O regulador nunca ia pagar as perdas mas tal como parece estar a acontecer no PC faz os bancos pagar por aquilo de que se acha responsavel. Se estivessemos numa situação desafogada seria isso que se iria fazer, quem se sentia prejudicado ficava caladinho, mantinha-se o status quo e voltavamos a falar e escrever quando aparecesse a proxima bronca.
O que é necessário é que responsabilize as pessoas (e não é enviando para o BCE ou outra organização qq), e se analise o que correu mal desde o BCP, BPN, ..., para fazer as reformas que impeçam estas coisas de acontecer ano sim ano também.
Até à uma década atrás havia uma grande confiança nos bancos. O gestor de conta ou para o publico em geral o funcionário de balacão era uma pessoa em quem se confiva, frequentemente quase um confdenteconhecedores de detalhes acerca da situação financeira que nem a amigos proximos ou parentes se revelavam. Esta crise e a sucessão de broncas desde o BCP que impingia acções a preços exorbitantes, á máfia do BPN, produtos garantidos do BPP e uso do BES para financiamento de empresas falidas de um clã familiar, veio destruir toda essa confiança. Agora olha-se para os bancos não como um intermediário financeiro que cumpre uma função de intermediar entre aforradores e investidores mas como um bando organizado que tenta cativar poupanças para as transferir para algum clube restrito. Neste processo todo regulador naõ só parece inútil em termos de prevençaão como depois actuação e declarações parecem ter mais o condão de minar a pouca confiança que restava do que restabelece-la.
É esse estado de coisas que tem de ser mudado. Sem falar em investidores que compraram acções, as pessoas comuns não sabem onde colocar o dinheiro. Não são juristas para entender as calusulas que vem nas fichas dos produtos, não são financeiros para saber ler um relatorio de contas e aferir da solidez de um banco antes de escolher (e mesmo que soubessem não adiantaria muito se banco de Portugal não exige rectificação quando ele proprio esta na posse de factos que indiciam informação não veridica), que podem fazer?
É isso que urge mudar, e para isso é preciso responsabilizar os (i)responsaveis, reestruturar as coisas.