temos de respeitar as outras culturas, não é ?
« Responder #1524 em: 2017-03-28 02:14:57 »
tu es  mais novo que senhora...logo realidades diferentes...

esquerda  ha 50 anos atras ....  era tudo menos  defender direitos humanos ..... alias era oposto...o individo pouco contava so coletivismo importava

 esquerda com bom senso nos miolos( minoria )andava  junta aos direitolas  catolicos/protestantes  e liberais contra os sovieticos

por isso hoje europa  e assim...hoje  por causa dessa mistura de politicas  estavam juntas contra comunismo

ha 50 anos atras tu de certeza nao tinhas simpatia pelos bloquistas...  esses estavam do outro lado sovietico

quando URSS caiu ficaram orfao  " dos operarios" tiveram arranjar outra causa.

nao podes esquecer urss era perita em fazer lavagem  ...  e extrema esquerda na europa era sua seguidora os direitos humanos nessa altura estavam na gaveta...
http://www.google.pt/search?client=opera&q=direitos+humanos&sourceid=opera&ie=UTF-8&oe=UTF-8
Também, à visão ocidental-capitalista dos direitos humanos, centrada nos direitos civis e políticos, como a liberdade de opinião, de expressão e de voto, se opôs, durante a Guerra Fria, o bloco socialista, que privilegiava a satisfação das necessidades elementares, porém que suprimia a propriedade privada e a possibilidade de discordar e de eleger os representantes com eleições livres de múltipla escolha.[6]

quanto refugiados..bem  sao migrantes economicos porque marrocos nao tem guerras nem e ditadura anda matar  povo...  quem recebeu um radical  islamico marroquino  como refugiado  tem bom senso?
« Última modificação: 2017-03-28 03:51:24 por Reg »
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Re: Temos de respeitar as outras culturas, não é ?
« Responder #1525 em: 2017-03-28 10:03:16 »
Parece-me que não perdias nada se não adjectivasses as pessoas e apenas colocasses as tuas ideias e objecções.
“Our values are human rights, democracy and the rule of law, to which I see no alternative. This is why I am opposed to any ideology or any political movement that negates these values or which treads upon them once it has assumed power. In this regard there is no difference between Nazism, Fascism or Communism..”
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Re: Temos de respeitar as outras culturas, não é ?
« Responder #1526 em: 2017-03-28 10:19:31 »
Embora não concorde com o kin, em defesa da forma da sua argumentação não me parece que ele tenha adjectivado a autora.

Dizer que ela diz determinada coisa estupidamente não é o mesmo que a chamar estupida.
"Como seria viver a vida que realmente quero?"

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Re: Temos de respeitar as outras culturas, não é ?
« Responder #1527 em: 2017-03-28 10:34:35 »
Eis aqui os meus próprios comentários escritos no Observador a esse idiota artigo da Helena Matos. O meu nome lá é João Coutinho.

Comentário 1
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Mais um chorrilho de disparates de Helena Matos.

Em primeiro lugar, ela questiona que se tenha cuidados em tratar bem os refugiados, no sentido de respeitar as suas crenças, os seus costumes e tabus alimentares (sobre carne de porco, etc). Isto é uma observação moralmente mal formada, impiedosa, mesquinha. Se se vai *admitir* pessoas como refugiados, tempos obrigação de os tratar de forma humana básica. Isso não pode constituir apenas em dar-lhes uma cama de ferro, e pô-los a pão e água. Têm que ser tratados com decência e isso inclui respeitar os seus tabus alimentares, como já é feito em qualquer hotel ou companhia aérea. Estar sequer a sugerir que estamos a "fazer-lhes um grande favor" em respeitar isto é mesquinho, mal formado, e em última análise mesmo maldoso.

Outra coisa é se alguém assenta no perfil para ser aceite como refugiado. Isso depende de cada caso em particular. Mas se é aceite como tal, os cuidados acima descritos devem ser tidos. A HM desce muito baixo com estas sugestões.

