Olá, Visitante. Por favor entre ou registe-se se ainda não for membro.

Entrar com nome de utilizador, password e duração da sessão
 

Autor Tópico: Grécia - Tópico principal  (Lida 1841403 vezes)

vbm

  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 13830
    • Ver Perfil
Re: Grécia - Tópico principal
« Responder #9580 em: 2015-09-09 10:28:20 »
Mas é um pouco chocante que haja de ser o impulso monetário de um diferencial utópico de proveitos que haja de produzir efeitos de reanimação da actividade... Porquê esse incentivo não há de provir de uma maior economicidade produtiva? Bem, a tendência preliminar da chamada iniciativa privada é "meter ao bolso" todos os lucros possíveis, especialmente os inesperados de todo! É o keynesiano motivo-precaução do aforro! :) Pois, muito bem. E depois? Vai-se ao casino? Espera-se viver sem fazer nenhum? E os trabalhadores? Porque trabalhar mais e melhor se a sociedade não é meritocrática e até tem ódio a quem sabe e é melhor que os outros? Há jogo viciado no capitalismo ocidental... E os funcionários públicos da política estão a milhas de conseguirem impor-se aos barões da economia de negócios, por falta de classe e conhecimentos!

Visitante

  • Ordem dos Especialistas
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 3766
    • Ver Perfil
Re: Grécia - Tópico principal
« Responder #9581 em: 2015-09-09 11:42:48 »
A diferença entre NBG na NYSE e ETE.AT em Atenas está praticamente eliminada.

Agora é esperar que volte outra oportunidade. Julgo que a conversão entre acções e ADRs está neste momento a ser feita livremente, voltando a encerrar a oportunidade pode surgir. Sabes qual o critério usado para abrir e fechar o processo de conversão?

Geralmente fecha-se quando esgotam um limite de emissão, mas o NBG deve ter estado fechado devido aos eventos na Grécia, tipo a bolsa Grega fechada.

Não sei se existe um sítio onde se possam ver esses limites de emissão para os vários ADRs e acompanhar o ponto de situação da conversão. Se está ou não muito longe desses limites. De qualquer das formas o mais relevante para procurar oportunidades é saber se a conversão está aberta ou não, e isso é comunicado. O motivo porque fecham ou abrem os books é secundário.
« Última modificação: 2015-09-09 11:49:09 por Visitante »

Incognitus

  • Administrator
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 30961
    • Ver Perfil
Re: Grécia - Tópico principal
« Responder #9582 em: 2015-09-09 12:10:45 »
A maior parte dos ADRs passam pelo The Bank of New York Mellon Corporation (BK), e o site http://www.adrbnymellon.com/ possui informação sobre a situação de cada emitente.

Nota que é perigoso entrar nestas arbitragens em níveis de spread baixos, porque eles podem crescer muito. É preciso esperar pelas situações realmente surreais, como ocorreu com o NBG (duas vezes).
"Nem tudo o que pode ser contado conta, e nem tudo o que conta pode ser contado.", Albert Einstein

Incognitus, www.thinkfn.com

Visitante

  • Ordem dos Especialistas
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 3766
    • Ver Perfil
Re: Grécia - Tópico principal
« Responder #9583 em: 2015-09-09 13:39:37 »
A maior parte dos ADRs passam pelo The Bank of New York Mellon Corporation (BK), e o site http://www.adrbnymellon.com/ possui informação sobre a situação de cada emitente.

Nota que é perigoso entrar nestas arbitragens em níveis de spread baixos, porque eles podem crescer muito. É preciso esperar pelas situações realmente surreais, como ocorreu com o NBG (duas vezes).


Tenho a ideia que referiste no SA que a arbitragem devia ser feita pela exposição a igual valor, igual montante. Mas não será a igual número de títulos?

Incognitus

  • Administrator
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 30961
    • Ver Perfil
Re: Grécia - Tópico principal
« Responder #9584 em: 2015-09-09 13:50:35 »
Se disse posso ter-me enganado, tipicamente numa arbitragem usa-se igual valor para manter neutralidade face ao mercado, mas neste caso para dizer a verdade não tenho a certeza absoluta. Teria que refazer todo o processo para ver qual das duas alternativas mantém a neutralidade.

