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Autor Tópico: Banco Espírito Santo (BES) - Tópico principal  (Lida 654996 vezes)

Kin2010

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Re:Banco Espírito Santo (BES) - Tópico principal
« Responder #2580 em: 2014-10-20 00:04:40 »
Um artigo de fundo, brilhantemente escrito. Cheio de detalhes que mostram que resultou de uma investigação aprofundada.

Eu já me tinha apercebido há muito de que a OPA da PT à Lusomundo e ao Zip.Net, em 2000, e a venda da Portugália à TAP, foram golpadas para encher os bolsos do GES e amigos por portas travessas.


Zenith

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Re:Banco Espírito Santo (BES) - Tópico principal
« Responder #2581 em: 2014-10-20 09:52:06 »
É isso que me espanta. Mercê da teia de influencias que tinham construido, o GES tinha a capacidade de fazer negócios (golpadas) que os outros não poderiam fazer e encaixar lucros elevados. Por isso o que se esperaria é que as empresas parasitadas (BES, PT etc) fossem morrendo (e substituidas por outras) depois de sugadas até ao tutano mas o grupo GES se mantivesse. No entanto o que se verificou foi que os problemas surgiram nas empresas do grupo. Ou o grupo GES era apenas fachada e a familia está mais rica que nunca ou então esses Espirito Santo eram os piores gestores que alguma vez passaram por Portugal.

Incognitus

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Re:Banco Espírito Santo (BES) - Tópico principal
« Responder #2582 em: 2014-10-20 12:00:33 »
O que parece transparecer daquele artigo, é que toda aquela gestão e família não possuía grande know-how do que estava a fazer, não obstante liderarem todas aquelas empresas.

Eventualmente isto é normal. O know-how familiar terá estado em gerações passadas, "que já foram", mas os presentes não deixam de estar no topo das organizações.
"Nem tudo o que pode ser contado conta, e nem tudo o que conta pode ser contado.", Albert Einstein

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vbm

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Re:Banco Espírito Santo (BES) - Tópico principal
« Responder #2583 em: 2014-10-20 13:48:10 »
É isso que me espanta. Mercê da teia de influencias que tinham construido, o GES tinha a capacidade de fazer negócios (golpadas) que os outros não poderiam fazer e encaixar lucros elevados. Por isso o que se esperaria é que as empresas parasitadas (BES, PT etc) fossem morrendo (e substituidas por outras) depois de sugadas até ao tutano mas o grupo GES se mantivesse. No entanto o que se verificou foi que os problemas surgiram nas empresas do grupo. Ou o grupo GES era apenas fachada e a familia está mais rica que nunca ou então esses Espirito Santo eram os piores gestores que alguma vez passaram por Portugal.

A culpa não é minha.
É da Agatha Christie.

Follow the money.
Where are the 7*10^9 €
disappeared from the BES Angola!?

vbm

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Re:Banco Espírito Santo (BES) - Tópico principal
« Responder #2584 em: 2014-10-20 13:55:30 »
O que parece transparecer daquele artigo, é que toda aquela gestão e família não possuía grande know-how do que estava a fazer, não obstante liderarem todas aquelas empresas. Eventualmente isto é normal. O know-how familiar terá estado em gerações passadas, "que já foram", mas os presentes não deixam de estar no topo das organizações.

É pelo menos um padrão recorrente, típico do capitalismo, raro no feudalismo. O comum é a dispersão ou dissolução da fortuna por insolvência ao cabo de três a quatro gerações, senão antes. Porém, a hipótese do Zenith não é descartável sem mais investigação.

Tranquilo

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vbm

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Re:Banco Espírito Santo (BES) - Tópico principal
« Responder #2586 em: 2014-10-20 14:17:28 »
Óptimo. Mas a questão permanece: onde estão os 7 mil milhões desaparecidos do BES Angola? Que os contribuintes angolanos paguem o empréstimo concedido é uma coisa. Para onde foi que desapareceu o dobro do valor desse crédito, é outra! De resto, numa  hipótese hidromecânica simplificada, não surpreenderá que a carga fiscal se equilibre em partes iguais aos contribuintes dos dois países:  3.5 para Angola e 3.5 para 'Resolução-Portugal' (=contribuintes). E 'o desaparecido' foi para quem?
« Última modificação: 2014-10-20 14:23:41 por vbm »

Incognitus

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Re:Banco Espírito Santo (BES) - Tópico principal
« Responder #2587 em: 2014-10-20 14:20:32 »
Porquê o dobro?
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vbm

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Re:Banco Espírito Santo (BES) - Tópico principal
« Responder #2588 em: 2014-10-20 14:36:26 »
Porquê o dobro?