Comentário 2
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E os disparates não se ficam por aí. A tese de HM sobre a esquerda ter "virado costas aos operários" e abraçado o "multiculturalismo" é ridiculamente mal informada. Eu não sou de esquerda radical, só tenho simpatias por muitos aspectos da esquerda, e discordo noutros aspectos. Mas consigo perceber que a defesa da esquerda do multiculturalismo é coerente com o que ela sempre defendeu, nomeadamente os direitos humanos de *quem quer que seja oprimido* ou sofra injustiças sociais, de qualquer natureza.

Daí, a defesa do fim da escravatura, com a qual todos concordamos hoje. Daí a tentativa de redistribuir riqueza para amenizar o problema da pobreza em operários ou outros. Daí o lutar contra o racismo, sexismo, e homofobia. Minorias étnicas sofreram o racismo, isso é uma injustiça, fez e faz as pessoas sofrerem, daí o imperativo de lutar contra isso. Semelhantes observações se aplicam à homofobia, ao sexismo, ao anti-semitismo, e à islamofobia.

A islamofobia é moralmente indefensável, simplesmente pela mesma razão das outras coisas acima. Porque faz milhões de pessoas sentirem-se oprimidas e sofrerem. O multiculturalismo é a tentativa de colocar todas as comunidades a entenderem-se bem, com respeito mútuo, e assim a combater os flagelos acima descritos.

Logo, a defesa do multiculturalismo e combate à islamofobia não são nenhuma "deriva estranha" da esquerda, como a HM estupidamente diz. São uma coisa perfeitamente natural e coerente com os valores que, não apenas a esquerda, mas todas as pessoas decentes e moderadas sempre defenderam, incluindo muitas de centro-direita.

Algumas notas:
* Respeitar as crenças dos refugiados à chegada é diferente de depois adaptar o sistema para aceitar essas crenças em vez de levar os refugiados a integrarem-se na nossa cultura. Eles não o fazerem é uma boa parte do problema (daí a atacarem-na é um pequeno passo). Logo mesmo que se respeite essas crenças à chegada, não se as pode depois respeitar no sistema em geral. Além disso, o sistema não o faria para um grupo de Portugueses, porque o deverá fazer para um grupo de imigrantes?
* A esquerda só respeita minorias que acha "oprimidas". Não respeita minorias que assim não acha. Geralmente não respeita minorias que estejam numa posição superior. Portanto o tratamento de Israel pela esquerda é absurdo apesar de serem o povo mais civilizado da região. Da mesma forma, não se vè esquerda nenhuma a defender Asiáticos, quando a acção afirmativa de minorias provoca uma acção negativa e injusta sobre essa minoria nos acessos à universidade nos EUA.
* As minorias "oprimidas" são escolhidas arbitrariamente (como tudo o resto). Os escravos nem sempre foram uma dessas minorias. E quando a esquerda defende o Islão, ao mesmo tempo está a deitar pela borda fora as mulheres que vivem no contexto do mesmo, bem como cristãos, judeus, etc.

De forma geral, a idea base da esquerda é arbitrariamente favorecer uns e penalizar outros. É uma ideia intrinsecamente injusta e corrupta mesmo que bem intencionada. É também uma ideia profundamente perigosa, como a história mostra (e nesse aspecto o nazismo é tão de esquerda como o comunismo, pois a idea de colectivismo está muito mais associada à esquerda e o colectivismo é o problema nesses casos).
« Última modificação: 2017-03-28 10:37:35 por Incognitus »
"Nem tudo o que pode ser contado conta, e nem tudo o que conta pode ser contado.", Albert Einstein

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Re: Temos de respeitar as outras culturas, não é ?
« Responder #1528 em: 2017-03-28 10:47:10 »
Embora não concorde com o kin, em defesa da forma da sua argumentação não me parece que ele tenha adjectivado a autora.