Digo isto porque parece intuitivo que seja igual quantidade (pois em alguma altura valerão o mesmo ou próximo), ao passo que noutras arbitragens que não envolvam os mesmos títulos essa igualdade não se coloca da mesma forma.

--------

A questão aqui é qual das alternativas melhor protege face a variações fortes do mercado enquanto o spread não varia muito. Igual quantidade vai expor um dos lados muito mais do que o outro ao mercado. O short vai ser muito maior que o longo (pois existe um lado sobrevalorizado onde estamos short), e se o mercado subir muito rapidamente sem resolver o spread isso é um problema. Com igual valor o mesmo não acontece se o spread se mantiver e estivermos a usar igual valor.
« Última modificação: 2015-09-09 13:55:55 por Incognitus »
"Nem tudo o que pode ser contado conta, e nem tudo o que conta pode ser contado.", Albert Einstein

Incognitus, www.thinkfn.com

tommy

  • Visitante
Re: Grécia - Tópico principal
« Responder #9585 em: 2015-09-09 15:15:02 »
Citar
Should Germany Leave the Euro?

MUNICH – The debate about whether Greece should leave the eurozone has revived the idea that Germany, and other similarly strong economies, would best serve the rest of the continent if they were the ones to exit the monetary union. But, though that notion may win some applause, implementing it would be shortsighted, impractical, and economically dubious.

For starters, it would not be easy to extricate Europe’s largest economy from the single currency. Any serious discussion of such an objective would cause chaos in financial markets, given the many uncertainties attached to the process.

Even more important are the argument’s economic flaws, three of which are immediately apparent. First, the proponents of a German exit put far too much faith in the power of weak currencies to fuel an economy. They argue that if Germany left, the rest of the eurozone would devalue and that this devaluation would restore growth. This is unlikely.

Before the introduction of the euro, countries such as Italy, Greece, Spain, and Portugal – and until the 1980s, France as well – regularly devalued their currencies. The result was inflation with little growth. It was precisely the painful consequences of their sliding currencies that enticed these countries to join a monetary union with Germany.

Currency devaluation can boost exports in the short term, but it also makes imports more expensive, eroding households’ purchasing power. Workers then demand higher wages to compensate. Unless the central bank is very strong and prepared to engender an economic slowdown, higher wages tend to push up inflation. The result is often a wage-price spiral that quickly offsets the competitiveness gains of a weaker currency.

Second, advocates of a German exit argue that its economy is too competitive to share a currency with weaker players like Italy, France, and Spain. This is flattering but wrong. Since 2000, France’s cumulative GDP growth has been the same as Germany’s. Ireland and Spain have done even better, despite the deep slumps they had to endure during the crisis.

Competitiveness does not depend only, or even primarily, on the exchange rate. Fundamentals such as productivity, education, research and development, and the tax system are more important. In these areas, Germany is far from being in a league of its own. On the contrary, the country will have to stop resting on its laurels and restart domestic reforms if it is to keep its strong position in the eurozone and globally. In any case, it would be absurd to rearrange the currency union every time individual members’ relative competitiveness changes.

Finally, proponents of a German exit claim that the eurozone in its current form is deeply flawed (although they usually are reluctant to provide details regarding exactly how). To be sure, the eurozone does not fully meet all of the conditions of an optimal currency area (which include an open and diversified economy, free movement of capital and labor, and flexible prices and wages). But, although the eurozone certainly has plenty of room to improve, the crisis has brought much progress in terms of integration and flexibility. The eurozone may not be perfect, but it is good enough to last.

One of the most important – but often ignored – conditions for a successful currency union is its members’ ability to agree on certain fundamentals of economic policy. Regardless of the historical and cultural differences that persist among the economic systems of, say, Italy, France, Spain, and Germany, all of these countries agree on the fundamental principles of a market-based economy. Most notably, they agree that it is the private sector, rather than the state, that is responsible for creating jobs, and that sustainable economic growth requires open product and labor markets.

In the case of Greece, these fundamental ideas do not appear to have been universally accepted. For decades, the state acted as the employer of first and last resort. Product markets were strangled by regulatory red tape, owing to the influence of vested interests. This system could persist only through sustained public borrowing. Over the last 20 years – including the period before Greece joined the euro – the country’s average annual budget deficit was more than 7% of GDP.

