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Autor Tópico: Grécia - Tópico principal  (Lida 1838102 vezes)

Vanilla-Swap

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Re: Grécia - Tópico principal
« Responder #9520 em: 2015-08-28 17:11:42 »
O Tsipras conseguiu fazer crescer o PIB grego, a anarquia pode aumentar o rendimento e sem despedir e cortar.

Lark

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Re: Grécia - Tópico principal
« Responder #9521 em: 2015-08-28 17:13:15 »
O BCE está a imprimir 60 mil milhões todos os meses e ainda não destruiu nada, até ver... :)

Imprimir por si só não leva directamente a hiperinflação. Para haver inflação esse dinheiro tem que circular, comprar bens e provocar aumento de preços.
Depende não só do money supply mas também do money velocity.

A inflação como definida tecnicamente não aumenta quase nada. O mesmo se passou nos EUA com o QE.

A questão é que hoje vivemos mais numa chamada economia financeira do que numa economia real (produção de bens e serviços- onde é medida a tal inflação).

Mas na economia financeira aí tens inflação e deflação à bruta. Alias o QE tinha como objectivo claro o inflacionar forte do mercado de activos e não o mercado de bens e serviços.
Portanto imprimir dinheiro gera inflação e forte mas não aquela que conta para as estatísticas.

e os activos como o petróleo, o cobre e todas as matérias primas em geral?

L
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Re: Grécia - Tópico principal
« Responder #9522 em: 2015-08-28 17:18:43 »
O BCE está a imprimir 60 mil milhões todos os meses e ainda não destruiu nada, até ver... :)

Imprimir por si só não leva directamente a hiperinflação. Para haver inflação esse dinheiro tem que circular, comprar bens e provocar aumento de preços.
Depende não só do money supply mas também do money velocity.

A inflação como definida tecnicamente não aumenta quase nada. O mesmo se passou nos EUA com o QE.

A questão é que hoje vivemos mais numa chamada economia financeira do que numa economia real (produção de bens e serviços- onde é medida a tal inflação).

Mas na economia financeira aí tens inflação e deflação à bruta. Alias o QE tinha como objectivo claro o inflacionar forte do mercado de activos e não o mercado de bens e serviços.
Portanto imprimir dinheiro gera inflação e forte mas não aquela que conta para as estatísticas.

e os activos como o petróleo, o cobre e todas as matérias primas em geral?

L


Estas a confundir commodities com activos de investimento. Apesar de que algumas commodities acabam por ter esse duplo papel e naturalmente a injecção massiva de dinheiro leva a inflação do seu preço. O caso mais flagrante é o ouro.

Incognitus

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Re: Grécia - Tópico principal
« Responder #9523 em: 2015-08-28 17:21:37 »
O BCE está a imprimir 60 mil milhões todos os meses e ainda não destruiu nada, até ver... :)

Imprimir por si só não leva directamente a hiperinflação. Para haver inflação esse dinheiro tem que circular, comprar bens e provocar aumento de preços.
Depende não só do money supply mas também do money velocity.

A inflação como definida tecnicamente não aumenta quase nada. O mesmo se passou nos EUA com o QE.

A questão é que hoje vivemos mais numa chamada economia financeira do que numa economia real (produção de bens e serviços- onde é medida a tal inflação).

Mas na economia financeira aí tens inflação e deflação à bruta. Alias o QE tinha como objectivo claro o inflacionar forte do mercado de activos e não o mercado de bens e serviços.
Portanto imprimir dinheiro gera inflação e forte mas não aquela que conta para as estatísticas.

e os activos como o petróleo, o cobre e todas as matérias primas em geral?

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A explicação já aqui foi deixada. O mecanismo é o seguinte:

* Os vendedores dos activos que o banco central compra, substituem-nos.
* Substituem-nos primeiro por activos iguais (eventualmente com maturidades diferentes).
* Depois, por similares (obrigações corporate de elevada qualidade).
* Depois, por similares menos directos (obrigações corporate de menor qualidade).
* Depois, por activos com características "parecidas" (acções preferenciais, acções de elevada qualidade com dividendos, MLPs, etc).
* Depois, por activos com características cada vez menos similares (todo o tipo de acções, cada vez mais especulativas, ainda estão na estrutura de capital).
* E só muito raramente e em casos muito esporádicos, por activos completamente diferentes (commodities e afins, já não fazem parte da estrutura de capital de uma empresa ou Estado).

