27/09/2014 | 00:00 | Dinheiro Vivo
O Novo Banco já tem uma solução para os detentores de obrigações subordinadas de longo prazo do antigo Banco Espírito Santo (BES). A instituição liderada por Eduardo Stock da Cunha propõe o pagamento de parte das obrigações em depósitos.
A intenção passa, primeiro, por vender as obrigações no mercado. O valor total resultante dessa venda é colocado num primeiro depósito a três anos. Para este depósito a 36 meses, o Novo Banco propõe uma taxa média de 2,75%.
No entanto, caso a venda inicial do mercado da obrigação não subordinada seja inferior ao valor que o cliente investiu, o Novo Banco propõe-se a colocar 75% da diferença num depósito da 10 anos a render uma taxa média de 4,25%.
Qualquer um destes depósitos é mobilizável ao final de 12 meses, perdendo-se, no entanto, os juros. Além disso, estão assegurados pelo Fundo de Garantia de Depósitos até 100 mil euros.
No caso de um investidor com 100 euros em obrigações, a solução prevê que estas sejam vendidas no mercado. Se fossem vendidas a 60 euros, o que o Novo Banco propõe é que estes 60 euros sejam colocados no tal depósito a 36 meses.
No entanto, este investidor tinha aplicados 100 euros, o que significa que há uma diferença de 40 euros entre o investimento e a venda. Nesta situação o Novo Banco propõe aplicar 75% dos 40 euros, (ou seja, 30 euros) num depósito a 10 anos. O Novo Banco irá constituir este último depósito recorrendo à provisão de 1,3 mil milhões de euros que foi constituída nas contas do primeiro semestre para acautelar as obrigações colocadas junto de clientes do banco, no âmbito de um esquema de financiamento do Grupo Espírito Santo (GES).
Os investidores têm assim três possibilidades: ou ficam com as obrigações até à maturidade, ou vendem no mercado diretamente, ou optam pela proposta do Novo Banco.