Greek wages and prices have already fallen sufficiently to restore competitiveness; the country now needs a framework in which private economic activity can thrive. If the conditions attached to its third bailout package help Greece move to a more sustainable economic model, then it, too, will have a future in the eurozone.

The eurozone’s survival requires, first and foremost, that all of its member countries have strong and flexible economies, which means that all of them must undertake continuous efforts to remain competitive. Wondering whether more (or less) competitive economies should leave the monetary union might be an interesting intellectual exercise. But it contributes little to the task at hand.

Read more at https://www.project-syndicate.org/commentary/should-germany-leave-the-eurozone-by-michael-heise-2015-09#xm4WBJ0yvmdjug4V.99

Problema da grécia é ser de esquerda socialista dos vbm's e lark's. Aliás como Portugal.

Thunder

  • Ordem dos Especialistas
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 2009
    • Ver Perfil
Re: Grécia - Tópico principal
« Responder #9586 em: 2015-09-16 12:24:46 »
Do que vi nas notícias (TV), as sondagens indicam bastante proximidade entre o Tsipras e o candidato da ND
Nullius in Verba
Divide et Impera
Não há almoços grátis
Facts do not cease to exist because they are ignored
Bulls make money, bears make money.... pigs get slaughtered

Automek

  • Ordem dos Especialistas
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 30976
    • Ver Perfil

Lark

  • Ordem dos Especialistas
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 4627
    • Ver Perfil
Re: Grécia - Tópico principal
« Responder #9588 em: 2015-09-20 21:29:28 »
Greece election: Alexis Tsipras hails 'victory of the people'

Alexis Tsipras has hailed a "victory of the people" after his left-wing Syriza party won Greece's fifth election in six years.
He said Greeks faced a difficult road and that recovery would only come through hard work.
The conservative New Democracy party earlier conceded defeat.

With half the votes counted, Syriza is projected to be just short of a majority but the Independent Greeks have agreed to join a coalition.
The latest figures give Syriza 35% of the vote, compared with New Democracy's 28%.

The snap election was called after Syriza lost its majority in August. This followed the signing of an unpopular new financial bailout deal with international creditors.
Turnout in this poll was just over 55%, down from 63% in January and low by Greek standards.
Mr Tsipras said his decision to call an early election was vindicated and that he had been given a clear, four-year mandate.
He said he would form a government with the nationalist Independent Greeks.

"Together we will continue the struggle we began seven months ago," he said.
New Democracy leader Vangelis Meimarakis earlier conceded defeat to Mr Tsipras, saying: "I congratulate him and urge him to create the government which is needed."
Panos Kammenos said his Independent Greeks would join a coalition with Syriza

Syriza supporters at the party's electoral headquarters in Athens earlier cheered and clapped as exit polls were announced.
Mr Tsipras was hugged by party supporters as he arrived there.

The latest projection gives Syriza 144 seats in the 300-seat parliament, with New Democracy on 75. This is only five fewer than Mr Tsipras's thumping victory in January's election, but again leaves him just short of an absolute majority.

bbc
Be Kind; Everyone You Meet is Fighting a Battle.
Ian Mclaren
------------------------------
If you have more than you need, build a longer table rather than a taller fence.
l6l803399
-------------------------------------------
So, first of all, let me assert my firm belief that the only thing we have to fear is...fear itself — nameless, unreasoning, unjustified terror which paralyzes needed efforts to convert retreat into advance.
Franklin D. Roosevelt

Automek

  • Ordem dos Especialistas
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 30976
    • Ver Perfil
Re: Grécia - Tópico principal
« Responder #9589 em: 2015-09-20 21:55:31 »
Grande vitória da Merkl na Grécia, agora que o Syriza já se converteu à austeridade.

E o partido apoiado pelo Varoufakis, com a sua conversa da treta, foi humilhado como seria de esperar. Os gregos já tiveram o seu momento de loucura e acordaram finalmente para o pragmatismo da realidade. Talvez o facto dos refugiados lhes andarem a baterem à porta os tenha acordado para o facto de não existir porra nenhuma de crise humanitária na Grécia.
« Última modificação: 2015-09-20 21:56:09 por Automek »

D. Antunes

  • Ordem dos Especialistas
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 5284
    • Ver Perfil
Re: Grécia - Tópico principal
« Responder #9590 em: 2015-09-20 21:58:14 »
Parlamento muito similar ao que era antes, sem grandes alterações nas forças relativas dos 7 partidos com representação parlamentar (apenas dois cresceram ligeiramente: o PASOK e o golden Down).
E surgiu um novo partido parlamentar, a união de centristas.


