Califórnia
Pelo que se viu na televisão, Aníbal aproveitou a tournée para indagar acerca das melhores práticas de empreendedorismo. Os jovens da diáspora recordaram-lhe a necessidade de haver investimento e de apostar na ciência. Aníbal mudou de assunto.
Então, já na qualidade de Presidente da República, revelou como Portugal estava numa situação caótica há três anos (“se não fosse aquele acordo que fizemos com as instituições internacionais, a economia portuguesa tinha entrado em colapso”) e como tudo está diferente agora (“a economia portuguesa sofreu uma forte transformação nos últimos três anos”).
Cavaco omite que empurrou o país para o precipício com o discurso de posse e que se recusou a assumir a função de Presidente da República aquando do chumbo do PEC IV. Agora, que o país está de pantanas, com o PIB em contracção, as falências a aumentarem, mais de um milhão de pessoas inactivas, a dívida a subir sem cessar, eis que o Presidente da República vê o país numa “forte transformação”.
O que Cavaco deixa subentendido é que o pacto de sangue com o governo de Passos & Portas está para lavar e durar.