Estou com um problema que infelizmente a sua solução leva à minha morte ...
passo a expôr :
- Ainda jovem, fiz alguns anos do Liceu no Colégio Académico, pertença do Sr. João Lopes Soares pai do Pai da Democracia e cuja Directora Maria de Jesus Simões Barroso, mais tarde Soares, pois veio a ser a esposa desse Sr. Como esses anos foram antes do 25 de Abril, contribui para pagar generosamente uma mensalidade que o Pai do Dr. Soares lhe enviava de modo a este poder levar a sua vida boémia, desculpem, de estudante em Paris, para onde tinha ido para fugir à tropa, com medo da guerra colonial.
- Mais tarde, já na minha vida profissional, continuei a contribuir com os meus impostos, taxas e licenças, para que o Dr. Soares pudesse exercer os seus sucessivos cargos, viagens, carros, motoristas, casas, com a dignidade que os sucessivos cargos mereceriam.
- Seguidamente, continuei a contribuir com os meus impostos, taxas e licenças para pagar as várias reformas que o Sr. tinha obtido com os
direitos adquiridos, sem o dito Sr. Reformado tenha descontado para as mesmas reformas.
- Para meu espanto, não satisfeito com as minhas contribuições que eu continuava religiosamente a dar todos os meses que recebia o ordenado e/ou quando precisasse de um papel qualquer que resolvessem exigir e que cobravam uma taxa ou licença, abre uma Fundação com o meu dinheiro e exige uma contribuição anual para a manter.
- Agora, velho e doente, internado num dos melhores e mais caros Hospitais
particulares , qual é o meu espanto quando venho a saber que também sou eu que vou pagar a factura do Hospital, além, claro está de já pagar aos guarda-costas que ali lhe prestam serviço. É que ingénuamente, pensei que o Pai da Democracia iria para um Hospital Público, para quem defendeu com unhas e dentes o Serviço Nacional de Saúde, pago também por mim, mas sempre saía mais baratucho que este particular e ainda por cima vínculado ao Grande Capital e à família das mais fascistas de Portugal.
- Já coloquei uma velinha, para que o Sr. não morra já, pois como eu sei que ele gosta de viajar com pompa e circunstância, vai ser um funeral e peras e eu sei que lá vai mais uns milhares senão um milhãozito do dinheiro que a Troika nos emprestou, para pagar o funeral e as restantes festividades e caberá a mim, mais uma vez ter que pagar à Troika.
- Tudo isto me tem apoquentado, pois ando a sustentar este indivíduo toda a minha vida, desde a minha juventude e só vejo uma saída para deixar de o fazer ...
é morrer primeiro que ele, mais a mais que já ando com outro encargo, que é sustentar o filho dele, que puxou ao pai e nunca trabalhou na vida, exceptuando um dia que resolveu ir colar uns azuleijos , quando estava na Câmara de Lisboa.