Mas a grande diferença é que o Tsipras se livrou da ala mais radical (que não obteve os 3% ficando fora do parlamento!!!). Em habilidade política tenho que lhe retirar o chapéu. O grande derrotado é o Varoufakis que apoiou os radicais.
“Price is what you pay. Value is what you get.”
“In the short run the market is a voting machine. In the long run, it’s a weighting machine."
Warren Buffett

“O bom senso é a coisa do mundo mais bem distribuída: todos pensamos tê-lo em tal medida que até os mais difíceis de contentar nas outras coisas não costumam desejar mais bom senso do que aquele que têm."
René Descartes

Deus Menor

  • Ordem dos Especialistas
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 1972
    • Ver Perfil
Re: Grécia - Tópico principal
« Responder #9591 em: 2015-09-21 10:28:16 »

E agora?

- Tsipras tem legitimidade para aplicar austeridade?
ou

- Tsipras manda a austeridade às "couves" ?

A natureza Humana e as suas escolhas são por vezes muito divertidas.

Pip-Boy

  • Ordem dos Especialistas
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 1245
    • Ver Perfil
Re: Grécia - Tópico principal
« Responder #9592 em: 2015-09-21 11:46:46 »
Lark, aqui á um mês apostavas em maioria absoluta do Syriza e ala radical fora do parlamento e quase quase que acertavas, escapei por pouco de ter que por na assinatura que eras o maior ou algo do género :p Dada a distancia e as sondagens da altura acho que era difícil fazeres melhor, parabéns!

Agora o Tsipras tem legitimidade para governar como se apresentou a estas eleições, implementar o memorando e tentar umas borlas de aluno bem comportado. Quando e se houver mais apoio a nível europeu para mudanças (Podemos a governar em Espanha, p.ex) logo volta a carga.
The ultimate result of shielding men from the effects of folly, is to fill the world with fools.

tommy

  • Visitante
Re: Grécia - Tópico principal
« Responder #9593 em: 2015-09-21 12:23:32 »
Voltam à carga para? Vão roubar o dinheiro dos alemães??
Gente louca.  :D

O grande discípulo de krugman, varoufakis, é que foi com os porcos. Mas como é esquerda caviar, vai voltar à difícil vida de casa com piscina à beira mar numa qualquer ilha grega. O povo agora que se amanhe com um plano de austeridade 10x pior do que estava previsto.  :D

Lark

  • Ordem dos Especialistas
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 4627
    • Ver Perfil
Re: Grécia - Tópico principal
« Responder #9594 em: 2015-09-21 14:47:55 »
Lark, aqui á um mês apostavas em maioria absoluta do Syriza e ala radical fora do parlamento e quase quase que acertavas, escapei por pouco de ter que por na assinatura que eras o maior ou algo do género :p Dada a distancia e as sondagens da altura acho que era difícil fazeres melhor, parabéns!

Agora o Tsipras tem legitimidade para governar como se apresentou a estas eleições, implementar o memorando e tentar umas borlas de aluno bem comportado. Quando e se houver mais apoio a nível europeu para mudanças (Podemos a governar em Espanha, p.ex) logo volta a carga.

obrigado e parabéns pela lembrança jf. não sei se toda a gente 'quereria' lembrar-se, como tu fizeste.

L
Be Kind; Everyone You Meet is Fighting a Battle.
Ian Mclaren
------------------------------
If you have more than you need, build a longer table rather than a taller fence.
l6l803399
-------------------------------------------
So, first of all, let me assert my firm belief that the only thing we have to fear is...fear itself — nameless, unreasoning, unjustified terror which paralyzes needed efforts to convert retreat into advance.
Franklin D. Roosevelt

Zel

  • Visitante
Re: Grécia - Tópico principal
« Responder #9595 em: 2015-09-21 14:50:52 »
nao me lembro de alguem ter discordado disso (ou concordado, acho que ninguem ligou)
ja qd discordamos o lark nao costuma ter razao  :D

Automek

  • Ordem dos Especialistas
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 30976
    • Ver Perfil

D. Antunes

  • Ordem dos Especialistas
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 5284
    • Ver Perfil
Re: Grécia - Tópico principal
« Responder #9597 em: 2015-09-21 15:16:42 »
O PS tinha simpatias pelo Syriza, desde as anteriores eleições passou a tratá-lo como leproso.
O BE esqueceu a ala radical do Syriza e o Varoufakis. Agora é só Tsipras.