Dizer que ela diz determinada coisa estupidamente não é o mesmo que a chamar estupida.
Quando refere "observação moralmente mal formada, impiedosa, mesquinha" ou "A HM desce muito baixo com estas sugestões" ou "é ridiculamente mal informada" ou "como a HM estupidamente diz" parece-me que essas adjetivações não são necessárias e até desviam a atenção do essencial, que é a opinião e ideias do Kin.
“Our values are human rights, democracy and the rule of law, to which I see no alternative. This is why I am opposed to any ideology or any political movement that negates these values or which treads upon them once it has assumed power. In this regard there is no difference between Nazism, Fascism or Communism..”
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Re: Temos de respeitar as outras culturas, não é ?
« Responder #1529 em: 2017-03-28 20:09:03 »
Eis aqui os meus próprios comentários escritos no Observador a esse idiota artigo da Helena Matos. O meu nome lá é João Coutinho.

Comentário 1
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Mais um chorrilho de disparates de Helena Matos.

Em primeiro lugar, ela questiona que se tenha cuidados em tratar bem os refugiados, no sentido de respeitar as suas crenças, os seus costumes e tabus alimentares (sobre carne de porco, etc). Isto é uma observação moralmente mal formada, impiedosa, mesquinha. Se se vai *admitir* pessoas como refugiados, tempos obrigação de os tratar de forma humana básica. Isso não pode constituir apenas em dar-lhes uma cama de ferro, e pô-los a pão e água. Têm que ser tratados com decência e isso inclui respeitar os seus tabus alimentares, como já é feito em qualquer hotel ou companhia aérea. Estar sequer a sugerir que estamos a "fazer-lhes um grande favor" em respeitar isto é mesquinho, mal formado, e em última análise mesmo maldoso.

Outra coisa é se alguém assenta no perfil para ser aceite como refugiado. Isso depende de cada caso em particular. Mas se é aceite como tal, os cuidados acima descritos devem ser tidos. A HM desce muito baixo com estas sugestões.

Comentário 2
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E os disparates não se ficam por aí. A tese de HM sobre a esquerda ter "virado costas aos operários" e abraçado o "multiculturalismo" é ridiculamente mal informada. Eu não sou de esquerda radical, só tenho simpatias por muitos aspectos da esquerda, e discordo noutros aspectos. Mas consigo perceber que a defesa da esquerda do multiculturalismo é coerente com o que ela sempre defendeu, nomeadamente os direitos humanos de *quem quer que seja oprimido* ou sofra injustiças sociais, de qualquer natureza.

Daí, a defesa do fim da escravatura, com a qual todos concordamos hoje. Daí a tentativa de redistribuir riqueza para amenizar o problema da pobreza em operários ou outros. Daí o lutar contra o racismo, sexismo, e homofobia. Minorias étnicas sofreram o racismo, isso é uma injustiça, fez e faz as pessoas sofrerem, daí o imperativo de lutar contra isso. Semelhantes observações se aplicam à homofobia, ao sexismo, ao anti-semitismo, e à islamofobia.

A islamofobia é moralmente indefensável, simplesmente pela mesma razão das outras coisas acima. Porque faz milhões de pessoas sentirem-se oprimidas e sofrerem. O multiculturalismo é a tentativa de colocar todas as comunidades a entenderem-se bem, com respeito mútuo, e assim a combater os flagelos acima descritos.

Logo, a defesa do multiculturalismo e combate à islamofobia não são nenhuma "deriva estranha" da esquerda, como a HM estupidamente diz. São uma coisa perfeitamente natural e coerente com os valores que, não apenas a esquerda, mas todas as pessoas decentes e moderadas sempre defenderam, incluindo muitas de centro-direita.