Isto depois varia muito de acordo com o tipo de vendedor original dos activos, claro. Mas um ponto em comum é que praticamente nada do fluxo vai parar em commodities. As commodities nem são sequer bem um activo, e ainda por cima têm características muito próprias (na medida em que a forma de nelas investir é via futuros que têm rollovers que muitas vezes implicam perdas contínuas, ou a necessidade de receber em bens físicos).

Ou seja, é previsível que as commodities quase não beneficiem. Ainda assim, as posições longas de investidores financeiros em pelo menos algumas delas até há meses atrás estavam nos maiores níveis de sempre (caso do petróleo).
« Última modificação: 2015-08-28 17:23:27 por Incognitus »
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Re: Grécia - Tópico principal
« Responder #9524 em: 2015-08-28 17:22:38 »
O BCE está a imprimir 60 mil milhões todos os meses e ainda não destruiu nada, até ver... :)

Imprimir por si só não leva directamente a hiperinflação. Para haver inflação esse dinheiro tem que circular, comprar bens e provocar aumento de preços.
Depende não só do money supply mas também do money velocity.

A inflação como definida tecnicamente não aumenta quase nada. O mesmo se passou nos EUA com o QE.

A questão é que hoje vivemos mais numa chamada economia financeira do que numa economia real (produção de bens e serviços- onde é medida a tal inflação).

Mas na economia financeira aí tens inflação e deflação à bruta. Alias o QE tinha como objectivo claro o inflacionar forte do mercado de activos e não o mercado de bens e serviços.
Portanto imprimir dinheiro gera inflação e forte mas não aquela que conta para as estatísticas.

e os activos como o petróleo, o cobre e todas as matérias primas em geral?

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a inflação mede-se pelas medidas usadas para medir a inflação.
se se pretende medir outras coisas com outras métricas então que se lhe chame outra coisa.
senão, cada vez que há um bull market no mercado accionista, tem que se clamar pela inflação. não faz sentido.
um bull market nos mercados accionistas não significa inflação. não, pelos conceitos que eu conheço.

temos que chamar as coisas pelos nomes. se falamos de inflação falamos de inflação.
se falamos de subidas nos mercados accionistas dos US - porque o outros mercados não me parece que se possa dizer que estão a subir, nomeadamente os emergentes - falamos de subidas nos mercados accionistas dos US.

subida dos mercados accionistas num só país (US) + quedas brutais nas matéria primas + quedas assinaláveis nos mercados europeu e chinês + deflação na europa e no japão

não é

a mesma coisa que inflação.

é bom que isto fique claro, senão andamos para aqui a chamar o que nos apetecer às coisas que nos der na gana.

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Re: Grécia - Tópico principal
« Responder #9525 em: 2015-08-28 17:26:48 »
Há uma classe de activos com uma importância enorme com subida marcada de preços; Obrigações.
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Re: Grécia - Tópico principal
« Responder #9526 em: 2015-08-28 17:29:32 »
Há uma classe de activos com uma importância enorme com subida marcada de preços; Obrigações.

ok, há um bull nas obrigações.
e um bear nas yields das mesmas.

L

PS: no post anterior deve ressalvar-se que o mercado alemão está em bull. o mesmo não se pode dizer dos outros mercados da europa.
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Re: Grécia - Tópico principal
« Responder #9527 em: 2015-08-28 17:31:13 »
Há uma classe de activos com uma importância enorme com subida marcada de preços; Obrigações.

Foi a que beneficiou mais directamente como explicado acima, sendo que na Europa beneficiou o suficiente, no caso das Obrigações do Estado, para até levar muitas maturidades temporariamente para taxas negativas.
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Re: Grécia - Tópico principal
« Responder #9528 em: 2015-08-28 17:32:30 »
Há uma classe de activos com uma importância enorme com subida marcada de preços; Obrigações.

ok, há um bull nas obrigações.
e um bear nas yields das mesmas.


o que mais se tem mais ouvido são queixas do bear das yields.
um milionário, coitado, já não tem instrumentos absolutamente seguros, que lhe proporcionem um rendimento minimamente aceitável.