Pode dar-se que eu seja inexacto. Sigo o assunto muito por alto, à base de 'impressões', desatentamente às notícias dos jornais. E de erros factuais que cometa, antecipadamente me desculpo, mas não consigo outro registo de apreensão do que o de 'impressões por alto'. Ora, foi o que eu sempre - julgo - ouvi dizer: o BES de Angola não sabe onde foram parar 6.5 mil milhões (arredondo para 7.0, c/ juros)! Ou seja, o dobro da linha de crédito do BES Lisboa ao BES Angola. É desta notícia (ou impressão minha) original que tenho  sempre mantido a semântica do 'dobro' e da 'metade', e da hipótese do ganho inexplicado não  se sabe de quem de 3.5 a cada uma de duas partes contratantes: uma, em Lisboa; outra, em Luanda. Mas isto é simplesmente não saber nada, e a polícia e o BdP investigam, depois logo se vê. Até agora não se vê nada. E a boa notícia do Stock da Cunha é boa, concerteza. Mas é distinta da questão levantada pelo mistério 'lisboluandoano' que está por resolver.
« Última modificação: 2014-10-20 14:39:35 por vbm »

itg00022289

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Re:Banco Espírito Santo (BES) - Tópico principal
« Responder #2589 em: 2014-10-20 15:50:56 »
Esta história do dinheiro que circulou do BES PT para o BES Angola (ou o inverso) não consigo descortinar quem comeu quem.

Foi o BES Angola que deu um calote no BES PT?
Foi o BES PT que ficou com dinheiro dos Angolanos?
Foi o Ricardo Salgado que arranjou um expediente entre os seus bancos para ficar com uns milhares de milhões a salvo em parte incerta?

deMelo

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Re:Banco Espírito Santo (BES) - Tópico principal
« Responder #2590 em: 2014-10-20 16:01:13 »
Esta história do dinheiro que circulou do BES PT para o BES Angola (ou o inverso) não consigo descortinar quem comeu quem.

Foi o BES Angola que deu um calote no BES PT?
Foi o BES PT que ficou com dinheiro dos Angolanos?
Foi o Ricardo Salgado que arranjou um expediente entre os seus bancos para ficar com uns milhares de milhões a salvo em parte incerta?

O Salgado, à tuga experiente, decidiu que queria ir fazer dinheiro para Angola.
Angola tem dinheiro, ele precisava de dinheiro para o GES, siga para lá....

Meteu lá alguém que supostamente controlava a coisa para ele ganhar uns trocos enquanto emprestava dinheiro aos novos amigos Angolanos.
A dada altura, os amigos Angolanos abusaram do crédito do BESA.... e abriram um buracão!

O Salgado ainda lá foi pedir uma garantia do Estado Angolano, porque os amigos eram Angolanos. De modo a controlar o risco do buracão chegar ao BES/GES em Portugal.

Conclusão: o Salgado deve ter mamado alguma coisa, os amigos de lá também (muito!).... quem se lixou foi o BESA e o BES/GES.
The Market is Rigged. Always.

vbm

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Re:Banco Espírito Santo (BES) - Tópico principal
« Responder #2591 em: 2014-10-20 18:49:07 »
É uma narrativa. Porventura, realista. E penso que o Ricardo Salgado sempre procurou resguardar quanto possível a solvabilidade do banco em Lisboa. Pelos menos, até perder a possibilidade de continuar a dirigir o banco. Também sinto verosímil o tropismo de ir para Angola para ganhar dinheiro, mas não me parece crível ganhar tão pouco quando após aberta a dita linha de crédito, desaparecem sem rasto 7mil  milhões do BES Angola.

itg00022289

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Re:Banco Espírito Santo (BES) - Tópico principal
« Responder #2592 em: 2014-10-21 15:40:29 »
Na tal crónica que está no tópico da Falência do Espirito Santo tem lá umas informações interessantes sobre o BES <--> BESA

Citar
Enquanto tudo isto se passa em Portugal, a mais de seis mil quilómetros de distância, em Luanda, o BESA montara um mega-carrossel. Ao contrário do resto do sector, cuja principal fonte de financiamento são os depósitos dos clientes, o BESA tinha acesso a uma linha directa do BES, e sem prazo. O que permite grande latitude na acção, nomeadamente ao sector da construção: o BESA empresta verbas ao construtor do imóvel a prazos longos que depois repassa para o comprador do andar, que, por sua vez, o arrenda a preços que possibilitam pagar o serviço da dívida. A questão é que o banco aceita automaticamente a transferência para terceiros sem referências sobre a capacidade de honrar a dívida e sem conhecer o nome do novo devedor. Havia outro método: o BESA financia o construtor, que põe de pé o projecto e antes de o começar a comercializar vende-o, como uma mais-valia, à ESAF, a gestora de fundos de investimento do BES. Sem risco.