Algumas notas:
* Respeitar as crenças dos refugiados à chegada é diferente de depois adaptar o sistema para aceitar essas crenças em vez de levar os refugiados a integrarem-se na nossa cultura. Eles não o fazerem é uma boa parte do problema (daí a atacarem-na é um pequeno passo). Logo mesmo que se respeite essas crenças à chegada, não se as pode depois respeitar no sistema em geral. Além disso, o sistema não o faria para um grupo de Portugueses, porque o deverá fazer para um grupo de imigrantes?
* A esquerda só respeita minorias que acha "oprimidas". Não respeita minorias que assim não acha. Geralmente não respeita minorias que estejam numa posição superior. Portanto o tratamento de Israel pela esquerda é absurdo apesar de serem o povo mais civilizado da região. Da mesma forma, não se vè esquerda nenhuma a defender Asiáticos, quando a acção afirmativa de minorias provoca uma acção negativa e injusta sobre essa minoria nos acessos à universidade nos EUA.
* As minorias "oprimidas" são escolhidas arbitrariamente (como tudo o resto). Os escravos nem sempre foram uma dessas minorias. E quando a esquerda defende o Islão, ao mesmo tempo está a deitar pela borda fora as mulheres que vivem no contexto do mesmo, bem como cristãos, judeus, etc.

De forma geral, a idea base da esquerda é arbitrariamente favorecer uns e penalizar outros. É uma ideia intrinsecamente injusta e corrupta mesmo que bem intencionada. É também uma ideia profundamente perigosa, como a história mostra (e nesse aspecto o nazismo é tão de esquerda como o comunismo, pois a idea de colectivismo está muito mais associada à esquerda e o colectivismo é o problema nesses casos).

Mas porquê tantas complicações, quando as ideias que eu defendi acima são muito mais simples? Vou focar-me na tua frase que coloquei a sublinhado. Ela não tem nada a ver o aquilo que eu ou a esquerda com a qual concordo defendemos. A esquerda não defende o Islão per se, e muito menos as manifestações sexistas e xenofóbicas presentes em tantos países islâmicos. Onde é que está a evidência disso? Os países islâmicos têm essas características culturais condenáveis, claro, e consentâneo com isso a esquerda não defende essas características. O que ela defende é pessoas islâmicas que se encontram em posições difíceis em que corram o risco de serem elas vítimas de xenofobia, como é o caso dos imigrantes e refugiados actualmente. Ou seja, se é vítima defende-se, se não o é não. Isso não é um critério arbitrário, como tu estás a afirmar na segunda frase sublinhada. O critério é universal, coerente, aplica-se àqueles pessoas que estejam nessas situações. Quando muito à diferenças de ênfase e atenção, ou seja, numa dada época está-se a ter mais atenção por umas vítimas e não por outras que também mereciam.

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Re: Temos de respeitar as outras culturas, não é ?
« Responder #1530 em: 2017-03-28 23:09:55 »
Kin, é simples. Defenderia essas pessoas desde que abandonassem as práticas criticáveis. Senão é o mesmo que estar a ajudar nazis porque estão numa posição chata, deixando-os continuar com práticas anti-semíticas, racistas, etc.
« Última modificação: 2017-03-28 23:10:20 por Incognitus »
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Re: Temos de respeitar as outras culturas, não é ?
« Responder #1531 em: 2017-03-29 09:07:31 »
A maioria das pessoas que foram adeptas do nazismo, ideologia nacionalista e socialista, não concordavam, e até desconheciam, as mortes que provocou.
Há inúmeros relatos de quem tenha ficado horrorizado com as matanças infligidas pelo nazismo quando a elas assistiram ou delas tiveram conhecimento (inclusivamente nazis que salvaram judeus, que é um exemplo extremo).
Pensavam que o objectivo do nazismo seria apenas defender os alemães, como povo, bem como promover a prosperidade nacional, objectivos com o quais concordavam, e jamais exterminar pessoas de outras raças/credos.
Porque é que se ilegalizou o nazismo e não o islamismo e o comunismo ? A maioria dos seus adeptos seriam nazis moderados (tal como os islâmicos moderados ou os comunistas moderados).

Europeu

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Re: Temos de respeitar as outras culturas, não é ?
« Responder #1532 em: 2017-03-29 15:49:10 »
O kin2010 é claramente racista contra os brancos.
« Última modificação: 2017-03-29 15:55:10 por Europeu »
Há dois grupos de eleitores socialistas, um grupo é o dos funcionarios publicos, o outro grupo é o dos retardados.