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Re: Grécia - Tópico principal
« Responder #9529 em: 2015-08-28 17:35:49 »
Há uma classe de activos com uma importância enorme com subida marcada de preços; Obrigações.

ok, há um bull nas obrigações.
e um bear nas yields das mesmas.


o que mais se tem mais ouvido são queixas do bear das yields.
um milionário, coitado, já não tem instrumentos absolutamente seguros, que lhe proporcionem um rendimento minimamente aceitável.

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lark, o valor das obrigações é o que é inflacionado por comprarem-se obrigações ... a yield naturalmente desce.
« Última modificação: 2015-08-28 17:36:03 por Incognitus »
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Re: Grécia - Tópico principal
« Responder #9530 em: 2015-08-28 17:36:03 »
Lark, o que eu quis por em evidencia é que quando se injecta massivamente dinheiro no sistema pelo banco central, haverá aumentos de preços em algum lado,seguramente. O dinheiro vai procurar adquirir algo.
Se o dinheiro injectado entrasse maioritariamente na economia real aí verias de facto forte inflação. A questão é que o dinheiro injectado acaba por ficar no sistema financeiro servindo para adquirir activos de investimento os quais naturalmente sofrem uma inflação de preço.
Tens alguma duvida que o Bull market dos EUA desde 2009 não se deveu maioritariamente ao QE?
Basta ver como os mercados reagem quando se começa a falar em apenas reduzir os niveis de QE. Nem estamos a falar em reverter o processo. Isso então era o afundanço completo do mercado.

Dias

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Re: Grécia - Tópico principal
« Responder #9531 em: 2015-08-28 17:37:33 »
-US  inflaciona accoes.

-Europa e inflaciona  obrigaçoes.

tudo pode ser inflacionado o limite da moral foi dito  papa Francisco quando  criticou a especulação com os preços dos alimentos em nome do “deus lucro”

sejam bons catolicos inflacionem accoes e obrigaçaoes  ;D





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Re: Grécia - Tópico principal
« Responder #9532 em: 2015-08-28 17:37:54 »
Se os economistas se baseiam em números o mandato do syriza fez crescer a economia.

Lark

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Re: Grécia - Tópico principal
« Responder #9533 em: 2015-08-28 17:45:54 »
Lark, o que eu quis por em evidencia é que quando se injecta massivamente dinheiro no sistema pelo banco central, haverá aumentos de preços em algum lado,seguramente. O dinheiro vai procurar adquirir algo.
Se o dinheiro injectado entrasse maioritariamente na economia real aí verias de facto forte inflação. A questão é que o dinheiro injectado acaba por ficar no sistema financeiro servindo para adquirir activos de investimento os quais naturalmente sofrem uma inflação de preço.
Tens alguma duvida que o Bull market dos EUA desde 2009 não se deveu maioritariamente ao QE?
Basta ver como os mercados reagem quando se começa a falar em apenas reduzir os niveis de QE. Nem estamos a falar em reverter o processo. Isso então era o afundanço completo do mercado.

eu sei o que tu queres dizer.
essa narrativa está incompleta.
no outro lado do ledger está a desalavancagem histórica a que se assistiu desde 2008.
se o QE americano (que já terminou faz meses) tivesse ultrapassado (não apenas compensado) a desalavancagem - a massa monetária destruída pelo processo de desalavancagem - isso reflectir-se-ia no CPI. haveria inflação.
o que mede a inflação é o CPI, não é uma narrativa ad hoc.

o que está a acontecer ou em perigo de acontecer é que a balança penda uma outra vez mais para o lado da deflação, com a queda brutal das matérias primas.
o que manteria as obrigações em bull e as yields em bear. não obstante estaríamos em plena deflação.

a narrativa não cola. it doesn't add up.
as compras dos QEs são compensadas pelo processo massivo de destruição de massa monetária através da destruição do crédito, seja por ser pago (savings) seja por defaults.
são compensados pela desalavancagem.
se a balança se desequilibrar teremos subida no CPI - inflação - ou descida - deflação.

inovações na definição de inflação é que não me parecem apropriadas.