16 de Novembro. O poder de Álvaro Sobrinho no BESA é imenso e o banqueiro apenas reporta a Salgado, de quem copiara a “tecnologia”. Só que o pagamento (500 milhões) acordado na venda da Escom à Newbrook não chega ao GES, o que complica as contas de Salgado. E, desconhecendo ainda que Sobrinho é sócio da Akoya (e, portanto, com acesso a informação sensível), pediu ao seu CFO (Morais Pires), com o pelouro internacional, que juntasse peças para se queixarem do presidente do BESA ao BdP. O que teve duas consequências: Sobrinho dá-lhes “um chega para lá” e autonomiza-se das “amarras” de Lisboa, deixando de prestar contas ao BES. Em 2011, o BESA tem lucros de 260 milhões de euros, que salvam o BES de divulgar prejuízos.

Ao ler no Expresso, em Novembro de 2011, que o Tribunal Central de Instrução Criminal o chamara para prestar declarações e que saíra com uma caução de meio milhão de euros por suspeita de branqueamento de capitais no valor de 3,3 milhões de euros, o banqueiro angolano conclui que foi a trupe de Salgado a passar a informação.

Hoje, circulam teorias. Quem priva com Sobrinho conta “que ele desenvolveu uma aversão a Salgado, a quem culpa de estar na origem dos problemas com a justiça e, como controlava tudo e todos queria ‘grelhá-lo’ em lume brando”. A zanga vai ser fratricida.

Tranquilo

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Re:Banco Espírito Santo (BES) - Tópico principal
« Responder #2593 em: 2014-10-21 15:49:10 »
Bom artigo!
Já tinha ouvido esta senhora na TV e de facto confirma-se que é uma boa jornalista de investigação.
A Bolsa ou a Vida !? A Vida porque a Bolsa faz-me falta...

vbm

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Re:Banco Espírito Santo (BES) - Tópico principal
« Responder #2594 em: 2014-10-21 15:49:23 »
Soberba camouflage,
a zanga fratricida.

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Re:Banco Espírito Santo (BES) - Tópico principal
« Responder #2595 em: 2014-10-21 15:53:11 »
muitas dessas histórias não é possível confirmar.
“Our values are human rights, democracy and the rule of law, to which I see no alternative. This is why I am opposed to any ideology or any political movement that negates these values or which treads upon them once it has assumed power. In this regard there is no difference between Nazism, Fascism or Communism..”
Urmas Reinsalu

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Re:Banco Espírito Santo (BES) - Tópico principal
« Responder #2596 em: 2014-10-21 16:28:32 »
muitas dessas histórias não é possível confirmar.

Na introdução da crónica tem lá isto:
Citar
Para perceber como se gerou uma bola de neve que ninguém conseguiu controlar, a Revista 2 ouviu várias personalidades, coligiu muitos dados e consultou múltiplos documentos. E todas as informações deste texto têm por base testemunhos directos e verificáveis recolhidos junto de fontes, que aceitaram identificar-se ou não.

E sendo a jornalista que é, penso que será de confiar.

itg00022289

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Re:Banco Espírito Santo (BES) - Tópico principal
« Responder #2597 em: 2014-10-22 14:30:40 »
O Rendeiro explica:

Citar
A liberdade de € 2, 88 mil milhões a Angola

Posted on 22 October 2014 in Artigos, Destaque, Documentos


Penso que podemos considerar Angola como o centro mundial das liberalidades. Um local de tão grande gentileza que umas entidades literalmente oferece grandes quantidades de dinheiro a outras, sem razão aparente que não seja uma infinita gratidão.
Já conhecíamos a liberalidade com que José Guilherme acarinhou Ricardo Salgado. Mas isto é verdadeiramente “peanuts” comparada com a liberalidade de € 2, 88 mil milhões que Carlos Costa e o Banco de Portugal acabam de presentear a Angola.
O Banco de Portugal e o Banco Nacional de Angola chegaram a acordo sobre o crédito de € 3,6 mil milhões que o BES tinha concedido ao BESA. Este crédito era uma linha de mercado monetário sem qualquer garantia de colateral que só fazia sentido no quadro do controlo de gestão e acionista do BES sobre o BESA.
Não sendo este crédito um problema em si mesmo tornou-se um problema quando o BESA ficou insolvente no quadro de um conjunto de $ 5,4 mil milhões de créditos inexplicados. Como é conhecido, a delicadeza da situação levou o Presidente de Angola a emitir um Decreto Presidencial com uma garantia de Estado equivalente.
Foi assim que Carlos Costa ouvido na Assembleia da República em 18 de Julho, com múltiplas citações na imprensa económica, disse:
“… O Banco de Portugal acredita que a situação do BESA se deverá resolver rapidamente, sem grandes impactos no BES.”
Entretanto, ocorreu a Resolução do BES e o crédito de € 3,6 mil milhões foi transferido para o NOVOBANCO mas totalmente provisionado. Contudo, o BdP esclareceu em comunicado a 12 de Agosto, divulgado pela LUSA:
“… a provisão total destes créditos constitui apenas uma medida de prudência e não reflete, de forma nenhuma, uma ausência de expectativa de recuperação do crédito concedido.”
A medida de Resolução do BES e o provisionamento a 100% do crédito nas contas do NOVOBANCO foram um maná para as Autoridades Angolanas. É elementar a prática bancária reconhecer que quando se provisiona um crédito a 100% se oferece ao credor toda a margem de manobra negocial.
Foi o quê, com toda a racionalidade, fizeram as Autoridades Angolanas. Revogaram a Garantia de Estado e vão pagar, afinal, não tudo mas 20% dos tais € 3,6 mil milhões e em condições muito especiais. Carlos Costa, mais uma vez, caiu no ridículo e no Futungo rebolam-se de riso.
Um grave problema Angolano, resolvido com uma delicada Garantia pessoal do Presidente de Angola foi transferido para uma dádiva de Portugal a Angola de € 2,88 mil milhões permitindo, de uma penada, resolver os complexos créditos atribuídos pelo BESA. Objectivamente os interesses Angolanos que receberam os créditos do BESA (agora zerados) terão que estar infinitamente gratos a Álvaro Sobrinho por os ter concedido.
Num país normal o Governador apresentaria a sua demissão e o Ministério Público investigaria. Mas em Portugal tecem-se loas à melhoria correspondente nas contas do NOVOBANCO como se uma vitória se tratasse.
Ainda mais, tecem-se loas à anulação da provisão de € 300 à Venezuela sustentada numa carta de conforto assinada por Ricardo Salgado e José Manuel Espírito Santo – na época Administradores executivos do BES com poderes de assinatura. Mas então não é óbvio que esta anulação administrativa pelo BdP será contestada nos Tribunais e que qualquer comprador do NOVOBANCO a terá que  a considerar na sua calculatoria ?
Na linguagem técnica chama-se a isto “martelar o balanço”, na linguagem penal “falsidade informática” mas como é da autoria do Banco de Portugal trata-se de brilhante atuação. O Balanço prestes a ser apresentado tem de dar 8,5 % de rácio de solvabilidade dê por onde der – depois quem comprar que faça as contas e ofereça menos.
De todos os modos, na perspectiva do processo de venda do NOVOBANCO a clarificação do crédito BESA é um passo positivo embora péssima notícia para o BPI. Ao BPI interessaria que este problema se não resolvesse por forma a ter vantagem negocial com os outros candidatos à compra. O acionista Angolano do BPI poderia ter um papel decisivo neste contexto mas a clarificação encontrada colocará todos numa posição de equidade.
Ao menos isto.


http://joaorendeiro.com/wordpress/?p=2023

vbm

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Re:Banco Espírito Santo (BES) - Tópico principal
« Responder #2598 em: 2014-10-22 17:12:23 »
«[ ] o crédito de € 3,6 mil milhões que o BES tinha concedido ao BESA. Este crédito era uma linha de mercado monetário sem qualquer garantia de colateral que só fazia sentido no quadro do controlo de gestão e acionista do BES sobre o BESA.
Não sendo este crédito um problema em si mesmo tornou-se um problema quando o BESA ficou insolvente no quadro de um conjunto de $ 5,4 mil milhões de créditos inexplicados. [ ]»

_________________________________________________________________________________

"Agatha Christie" só se interessa por este bocadinho da 'história'!

johnpotato

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Re:Banco Espírito Santo (BES) - Tópico principal
« Responder #2599 em: 2014-10-23 18:19:01 »
Angola tem dinheiro, ele precisava de dinheiro para o GES, siga para lá....


A minha teoria é que o Ricardo Salgado estava iludido sobre Angola (como muitos) e não se preparou para lidar com a cultura angolana e por isso geriu mal os riscos.

Alguns sinais de alerta:

Um estado que "perde" na contabilidade 25% do PIB
http://www.reuters.com/article/2012/01/25/ozatp-imf-angola-idAFJOE80O00O20120125

Um país que apesar das riquezas naturais recebe auxílio do FMI em 1000 M€. (O BES vai lá emprestar 3500 M€).
https://www.imf.org/external/np/sec/pr/2012/pr12109.htm

Um país onde empresas Portuguesas têm dificuldades em receber dinheiro que depois é paga pelo próprio governo Português.
http://www.angonoticias.com/Artigos/item/27461
http://www.rtp.pt/noticias/index.php?article=339197&tm=6&layout=121&visual=49