Zenith

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Re: Temos de respeitar as outras culturas, não é ?
« Responder #1533 em: 2017-03-29 20:32:10 »
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Porque é que se ilegalizou o nazismo e não o islamismo e o comunismo ?
É uma pergunta que deve ser feita aos alemães. Imagino que na altura deve ter havido um misto de revolta contra o sofrimento infligido e humilhação da derrota provocados pelo desvario ideológico  e também de  vergonha de um povo que se considera culta ter tido uma queda tão abissal na barbárie.

Automek

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Re: Temos de respeitar as outras culturas, não é ?
« Responder #1534 em: 2017-03-29 21:37:00 »
Isto não é exclusivo dos alemães. Há vários países que ilegalizaram o nazismo, expressamente, e outros, como Portugal, que ilegalizou a ideologia fascista.

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4. Não são consentidas associações armadas nem de tipo militar, militarizadas ou paramilitares, nem organizações racistas ou que perfilhem a ideologia fascista.

Eu não discuto isto. Eu discuto é a dualidade de tratamento, no mínimo entre o fascismo e o comunismo.

Europeu

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Re: Temos de respeitar as outras culturas, não é ?
« Responder #1535 em: 2017-03-29 21:53:19 »
A resposta é simples, os nazis perderam a guerra, e os comunistas ganharam a guerra.
A historia é escrita pelos vencedores da guerra, que neste caso impuseram a proibição do nazismo e do politicamente correto até aos dias de hoje.
Mesmo depois da queda do comunismo, os ditos liberais,social democratas,conservadores,etc continuam a tolerar e a promover o comunismo, mas continuam a proibir o fascismo e o racismo.
Há dois grupos de eleitores socialistas, um grupo é o dos funcionarios publicos, o outro grupo é o dos retardados.

Reg

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Re: Temos de respeitar as outras culturas, não é ?
« Responder #1536 em: 2017-03-29 21:56:56 »
Tudo no Estado, nada contra o Estado, e nada fora do Estado

pouco faltava para serem comunistas....

ca para mim  fascistas sao socialista nacionalistas

A ênfase nas negociações coletivas e na intermediação política dos conflitos com a participação de sindicatos e representantes estatais caracteriza este meio de organização das relações entre empresários e trabalhadores. Embora a propriedade privada dos meios de produção tenha sido preservada, esta extensiva intervenção do estado na sociedade capitalista industrial significou o declínio da doutrina liberal nos países onde foi adotada  fascismo
Democracia Socialista Democrata. igualdade de quem berra mais O que é meu é meu o que é teu é nosso

Zenith

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Re: Temos de respeitar as outras culturas, não é ?
« Responder #1537 em: 2017-03-29 22:00:02 »
O partido nazi era alemão, e quem proibiu foram os alemães (e provavelemente tambem austriacos). Nos paises do leste que adquiriram território à Alemanha (Polonia, Rep Checa ?)também foi proibido mas todos os outros tambem o foram.
Penso que para os alemães o nazismo era um problema interno de identidade. Uma verruga que os envergonha e queriam limpar. A única razão para  proibir comunismo seria o ressentimento pela derrota militar contra a URSS. Dentro da Alemanha (RFA) partido comunismo nem excerceu terror nem praticou acções subversivas.

Reg

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Re: Temos de respeitar as outras culturas, não é ?
« Responder #1538 em: 2017-03-29 22:02:53 »
so foram fuzilados por querer passar muro....passou a ser conhecida como “faixa de morte"

a merkel deve saber mais que eu ela nasceu la  na  parte comunista..
« Última modificação: 2017-03-29 22:05:41 por Reg »
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Automek

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Re: Temos de respeitar as outras culturas, não é ?
« Responder #1539 em: 2017-03-29 22:04:13 »
Dentro da Alemanha (RFA) partido comunismo nem excerceu terror nem praticou acções subversivas.
Não porque não teve o poder para isso. Na maioria dos países comunistas esse poder era absoluto. Isto mostra como é uma ideologia perigosa.