Isto está a ficar interessante.

Mas não há dúvida que o Tsipras é um político habilidoso. Os gregos gostam dele, muitos em Bruxelas já acham que não é um caso perdido, mas ainda agrada ao BE. É obra!
E depois das eleições aposto que até o António Costa vai voltar a gostar dele.
“Price is what you pay. Value is what you get.”
“In the short run the market is a voting machine. In the long run, it’s a weighting machine."
Warren Buffett

“O bom senso é a coisa do mundo mais bem distribuída: todos pensamos tê-lo em tal medida que até os mais difíceis de contentar nas outras coisas não costumam desejar mais bom senso do que aquele que têm."
René Descartes

5555

  • Ordem dos Especialistas
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 5555
    • Ver Perfil
Re: Grécia - Tópico principal
« Responder #9598 em: 2015-09-21 16:28:08 »
Citar
Nações Unidas recomendam a reestruturação da dívida sem esquecer a democracia

Contra a vontade de alguns dos maiores credores mundiais - Alemanha, Reino Unido e Estados Unidos - e da própria União Europeia, que se absteve, a assembleia das Nações Unidas aprovou, na quinta-feira, 10, um conjunto de nove princípios democráticos que devem sobrepor-se à voracidade dos credores sempre que um país tenha de reestruturar a dívida. Em sua defesa, além dos 136 membros que votaram a favor, estiveram 19 conhecidos economistas, entre os quais Yanis Varoufakis, ex-ministro grego das Finanças, e Thomas Piketty, autor do livro-sensação O Capital no século XXI.

Para evitar novas Argentinas (ainda em litígio contra os fundos-abutre) ou novas Grécias, as Nações Unidas recomendam que as partes negociadoras não se esqueçam de incluir, nas suas contas, o respeito por princípios universais como a soberania, boa fé, transparência, imparcialidade, igualdade de tratamento, imunidade soberana, legitimidade, sustentabilidade e que qualquer reestruturação de dívida deve ser sempre aprovada por maioria. Assim, quem empresta deve cooperar com quem pede emprestado, reconhecendo a legitimidade de um país soberano orientar a sua política macroeconómica no sentido do crescimento, desde que os direitos dos credores não sejam postos em causa. A despolitização do sistema financeiro e a ausência de alternativas às políticas de austeridade são também referidas no documento.

No manifesto assinado pelos 19 economistas, a situação recente da Grécia está bastante presente. "A crise grega tornou claro que os países que agem isoladamente não conseguem negociar condições razoáveis para a reestruturação da sua dívida." E terminavam apelando à União Europeia que votasse favoravelmente a resolução.

A Argentina, forçada pelos credores a aceitar uma dura renegociação da dívida em 2002, foi um dos países mais empenhados na aprovação da recomendação. O ministro dos Estrangeiros, Héctor Timerman, declarou, perante a assembleia das Nações Unidas: "Esta é uma resolução a favor da estabilidade económica e social, da paz e do desenvolvimento. A dívida é hoje responsável pela violência, pela desigualdade e pelas situações em que os poderosos ficam em vantagem perante o países menos desenvolvidos que precisam de capital."

Os Estados Unidos, o Reino Unido e a União Europeia (enquanto bloco de países, incluindo a Grécia...) alegaram a vontade de preservar o papel de árbitro do Fundo Monetário Internacional (FMI), no que respeita aos planos de reestruturação de dívida soberana, para justificar as suas posições.

Ler mais: http://visao.sapo.pt/nacoes-unidas-recomendam-a-reestruturacao-da-divida-sem-esquecer-a-democracia=f831003#ixzz3mO4aGtQo/quote]

Thomas Piketty (à esquerda) e Yanis Varoufakis (à direita) foram dois dos subscritores mais ativos


Gimmick

  • Jr. Member
  • **
  • Mensagens: 41
    • Ver Perfil
Re: Grécia - Tópico principal
« Responder #9599 em: 2015-09-21 16:50:08 »
Mais uma brincadeira das naçoes unidas