L
« Última modificação: 2015-08-28 17:50:25 por Lark »
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Re: Grécia - Tópico principal
« Responder #9534 em: 2015-08-28 17:55:12 »
-US  inflaciona accoes.

-Europa e inflaciona  obrigaçoes.

tudo pode ser inflacionado o limite da moral foi dito  papa Francisco quando  criticou a especulação com os preços dos alimentos em nome do “deus lucro”

sejam bons catolicos inflacionem accoes e obrigaçaoes  ;D

Bem-vindo. Na Europa também ajudou as acções. E nos EUA também ajudou as obrigações. Eventualmente os investidores nos EUA são algo mais agressivos, daí o pendor de um e outro lado ser algo diferente.
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Re: Grécia - Tópico principal
« Responder #9535 em: 2015-08-28 17:56:54 »
Lark

" olhe que não, olhe que não..."
 :D

Lark

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Re: Grécia - Tópico principal
« Responder #9536 em: 2015-08-28 18:04:35 »
por último:

as yields - que determinam o preço das obrigações - são baixas porque os agentes económicos não perspectivam crescimento no horizonte temporal das referidas obrigações.
se perspectivassem crescimento económico no futuro, as yields subiriam e os preços das obrigações desceriam.

que era o que estava em curso nos US, antes da queda das matérias primas e dos mercados emergentes.
agora há dúvidas se as taxas de referência da FED subirão - e subsequentemente as yields - proximamente ou não, dado o efeito deflacionário da queda das matérias primas.

basicamente os mercados comportaram-se como sempre se comportaram.
o QE apenas serviu para acudir a um processo histórico de desalavancagem.

o que pode acontecer e está a acontecer no japão é que as medidas convencionais do QE - compra de obrigações - deixem de ter tracção no mercado. que o efeito dessas compras se esgote.
nesse caso os bancos centrais admitem (e fazem-no) a tomada de medidas menos convencionais.
primeiro começam por comprar MBS, depois obrigações corporate e finalmente e eventualmente, mercado accionista.
sempre na tentativa de compensar a desalavancagem.

é pena que não tomem medidas de crescimento mais directas, como medidas fiscais de investimento em infraestruturas, por exemplo.
mas isso não é competência dos bancos centrais. é competência dos governos.

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« Última modificação: 2015-08-28 18:06:05 por Lark »
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Re: Grécia - Tópico principal
« Responder #9537 em: 2015-08-28 18:06:11 »
O Japão também se fartou de investir em infraestruturas. Em parte é essa a razão pela qual têm uma montanha de dívida e déficits gigantes. Estímulo fiscal via dívida/déficits não faltou.
« Última modificação: 2015-08-28 18:06:23 por Incognitus »
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Re: Grécia - Tópico principal
« Responder #9538 em: 2015-08-28 18:10:08 »
O Japão também se fartou de investir em infraestruturas. Em parte é essa a razão pela qual têm uma montanha de dívida e déficits gigantes. Estímulo fiscal via dívida/déficits não faltou.

hmmm? !
desconhecia. tanto quanto sei, as medidas foram sempre monetárias. e não funcionaram por seram demasiado tímidas. com o kuroda isso mudou. ainda está para se ver se há ou não efeitos visíveis.
tens algumas fontes onde se possam consultar esses factos? nos estados unidos não aconteceu e na alemanha tão pouco.

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Re: Grécia - Tópico principal
« Responder #9539 em: 2015-08-28 18:18:59 »
O Japão também se fartou de investir em infraestruturas. Em parte é essa a razão pela qual têm uma montanha de dívida e déficits gigantes. Estímulo fiscal via dívida/déficits não faltou.

hmmm? !
desconhecia. tanto quanto sei, as medidas foram sempre monetárias. e não funcionaram por seram demasiado tímidas. com o kuroda isso mudou. ainda está para se ver se há ou não efeitos visíveis.
tens algumas fontes onde se possam consultar esses factos? nos estados unidos não aconteceu e na alemanha tão pouco.

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Como desconhecias? Os déficits, dívida gigantesca, etc, são mais que conhecidos ... "estímulo fiscal" é basicamente correr déficits fiscais grandes. Isso não tem faltado.



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